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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Inspiração ou imitação?

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Todos nós temos algo, ou alguém, em algum momento da nossa vida, que nos inspira.

A vida é feita de várias inspirações.

De exemplos, que tentamos aplicar na nossa vida.

De modelos, que tomamos como ponto de partida.

De ideias, que até podemos aproveitar.

E por aí fora.

Da mesma forma que, quem sabe, também nós inspiramos os outros.

 

Para mim, inspiração é pegar em algo, e transformá-lo, dando um toque pessoal. É já ter algo em mente, e usar essa inspiração para levar adiante o projecto.

É aquele "empurrão" na falta de coragem, na indecisão, na inércia.

É uma espécie de luz que guia.

Uma bússola que encontramos quando menos se espera, e que orienta.

É aquele "click" que há muito esperávamos, e não havia forma de chegar. Que estava encravado, e finalmente se soltou.

 

No entanto, o que se vê muito por aí, ao contrário de inspiração, é pura imitação.

É copiar o que os outros fazem, só porque essas pessoas fazem.

É fazer coisas nas quais nem sequer pensaram antes. Mas que, agora, parece que sempre tiveram essa ideia.

Porque, à falta de ideias próprias, se tem que ir buscar a quem as tem.

Só que, quem se dedica unicamente a imitar, nunca está a 100% nessa missão.

Então, o que sai, muitas vezes, são tentativas falhadas.

São interesses relâmpago que, à mesma velocidade a que chegam, também desaparecem.

Porque, ao contrário da inspiração, a pessoa que se limita a imitar continua sem saber o seu caminho, e andará sempre sem rumo, seguindo os passos e caminhos dos outros, sem nunca chegar a lado nenhum.

 

Copiar e cabular - sim ou não?

Resultado de imagem para cábulas na faculdade

 

Quando eu andava no ciclo, tive uma professora de história que devia ter algum trauma com cábulas e, em dias de teste, a sala ficava de pernas para o ar: ela afastava as mesas umas das outras, colocava os alunos com melhores notas a cantos isolados, verificava o material que tivéssemos na mesa, e circulava pela sala o tempo todo, a observar e tentar descobrir os infractores!

 

Na Faculdade, um dos professores do meu marido vai mais longe, e pede para eles terem na mesa apenas a caneta, ficando tudo o resto (mochilas/ estojos) a um canto da sala. Também lhes pede para tirarem relógios e afins. E faz rondas pela sala. Dizem os que já conhecem bem o professor que "com ele, não há hipótese para cábulas". Os resultados não se fazem esperar. Baixos.

Por outro lado, também informaram os que agora chegaram que, com um outro professor, "pode-se copiar e cabular à vontade, desde que não se dê muito nas vistas, ele não diz nada". E assim foi! Alguns mais discretos, outros mais "à descarada"! Se resultou? Claro que sim! Alunos que tiveram receio no primeiro teste, mas se arriscaram no segundo subiram a nota. Alguns, inclusive, passaram de uma negativa fraca para um nota acima de 16!

 

 

Resultado de imagem para cábulas na faculdade

 

De acordo com alguns estudos, 70% dos alunos copia ou faz cábulas nos testes. Apenas, cerca de 2% é apanhado. Poder-se-á dizer que "o crime compensa"?

Sim, tendo em conta que a maioria não é apanhada nem sofre qualquer tipo de penalização, compensa. Mesmo que esteja à vista de todos que aquela nota não foi alcançada graças ao estudo, não sendo apanhados no momento, não há como provar que fizeram algo de errado. Mas, muitas vezes, o professor vê, e não diz ou faz absolutamente nada, ao género "não me tramem, que eu também não vos tramo".

 

 

Agora, o que leva os alunos a optarem por estes métodos de desenrasque?

Muitas vezes, o puro comodismo, a falta de vontade de estudar e a pouca preocupação com aquilo que ali estão a fazer.

Outras, o simples facto de ser impossível memorizar tanta matéria junta em tão curto espaço de tempo, quando os professores estiveram anos para o fazer.

Alguns alunos consideram que o que interessa é passar na disciplina, e concluir o curso. Depois, o resto vai-se vendo e aprendendo com a experiência, ou consultando os livros, com tempo e calma.

O facto de os professores nada dizerem ou fazerem para impedir os alunos de copiarem/ cabularem, também incentiva a que os mesmos recorram a estes métodos.

 

É justo para quem não o faz?

Não. Não é justo.

Embora qualquer um possa fazer (só não faz quem não quer), há alunos que, simplesmente, não têm jeito para isso, não conseguem disfarçar sabendo que estão a fazer algo que não é correcto, ficam nervosos e dão nas vistas, correndo o risco de ver o teste anulado.

E há alunos que defendem que, ou se sai dali a saber, ou não se está apto para exercer, e nesse caso não vale a pena.

Por conta dessa atitude, ficam retidos em determinadas cadeiras, enquanto que os seus colegas se safam, e seguem em frente.

 

Se é correcto fazê-lo?

Não, não é.

Mas não o faríamos todos, se soubessemos de antemão que não seríamos apanhados e que, com isso, pouparíamos tempo, dinheiro e preocupações? Talvez não...Mas isso já é um problema nosso.

Seja por falta de vontade dos alunos em empenhar-se, ou porque o ensino actual assim obriga, a verdade é que vivemos na era do "salve-se quem puder e como puder". E, enquanto não se colocar um travão, e se for permitindo ou alimentando estas práticas, elas continuarão a ser usadas, para o bem de uns, e injustiça de outros.

Se, por um lado, condeno quem recorre a estes métodos, por outro, penso que deveriam todos fazê-lo. Afinal, se quem está lá dentro permanece cego e pouco se preocupa, porque havemos nós de o fazer?

 

Pessoalmente, penso que nunca seria capaz.

 

E por aí, qual é a vossa opinião? 

 

 

 

 

 

 

 

Para se educar, tem que se dar o exemplo?

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Costuma-se usar um velho ditado para justificar algo que pedimos aos outros para fazer, mas que nós próprios não fazemos: "faz aquilo que eu digo, e não aquilo que eu faço"!

Mas será que na educação de uma criança esse ditado se aplica?

No outro dia, em debate, dizia-me o meu marido que, para educar um filho, não temos que estar sempre a dar exemplo atrás de exemplo, só temos que lhe explicar o que é o melhor para ele, e fazê-lo entender.

Já eu, sou da opinião que a única forma de nos fazermos entender, de os nossos filhos apreenderem a mensagem que lhes tentamos transmitir, é através dos nossos exemplos e, mesmo assim, nem sempre resulta!

Por norma, os filhos tendem a "copiar" os comportamentos dos pais, porque é aquilo que vêem, com que lidam no dia-a-dia, e que supõem ser o normal e correcto. Logo, se os pais dão maus exemplos e se comportam de forma contrária aquela que, depois, pedem aos filhos para agir, como é que vão ter autoridade ou moral para lhes exigir isso, se eles próprios não o fazem?

Como é que se pode exigir a um filho que tenha uma alimentação saudável, se ele vir constantemente os pais a comer alimentos que fazem mal?

Como é que se pode pedir a um filho para ser organizado, se os pais vivem em total desorganização?

E por aí fora!

Para mim, mais do que ensinar, mais do que dizer o que deve ou não ser feito a um filho, são as nossas atitudes, os nossos comportamentos, a nossa forma de estar na vida e no quotidiano, enquanto pais, que lhe vão dar, ou não, o melhor exemplo. 

 

 

Não copiem, sejam originais!

 

Primeiro surge a vontade de ter um blog.

Está na moda! A amiga X tem, o amigo Y tem, porque não ter um também?

Depois, nos primeiros tempos, há sempre muito para escrever mas, com o tempo, as ideias vão ficando escassas. Não sabemos onde pesquisar sobre aquilo que querermos falar. Ou, simplesmente, não temos nada para falar. Mas não se pode deixar o blog sem publicações, por isso, há que encontrar uma solução. 

Qual?

Andar de blog em blog e copiar aquilo que os outros escrevem!

Eu até entendo que um determinado blog tenha um post sobre aquele assunto que vocês queriam falar, ou que até nem queriam mas acharam que seria bom, mas por favor, não se limitem a copiar, como tenho visto em alguns por aí. Não se limitem a fazer copy/ paste.

Tenho a certeza de que com algumas palavras da vossa autoria, conseguem tornar um assunto igual, num texto ligeiramente diferente.

Mesmo quando colocam o link do blog de onde retiraram o texto (o que em alguns casos não acontece), isso só resulta em duas coisas, publicidade para o blog original, e descredibilização do vosso.

Por isso tentem, pelo menos, dar um toque pessoal às vossas publicações e, sempre que possível, ser originais! Não se esqueçam de que apenas umas palavras, uma opinião ou uma imagem distinta, podem fazer toda a diferença.

Os vossos leitores vão, de certeza, agradecer e valorizar a vossa dedicação e originalidade. 

 

Soluções erradas

 

Rectas, semirrectas e segmentos de recta - era esta a matéria sobre a qual a minha filha tinha que fazer os exercícios de matemática.

Antes, enquanto lhe estava a corrigir os trabalhos de ciências da natureza, e porque algumas perguntas me suscitavam dúvidas quanto à resposta pretendida perguntei, mais por brincadeira, se o livro não vinha com as soluções! A minha filha levou a sério e, ao procurar, lá estavam elas!

Fizemos o mesmo com o de matemática e também tinha. Mas foi aqui que as coisas se complicaram. O livro não é muito explicito, o caderno ajudou um bodadinho mas a minha filha não percebeu muito bem a matéria e eu, olhando para aquilo pela primeira vez às 20h, depois de um dia de trabalho e com a Inês já farta e sem me conseguir explicar, não consegui valer de muito. Mas algo me dizia que aquelas soluções estavam erradas.

No dia seguinte, vim à internet e pesquisei a matéria, e finalmente percebi como tudo funcionava. A minha suspeita de que as soluções a algumas das perguntas não estavam correctas ganhou ainda mais força, e expliquei nesse dia à minha filha para que ela também percebesse e, se fosse o caso, colocasse as questões à professora. 

Uma das respostas do livro era que as rectas em questão eram inversamente paralelas, quando era óbvio que eram duas rectas perpendiculares.

Corrigido na sala de aula o exercício, confirmou-se que eram rectas perpendiculares. Houve, pelo menos, um aluno que respondeu inversamente paralelas, o que me leva a crer que deve ter visto nas soluções. E a Inês, na aula, explicou-lhe a diferença. 

O que é bom. Significa que percebeu a explicação que eu lhe dei e que, numa próxima vez, saberá desenrascar-se.

Não acredito que tenha sido um erro propositado, mas que é fácil dessa forma "apanhar" quem andou a copiar pelas soluções, lá isso é!

Em género de moral da história poderemos concluir que as soluções servirão para consultar, de forma a confirmar a resposta que pensamos ser correcta (e não apenas limitar a copiar daí a resposta), e em caso de dúvidas, tentar perceber, pesquisar mais e colocar as dúvidas à professora.

Afinal, as soluções podem enganar!