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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Os "filtros" da vida

(1 Foto, 1 Texto #55)

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Ninguém gosta de uma pessoa, de uma vida, de um mundo cinzento, sombrio, melancólico.

Por mais que, em determinados momentos, isso seja perfeitamente normal, e faça parte.

 

Por isso, há que usar filtros.

Filtros, que tornem as paisagens mais coloridas, mais apelativas.

Filtros, que camuflem a vida real, e lhe dêem um tom mais leve.

Filtros, que disfarcem aquilo que a pessoa está, de facto, a sentir.

 

O mal não está, propriamente, em usar os ditos filtros. Está, sim, em acreditar que aquilo que é dado a ver, é sempre a realidade.

Nem sempre é. Quase nunca é.

 

Tal como uma simples imagem ou fotografia, que vemos por aí e pensamos "uau, que linda"!

Mas a imagem está assim porque foi editada, porque lhe foi aplicado um filtro que a embelezou.

 

Não quer dizer que a imagem real, que a vida real, que a pessoa real, que o mundo real, não seja igualmente bonito.

Só não é perfeito. Tem nuances, é mais "bruto".

E nem sempre as pessoas querem encarar a verdade, nua e crua.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto 

1 Foto, 1 Texto #21

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Não poderia estar de pior humor, naquele dia.

Um dia que tinha amanhecido cinzento. Pesado. Escuro.

 

E chuvoso.

Não aquela chuva miudinha, "molha tolos". Nem uma chuva normal, razoável.

Naquele dia, chovia bem. Uma chuva forte, que não dava tréguas a ninguém.

 

E ventoso.

O que dificultava a tarefa de manter um guarda-chuva aberto e intacto.

 

Como se não bastasse, mais do que a chuva que caía, eram os banhos causados pela passagem dos carros na estrada, que atiravam água para o passeio, e para quem nele tivesse o azar de se encontrar.

Portanto, ao fim de alguns minutos, a roupa estava toda molhada, os pés encharcados, e a boa disposição tinha-se perdido pelo caminho.

 

Foi quando, quase a chegar ao trabalho, olhou para o chão, também ele cinzento, a condizer com tudo naquele dia, e a viu: aquela folha amarela, caída, a levar com as pingas da chuva.

Um pouco de cor, para um dia sem ela.

Um motivo para sorrir, e devolver o ânimo.

Porque no meio de tudo o que parece menos bom, mau, péssimo, terrível, há sempre algo que nos traz de volta a esperança.

E nos anima naqueles dias que se adivinham duros ou aborrecidos. 

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto 

Alegría

 

"Alegría é uma atitude, um estado de espírito."

 

 

 

 

"São muitos os temas do espectáculo cujo nome, em espanhol, significa júbilo! 

A história de Alegría passa pelo choque de gerações, pela luta entre o velho - bem instalado, conhecido e vaidoso, e o novo - a curiosidade, a coragem e a necessidade de aprovação.

O novo, o antigo - este é o pano de fundo dos personagens de Alegría.

Poder e herança de poder com o passar do tempo, a evolução das antigas monarquias para as modernas democracias.

Bobos da corte, menestréis, pedintes, velhos aristocratas e crianças compõem todo o universo do espectáculo, além de palhaços que, sozinhos, são capazes de resistir ao tempo e às mudanças sociais.

O espectáculo, protagonizado por 55 artistas e músicos, oriundos de 17 países diferentes (entre os quais o português Diogo Faria, que faz parte da equipa há dois anos e que faz de Big Bird, além de apoiar e participar em outros números), caracteriza-se por uma actuação surpreendente, cor, perfeição de movimentos e energia que passa através da música ao vivo (de todas as bandas sonoras do Cirque du Soleil, é a mais vendida de todos os tempos), e dos fatos sumptuosos de todos os intervenientes, retirados de um guarda roupa extravagante!

Por tudo isto, Alegría transmite uma sensação de bem estar e optimismo.  
Uma ode barroca à energia, à graça e ao poder da juventude, numa produção clássica que já deslumbrou mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo, e a que podemos assistir até ao dia 8 de Janeiro, em Portugal, no Pavilhão Atlântico."

 

A primeira vez que ouvi a música Alegría foi num número de um circo que costumava passar todos os anos aqui em Mafra, o "Circolândia"!

Foi amor à primeira vista! Quando soube que a mesma fazia parte do espectáculo do Cirque du Soleil, pesquisei imediatamente para ver o vídeo e ouvi-la de novo. Desde então, desejei muitas vezes que um dia esse espectáculo passasse pelo nosso país, para poder vê-lo na íntegra!

E, agora, aqui está ele!