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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Olhar para dentro de nós, antes de criticar

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A tendência para criticar os outros está tão enraizada, em cada um de nós que, por vezes, as palavras saem da nossa boca quase automaticamente, sem darmos conta.

Porque é o que está ali à nossa frente, à nossa vista. E é algo que não gostamos, que não achamos bem, que nunca faríamos.

 

Ou então, faríamos!

Muitas vezes criticamos, nos outros, aquilo que também nós fazemos.

O problema, é que é mais difícil olhar para dentro de nós, e perceber o que fazemos errado, ou que atitudes temos, que abominamos nos outros, mas nem nos apercebemos delas em nós.

 

Assim, talvez fosse bom, antes de criticar o próximo, olhar para nós e pensar: é algo que eu costumo fazer/ dizer?

Se sim, ainda vamos a tempo de conter a crítica.

Mais vale calarmo-nos, e tentar começar por corrigir os nossos gestos.

Se não, pensar até que ponto vamos fazer essa crítica de forma construtiva e positiva, acrescentando algo a quem a recebe ou se é, pura e simplesmente, vontade de dizer mal e criticar negativamente.

Porque esse tipo de críticas não servirá para nada, além de para nos julgarmos superiores aos outros.

 

 

3 anos de Inominável - o meu contributo

Entrei para o projecto Inominável na terceira edição da revista. Não estive lá no início da viagem, mas apanhei relativamente cedo o comboio. 

Encarregada da rubrica "Musicalizando", foram 16 os artigos/ entrevistas que partilhei, de artistas/ bandas portuguesas, em 15 edições da revista. Alguns mais conhecidos, outros nem tanto. 

A partir da Inominável n.º 7, passei a assumir também a Agenda Inominável. E assim nasceram 10 agendas!

 

Agradeço à Maria Alfacinha e à Magda, por me terem permitido fazer parte desta equipa, e à Ana, que tinha a ingrata missão de rever todos os textos e entrevistas!

 

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Diferentes mas iguais - como é preciso tão pouco para fazer alguém feliz!

 

Quando decidimos ir à festa de aniversário organizada pela APERCIM - Associação para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Mafra, emforma de arraial, esperávamos dançar, gastar algum dinheiro em rifas e, assim, dar o nosso contributo para uma causa nobre.

Mas, com certeza, não previmos o que viria a acontecer nessa noite.

Uma coisa é sabermos que existem pessoas com diversos tipos de deficiência, seja ela mental ou motora, outra é observar-mo-las por breves instantes.

Outra ainda, é entrarmos no seu ambiente, misturarmo-nos com elas e lidarmos com as mesmas, de igual para igual.

E, por muito diferentes que possam ser, não deixam de ser iguais a todos nós. Têm a mesma necessidade de afecto, compreensão, carinho, atenção...Têm a mesma vontade de se divertir, alegrar e ser felizes. Foi isso mesmo que percebemos, de uma forma muito especial, na passada sexta-feira.

Um dos rapazes residentes na associação viu a Inês e ficou encantado com ela. De tal forma, que a monitora teve que voltar para trás para ele falar com a Inês. E a Inês, coitada, apanhada de surpresa e sem saber como lidar com isso, pareceu-me que ficou assustada. Não pela deficiência em si, mas porque não conseguia percebê-lo nem sabia muito bem como interagir com ele.

Mas, ainda assim, à sua maneira, fê-lo! Dançou com ele (embora com ele sentado na cadeira de rodas), tirou algumas fotos abraçada a ele e tornou aquela noite uma noite especial para aquele jovem! Ele só queria estar com a Inês, de mãos dadas, e até perguntou se ela podia ser namorada dele!

Não queria dançar com mais ninguém, nem ir embora quando a monitora lhe disse que estava na hora. Quando a Inês não conversava com ele ou quando foi dançar comigo, ficou triste. Mas quando ela voltou para estar com ele, os seus olhos brilhavam, e via-se que estava muito feliz.

E porque, não podia deixar de ser um exemplo para a minha filha, também eu dancei com um senhor que bem poderia ser meu pai, quando outras recusaram. Também ele ficou tão feliz que, no fim da dança, me deu um abraço e dois beijinhos. E fez o mesmo à Inês, que estava ao meu lado.

Foi uma noite especial para nós também, e uma experiência enriquecedora. Foram pequenos gestos, mas para aquelas pessoas, valeram muito.

O que só prova e confirma que é preciso muito pouco para fazer alguém feliz!

Ricos de Portugal (e não só), vamos lá ser solidários!

Uma pessoa necessitada bate à porta de uma família pobre. Uma família que trabalha de sol a sol mas que, ainda assim, não tem muito para dar. Que vive com o pouco que tem, conseguido pelo seu esforço e luta. Essa família, convida a pessoa necessitada a entrar e fá-la sentar à mesa, dividindo com ela o pouco que tem. Quer seja algo para comer ou matar a sede, um abrigo para passar a noite, uma roupa mais quente ou meia dúzia de moedas, essa família trata essa pessoa como igual, acolhe-a, é solidária dentro das suas possibilidades e ajuda o próximo. Agora, o que aconteceria se essa mesma pessoa batesse à porta de uma família abastada? Talvez chamassem os seguranças para a tirar dali. Ou talvez não. Talvez lhe dessem os restos da refeição, ou as mesmas moedas que lhe tinha dado a família pobre…

No que a determinados serviços diz respeito, aqueles com menos dinheiro, que a eles recorrem, tentam pagar como podem e, se não podem pagar em dinheiro, querem pagar muitas vezes em géneros. Os que podem pagar fazem-se, algumas vezes, esquecidos e só se lembram quando são, de alguma forma, advertidos para tal.

A maioria da população portuguesa não é propriamente rica. Na verdade, estamos cada vez mais pobres. Mas, sempre que se fazem campanhas, programas ou outro género de angariação de fundos para as mais variadas causas, estamos lá, e damos o nosso pequeno contributo. Nem que seja com uma simples chamada. O que fazem, nessas alturas, os milionários de Portugal?

Estes são apenas alguns exemplos e, como é óbvio, há excepções. Mas um estudo, realizado pela Universidade Católica e pelo Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano, revela que os portugueses com mais habilitações e mais dinheiro são, de uma forma geral, os menos solidários. Que “os que mais têm materialmente, são os menos disponíveis para ajudar os outros ou lutar por uma causa nobre”. Quanto mais instrução têm, mais propensos são os jovens a ocupar lugares de liderança, a serem apenas activos e competentes. É essa a educação que lhes é transmitida. E, muitas vezes, acomodados ao seu crescente bem-estar e sucesso, têm dificuldade em partilhar.

Mas, como diz, e muito bem, Xavier de Carvalho “Não podemos educar apenas bons técnicos. Arriscamo-nos a ter ladrões competentes”.

O estudo revela ainda, curiosamente, que as pessoas mais infelizes são as que ganham menos de 500 euros e as que ganham mais de 4500 euros, o que nos leva a pensar que, talvez, se os segundos - mais ricos e, logo, menos solidários – partilhassem mais com os primeiros, seriam todos mais felizes!

Por isso, ricos de Portugal, em nome da felicidade, vamos lá ser solidários com quem mais precisa de vós!