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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Oh Meo, começamos bem!

(só que não)

Novidades Logótipos: Meo - Logotipo.pt

 

Contratado o serviço para casa, da Meo, até foram rápidos na instalação do mesmo, e a enviar as condições contratuais.

Uns dias depois, recebo um email com novas condições, para aceitar, de uma coisa que nada tinha a ver com o serviço contratado. Não respondi.

Entretanto, recebo em casa um cartão de internet móvel, que eu não tinha pedido, para pc ou tablet. Ficou dentro do envelope.

 

Ontem de manhã, ligam-me, da Meo, a informar que tinham enviado o dito cartão, mas que tinha sido engano e, por isso, iam proceder ao cancelamento mas que, de qualquer forma, se por acaso viesse reflectido na factura, deveria ligar para eles, para rectificarem.

 

Cá para mim, já estavam fartos de saber que era isso que ia acontecer porque, à tarde, recebo a dita factura electrónica, com um valor absurdo para pagar.

E lá tive eu que ligar, e gastar dinheiro na chamada, sem necessidade, por um erro deles, para me corrigirem a factura.

 

Oh Meo, estamos a começar bem, não haja dúvidas!

A saúde não tem preço, mas pagamos caro por ela!

É verdade que a saúde não tem preço? É!

E que não se compra? Sim!

Ainda assim, pagamos tão caro por ela!

Mas o que seria daqueles que investem em pessoal especializado e em laboratórios para que sejam levadas a cabo pesquisas e buscas por curas ou tratamentos de doenças, até agora desconhecidos?

O que seria das farmacêuticas se não obtivessem algum lucro com os medicamentos "milagrosos"?

O que seria das farmácias se os medicamentos nos fossem oferecidos?

A saúde não tem preço, mas tem custos para quem dela carece!

A saúde não se compra nem se vende, mas faz parte de um grande mercado onde é negociada como quem negoceia raridades valiosas! A necessidade dela faz funcionar uma indústria de milhões.

Quanto custam determinadas cirurgias? Quanto custam determinados tratamentos? Quanto custam determinados medicamentos? E quem consegue, em termos financeiros, ter acesso aos mesmos?

Vejamos, por exemplo, o actual caso da hepatite C. São, à partida, 150 os escolhidos pelo Ministério da Saúde para beneficiarem do novo tratamento com um medicamento inovador contra a doença - o Sofosbuvir - que garante taxas de cura superiores a 90%. O custo deste medicamento anda entre os 45 mil e 150 mil euros.

Disse o ministro da Saúde (e concordam os profissionais) que "se a todos os pacientes de hepatite C fosse ministrada esta cura, gastar-se-ia mais de 80 por cento do orçamento do Serviço Nacional de Saúde".  Já Emília Rodrigues, do SOS Hepatites, contrapõe que “É triste alguém ter que estar em pré-morte para que lhe seja dada esta medicação”.

Exceptuando aqueles que, com ajuda, milagre ou condição financeira conseguem ter acesso a determinado tipo de medicamento ou tratamento, e usufruir de meios de diagnóstico modernos e tecnologia avançada, a grande maioria nem sequer tem dinheiro para pagar uma taxa moderadora que, misericordiosamente, decidiram baixar este ano em 5 cêntimos!

A maioria, não tem dinheiro para se submeter àquela cirurgia que tanto necessita. Nem para pagar os exames que tem que fazer. Ou o internamento a que, involuntariamente, terá que ser sujeito.

E quando tem, nem sempre é tratada de forma digna e humana nos serviços de saúde públicos, ainda que tenha que pagar da mesma forma. 

No fundo, não estamos a falar exatamente de saúde, mas de cuidados de saúde, dizem os entendidos no assunto. Mas bem lá no fundo, todos sabemos que, ainda que os "caminhos" sejam diferentes, ambos levam à mesma e única questão - o limbo entre a saúde e a doença, entre a vida e a morte!