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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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RX - Coração Noir

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Os Coração Noir, banda lisboeta que lançou o seu primeiro single homónimo em outubro de 2015, e que apresenta agora, depois de, em 2016, ter editado em formato digital o álbum "Jogo de Sombras , um novo single "Fogo Cruzado, são os convidados deste RX! 

 

  

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1 – De que forma definiriam os Coração Noir, através destas palavras?

 

Coração – A máquina que bombeia a música em batidas por minuto.

 

Voz – Se os olhos são a janela da alma, a voz é a porta de entrada.

 

Sombra – A sombra é crucial para que os jogos de luz ganhem vida.

 

Fogo – Gostamos de brincar com ele…

 

Limite – Só existe se formos pequeninos…

 

Luz – Tem que ser doseada e equilibrada com a escuridão, senão ofusca.

 

Novo – Não existe futuro sem contemplar o passado: construímos o “novo” juntando obrigatoriamente várias camadas de “velho”.

 

Amor – Misturado com a melancolia, a saudade e a paixão, o amor faz de nós aquilo que somos e o que tocamos.

 

Preto – Se a luz ofusca, a escuridão atrai pelos mistérios que esconde.

 

União – Regra de ouro de uma banda: o colectivo sempre acima das vontades individuais!

 

 

2 – Jogo de Sombras foi o primeiro álbum da banda, editado em 2016. Cerca de um ano depois, notam que houve algum tipo de mudança, relativamente à forma como criam as vossas músicas, e como encaram o trabalho na área da música?

Este ano serviu para tornarmos o projecto mais consistente, aprendendo com os tropeções e ajudando-nos a ganhar mais maturidade no nosso som e nos processos de composição e interpretação. Cada álbum é uma pedra basilar do percurso, sobre a qual continuamos a explorar caminhos e sonoridades.

O trabalho na área da música é hoje muito exigente com batalhas em várias frentes: um músico tem de ser também gestor, contabilista, publicitário, informático, técnico…

 

 

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3 – “Fogo Cruzado” é o novo single dos Coração Noir, lançado em setembro nas plataformas digitais. É o primeiro single do futuro álbum da banda?

Na realidade, o Fogo Cruzado é o fechar do ciclo do Jogo de Sombras. A canção saiu como tema bónus na versão física do álbum (faixa 12), mas por ter qualidades de single não queríamos deixar de a disponibilizar a quem ouve música exclusivamente em formato digital – e são muitos os que assim o fazem…

 

 

4 – Desde que iniciaram o vosso percurso, foram várias as experiências e momentos que viveram, e que ainda hoje recordam. O que destacariam de melhor e de pior, até hoje, nesta vossa aventura?

Não há música se ela não for ouvida, por isso penso que falo por todos quando digo que o que nos dá mais prazer é a resposta de quem nos ouve, seja nos concertos ou nos comentários que vamos recebendo aqui e ali. É uma sensação muito boa saber que a nossa música toca as pessoas no seu âmago e lhes traz prazer. Também destacaria a boa relação que temos uns com os outros, que nos permite aturarmo-nos mutuamente nos momentos mais complicados…

A fase mais stressante que passámos coincidiu com a produção do álbum, pois tendo sido uma produção própria “saiu-nos do pêlo” - foi um trabalho muito intenso que exigiu um esforço hercúleo de alguns de nós para conseguir conjugar todas as componentes das nossas vidas com longas tiradas de estúdio e tudo o mais. Mas no final, olheiras à parte, o sentimento de missão cumprida com um produto que nos satisfez muito fez com que tivesse mesmo valido a pena!

 

 

5 – O que podemos esperar dos Coração Noir neste final de 2017, e para o próximo ano?

Para já, vamos continuar a tocar e a promover o Jogo de Sombras tanto quanto possível – está em aberto a possibilidade de rodarmos mais um videoclip (para o Fogo Cruzado). Vamos ver… estamos neste momento a reflectir sobre o próximo passo a dar, mais concretamente no caminho das nossas composições com os olhos postos num segundo álbum que, no entanto, só verá a luz do dia talvez daqui a um ano.

 

Muito obrigada!

Obrigado e vida longa a’O Meu Canto! 

 

 

Nota: Este RX teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens.

 

 

À Conversa com os Coração Noir

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Depois da entrevista, em Janeiro deste ano, para a Blogazine, foi a vez deste cantinho conversar com os Coração Noir, a propósito do primeiro álbum da banda "Jogo de Sombras", editado no passado mês de setembro.

Aqui fica a entrevista:

 

 

 

 

 

Coração Noir, em Janeiro deste ano, quando vos entrevistei pela primeira vez, tinham acabado de ver o vosso primeiro single “Coração Noir” ser escolhido para banda sonora da telenovela Coração d’Ouro. Atualmente, mais um tema vosso foi selecionado para banda sonora de uma produção nacional. Qual é a sensação de ver a vossa música divulgada desta forma?

É muito gratificante e uma grande honra participar em produções cujo valor é reconhecido nacional e internacionalmente. O facto de serem produções televisivas líderes de audiência dá-nos uma enorme satisfação, por sabermos que muita gente nos ouve todos os dias (embora muitas vezes os espetadores trauteiem as músicas sem saber quem somos…).

 

“Ficar” é o segundo single do álbum de estreia. Pode-se dizer que os Coração Noir também vieram para “ficar” no panorama musical português?

Esperamos que sim, que este seja o início de uma longa carreira para os Coração Noir. Temos a sorte de termos uma excelente relação entre os cinco, o que facilita a resolução de problemas que muitas vezes podem ensombrar a continuidade de um colectivo. Em termos musicais, estamos preparados para crescer, evoluir e experimentar novos caminhos, sempre em coerência com o que queremos que seja o nosso som.

 

 

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No início do ano, estavam em estúdio a gravar os temas para o vosso álbum de estreia. No passado dia 30 “Jogo de Sombras” viu, finalmente, a luz do dia! Como foi todo o trabalho de produção?

Foi um longo e árduo trabalho, que alguns de nós tiveram que conjugar com outras actividades profissionais. Todo esse trabalho, desde a composição da música e letras até à produção e masterização do CD, passando pelas sessões de ensaios e gravações, foi inteiramente conduzido pelos cinco elementos da banda. Estamos neste momento a preparar uma edição de autor do CD, pois temos noção que o digital ainda não chega a toda a gente.

 

Sobre o que nos fala este álbum?

O jogo de sombras leva-nos através de uma viagem de histórias introspectivas. São personagens e narradores que povoam um universo inspirado no imaginário ‘noir’ com romances impossíveis, femmes fatales, deambulações e excessos. O formato das canções permite contar histórias que deixam muitas portas por abrir, em que a sugestão musical complementa o texto, por isso as histórias podem ter múltiplas facetas e interpretações que gostamos de deixar à consideração de quem nos ouve.

 

Que feedback têm recebido relativamente ao vosso trabalho?

Apesar de ainda não termos chegado a muita gente, pois estamos numa fase precoce da divulgação do álbum, quem nos ouve dá-nos, regra geral, feedback positivo, mostrando vontade de nos ver ao vivo e de conhecer mais. Saliento ainda o papel que alguns blogues e sites – como este – têm tido na divulgação, dando-nos força para continuarmos a dar o nosso melhor.

 

Na vossa opinião, quais são as principais vantagens e desvantagens da edição de um álbum digital, relativamente à edição física?

A edição digital chega mais facilmente às pessoas, e de um ponto de vista pragmático é o formato que domina e dominará a distribuição musical. Não penso que o formato físico irá desparecer, pois a noção de possuir um objecto artístico ainda está muito enraizada e tem vantagens. Por exemplo, na edição em CD que estamos a preparar para o Jogo de Sombras, incluímos um booklet com as letras, fotos e grafismos que a edição digital não permite. Também gostaríamos de fazer uma edição no saudoso vinil, que continua de boa saúde, mas isso será mais para a frente, talvez no segundo álbum…

 

Agora que “Jogo de Sombras” foi editado, já começam a pensar em apresentá-lo ao vivo, ou ainda é cedo para agendar concertos?

Neste momento, a nossa preocupação imediata é promover a música através de entrevistas, televisões e rádios, mas contamos na Primavera começar os concertos ao vivo. temos já agendado o concerto de apresentação do álbum, que será no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, no dia 4 de Fevereiro. Apareçam lá!

 

Se vos fosse possível dividir o palco com uma outra banda ou artista, quem gostariam de ter ao vosso lado?

Uma pergunta difícil, que seguramente cada um de nós os cinco responderia de maneira diferente! Idealmente, alguém que, como nós, seja um contador de histórias. Para além disso, se fosse alguém que seja uma das nossas fontes de inspiração, isso seria uma honra para nós!

 

Muito obrigada pela disponibilidade!

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens.

 

 

Já conhecem os Coração Noir?

 

“Há um lugar à nossa espera

Entre o outono e a primavera

Uma porta aberta em pleno chão

A entrada certa para parte incerta do meu coração”

 

 

Os Coração Noir são a nova banda lisboeta, fundada por Pedro Marques, e constituída por 5 membros, entre os quais a Pandora como vocalista, Bruno Vicente na guitarra, Jaime Oliveira no piano e teclados, Vasco Corisco no baixo, e o próprio Pedro Marques na bateria.

O single de estreia, com o título homónimo Coração Noir, foi gravado em Lisboa, no verão passado, e lançado no dia 2 de outubro de 2015, tendo ficado nessa altura disponível nas lojas digitais. Faz também parte da banda sonora da telenovela de horário nobre da SIC, Coração d’Ouro

Para dar a conhecer o seu trabalho, os Coração Noir fizeram algumas apresentações, nomeadamente, nos programas Aqui Portugal, Grande Tarde e Poplusa-RTP.

Este mês, aceitaram o nosso convite para falar um pouco mais sobre o seu projeto e a sua música!

 

Deixo-vos aqui a entrevista concedida especialmente para a BLOGAZINE de Janeiro:

 

Começo por perguntar, como nasceu o projeto Coração Noir?

Olá, e obrigado pela oportunidade desta entrevista! A génese e o rascunho das orientações sonoras e estéticas dos Coração Noir andaram uns anos a fermentar na cabeça do Pedro, até que se criaram as condições para avançar com o projeto. Essencialmente foi uma questão de se reunirem as pessoas certas que estivessem em sintonia com essas orientações. Quando o Pedro criou os CN chamou o Jaime para as teclas, que por sua vez recrutou o Vasco. Na altura estávamos ainda com outra vocalista, pois a Pandora veio mais tarde. O Bruno, que já tocava com o Pedro noutros projetos, entrou um pouco antes da Pandora, quando se sentiu a necessidade de enriquecer o som com as guitarras. E assim ficámos os cinco membros atuais da banda.

 

Porquê a escolha do nome Coração Noir para a banda?

O coração representa o impulso que na maioria das vezes conduz o homem por todos os caminhos e escolhas pessoais. Umas vezes esses caminhos são mais luminosos, outras vezes mais sombrios e tortuosos. Nós gostamos de explorar a estética desses caminhos mais sombrios, gostamos de pensar que interpretamos uma pop com essa veia mais noturna, e o nome reflete isso mesmo. A isso adicionamos o fascínio pelo cinema, em particular o film noir, que tem características que consideramos comuns aos ambientes que procuramos recriar – a cidade, a noite, a femme fatale, as relações impossíveis…

 

Apesar de a banda ter sido formada em 2014, só em Outubro de 2015 lançaram o primeiro single. Estes meses foram um período de conhecimento e definição daquilo que queriam fazer, e como o iriam fazer?

Como dissemos antes, o projeto já estava definido e em banho-maria desde 2011. Até 2014 foram sempre surgindo outras coisas - compromissos profissionais, musicais e não só - que foram sucessivamente adiando um lançamento mais sério da banda. Isso permitiu-nos ir

consolidando as ideias sem nunca desistirmos delas, até que no ano passado se conjugaram todas as condições para o kick-off. Foi mais de um ano de composição e ensaios que culminou na gravação de uma demo que foi enviada às editoras. A Farol Música acolheu-nos, e daí nasceu a edição digital do single.

 

Como definem o vosso estilo musical?

Será uma pop, ou pop rock nalguns casos, que conjuga um estilo atual mas com elementos de outras épocas, onde tentámos trazer de volta alguma predominância do piano. Os anos 80 sentem-se muito quando, em alguns temas, o piano é substituído pelos sons dos sintetizadores analógicos que remetem para a pop eletrónica dos anos 80. Esta faceta ainda não foi revelada, pois não está muito presente no primeiro single, que tem um som mais acústico.

 

Qual é a vossa principal inspiração a nível musical?

Talvez o encanto pela banda sonora, que é comum aos cinco elementos. A forma como a música assume protagonismo nos filmes exerce em nós um fascínio muito forte. É por isso que tentamos dar à nossa música uma qualidade cinematográfica, ampliando os ambientes para onde os temas poderão transportar quem os ouve.

 

O vosso primeiro single, intitulado “Coração Noir”, faz parte da banda sonora da telenovela Coração d’Ouro. Sentem que, de certa forma, isso permitiu dar a conhecer a vossa música a um público mais abrangente?

Sim, para nós foi uma excelente oportunidade para fazer a nossa música e o nosso nome chegar a mais gente. Tivemos a sorte de termos sido recebidos pela Farol Música, a quem estamos muito gratos e com quem temos adorado trabalhar, e através deles ter chegado à SP e à SIC, que nos deram a honra desta inclusão em Coração D’Ouro. Agora até já vemos a novela…

 

Já fizeram algumas apresentações na televisão, em programas como o Aqui Portugal, Grande Tarde e Poplusa – RTP. Como tem sido essa experiência?

É uma experiência muito interessante e divertida que nos permite ir dando a conhecer a nossa música a públicos diversificados. Só temos pena que nestes programas não seja possível que as bandas toquem ao vivo. Mas compreendemos perfeitamente que isso implicaria uma logística difícil de conjugar com o ritmo desses programas. Gostaríamos, por isso, de entrar também em programas que tenham momentos musicais ao vivo, como o 5 Para a Meia-Noite, ou o Autores Fora d’Horas. Vamos ver…

 

Qual tem sido a reação do público à vossa música?

Uma vez que ainda não estamos a tocar ao vivo - começaremos quando lançarmos o álbum - vamos aferindo isso através das interações nas redes sociais, por exemplo nas publicações da nossa página de Facebook, e por aí temos notado um impacto muito positivo, com comentários de apoio e um número crescente de ‘gostos’. Há episódios engraçados: houve já pessoas que tentaram com muito engenho usar o Shazam nos excertos da música na novela para saberem quem a tocava. Isso para nós é muito lisonjeiro.

 

Estão neste momento na fase de gravação do vosso primeiro álbum de originais. Quando é que preveem lançá-lo?

Apesar de não haver ainda uma data precisa para esse lançamento, está agendado para o primeiro trimestre de 2016, e estamos já a fazer o trabalho preparativo desse álbum que em princípio terá 10 temas.

 

Para este primeiro álbum, a vossa aposta vai para temas totalmente em português?

Para já a nossa orientação é 100% em português, se bem que já tenha surgido a ideia de se experimentar uma incursão pontual por outras línguas - temos facilidade em escrever em

espanhol, por exemplo. O português é uma escolha assumida e também um desafio. Fala-se muito do facto de o português ser uma língua pouco musical e com uma métrica difícil de ajustar às linhas melódicas, e nós tentamos mostrar o inverso – o português pode soar muito bem na música, com a vantagem de assumirmos a nossa herança cultural. Se isso poderá limitar uma eventual projeção no estrangeiro? Logo se verá…

 

Quais são os vossos planos ou desejos para o futuro?

A pergunta para 1 milhão de euros… Para já, estamos a promover o primeiro single e estamos em estúdio a gravar os temas que vão figurar no álbum de estreia. Nessa altura, começaremos também com os concertos ao vivo, e depois virão mais singles, mais álbuns, mais concertos... Acima de tudo, queremos fazer cada vez mais e melhor, compondo e tocando a música que gostamos, mas nunca perdendo de vista que as pessoas gostem tanto de a ouvir como nós de a compor. A música é de quem a ouve!

 

Aqui ficam os respetivos links:

www.coracaonoir.com

 

http://www.youtube.com/CoracaoNoir

http://www.facebook.com/CoracaoNoir