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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Sabemos, realmente, o que queremos para nós?

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Tantas vezes "acusamos" os outros de não saberem o que querem para as suas vidas.

Mas, e nós? Sabemos sempre, realmente, o que queremos para nós?

 

Não teremos, também nós, os nossos momentos de incertezas?

De indecisões?

De dúvidas?

 

Quantas vezes, as nossas certezas não se transformam em incertezas?

Quantas vezes, as nossas resoluções, convictas, não caem por terra?

Quantas vezes, o nosso coração não leva a melhor sobre a mente?

Quantas vezes, as indecisões dos que nos rodeiam, não acabam por afectar as nossas decisões, quando já as dávamos como mais que certas?

 

Isso aconteceria se soubéssemos, verdadeiramente, o que queremos para nós?

Ou apenas porque, também nós, não o sabemos?

Porque deixámos de saber a meio do caminho?

Ou, talvez porque, nesse percurso, passámos a querer outra coisa? 

 

Ou, quem sabe, porque percebemos que aquilo que queremos não é o melhor para nós e, por isso, hesitamos?

Entre fazer o mais certo, ou ceder à nossa vontade?

Entre protegermo-nos, ou entregarmo-nos, sabendo que pode não vir, daí, nada de bom?

 

Por outro lado, não raras vezes, preocupamo-nos tanto em querer o melhor para os outros, em ajudar os outros, que nem percebemos que, se calhar, com isso, estamos a descurarmo-nos, a prejudicarmo-nos a nós mesmos.

Estamos tão empenhados em querer que os outros se mantenham à superfície, que nem percebemos que, com isso, nos estamos, nós mesmos, a perder forças, e a afundar aos poucos. 

 

E, enquanto isso, quem nos ajuda, e cuida de nós?

Se não nos colocarmos, a nós mesmos, em primeiro lugar?

Se não nos dermos prioridade?

O coração é um impostor?!

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Coração apertado?

Coração apaixonado?

Coração partido?

Não!

Mentira!

Andamos a ser enganados por esse "impostor", que quer ficar com os louros da responsabilidade pelas nossas emoções quando, na verdade, é outro órgão que tem essa função: o timo. 

Que, curiosamente, fica encostado ao coração e, por isso, acaba por ser este último a ficar com os créditos.

 

Sim, o timo é a glândula responsável pelos nossos sentimentos.

Conhecido como "a glândula da felicidade", a palavra timo tem origem do grego thúmon, que significa alma, espírito, coração, emoção, afetividade.

 

Só há um problema - o timo tende a desaparecer à medida que envelhecemos.

E diz a minha filha, na brincadeira "se calhar é por isso que já não tens sentimentos!"

Será que, quando o timo desaparece, deixamos de sentir o que quer que seja?

Já que era ele o responsável, e agora não está? 

 

Nem por isso!

Talvez ele desapareça quando já temos os sentimentos e emoções tão enraizados, que já não precisamos dele para tal.

Ou, quem sabe, ele delegue no coração, seu vizinho e companheiro, essa missão.

Que, afinal, é quem "dá a cara" o tempo todo!

 

 

 

 

 

 

 

Músicas que nos tocam: Christmas Lights, dos Coldplay

 

A primeira vez que ouvi esta música estava eu a sair do trabalho, e era a que tocava no momento na rua.

Não a conhecia.

Mas mexeu comigo.

Quando dei por mim, estava com lágrimas nos olhos.

 

Talvez o momento não tenha sido o melhor: tinha acabado de saber que o pai de um amigo do meu marido tinha falecido.

E isso fez-me solidarizar-me com ele, porque acabámos por passar por situações semelhantes e, inevitavelmente, as lágrimas eram por ele, que tinha acabado de perder o pai, e por mim, que perdi a minha mãe.

 

No entanto, hoje voltei a ouvi-la.

E voltou a tocar-me.

Definitivamente, é uma música que me comove.

 

Que me transmite nostalgia, saudade, desilusão mas, ao mesmo tempo, esperança.

Que me deixa triste mas, ao mesmo tempo, me faz sorrir.

É difícil de explicar.

 

Mas não o são todas as músicas que nos atingem o coração?! 

De quem é a culpa, não sei. Mas são sempre os doentes a pagar!

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Há uns dias, o meu pai teve que ir, de propósito, fazer um exame ao hospital.

Ontem era dia de consulta. Estava marcada para as 14 horas.

A médica, vimo-la chegar, só apareceu no serviço depois das 14.30h.

Antes disso, já o meu pai tinha feito um electrocardiograma, e ido à consulta de enfermagem que, basicamente, serviu para medir a tensão arterial e a temperatura, e fazer perguntas da praxe, que voltam a ser repetidas, de cada vez que é chamado para fazer alguma coisa. 

 

É então chamado, não para a consulta, mas para fazer o exame que já tinha feito no outro dia.

Perguntei se tinha que repetir. Expliquei que já tinha feito. A técnica confirmou.

O problema é que a técnica não fez o relatório e a médica, não o vendo, achou que não tinha sido feito e, por isso, mandou fazer outra vez. 

Ora, se afinal o exame poderia ter sido feito no mesmo dia, porque nos fizeram lá ir de propósito, antes?

E porque é que a técnica, em 10 dias, não tinha o relatório feito?

Lá nos disseram que assim não era preciso, e voltámos à sala de espera.

 

Para a consulta, já foi chamado perto das 16h.

E aqui, confesso a minha ingenuidade de acreditar que um médico, quando recebe o paciente na sala, já olhou minimamente para o processo dele, e saiba o motivo de ele estar ali.

Pelos vistos, não.

Estava a consultar tudo na hora. Não sabia quem o tinha encaminhado para as consultas.

Perguntou se tínhamos levado a medicação que estava a tomar.

Ora, eles têm tudo isso na ficha do paciente, até porque foi tudo tratado no mesmo hospital.

 

Quanto à consulta propriamente dita, foi-nos dito que é necessário mais um exame para confirmar as suspeitas que têm, e para decidir o que fazer. Exame esse que há-de ser marcado para breve.

E isto irrita-me.

Por que raio não fazem logo os exames todos de uma vez, e nos obrigam a ir lá vezes sem conta, às prestações?

Um exame num dia, umas análises noutro, pelo meio uma consulta, depois outra consulta.

Doente sofre, desespera e perde a paciência.

Será esse o objectivo? Fazer as pessoas desistirem, e é menos um a "entupir" o serviço?

 

Adiante, se se confirmar as suspeitas, será necessário um cateterismo para substituir a válvula que está calcificada, e impede a saída do sangue do coração. Este procedimento implica internamento e riscos que não sendo, à partida, graves, também não são bons. A alternativa é não fazer, e o tempo de vida é curto.

Se se verificar que o problema não é grave, a ponto de justificar esse procedimento, então vira "cobaia", porque terão que fazer outro tipo de estudo que explique porque é que o músculo do coração está fraco.

 

E, pelo meio, controlar os rins que, neste momento, são os que estão a dar mais problemas.

Ontem fez as análises que o médico tinha pedido. Vamos ver o que vai dizer na próxima consulta.

Família

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Família...
Família, é união.
É o nosso pilar. A nossa base, e porto seguro.
É estarmos lá uns para os outros.
É estarmos presentes, ainda que ausentes.
É agarrarmos a mão e puxarmo-nos, uns aos outros, e uns pelos outros, quando mais precisamos.
É partilhar alegrias, amparar as tristezas, viver, juntos, momentos simples mas que ficam para sempre.
Família não é dinheiro. Não são prendas. Não são interesses, nem segundas intenções.
Família é amor. É dádiva. É darmo-nos, e entregarmo-nos, de coração.
Família é algo que até se pode ver por fora, mas que apenas se sente por dentro.
E eu...
Eu sinto que tenho a melhor família que poderia desejar e que, enquanto nos tivermos, uns aos outros, encontraremos sempre uma forma de estarmos/ ficarmos bem!