Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Também existem vírus na blogosfera!

 

Não acreditam? Pois é verdade!

Mas não temam, porque não me parecem ser contagiosos, nem provocar danos aos nossos blogs.

Pelo contrário! 

Quando "atacados" por esses vírus, os blogs aumentam consideravelmente as suas visualizações diárias, e o número de comentários cresce a cada minuto!

Pelo que me tenho vindo a aperceber, um mesmo vírus pode apresentar diferentes variações ao longo do tempo, sempre em evolução e metamorfose, fazendo-nos crer que é um vírus novo que surgiu. Mas os mais atentos logo perceberão que, apesar da nova roupagem resultante da mutação, o interior continua igual!

A ciência ainda não conseguiu explicar o que leva estes vírus a atacar, especificamente, os blogs, mas apontam para alguma falha na sua estrutura. Ou talvez tenha alguma característica muito peculiar na sua composição ou morfologia.

De qualquer forma, e apesar de, aparentemente, não causarem quaisquer danos, fiquem atentos.

Eles andam por aí! 

 

Quantos mais jovens terão que morrer...

 

...para se pôr um ponto final nas praxes estúpidas e sem sentido que todos os anos se repetem?

Sim, todos os anos, por esta altura, se fala das praxes. E todos os anos, se ouvem vozes que defendem as praxes, vozes que defendem que certos comportamentos não podem ser considerados praxe, e vozes contra qualquer tipo de comportamento que provoque danos, sejam eles praxe ou não mas, curiosamente (coincidência ou não), sempre envolvendo caloiros e veteranos das universidades.

Ah e tal, são uma forma saudável de integrar os caloiros na vida universitária. Sim, algumas podem até ser. Todas aquelas que contribuam para a formação cívica dos caloiros, para a sua real integração no ambiente de uma universidade, para um espírito de equipa, entreajuda e solidariedade.

Mas não me parece que humilhar, subjugar, mandar, agredir, ameaçar ou maltratar, se enquadrem nessa categoria.

Não me parece que obrigar estudantes a enterrarem-se na areia e beber álcool sem parar, se enquadre num tipo de praxe útil para alguém, que não mentes perversas e sem qualquer carácter.

A tragédia do Meco resultou na morte de vários jovens, sem que se tenha apurado qualquer culpado. A culpa morreu, literalmente, na praia.

Melhor sorte teve a jovem de Faro, que foi levada para o hospital em coma alcoólico. Mas podia ter corrido muito mal.

E não me venham dizer que ninguém foi para lá obrigado, e que só participa quem quer. O problema não está em quem participa, de livre vontade ou não. O problema está em quem teve a ideia de praticar tais actos!

Até quando isto vai continuar a acontecer?

Até quando vão permitir que isto aconteça?

Quantos mais acidentes resultantes das praxes serão necessários?

Quantos mais jovens terão que morrer?

 

imagem www.dn.pt

 

 

Pintar os troncos das árvores com cal

 

Ontem perguntei aqui qual o motivo para pintarem os troncos das árvores. 

A autora do blog 5minutosnaparagem deu-me a explicação que ela mesma um dia recebeu de um senhor a quem fez a mesma pergunta.

Fui investigar e, de facto, pintar o tronco das árvores de frutos com uma mistura de cal e água é uma técnica usada para proteger a casca dos danos do sol, bem como para prevenir infestações de pragas. Como? A pintura com cal reflete o calor do sol, criando uma superfície quente que os insetos não atravessarão. 

Este é um costume muito antigo, e utilizado também em alguns jardins, deixando as árvores com uma espécie de “saia” branca.

No entanto, existem motivos para acreditar que este procedimento resulta apenas de falta de conhecimento e crenças culturais, sendo na verdade, inútil e prejudicial às árvores. Isto porque algumas espécies de árvores, além de respirarem pelas folhas, utilizam os troncos para trocas gasosas que ajudam ao seu funcionamento, através de estruturas que, quando pintadas, são fechadas.

Em termos estéticos, pintar apaga a beleza natural das árvores, tornando os locais, onde as mesmas se encontram, artificiais e feios paisagisticamente.

Além disso, não nos esqueçamos de que a árvore é um ser vivo. Não é um móvel de madeira, nem um poste, para ser pintado conforme o Homem quer. 

Entrou mesmo em erupção!

 

 E, fez estragos! Tal como a lava, que vai queimando, e transformando em cinza, tudo à sua volta.

Primeiro começaram a sair pedras, gás e cinza. Em seguida, surgiu a lava.

Sabemos que a erupção de um vulcão é imprevisível, e pode causar diversos danos. Esta não foi excepção!

Tinha finalmente chegado o fim-de-semana, íamos voltar a estar juntos e matar saudades. Estávamos ambos a precisar desses momentos.

Mas nem sempre tudo corre como nós desejamos ou como imaginamos.

Este fim-de-semana foi passado entre a organização da papelada para o IRS, compras do mês, roupa e cozinha. É sabido que gosto de ser eu a tratar das coisas lá em casa e, por isso mesmo, não me importo se ele ficar mais algum tempo a dormir, ou se se entreter a ver televisão ou outra coisa qualquer, enquanto eu me despacho.

Naquela tarde, estava eu então a arrumar a cozinha, enquanto a minha filha e ele estavam na sala. Ela queria que ele a visse a pintar, ele queria esticar a perna porque se tinha lesionado na corrida da manhã. Ela implica com ele, ele não está com paciência e vai deitar-se na cama. Ela vai atrás dele e torna a acontecer o mesmo. Às tantas, ela vai para o quarto dela a chorar, porque ele não queria brincar com ela, só queria estar deitado.

E aí deu-se a minha erupção! Disse coisas que não devia, mas naquela altura estava realmente irritada. É que se eu não estivesse na cozinha, eu brincava com ela, mas como não podia, ao menos que estivesse ele ali um bocadinho com ela. Estava cansado e com dores? Também eu!

Também eu estava farta de trabalhar, estava cansada, estava sem paciência.

E ele, que queria tanto aproveitar para estar com ela, dali a pouco ia embora e não brincavam nada.

A verdade é que ele não tem obrigação nenhuma de brincar com ela ou aturá-la porque não é o pai. Mas também é verdade que ele lhe dá mais atenção e brinca mais com ela do que o próprio pai. Daí, talvez, ela lhe exigir mais. Portanto, fui injusta.

Mas saltou-me a tampa porque os dias anteriores não tinham sido fáceis para nenhum de nós, estava farta de trabalhar e não poder descansar como queria, enquanto ele ficou deitado até mais tarde, foi participar numa corrida porque quis, e passou bastante tempo sentadinho no sofá ou entretido a ouvir rádio. E não o critico por isso. Volto a dizer, prefiro assim. Mas pelo menos não me diga que está cansado!

Trabalha de noite? Eu trabalho de dia. Dorme pouco? Eu também durmo. A diferença não é assim tão grande.

É o feitio dele, eu sei. Já o conheço. E provavelmente estava mesmo cansado. Só que ele pode fazer aquilo que eu não posso. Talvez a minha irritação fosse frustração. Também eu queria poder esticar-me só um pouquinho, descansar um bocadinho...

Também eu queria poder não ter responsabilidades nenhumas nem que fosse por breves momentos. Mas não posso, nem quero. Tenho responsabilidades e sei que só quando as cumpro me sinto bem comigo mesma. É um pouco antagónico, mas eu sou assim! 

 

 

 

 

 

 

 

Lágrimas

 

 

"Nunca chores por amor, pois a única pessoa que merece as tuas lágrimas, jamais te fará chorar..."

  

Será que temos tendência a amar quem nos faz mal? Será que se pode chamar isso de amor?

Amar é uma coisa boa! Se nos começa a destruir, já não é amor. Todos nós queremos, temos o direito e, principalmente, o dever, de sermos felizes!

Quem ama, e é correspondido, sente-se feliz, sente-se bem, e encara a vida de forma positiva.

Claro que, quem ama, não está imune a sentir-se, em algum momento, triste, desiludido ou magoado. Não somos seres humanos perfeitos e, por isso mesmo, temos atitudes ou pronunciamos palavras que podem ferir aqueles que amamos. É nessa altura que as lágrimas surgem, sem que o consigamos evitar. Se alguém as merece? Não, ninguém merece as nossas lágrimas, quando estas são um sinal de sofrimento. Nem mesmo quem as derrama.

Mas é uma das formas que temos de reagir ao que nos causa dor. Por vezes, inevitável.

Se temos tendência a amar quem nos faz mal? Penso que muitas pessoas têm tendência a repetir os mesmos padrões de tudo o que faz na vida, incluindo na escolha da pessoa amada. Não digo que seja premeditada ou conscientemente, mas quando dá por si, tem por vezes a sensação de “déjà vu”.

O facto de se chorar porque se ama ou quando se ama, não é sinónimo de que essa pessoa só nos faz mal e não merece o nosso amor.  

Desentendimentos e discussões sempre houve e haverá entre casais, porque ninguém é perfeito, nem tão pouco existem relações perfeitas.

Mas há limites, como em tudo na vida, e se o “amor” se traduzir em relações possessivas, destrutivas, dolorosas, em que os maus momentos e o sofrimento que causam se sobrepõem ao que podem trazer de bom, se percebermos que nos estamos a transformar em alguém que nunca fomos, em nome de um amor que pode ser tudo menos amor, então é melhor secar as lágrimas e sair o quanto antes dessa espiral, antes que os danos se revelem irreversíveis.