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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O coração é um impostor?!

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Coração apertado?

Coração apaixonado?

Coração partido?

Não!

Mentira!

Andamos a ser enganados por esse "impostor", que quer ficar com os louros da responsabilidade pelas nossas emoções quando, na verdade, é outro órgão que tem essa função: o timo. 

Que, curiosamente, fica encostado ao coração e, por isso, acaba por ser este último a ficar com os créditos.

 

Sim, o timo é a glândula responsável pelos nossos sentimentos.

Conhecido como "a glândula da felicidade", a palavra timo tem origem do grego thúmon, que significa alma, espírito, coração, emoção, afetividade.

 

Só há um problema - o timo tende a desaparecer à medida que envelhecemos.

E diz a minha filha, na brincadeira "se calhar é por isso que já não tens sentimentos!"

Será que, quando o timo desaparece, deixamos de sentir o que quer que seja?

Já que era ele o responsável, e agora não está? 

 

Nem por isso!

Talvez ele desapareça quando já temos os sentimentos e emoções tão enraizados, que já não precisamos dele para tal.

Ou, quem sabe, ele delegue no coração, seu vizinho e companheiro, essa missão.

Que, afinal, é quem "dá a cara" o tempo todo!

 

 

 

 

 

 

 

Descobri uma nova fobia minha: dívidas!

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Felizmente, nunca precisei de fazer gastos descomunais, nem nunca tive grandes despesas extra orçamento, que me levassem a contrair dívidas, que depois não pudesse pagar.

Mas, confesso, já tenho feito vários créditos ao longo da vida.

E, para esses, tenho uma regra que tento nunca quebrar: apenas comprar aquilo que sei que poderei mesmo pagar! Por norma, aquilo que sei que, caso aconteça alguma coisa, terei dinheiro para pagar.

Por exemplo, a minha filha queria comprar um telemóvel novo, que custava quase 200 euros. Acedi a deixá-la comprar, porque sei que, nas suas poupanças, tem esse valor. No entanto, para não lhe custar tanto, optámos pela modalidade de 30 euros por mês, sem juros.

Ou seja, os meus créditos, salvo uma ou duas situações em que não dispunha do montante no momento para pagar a pronto, são de valores que até tenho disponíveis, mas que opto por repartir por vários meses e, assim custar menos, ou permitir uma maior margem de manobra.

 

 

Claro que não posso dizer que "desta água não beberei", porque não sei o dia de amanhã mas, neste momento, há várias coisas que eu precisava de comprar mas, como não tenho dinheiro, e não sei se consigo cumprir um eventual crédito, nem sequer arrisco.

E é esta fobia a dívidas que me atinge, que me impede de fazer aquilo que, muitas vezes, esperariam de mim. Chamem-lhe cobardia, se quiserem. Coração de pedra. Ou outra coisa qualquer. Dificilmente vou mudar esta postura. Mas há momentos em que custa!

 

 

No outro dia, publiquei no facebook uma foto de um gato que aparentava estar doente e ferido, muito apático e a não augurar um bom futuro. 

Ora, a lógica seria pegar nele, e levá-lo ao veterinário. Mas não tinha dinheiro para isso, e ficar a dever não é comigo.

Isto, por vezes, não entra na cabeça das pessoas, que logo comentaram que eu devia ter levado o gato à clínica, que depois o dinheiro se via como arranjar.

Por acaso, a publicação era apenas a manifestação do meu estado de espírito ao ver o gato, e não o poder ajudar. Não era um apelo à angariação de dinheiro. Mas houve quem tivesse a lata de pedir para apresentar a conta do veterinário, porque ninguém ia dar dinheiro só por ver uma foto!

 

 

Fico feliz por ver que há tanta gente amiga dos animais, e disposta a ajudar monetariamente um animal que não conhecem. Mas, e se eu até tivesse feito isso, e o valor angariado não chegasse para pagar a conta? Ficava a dever à clínica? Porque falar é fácil mas, se isso acontecesse, era o meu nome que ficava marcado. Era a mim que viriam, com processos, exigir o pagamento da dívida.

 

Gabo a coragem das associações e de todos aqueles que colocam os animais acima de tudo, e que ficam com contas astronómicas em standby nas clínicas e hospitais, dependentes da boa vontade dos outros, e das próprias clínicas/ hospitais para ir, por um lado, atenuando a conta enquanto, por outro lado, vão aumentando com mais um animal. 

Fazem-no pelos animais, a pensar no bem estar e saúde deles e, por vezes, gostava de ter essa coragem, com os gatos que vou encontrando na vida. Mas a fobia a dívidas impede-me de o fazer, porque sei que não teria condições para tal. Por muito que me custe...

 

 

Se uma clínica ou hospital tem o dever de tratar um animal sem dono, estando a sua saúde e bem estar  ameaçados? Talvez...

A "obrigação" tanto seria de quem se depara com estes animais, como de quem decidiu dedicar a sua vida a tratá-los. Mas ninguém trabalha de graça e, se até se poderia abrir uma excepção, uma vez, essa excepção viraria regra se a cena se começasse a repetir constantemente. Ainda mais sendo particulares a levar esses animais até eles.

 

Por isso, enquanto a minha fobia não passar, não haverá saltos maiores que as minhas pernas!

 

Atenção ao uso ilícito do NIB

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Hoje em dia, dar o nosso NIB (número de identificação bancária) a alguém é um acto perfeitamente normal.

Indicamo-lo nas mais variadas transacções, para contratos, créditos, para que nos transfiram dinheiro, e tantas outras finalidades.

No entanto, convém ter cada vez mais cuidado, e estarmos atentos à utilização que lhe poderá ser dada. É que, devido a alterações à lei, as entidades bancárias deixaram de ser parte activa nas autorizações de débito, e nem sempre se mostra necessário confirmar que um determinado NIB pertence à pessoa que o fornece.

O Banco de Portugal confirma: "há sete meses que as autorizações de débito directo são um acordo celebrado exclusivamente entre quem presta o serviço e quem o paga".

Isto significa que há sempre o risco de alguém utilizar o nosso NIB para pagar contas que não são nossas. E a única forma de perceber, ou tentar evitar o uso ilícito e abusivo, é verificar os extractos bancários.

Se existem entidades que exigem um documento bancário, comprovativo do NIB, com menção ao nome do titular, também há operações em que basta uma mera indicação, sem qualquer prova. E há sempre quem possa ter acesso a essa informação, e a utilize em proveito próprio.

A jurista Carla Varela, da DECO, deixa alguns conselhos para quem venha a ser vítima deste tipo de actos:

- denunciar a situação junto da instituição de crédito em causa;

- cancelar, junto dessa mesma instituição, ou numa caixa multibanco, a ordem de débito com efeitos imediatos;

- uma vez apurada a situação em concreto, denunciar ao Banco de Portugal;

- solicitar, junto da instituição de crédito, o reembolso das quantias indevidamente debitadas.

Quanto à prevenção, os consumidores "têm a responsabilidade de não facultar os dados bancários". Já os bancos e as empresas prestadoras de serviços, têm o dever de exigir comprovativos e assinatura dos clientes, para procederem então aos débitos.

Sabemos que nem sempre somos suficientemente precavidos, nem andamos por aí a desconfiar de toda a gente mas, quando a questão envolve dinheiro, todo o cuidado é pouco! 

A "bola de neve" dos créditos

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Seja por culpa da actual crise, por ambição, má gestão ou outra qualquer razão, muitos portugueses se encontram endividados, com créditos por pagar, e alguns até insolventes.

Como tudo começa?

Bem, os ordenados costumam satisfazer as necessidades básicas, mas há momentos em que precisamos de mais. Se não temos, temos que encontrar forma de o conseguir. A opção mais fácil é recorrer a um crédito.

Este não é um post contra os créditos, ou contra quem os contrai porque deles realmente necessita, mas sim uma chamada de atenção para os riscos que existem quando a eles se recorre. Contrair um crédito é quase como experimentar um cigarro, ou droga, pela primeira vez. Há os que se ficam por essa primeira vez. Há os que tornam a experimentar, ocasionalmente, de forma controlada. Mas também há os que gostam da sensação, da facilidade de ter dinheiro na mão e se tornem viciados. Esse, sim, é o grande risco! 

Pede-se um crédito para determinado fim. Entretanto, surgem outros problemas e pede-se outro. Mas duas prestações são difíceis de pagar, por isso, pede-se um outro crédito para pagar os dois anteriores. E, assim, se vai formando uma autêntica bola de neve que pode dar mau resultado. Quando se dá por isso, já estamos tão enredados nessa teia de créditos que não sabemos como dela sair.

As tentações apresentam-se sob as mais variadas formas: cartões de crédito dos respectivos bancos, entidades financeiras, cartões de crédito associadas a superfícies comerciais, empréstimos bancários, etc.

E nem precisamos de nos esforçar muito porque publicidade é o que não falta. Publicidade, facilidades para atrair e promessas de solução para todos os problemas. No entanto, nem sempre é a solução do problema, mas sim o começo dele.

Como disse, não tenho nada contra os créditos. Já recorri a eles algumas vezes porque compensava. E, muitas vezes, são mesmo a única hipótese que uma pessoa tem. 

Mas é importante ter em conta a prestação que se vai pagar, tentar sempre cumprir, e evitar recorrer, simultaneamente, a outros créditos se se souber que, à partida, não se vai conseguir pagar.

Acho que o "segredo" está mesmo em pensar, analisar e medir prós e contras antes de agir, ao contrário de muitos, que agem primeiro e só depois pensam nos erros que cometeram, quando já é tarde demais para voltar atrás.