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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O presente de Natal da Vodafone!

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Este ano renovámos o serviço de casa com a Vodafone.

Um serviço que, a nível de Internet deixa muito a desejar mas, enfim, com o resto até estávamos mais ou menos satisfeitos.

Até que...

 

...  dia 13 de Dezembro, ficámos sem serviço!

Um presente antecipado de aniversário, que se prolongou, indefinidamente.

Contactos para cá, reclamações para lá, mensagens a informar que o processo está em resolução.

Uns dias com alguns minutos de serviço, outros, sem nada, a Vodafone conseguiu dar-nos, de presente de Natal, dias e dias sem telefone, sem Internet, e sem televisão.

 

Ontem conseguimos, finalmente, e uma vez que não há resolução à vista, cancelar o contrato, sem penalizações.

Diz a Meo que, esta semana, nos instala o seu serviço. Mas...

 

... como já estamos escaldados, e já nos falharam na última tentativa de mudarmos para essa operadora, só acredito quando vir.

Com sorte, talvez entremos no novo ano com novo serviço, a funcionar!

 

 

Com fantásticos descontos e omissão de informações, se enganam as pessoas!

 

Ontem chego a casa e o meu pai pergunta-me: "Conheces uma loja perto do restaurante X que tem lá na montra PAGAQUI"? Respondo-lhe que não.

Ah e tal, esteve cá hoje um senhor da Quercus e agora vamos passar a ter 15% de desconto na factura da luz, e paga-se nessa loja.

E dizia a minha mãe: "ah, mas o senhor disse que isto é sério, não estão aqui a enganar ninguém, tanto que logo em seguida comunicou para a colega e ela ligou para cá a confirmar".

Ora, toda esta conversa me soou muito estranha. O que é que a Quercus tem a ver com a EDP, e com essa tal loja onde se podem fazer pagamentos, e quem é que ia oferecer esse desconto, e por que motivo?

Mais estranho ainda me pareceu quando o meu pai disse que tinha assinado um contrato. Quando ele me passa os papéis que assinou para a mão, encontro a explicação!

Tinha acabado de mudar de companhia fornecedora de electricidade sem saber! Diz-me ele: "então mas eu disse que tinha a EDP Comercial e o senhor disse que não havia problema, que isto não ia interferir em nada, que não tinha nada a ver e que não ia perder nada"!.

Pois, digo-lhe eu, mas isto que tu assinaste é um contrato de fornecimento de electricidade com a Endesa!

Ligo para o contacto que o senhor tinha deixado ao meu pai, explico-lhe que não informaram correctamente o meu pai e que ele não percebeu que ia mudar de companhia, e que queria cancelar o contrato, ao que ele me responde que não tinha que fazer nada porque o contrato não tinha nenhuma fidelização, nem nenhum vínculo, e que quando recebesse uma nova chamada da Endesa era só dizer que não queria.

Desculpe? Um contrato por si só já é um vínculo, senão não seria necessário. E aqui no contrato assinado diz que para resolver o mesmo temos 14 dias, e é preciso ligar para um determinado número, ou enviar carta.

Ah, mas não é preciso porque o contrato, a partir da assinatura, leva 30 a 45 dias a ser activado, por isso quando lhe ligarem pode dizer que não quer.

Então e o que é que me serve de prova em como resolvi o contrato? A gravação telefónica? É porque vocês têm um contrato assinado pelo meu pai. Quem me garante que, daqui a uns tempos, não vêm dizer que o contrato está válido. Que garantia é que tenho que o contrato fica sem efeito?

A esta altura, já o homem estava a ficar passado, a querer ver-se livre de mim! Ele só dizia que o contrato ainda não era válido, e se dissesse que não queria ficava sem efeito. Depois, deu-me um outro número para eu ligar. E entretanto ficou de me enviar não sei bem o quê para o email porque a chamada estava muito má.

"Ah e tal, o que eu disse ao seu pai é que nós tínhamos vencido o leilão da DECO e estávamos a oferecer um desconto de 15%, mas se o seu pai não quer, não quer"!

Pois, mas em nenhum momento lhe explicaram que eram da Endesa, e que ao assinar o contrato convosco estaria a deixar de ser fornecido pela EDP Comercial, para passar a ser por vocês!

Claro que o logotipo da Endesa estava no contrato e nas restantes folhas que o meu pai assinou, e ele deveria ter visto e percebido o que estava a assinar. Ainda mais ele, que está sempre a aconselhar os outros a terem cuidado. Mas não o fez. Foi na boa conversa de vendedor, nos descontos, na omissão daquilo que não interessava falar, no não ter que se preocupar que nada muda, e foi bem enganado! 

Por isso, se vos aparecer (ou a familiares vossos) à porta, senhores como estes, informem-se bem antes de assinarem o que quer que seja. Principalmente pessoas mais idosas, que são mais susceptíveis de serem ludibriadas.

Não digo que o serviço não seja bom, que o desconto não compense ou que a pessoa não mude de companhia. Mas tem que estar ciente e bem informada do que está a fazer.

 

Quem casa...

 

...quer casa!

Este é mais um daqueles ditados populares que está ultrapassado.

Hoje em dia, quem casa quer dinheiro! 

Diz o Conservador que o casamento não é mais do que um contrato. Eu diria que é, não só um contrato, mas também um negócio. E não falo de todas as entidades que lucram com ele, mas dos próprios noivos que tentam igualmente retirar do casamento a sua quota-parte de lucro, ou pelo menos não acabar com saldo negativo!

O dinheiro é sempre bem vindo e, talvez por isso mesmo, a grande maioria das prendas de casamento oferecidas aos noivos sejam monetárias. 

Não tenho nada contra. Também a mim me soube bem recebê-las quando me casei.

Mas penso que tem que haver um mínimo de bom senso de ambas as partes e, em alguns casos, uma revisão de prioridades, no que respeita ao motivo pelo qual as pessoas convidam alguém para o seu casamento.

Por norma, são os pais dos noivos que costumam pagar a boda, enquanto os padrinhos e madrinhas tratam do resto. No entanto, outros casais haverá que não têm essa sorte.

Foi o meu caso. Por isso mesmo, só segui em frente com esse passo porque sabia que o dinheiro que tinha economizado até então era suficiente para pagar tudo à minha conta. Só não comprei o vestido, que me foi oferecido pela minha falecida madrinha. Não tive 100 ou 200 convidados. Tive pouco mais de 30, mas eram os mais importantes para partilhar aquele momento. O dinheiro que me deram, deu muito jeito. Estava grávida na altura e, para precaver o futuro, abri uma conta para a minha filha com ele. No entanto, ainda que não me tivessem dado nada, teria convidado exactamente as mesmas pessoas e feito tudo da mesma forma.

Também por norma, e por uma questão de lógica e financeira, sempre que somos convidados para o casamento de alguém, sentimo-nos na obrigação de lhes oferecer uma prenda que, como já atrás referi é, usualmente, monetária e corresponde, muitas vezes, ao valor da despesa que supostamente os noivos têm com a nossa presença. Claro que pode ser mais, pode ser menos, ou pode até nem ser, consoante as possibilidades das pessoas. Também é comum haver as "listas de prendas", que podem ser úteis para quem não sabe o que há-de oferecer.

Mas, até agora, nunca tinha tido conhecimento de casamentos em que os noivos pré-estabelecem um valor mínimo para a presença dos convidados!

Na minha opinião, isso é mesmo muito mau! E, sinceramente, só por isso, se eu estivesse no lugar deles, não ia. Afinal, convidam-me porque querem que esteja com eles nessa ocasião especial, ou porque precisam que lhes pague a despesa?

Antigamente, os noivos ficavam tristes quando os convidados não podiam ir, e insistiam, afirmando que não precisavam de dar prenda nenhuma porque não era isso o mais importante. Hoje em dia, quando se recusa um convite desses por motivos financeiros, corremos o risco de nos perguntarem "então mas não consegues mesmo arranjar XXX euros?".

Até podia conseguir mas, se fosse comigo, só pela atitude, nem o meu respeito levavam! 

Barrigas de Aluguer

Quando, há uns anos atrás, passou na televisão a telenovela brasileira “Barriga de Aluguer”, gerando na altura uma grande polémica, estávamos longe de imaginar que essa prática saltaria da ficção para a realidade…E que se transformaria numa opção cada vez mais válida, para todos aqueles que desejam ter filhos.

No mundo dos famosos, são vários os exemplos de actores, cantores ou jogadores de futebol, entre outros, que recorreram a este método. Desde Michael Jackson, Elton John, Ricky Martin, Sara Jessica Parker, até ao português Cristiano Ronaldo, muitos foram os que se valeram dos serviços de mulheres que decidiram alugar a sua barriga.

O motivo principal é, na maioria dos casos, a infertilidade. Mas casais homossexuais, bem como mulheres e homens solteiros, que desejam experimentar a maternidade sem a obrigatoriedade de uma relação amorosa, também se incluem na lista. Por outro lado, quero acreditar que, apesar de algumas pessoas serem bastante excêntricas e terem as suas manias, ainda não há ninguém a escolher uma barriga de aluguer por motivos estéticos!

Em Portugal, ser barriga de aluguer a título oneroso, é um crime punido, desde 2006, com pena de prisão. E aplica-se a todos os envolvidos na celebração do contrato, desde os intervenientes principais a promotores ou angariadores. Caso não envolva dinheiro, é apenas considerado nulo o contrato.

Contudo, isso não é impedimento para muitas mulheres, que vêem nestes contratos milionários, uma possibilidade de terem uma vida melhor, de escapar à crise e terem o seu futuro garantido, de forma rápida. Os preços podem ir dos 30 aos 100 mil euros. E em termos psicológicos, embora possa haver casos de mulheres que venham a sofrer problemas de depressão, existem também mulheres que encaram esta função com naturalidade, mantendo a distância necessária que a impeça de se envolver emocionalmente, como uma espécie de preparação mental.

É compreensível o desejo de ser mãe ou pai. É compreensível que se deseje um filho do nosso sangue, e daí, a não se optar pela adopção. Também não condeno quem, psicologicamente preparado e de forma legal, nos países onde é permitido, se submeta a hospedeira gestacional.

Mas como mãe (e provavelmente todas as mães dirão o mesmo), ter um ser vivo a crescer dentro de nós é das melhores sensações do mundo – há uma comunicação só nossa, estamos ligadas àquele pequeno ser desde o primeiro minuto. E isso, para mim, torna impensável, nove meses depois, uma mãe entregar o seu filho seja a quem for, como se nunca tivesse existido!