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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

1 Foto, 1 Texto #30

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Quantas vezes não ouvimos por aí que determinadas pessoas têm o chamado "potencial"?

E quantas vezes os outros nos fazem ver que temos que acreditar no nosso potencial?

Ou o contrário. Muitas vezes somos nós que tentamos fazer ver aos outros o seu potencial.

De certa forma, e de alguma maneira, que será diferente para cada um, pode-se dizer que todos o temos.

Mais vincado ou mais discreto.

Mais visível ou mais camuflado.

Em maior ou menor grau.

Tal como a Natureza que é, ela própria, um constante potencial.

 

Mas não basta, apenas, ter potencial, se não houver, ou não soubermos criar, as condições para ele se desenvolver, desabrochar e dar frutos.

Se não nos dedicarmos, se não nos empenharmos, se apenas deixarmos que o potencial se manifeste por si só, é provável que nunca venhamos a tirar o melhor partido dele.

Que acabe por esmorecer. Sem nunca lhe termos dado oportunidade de se manifestar no seu auge.

 

Pelo contrário, se soubermos reconhecê-lo, explorá-lo, adaptá-lo, ele pode ser um grande aliado.

Podemos ter um solo favorável, mas nem por isso germinar o que lá se plantar.

Por outro lado, podemos ter todo um conjunto de condições adversas e, ainda assim, ver a semente germinar.

Mas, se aliarmos um solo fértil e as condições favoráveis, então aí o potencial transformar-se-á em algo real, em todo o seu esplendor.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto 

 

 

Tentativa de música

Reações Emocionais e a Psicologia na Música | GPET Física 

 

Uma destas noites sonhei que estava a ouvir uma música. 

Ou melhor, o refrão de uma música em que, para além da parte instrumental, só consegui perceber "palavras ao vento".

Não sei se existe, se ouvi em algum lado e ficou aqui gravado, ou se o meu cérebro inventou, mas decidi dar à parte musical do refrão, uma possível letra.

E, já que inventei o refrão, porque não tentar criar o resto? 

 

Aqui fica:

"Dizes que ainda me amas

E que não me queres perder

Que as coisas ainda podem mudar

Que ainda temos muito para viver

 

A mim parecem desculpas

De quem quer esconder a verdade

Não quero um assumir de culpas

Queria apenas sinceridade 

 

(refrão)

Isso são tudo palavras ao vento

Da boca p'ra fora e sem sentimento

Confesso que esperava muito mais de ti

 

Tudo o que dizes é só no momento

Podia acreditar em ti, mas lamento

Quero muito mais do que isso para mim

 

Percebi que não basta amar

Para fazer com que tudo dê certo

É como tentar encontrar

Um oásis no deserto

 

De nada adianta falar

Se as palavras não geram acção

Só servem para enganar

Não vêm do coração

 

(refrão)

Isso são tudo palavras ao vento

Da boca p'ra fora e sem sentimento

Confesso que esperava muito mais de ti

 

Tudo o que dizes é só no momento

Podia acreditar em ti, mas lamento

Quero muito mais do que isso para mim

 

E se os gestos contrariam as palavras

E se os anos passam, e tudo permanece igual

De que adianta querer fingir

Que o amor é imortal?

 

De que adiantam sucessivas conversas 

Se voltamos sempre ao mesmo ponto

Palavras que não passam de promessas

Às quais já não quero dar um desconto

 

(refrão)

Isso são tudo palavras ao vento

Da boca p'ra fora e sem sentimento

Confesso que esperava muito mais de ti

 

Tudo o que dizes é só no momento

Podia acreditar em ti, mas lamento

Quero muito mais do que isso para mim

 

Mais vale assumir agora

Sem mágoa ou ressentimento

A verdade que em ti mora

Sem qualquer arrependimento

 

Só com honestidade 

Podemos seguir em frente

E são essas as palavras

Que quero guardar na minha mente."

 

Agora, quem quiser que aproveite a letra, e componha a música!

 

 

 

 

 

Das ideias que nos surgem, e que...

5 maneiras criativas de descobrir se você teve uma boa ideia

... quando se começam a formar, e a ganhar vida, nos deixam entusiasmados

... quando estão prontas parecem geniais, e ficamos satisfeitos com o resultado

... passado um momento, olhamos para elas e parece que tudo aquilo que vimos há minutos, se esfumou, e pensamos que, afinal, é apenas algo banal

 

Porque é que a fé naquilo que fazemos dura tão pouco?

Desacreditamos assim tanto aquilo que somos capazes de criar?

Temos em tão baixa conta o nosso valor?

 

Há que ser confiante. Se as levámos a cabo, é porque acreditámos nelas.

Então, não as condenemos antes do tempo!

Ir pelos outros, ou ir por nós?

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Num dia, ela viu que o tema do momento eram as cores.

Então, no dia seguinte, ela falou de cores.

Mas, nesse dia, ninguem a ouviu, porque o tema já não eram as cores. Eram os números.

Assim, no dia seguinte, ela falou de números.

Oh, mas já ninguém queria saber deles, porque o que estava a dar eram os animais.

De novo, ela tentou falar sobre os animais.

Mas é que, no dia seguinte, o tema era a moda...

 

Então, ela deixou de ver sobre o que se andava a falar.

Um dia, falou sobre o que lhe apeteceu.

E, nesse dia, ela conseguiu aquilo que tinha vindo a tentar de todas as outras vezes, sem sucesso:

falar, e ser ouvida... 

 

 

Porque, mais do que seguir os outros, devemo-nos seguir a nós.

Mais do que ir atrás de tendências, devemos criá-las.

E o resto, acontece naturalmente...

 

 

O "momento certo" existe?

 

Imagem relacionada

 

Quantas vezes, na vida, esperamos pelo momento certo, pela altura ideal?

 

Para fazer algo... Ou para dizer algo...

Mas, será que "o momento certo" existe mesmo? Ou é apenas uma fantasia que inventámos, para adiar aquilo que não nos sentimos preoparados para fazer ou revelar? 

 

"Who are you?" - perguntou Andrea a Parvati. Ela não lhe respondeu. Não era "o momento certo". Acabaram por se separar, até que, pela mão de um criminoso, voltam a estar juntos, na tentativa de salvar a filha de Andrea - Isabella.

Andrea diz-lhe, então, que ela não sabe como ele se sente porque nunca foi mãe. E, mais uma vez, Parvati não achou que fosse "o momento certo" para lhe dizer que tinha estado grávida dele, e tinha perdido o filho, por isso, sim, sabia como isso era.

Depois, quando Andrea levou um tiro e estava a morrer, Parvati achou então que era "o momento certo" para revelar o seu verdadeiro nome, e aquilo em que trabalhava. Muito mais haveria a dizer, mas não houve tempo.

 

De que serviu, naquele momento, aquela revelação da verdade? Para que o outro não partisse deste mundo sem a resposta à pergunta que tinha feito antes? Para que a pessoa que abriu o jogo fique com a consciência mais tranquila, mesmo que de nada adiante no futuro?

 

Acredito que existam "momentos certos" para muitas coisas na vida mas, por vezes, eles não passam de uma ilusão, de uma desculpa. É o receio, a falta de coragem e a acomodação, disfarçadas.

E quando o percebemos, é tarde demais!

 

É bem antigo o ditado que diz que "não devemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje".

Talvez devamos levá-lo, mais vezes, a sério, e criarmos, nós próprios, esses "momentos certos", em vez de esperar que eles batam à nossa porta.