À Conversa com Daniel Galvão - especial The Voice Portugal
Era um dos concorrentes favoritos da equipa da mentora Marisa para disputar a grande final, mas acabou por terminar o seu percurso no programa um pouco antes.
Sendo sempre muito elogiado por todos os mentores, teve um momento "digno de uma final" quando disputou a batalha com a colega Joana Lopes.
No futuro, quer envolver-se em novos projectos, e dedicar-se ainda mais à música.
Aqui fica a entrevista ao Daniel Galvão!
Quem é o Daniel Galvão?
O Daniel Galvão é um rapaz de 21 anos, de Lisboa, que é cantor.
Como é que a música surgiu na tua vida?
A música sempre fez parte da minha vida. Fui basicamente ‘’criado’’ na minha igreja, os meus pais e família sempre foram muito presentes e participantes em tudo o que estivesse relacionado com igreja. O meu pai era técnico de som, a minha tia cantava, o meu tio, que é maestro, tocava piano, por isso a música era algo que não era de todo estranho no nosso âmbito familiar. Lembro-me de ter começado a cantar quando tinha 3 anos. Quando tomei a decisão de querer ser um profissional da área, tinha cerca de 15 anos.
Quais são as tuas maiores referências ou influências a nível musical?
Visto que comecei a cantar na igreja, só cantava e ouvia Gospel, e até hoje é um dos estilos que mais me influencia e me toca. Gosto de ouvir bons cantores. Sade, Anita Baker, Whitney Houston, Phyllis Hyman, Luther Vandross, e de artistas mais recentes gosto de Lianne La Havas, Lalah Hathaway, Joss Stone, Lauryn Hill, Jazmine Sullivan, Jojo, entre muitos outros. Gosto um pouco de tudo, desde música clássica, Jazz, 80’s Rock, 90’s Pop, teatro musical, etc. Ou seja é toda uma mistura de referências e influências que fazem de mim o que sou hoje.
Que géneros mais gostas de cantar, ou nos quais te sentes mais à vontade?
Qualquer música que tenha uma mensagem verdadeira, que me fale e que me desafie, é suficiente para me sentir confortável para a cantar. Tem que falar sobre factos reais, coisas com as quais todos nos possamos relacionar. Infelizmente, na minha opinião, as músicas de hoje em dia têm temáticas muito supérfluas, daí gostar de músicas e artistas mais antigos.
Mas para simplificar, gosto de cantar Soul, Jazz, Gospel, Rock, entre outros.
Em que momento é que decidiste enveredar pelo teatro musical?
Para ser honesto eu nao decidi enveredar pelo teatro musical. Voltei de Londres faz agora um ano, e sempre tive curiosidade e vontade de fazer uma temporada de um espetáculo de Filipe La Féria. Fiz audição e fiquei. Acho triste que as pessoas me rotulem como cantor de teatro musical, quando eu passei os últimos anos a cantar em bares, fazer concertos com a minha antiga banda, etc. Simplesmente foi algo diferente que nunca tinha feito e que gostei, e gosto, muito de fazer. Mas não sou só isso. Acho que seria aborrecido se fizesse só uma coisa, certo?
O que te levou a concorrer ao The Voice Portugal?
Como disse na resposta à pergunta anterior, visto que estava a fazer o mesmo há algum tempo, achei que participar no programa me iria trazer novos desafios e quis experimentar algo novo, algo diferente que nunca tinha feito antes.
Foi complicado conjugar ensaios, galas e o trabalho como ator musical?
Foi uma decisão importante pois tive que ponderar muita coisa. Fazer dois espetáculos ao mesmo tempo, de terça a domingo, mais o The Voice, implicava não ter folgas desde Setembro a Dezembro. Quase 4 meses sem dormir bem, sem descansar a voz, o corpo. Foi muito difícil. Fico triste por não ter estado no meu melhor. Mas acho que valeu a pena e que correu tudo bem dentro dos possíveis e das condições.
Como é trabalhar com a mentora Marisa Liz?
Não posso dizer outra coisa se não que é incrível. Posso dizer que mais que uma mentora e colega de profissão, fiz uma amiga que sei que posso contar com ela independentemente da situação. Ela é uma pessoa genial, tem uma energia cativante, é super inteligente e interpreta como ninguém. Não poderia ter escolhido outra pessoa para trabalhar comigo no programa.
Grande parte do público português via-te como o provável finalista da equipa da Marisa. É esse também o feedback que tens tido daqueles que te seguem e veem o programa?
Sim, é. Fico triste por saber que as pessoas que me vêem esperavam que eu fosse mais longe, mas fico muito feliz por receber todo esse apoio. Honestamente, vejo o programa como uma fase ou uma passagem na minha vida. Foi uma experiência que durou o tempo necessário e que me deu o que tinha para dar. Ganhar nunca foi o meu objetivo, até porque sei que este programa, tal como outros do gênero, não fazem carreiras nem artistas, trazem sim visibilidade momentânea, que acaba por desvanecer uns meses mais tarde. Como tudo na vida, é com muito trabalho e dedicação que os resultados aparecem, por isso nesta área não iria ser diferente. No entanto, fico feliz pelo meu percurso, e espero que ganhe a equipa da Marisa!
Agora que a tua participação no programa terminou, onde é que o público te pode ver e acompanhar?
De momento estou a fazer a Pequena Sereia de Filipe La Féria no Teatro Politeama. No entanto vou começar a trabalhar em novos projetos, coisas diferentes e desafiantes que me deixam bastante entusiasmado! Até lá, podem seguir-me nas redes sociais como Facebook e Instagram, onde costumo postar todas as novidades que vão surgindo.
A nível profissional, que objetivos gostarias de ver concretizados em 2017?
Quero começar a compor e escrever, assim como ir para a estrada com uma banda a tocar comigo. Quero dedicar o meu tempo à música e à minha carreira enquanto cantor. E acho que 2017 vai ser um bom ano!
Muito obrigada, Daniel!