As linhas com que "cosemos" a nossa vida
Até as linhas mais resistentes tendem, com o tempo e o desgaste, a enfraquecer, e algumas vezes, a quebrar, quando sujeitas ao uso repetido, inadequado ou esticadas ao limite.
E nós, vamos dando um nó aqui, outro nó ali, para que a linha permaneça unida. Ou é ela que, por si mesma, vai formando nós.
Quando são poucos, e espaçados, quase nem nos apercebemos deles. A linha continua a passar sem grandes dificuldades.
Mas, um dia, deparamo-nos com uma linha totalmente preenchida com nós, que nos travam a todo o momento, que impedem o prosseguir do caminho, e torna-se difícil continuar a fazer o que quer que seja com ela.
Aí, ou tentamos desfazer os nós, e tentamos dar o melhor com cada uma das partes quebradas, ou os nós são tantos e impossíveis de desemaranhar, que a única solução é cortar a linha, e recomeçar do zero.