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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quando os professores acompanham o crescimento dos seus alunos

Comunicação com amor entre professor e aluno | Revista Construir Notícias

 

No outro dia, quando estava a ir para casa, passei por um carro que tinha música alta. É uma música que gosto, de Avicii - "Hey Brother" - que, por acaso, foi usado pelo pai de uma colega da minha filha, para um vídeo sobre os 4 anos da primária, que ofereceu em cd a cada aluno e à professora, no final do 1º ciclo.

 

E pensei que, ainda no outro dia eles eram tão pequenos, e agora já são quase adultos.

A professora da minha filha é daqui perto e, por isso, volta e meia vê-a. A educadora do Jardim de Infância, no segundo ano em que ela lá esteve, também a tem acompanhado neste crescimento.

Então, perguntei-me o que sentirão os professores/ educadores ao verem os seus meninos a crescer, a transformar-se, a tornarem-se adultos, a seguirem o seu caminho na vida?

Saudades? Orgulho? Satisfação? Uma espécie de sentimento de missão cumprida?

 

Alguns professores, acabam mesmo por, mais tarde, serem professores de filhos dos seus ex alunos. 

O que sentirá um professor ao dar aulas a uma segunda geração?  

Mães ausentes

De que são feitas as mães? – Carla Félix

 

Na última semana acompanhei duas séries e, em ambas, havia uma mãe que, como é óbvio, diz amar os seus filhos mais do que tudo na vida mas, ainda assim, uma mãe ausente.

Em ambos os casos, a ausência deveu-se ao trabalho exigente de cada uma delas, que as obrigou a deixar os filhos aos cuidados de terceiros.

 

Sofia, apesar de viver com o seu filho Emil, estava tão embrenhada no seu trabalho de investigação criminal, que não fazia a mínima ideia do que se passava com o filho na escola, da criança em que ele se estava a transformar, e das consequências que a constante falta de uma mãe presente estavam a provocar a nível psicológico, no seu filho.

Apesar de morarem juntos, pouca ligação tinham. Sofia não sabia o que fazer com ele e, das poucas vezes em que prometia um programa a dois, acabava por ter que cancelar, por causa do trabalho.

Emil estaa a ser, basicamente, criado pela meia irmã ou por vizinhas, que tomavam conta dele quando a mãe não estava.

Atrevo-me a dizer que Sofia se sentia mais realizada e confortável a nível profissional, do que familiar. 

 

Já Emma, preparou-se toda a vida para ser astronauta e, especialmente, para a primeira viagem a Marte.

Durante essa missão, o seu marido sofre um AVC que o deixa numa cadeira de rodas, e a filha de ambos, a adolescente Alexis, terá que lidar com a doença do pai, com a ausência de 3 anos da mãe, com a hipótese de a mãe não regressar a casa, com o primeiro amor e com todas as inseguranças próprias da sua idade.

Como é que se pode educar alguém à distância? Como é que se pode participar do crescimento de um filho, com uma ausência tão longa, na fase em que mais precisa dos pais?

E como se pode delegar essa função numa "equipa de apoio"? 

Ainda assim, ao contrário de Sofia, desde cedo se vê Emma a querer voltar para casa, a querer voltar para a família, a sofrer pela distância.

 

Será mesmo possível, para estas mães, conciliar a vida profissional e familiar? 

Ou terão que abdicar de uma delas, para se poderem focar totalmente na outra?

O tamanho conta, e muito!

Podem vir com mil e um argumentos a rebater a questão do tamanho do dito cujo, mas a verdade é que, para mim, o tamanho conta, e muito.

E se o resto das pessoas até gosta deles grandes, e os prefere assim, a mim agradam-me mais os pequenos.

E este ano, ainda não comi nem um que fosse, precisamente porque todos aqueles que me aparecem à frente são de tamanho gigante.

Sim, é dos melões que estou a falar! O que é que estavam para aí a pensar?!

Praticamente, só eu é que como melão cá em casa. A minha filha, de vez em quando. Por isso, nos outros anos comprava os mais pequenos que lá tinham.

Este ano, nos hipermercados, só se vêem melões enormes, que mal posso com eles. Não sei se lhes andaram a dar alguma coisa para crescerem daquela maneira, mas enquanto não reduzirem de tamanho, continuarão lá.

Estou a ver que este ano nem toco num único melão sequer.

 

 

Tenho muito orgulho do meu sobrinho!

 

Tenho uma grande admiração e um enorme orgulho do meu sobrinho!

Desde pequeno que sempre foi muito protegido pelos pais, principalmente, pela mãe. E, talvez por isso, nunca tenha tido aquela necessidade de se desenrascar sozinho, de "sair da sua casca" e da "protecção das asas da mãe".

Era daquelas pessoas que, se o deixassem, passava os dias em casa, agarrado a um computador ou a uma consola.

Quando passou para o 10º ano, veio aqui para Mafra estudar, e começou a fazer novas amizades e a viver a vida de qualquer adolescente, com mais alguma liberdade do que até então.

Findo o 12º ano, e sem possibilidades financeiras de ir para a faculdade e médias que dessem para tal, começou a ponderar as suas hipóteses - o que é que poderia fazer da sua vida?

Tentar subir as médias de algumas disciplinas, para voltar a tentar uma candidatura com bolsa, encontrar um emprego (e tentar tirar a carta de condução para ter mais oportunidades) ou enveredar pelo serviço militar.

Depois de muito ponderar, e dado que era a solução mais viável, optou por voluntariar-se ao serviço militar. Esteve alguns meses a treinar para as provas fisicas, e o meu marido chegou a ir ter com ele para lhe dar apoio e treinar com ele, puxando assim pelo melhor que ele podia dar.

A verdade é que o meu sobrinho acabou mesmo por passar nos testes, e foi colocado em Abrantes par a recruta. Ora, dado a vida que até então tinha levado, sabíamos que ia ser duro para ele, não só a nível psicológico (saudades de casa, da família, lidar com a pressão e bullying a que por vezes submetem os recrutas), mas também a nível físico.

Tínhamos algum receio que ele não aguentasse e desistisse pouco depois de lá estar mas, contra todas as expectativas, felizmente ele gostou e manteve-se firme, sem desistir!

Apesar das mazelas físicas, das árduas provas, das condições a que foi submetido, e da terrível semana de campo, à chuva e com o temporal que se fez sentir, e que lhe valeu um pé torcido, uma inflamação no olho, uma otite e umas quantas manchas negras do corpo, seguiu caminho até à sua nova morada.

E, mais uma vez, o desânimo inicial foi superado.

Para quem já passou por tudo o que passou até aqui, o caminho só pode ser para a frente, com a mesma coragem e, determinação que demonstrou até aqui, e a confiança de que tomou a decisão certa e terá um futuro sorridente à sua frente!

Está mesmo de parabéns, o meu sobrinho!

A puberdade ainda é um tabu?

 

A puberdade é um período, que faz parte da adolescência, em que ocorrem mudanças biológicas e fisiológicas. É neste período que o corpo se desenvolve, tanto fisica como mentalmente, tornando-se maduro, e os adolescentes ficam capacitados para gerar filhos.

Nas últimos tempos, temos assistido a uma “aceleração secular do crescimento”, ou seja, de século para século, o crescimento torna-se mais rápido e, no caso das meninas, a menarca chega mais cedo. Após alguns estudos, os parâmetros foram alterados, passando o período, considerado normal, da puberdade feminina, a situar-se entre os 8 e os 13 anos, e da masculina, entre os 9 e os 14 anos.

Somente se acontecer em idades inferiores estaremos perante um quadro de puberdade precoce. Nesses casos, é aconselhável procurar ajuda especializada, que trate tanto os factores biológicos como psicológicos da criança.

De qualquer forma, precoce ou não, a puberdade implica sempre mudanças físicas, psicológicas e sociológicas, que podem afectar a criança e condicionar o seu comportamento diante da sociedade. É nesta fase que começam a surgir inúmeras dúvidas sobre o seu corpo. Por outro lado, a criança poderá ficar ansiosa, sentir-se rejeitada por ser diferente, sentir vergonha, isolar-se, tornar-se agressiva ou ficar deprimida.

Para lidar com esta nova etapa da criança, é preciso que os pais, antes dela, estejam preparados para a ajudar, esclarecer as suas dúvidas, dissipar os seus medos e preocupações.

A puberdade é uma fase do crescimento absolutamente normal, e deve ser encarada como tal, tanto pelas crianças, como pelos pais, e até mesmo pelos professores, nas escolas, não fazendo disso um “bicho de sete cabeças”.

Embora, hoje em dia, as crianças aprendam cedo como funcionam os diversos aparelhos do nosso organismo, incluindo o reprodutor, ficamos com a sensação de que, no que respeita a alguns sintomas da puberdade, ainda existem alguns tabus, nomeadamente em relação à menarca. Nem sempre os professores, por exemplo, sabem como gerir essa situação, até mesmo em relação à restante turma, e se for um caso isolado.

Sendo um dos sinais mais tardios da puberdade, não tem idade certa para aparecer e pode surgir sem sintomas prévios, considerando-se normal o seu aparecimento entre os 9 e os 18 anos. A idade média para a primeira menstruação tem diminuído ao longo dos tempos, podendo ser influenciada por fatores como clima, nível socioeconómico, fatores genéticos e étnicos, atividade física e estado nutricional.

Ora, se uma criança se encontra na fase da puberdade e está a ter um crescimento mais rápido que as restantes colegas, tanto os pais como os professores têm que fazer com que essa criança não se sinta diferente, nem excluída. Isto não significa anunciar a toda a gente o que se está a passar, mas também não implica esconder como se fosse algo negativo. 

É preferível conversarem com as crianças, explicarem-lhes que é uma situação normal e que todas elas, mais cedo ou mais tarde, vão passar pelo mesmo.

Se os conteúdos e programas curriculares já lhes ensinam como é constituído o seu corpo, como funciona a reprodução e quais os órgãos sexuais, e se as crianças têm acesso a tanta informação, das mais variadas formas, porquê continuar a alimentar este tabu, em vez de o eliminar?