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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Viver pela metade...

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Porque é que as pessoas se acomodam?

Porque é que as pessoas se deixam estar com o mesmo "sapato" calçado, ainda que esse sapato já não seja bem o que o seu pé está a pedir?

Porque é que as pessoas se contentam com o "copo meio cheio", ainda que tivessem vontade de beber muito mais?

Porque é que as pessoas preferem não se sentir totalmente felizes e realizadas, a lutar por aquilo que, verdadeiramente, sonham e anseiam?

 

Por receio?

Por hábito?

Por vergonha?

Por puro comodismo ou conveniência?

Por falta de coragem?

 

O que leva tantas pessoas a viver pela metade, quando poderiam (e deveriam) viver por inteiro?

 

Talvez por preferirem saber com o que contam, em vez de se aventurarem num desconhecido incerto.

Ou por considerarem que não merecem. Que isso não é para elas. 

Ou por recearem o julgamento público.

 

O julgamento de quem se admira por algumas pessoas, mais destemidas, terem a ousadia de querer uma vida plena, como se fosse um pecado, ou um crime.

Quando, no fundo, também elas queriam ter essa audácia.

 

E, assim, se levam vidas, e anos, num mesmo marasmo. Por vezes, até à morte.

E para quê?

Se, depois, já não podemos viver mais?

No fim, terá, realmente, valido a pena?

 

 

Dos refugiados...

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Quero, antes de mais, frisar que este não é, de todo, um post contra os refugiados.
 
 
Não sou, e espero nunca vir a ser, uma refugiada.
Nem quero imaginar o que é ter que, de um momento para o outro,  deixar a minha casa, a minha terra, o meu país, e fugir para outro lado qualquer, desconhecido, sem saber se chegarei lá com vida, ou se morro pelo caminho. E, se chegar com vida, o que me espera, num sítio onde não conheço ninguém, onde nem sequer falo a mesma língua, onde não tenho nada...
Perder, de um dia para o outro, família, amigos, pertences, o lar, o trabalho, a estabilidade, depois de anos de luta para conquistar tudo isso.
E ter que recomeçar, do zero. Ter que depender da boa vontade, caridade e solidariedade dos outros, sem nada que seja meu. 
Pois...
Só quem passa por isso sabe o que custa, o que dói, o quão frustrante, desolador e triste é.
Não desejo isso a ninguém.
 
 
Posto isto, claro que toda a ajuda é bem dada, e preciosa, para que os refugiados, que não têm culpa nenhuma da sua situação.
E é óbvio que o povo português é um grande apoio nesse aspecto, sempre pronto a ajudar, a dar aquilo que tem, e que não tem, para que os outros tenham um pouco.
Nada contra. Eu própria, se puder, o faço.
 
 
O meu post vai mais no sentido de certas injustiças que se observam nestes momentos, e direccionadas para aqueles que têm sempre mais poder nas mãos, mas parece que só o usam quando querem, quando lhes apetece, quando lhes convém, ou quando a isso, por força das circunstâncias, são obrigados.
E, quer queiramos, quer não, isso gera revolta.
 
É um pouco como aqueles pais que todos os dias dão feijão com arroz aos filhos, porque a vida está cara e não há dinheiro para mais, e mesmo que os filhos, uma vez ou outra, peçam algo diferente a resposta é sempre a mesma - não dá.
Mas, depois, seja porque esses mesmos pais se ofereceram para receber um parente, ou porque foram incumbidos ou "obrigados" a recebê-lo, e não querem fazer má figura, nem mostrar a sua verdadeira realidade, acabam por comprar uns bifes do lombo, um peixinho, até uma sobremesa, algo a que os próprios filhos nunca tiveram direito.
Ou seja, para os seus, nunca dava, nunca havia. Mas agora, para os outros, já se fazem excepções.
Com os refugiados, acontece a mesma coisa.
E, volto a dizer, a culpa não é deles.
 
 
Mas, na prática, acaba por se arranjar soluções, alternativas e facilitar muito mais aos refugiados que chegam ao nosso país, que aos próprios portugueses.
Como?
 
Sabem aqueles pais que queriam mesmo matricular os filhos naquela escola mas, por mil e um motivos, não conseguiram?
Pois, se calhar, agora, a escola dá um jeito de arranjar vagas.
Sabem aquelas famílias que são postas na rua, ou que estão em risco de perder a casa, e ir morar na rua, ou num carro, ou que vivem em condições miseráveis, sem que se arranje um sítio onde possam viver dignamente?
Pois, se calhar agora já se arranjam habitações.
Sabem aquelas pessoas que querem mesmo trabalhar, e correm todos os sítios e mais alguns, e as respostas são sempre as mesmas: não estamos a precisar, não tem competências, demasiados estudos, estudos a menos, não tem experiência, etc?
Pois, se calhar agora, criam-se, propositadamente, novos postos de trabalho.
Sabem quando têm que tratar de um documento qualquer, e fica soterrados em burocracias, perdem tempo e, muitas vezes, não resolvem nada?
Pois, se calhar agora, aos refugiados, tudo isso é facilitado.
O que só prova que, havendo vontade e predisposição para isso, é possível.
 
 
E a minha única pergunta é:
Não poderiam agir da mesma forma com os nossos? Em circunstâncias normais?
Serão os portugueses, no seu próprio país, menos do que os que para cá vêm?
Será preciso uma situação extrema, para deixarmos de ser tratados como enteados, e passarmos a ser vistos como filhos?
 
 
Reafirmo que os refugiados não têm culpa.
Como refugiada que fosse, também gostaria de um lugar onde ficar.
De poder trabalhar para não depender mais do que o necessário, da caridade alheia, e recomeçar a minha vida.
Também gostaria que a minha filha continuasse os seus estudos, ainda que num país estranho.
E, para tudo isso, seria preciso documentação.
 
 
Sei que, em determinadas circunstâncias, situações urgentes exigem medidas rápidas e excepcionais.
Mas gostaria que houvesse um esforço maior para que as menos urgentes, mas não menos importantes e necessárias, não ficassem postas de parte, como se não houvesse qualquer responsabilidade em dar-lhes a devida atenção. 
Como se não tivessem qualquer forma de as resolver, ainda que o quisessem.

Quando as pessoas não têm opinião própria

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Hoje em dia, quase toda a gente tem uma opinião a dar, qualquer que seja o assunto.

Umas mais informadas ou fundamentadas que outras, é certo. Mas as pessoas gostam de mostrar o seu ponto de vista e, se em muitos casos, nem sequer lhes é pedido, ou não serve para nada, noutros, as opiniões são bem vindas.

Não vem mal ao mundo em partilhar e trocar opiniões, e até pode ser enriquecedor, ou gerar boas conversas e debates.

Mas, para isso, é preciso que as pessoas apresentem aquela que é, de facto, a sua opinião.

 

E o que se vê, por vezes, é que as pessoas nem sempre têm opinião e, como tal, vão atrás das opiniões alheias, consoante a sua conveniência. Hoje, até são da mesma opinião que fulano x mas, amanhã, se for preciso, já são da opinião de fulano y que, por acaso, até é contrária à do x!

Ou, pior, mudam de opinião sem qualquer critério, só porque sim. Porque é melhor ir atrás da maioria. Ou porque é mais cool ser do contra.

 

São opiniões que, na prática, não valem nada porque, na verdade, as pessoas que as pronunciam não têm sequer uma opinião formada.

Já em relação àqueles que, realmente, mostram a sua opinião, esta acaba por gerar, muitas vezes, em vez de discussões saudáveis, verdadeiros pesadelos para quem as pronuncia.

Porque quem está do lado de lá, nem sempre está preparado para ouvir opiniões contrárias à sua. E, a única forma de evitar dissabores, é manter-se calado, ou concordar com os outros.

 

Por isso, para quem está no lugar do ouvinte diria que há que respeitar todas as opiniões, ainda que contrárias à sua. Se fosse para todos pensarmos da mesma forma, e termos o mesmo ponto de vista, tinham-nos feito robots, e programavam-nos para tal.

Para quem está no lugar de opinante, que dê a sua opinião, se de facto tiver alguma, ou mantenha-se calado, se não a tiver, em vez de estar a roubar as dos outros. 

 

 

As leis, e as diferentes interpretações que a elas se pode dar

Portugal eliminou mais de 3.000 decretos para simplificar país de ...

Uma lei é uma lei.

É criada com um objectivo, e para se fazer cumprir.

Uma lei deve ser inequívoca, para que não haja dúvidas sobre como, e quando, deve ser aplicada.

Mas uma lei é também, por norma, o mais abrangente possível e, muitas vezes, muito generalizada, não contendo determinadas especificidades, que cada caso específico obriga.

 

E o problema de muitas leis é precisamente esse - as várias interpretações que que podem fazer dela, e o uso que se lhes quer dar, consoante a intenção ou conveniência.

 

É o mesmo que dizer que verde, é verde.

Mas é verde seco, verde água, verde alface, verde claro, verde escuro?

E será mesmo verde? Não será, afinal, uma junção de azul com amarelo?

Não será, aquilo a que chamamos verde, afinal, uma outra cor?

 

Quando surgem casos específicos para os quais a lei é omissa, tentam-se preencher essas lacunas e, algumas vezes, abrem-se precedentes que poderão vir a ser utilizados noutros casos futuros. E assim se vai gerando a jurisprudência à qual, muitas vezes, os advogados recorrem.

 

Enquanto isso, cada um pode dar à lei a sua própria interpretação e, não raras as vezes, consegue-se dar a volta à lei, consoante aquilo que é necessário, quer para uma parte, quer para outra, para benefício de uns, e prejuízo, para outros, sem que daí resulte aquilo a que a lei se propôs - justiça.

As princesas da vida real também vivem felizes para sempre?!

Charlene pôs o seu marido chorar de emoção na cerimónia comemorativa da subida de Alberto II ao trono do Mónaco com estas simples palavras: “És o príncipe do meu coração!”.

Depois de vários rumores sobre um casamento de conveniência, uma relação sem amor, traições por parte de Alberto e outros mais, eis que surgem em público bastante unidos e românticos.

Mas quanto do que passam cá para fora é real, ou puro teatro monárquico?

Serão estas princesas, na vida real, tão felizes como nos contos de fadas? Haverá para elas o famoso "viveram felizes para sempre"?

É que nem sempre estas futuras princesas são bem aceites pelos membros da família real, nem pelo seu povo, e têm de passar por provas nem sempre fáceis e abdicar de muita coisa, muitas vezes, até, da própria família.

Charlene era uma nadadora olímpica que se apaixonou pelo príncipe Alberto, e ficaram noivos. Para se tornar princesa, teve que se tornar membro da Igreja Católica (foi criada como protestante), receber catequismo nessa igreja, aprender o dialecto monegasco, o protocolo da corte europeia, e a língua francesa. 

 

 

Já Grace Kelly, uma estrela de Hollywood norte americana, que abandonou a sua vida artística para casar com o príncipe Rainier, só com muito esforço se tornou a princesa adorada e influente de que todos têm memória. O povo teve, no início, alguma dificuldade em aceitar esta mulher.

 

 

Letizia Ortiz também teve a sua dose de não aceitação, desta feita por parte dos próprios sogros que não viram com bons olhos a união do príncipe Felipe com uma jornalista, divorciada, de classe média.

Aparentemente, o amor falou mais alto e mantém-se. 

 

 

Para os lados de Inglaterra, temos uma princesa que pouco tem dado que falar pela negativa. Foi, aparentemente bem aceite pela família real, sobretudo pela matriarca Isabel II. Há quem a compare à princesa Diana, falecida mãe do seu marido.

No entanto, foi recentemente, criticada por uma professora da Oxford, que a acusou de somente procriar para assegurar o futuro da dinastia, e de não ter cultura nem inteligência.

 

 

Diana, que sonhava em constituir uma família e viver um casamento feliz, esteve longe de concretizar os seus desejos. As supostas traições de Carlos, bem a forma como era tratada tanto pelo marido como pela sogra, são alguns dos motivos apontados para o casamento ter ido por água abaixo.