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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Falar nem sempre é conversar, e conversar nem sempre é comunicar

Hablar no es lo mismo que comunicar - Revista Gente Quintana Roo

 

Falar, conversar, comunicar - três verbos tão parecidos e, ainda assim, tão diferentes!

 

Falar...

Podemos falar sozinhos, para multidões, para quem está ao nosso lado. Podemos falar por falar, para preencher os silêncios. Ou falar para as paredes, como se costuma dizer.

Falar, por si só, parece algo feito, muitas vezes, num sentido unilateral. Fala-se, mas nem sempre se é ouvido. E nem sempre a intenção será essa - ser ouvido, obter feedback, estabelecer uma conversa ou comunicação.

 

Conversar...

Uma conversa exige, à partida, que aqueles com os quais estamos a conversar interajam connosco. Exige atenção, exige retorno.

Mas ainda assim, numa conversa, por mais longa ou aprofundada que seja, é possível que não exista comunicação entre as partes.

 

Comunicar...

Para mim, existe comunicação quando aquilo que estamos a falar ou conversar é compreendido, por quem está a ouvir, e vice-versa, ou seja, quando a mensagem enviada corresponde, exactamente, à mensagem que chega ao receptor. E o sentido dado à mesma é entendido por ambos, ainda que de perspectivas diferentes.

E não são raras as vezes em que a comunicação falha.

Como dizia Luigi Pirandello:

 

"Como podemos nos entender (...), se nas palavras que digo coloco o sentido e o valor das coisas como se encontram dentro de mim; enquanto quem as escuta inevitavelmente as assume com o sentido e o valor que têm para si, do mundo que tem dentro de si?"

 

Se a mensagem enviada com uma determinada interpretação é, quando recebida, interpretada de outra forma, falha a comunicação.

Ainda assim, o importante de voltar a restabelecê-la, não é que ambos interpretem a mensagem da mesma forma, mas que esclareçam e compreendam o ponto de vista e a perspectiva sob a qual cada um a interpretou, evitando mal entendidos que muitas vezes se geram sem necessidade. 

A comunicação funciona como uma ponte, que liga duas interpretações de uma única mensagem, através do entendimento, e gera a cumplicidade.

E quando existem uma verdadeira comunicação, muitas vezes, não são necessárias sequer palavras!

Amigos Improváveis Famosos - balanço do primeiro mês

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Uma relação, ainda que nem sempre bem conseguida ou aproveitada, cria laços, cria memórias, e deixa marcas.

E isso passa cá para este lado.

Se, no início, estava reticente quanto a este novo formato, com famosos, agora, estou rendida.

Agora que o primeiro mês está a terminar, já dou por mim a emocionar-me com as despedidas, já dou por mim, apesar de expectante com a chegada dos novos participantes, a sentir a falta dos actuais.

Tal como no programa anterior.

 

Relativamente aos seniores, tenho que confessar que adorei conhecer o Dr. Fernando Póvoas. Um exemplo que muitos deveriam seguir, de humildade, simplicidade, simpatia e generosidade.

Calhou-lhe um jovem à altura - o Gonçalo.

 

Também gostei de ver a Io mostrar que nem sempre as primeiras impressões são aquelas que definem a pessoa, e que há muito mais para conhecer.

E para a Io, só poderia calhar alguém como a Carolina! Uma jovem segura, confiante, desafiadora (no bom sentido), com atitude, frontal mas, ao mesmo tempo, sensível, carinhosa, compreensiva, genuína.

 

Também o Nel Monteiro e a Júlia surpreenderam. Da simplicidade, à genuinidade, da brincadeira aos assuntos mais complicados, formaram, juntamente com o Bruno, o verdadeiro conceito de família.

 

As duplas que me parecem ter funcionado menos bem, foram a Manuela e a Diana, e a Graça e o Rafael, tendo falhado, a meu ver, um pouco mais o lado dos seniores, que o dos jovens.

Acredito que a Graça com a Beatriz, e a Manuela com a Mobaulath, vão resultar melhor.

 

Desta vez, e ao contrário da edição anterior em que, à partida, já tínhamos uma noção de quem seriam as possíveis escolhas dos seniores (apesar de algumas surpresas finais, nesta edição, está tudo em aberto.

 

E irá, provavelmente, ficar assim, dadas as circunstâncias.

Mas vou continuar a acompanhar, diariamente, até onde for transmitido porque, neste momento menos colorido e alegre da nossa vida, assistir aos Amigos Improváveis é uma boa forma de descomprimir.

 

 

Nuvens negras

 

Como é que duas pessoas que se amam chegam a este ponto? Não sei...mas a verdade é que chegámos. Pior que dois estranhos, vejo-nos, de repente, quase como dois inimigos em plena batalha. Batalha que nenhum de nós alguma vez quis lutar.

É um facto que cada vez temos menos tempo, e esse pouco tempo que temos, não o temos ao mesmo tempo. Parece que a falta de tempo e a rotina são mesmo os piores vírus de uma relação.

Vão-se sucedendo situações atrás de situações e, quando damos por isso, juntamente com o tempo que nos escapou, parece ter ido também a amizade e a cumplicidade. E isso não é um bom sinal. Nenhum de nós está feliz assim.

Se continuamos a amar-nos? Continuamos. E nenhum de nós tem culpa que o dia tenha apenas 24 horas, e que nem uma consigamos estar juntos sem coisas para fazer pelo meio. Não tivemos um dia de anos de namoro romântico, não tivemos um dia dos namorados romântico, e não há nada de romântico numa gripe, mal estar, cansaço e enjoos permanentes, em tarefas domésticas sem fim, em jogos de futebol ou playstation, em trabalhos de casa da filha, em compras e tudo o mais que surge pelo caminho. E mais uma vez repito, nenhum de nós tem culpa. No entanto, parece ir-se acumulando de ambos os lados uma espécie de ressentimento em relação ao outro, e daí a surgirem acusações é um instante. Quando começam, parecem uma espiral sem fim à vista, e a visão daquilo que já vivemos de tão bom surge bem distante, sem promessas de algum dia voltar a acontecer.

De repente, damos por nós a conversar. Afinal a amizade parece voltar a surgir, a cumplicidade reaparece de mansinho e tudo se parece resolver. Mas as ameaças permanecem - a rotina continua, e a falta de tempo também. Vamos ver como conseguiremos lidar com elas daqui em diante...

Paixão e amor

 

O que é, para mim, a paixão?

É um estado que se caracteriza, sobretudo, por atracção, inquietação, “cegueira”, “incapacidade” de pensar, euforia desmedida, corações palpitantes e sobressaltados, instintos, loucura, ansiedade…

Quando estamos apaixonados, o nosso pensamento foca-se única e exclusivamente naquela pessoa, muitas vezes descuidando tudo o resto que faz parte da nossa vida.

É maravilhoso, faz parte da vida apaixonarmo-nos, e vivermos esses momentos tão intensos, que nos fazem sentir vivos e desejados.

No entanto, são estados que, tal como um vírus, nos atacam de repente e por diversas vezes, mas que depressa se curam!

Isso não significa que uma paixão não possa evoluir para amor.

Já o amor, é um estado que se caracteriza, na minha opinião, pelo sossego, pelo acalmar dos corações, pela segurança, pela tranquilidade, pelo verdadeiro conhecimento mútuo, apreciando e vivendo de forma mais madura a relação…

Quando existe amor, existe confiança mútua, existe cumplicidade, existe respeito. Compartilhamos a vida, experiências pessoais, e o que de mais íntimo temos dentro de nós, assumindo um compromisso duradouro, respeitando o espaço e a liberdade de cada um.

Quando amamos, tornamo-nos altruístas. Todos os nossos gestos são despidos de qualquer intenção de sermos recompensados, de recebermos algo em troca pelo que fizemos.

Com o amor, percebemos que não existem pessoas perfeitas, mas aprendemos a respeitar e a aceitar a pessoa que está ao nosso lado, com todas as suas qualidades e defeitos.

Aprendemos que ninguém é igual a nós, mas que nos podemos enriquecer com essas diferenças.

O amor, é algo que se vai construindo – se os alicerces forem fortes, mantém-se intacto e resiste às intempéries! Se as bases forem fracas, pode desmoronar-se perante as adversidades da vida.

Amar não significa dedicarmo-nos única e exclusivamente a alguém, não significa dependermos totalmente desse alguém para sermos felizes.

Primeiro, é importante que cada um de nós se ame a si próprio, que já seja feliz, que se sinta bem consigo mesmo, e com tudo aquilo que já conquistou.

A partir daí, estaremos aptos para expandir essa capacidade de amar aos que nos estão mais próximos.

Se é complicado? Talvez seja, ou talvez sejam as pessoas que complicam.

Se exige muito de nós? É verdade, exige! Mas é sempre compensador!

Se o amor nasce e cresce por magia? Talvez seja mágico, mas se não for alimentado, se não for cuidado, se não colocarmos um novo pilar, uma nova peça a cada dia, se deixarmos que o acaso se encarregue de fazer o nosso trabalho, nenhuma magia o poderá salvar!