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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Southpaw - Coração de Aço

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É um daqueles filmes que se vê bem num daqueles dias em que não temos mais nada para fazer e que, apesar de nos apetecer ver um filme, não temos nenhum em mente.

Não sendo nada de extraordinário, ainda assim serviu para uma espécie de debate com o meu marido sobre o amor de um pai pela sua filha, e a melhor ou pior forma de o mostrar.

Billy Hope é um pugilista de sucesso, que colecciona títulos e prémios, e vive uma vida que muitos desejariam, com a sua companheira de sempre, Maureen.

 

 

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Tanto ele como ela vieram de instituições de crianças em risco, mas conseguiram encontrar um rumo, e formar uma família, juntamente com a filha de ambos, Leila.

Maureen é o seu apoio, a sua consciência, o seu porto de abrigo, e também quem gere a sua carreira.

 

 

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Apesar de saber que a vida que levam depende das vitórias de Billy e que, para as haver, ele tem que competir, Maureen percebe que os combates são cada vez mais violentos, que Billy está a ir longe demais, e que, da próxima vez, as coisas podem correr mal. E poderá não haver próxima vez.

Ele acede ao pedido dela, de uma pausa. Tudo parece estar bem, até que um outro pugilista começa a provocar Billy à saída de um jantar de beneficência.

 

E aqui vem a primeira questão para debate: ceder a provocações ou ignorar?

 

Por norma, tenho tendência a ignorar. O meu pai sempre me ensinou que não vale a pena perder tempo com essas pessoas. Que ceder ou retaliar é dar-lhes esse prazer, de perceber que nos afectaram, que caímos. A melhor arma é ignorar, resumi-los à importância que têm.

Claro que isto é difícil de pôr em prática por pessoas de "pelo na venta", que não pensam antes de agir, e que acham que as coisas se resolvem à pancada.

Foi o que fez Billy, ignorando os pedidos da mulher para irem embora, e para não ligar ao que o outro dizia. E pagou caro por isso. Maureen acabou por morrer após uma troca de tiros.

 

 

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Depois disto, Billy começa a fazer tudo ao contrário do que deveria, e depois de atingir um árbitro com uma cabeçada, é suspenso, perde tudo o que tinha e tenta o suicídio, acabando por perder a guarda da filha.

 

Segunda questão para debate: retirar a filha a este homem foi a decisão mais acertada?

Por muito que custe a ambos, sim! Que futuro teria uma criança sozinha, cuja única família é um pai agressivo, que vive em permanente confusão, que se embebeda para esquecer os problemas, sem trabalho, sem um lar, sem condições para educar a filha? Que futuro teria uma criança que, a qualquer momento, se poderia deparar com o pai morto?

 

 

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Não será fácil para nenhum deles aceitar a nova vida. Mas só Billy poderá reverter a situação, e recuperar o amor e a guarda de Leila.

 

 

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Para isso, ele terá que perceber que, por vezes, a melhor forma de ataque, é a defesa, e que a força nem sempre vem unicamente dos músculos, e que a chave do sucesso pode estar no nosso pensamento!

A mais alta versus A mais baixa

 

Estava com a minha filha a caminho da escola, quando, não sei bem a que propósito, iniciámos uma conversa sobre as vantagens de se ser alto. Dizia-me então, a minha filha:

 

Filha: "As mais altas, a jogar basquetebol, têm mais hipóteses de chegar ao cesto e marcar."

Mãe: "As mais baixas, a jogar andebol, podem furar por entre as mais altas e marcar na baliza."

 

Filha: "As mais altas, quando é para tirar fotografias de grupo, ficam atrás e mais sossegadas.

Mãe: "As mais baixas, ficam à frente e vêem-se melhor."

 

Filha: "Num concerto, as mais altas vêem melhor o palco e os artistas."

Mãe: "Às mais baixas (e menos pesadas), pegam-nas ao colo ou poem-nas às cavalitas, e tapam a visão às mais altas."

 

Filha: "As mais altas conseguem chegar a sítios que as mais baixas não chegam."

E quando a minha filha achava que eu ia dizer qua as mais baixas podiam ir buscar um banco e subir, eis que me saio com esta:

 

Mãe: "As mais baixas pedem às mais altas para lhes irem buscar as coisas, enquanto esperam descansadinhas da vida!"

 

Isto, claro, foi uma forma descontraída de encarar este debate matinal porque, na verdade, o facto de uma criança (ou adulto), ser muito alta ou, por outro lado, muito baixa traz sempre vantagens e desvantagens para cada uma delas. Mas será que o melhor é mesmo ficar no meio, entre as altas e as baixas?

 

Algum(a) de vós passou por uma destas situações?

Partilhem aqui as vossas experiências, e quais são, na vossa opinião, as vantagens e/ou desvantagens de se ser muito alto, muito baixo, ou apenas comum!

 

Eu recomendo Educar (Com) Vida

 

Há já alguns meses que não tínhamos uma sexta-feira dedicada à sugestão de outros blogs da plataforma Sapo, mais conhecida por Follow Friday.

Para celebrar o seu regresso, não poderia deixar de destacar um blog que tenho vindo a acompanhar, e que recomendo a todos os pais - Educar (Com) Vida.

 

Maribel Maia, licenciada em Ciências da Educação, com Mestrado em Educação e Formação, e com bastante experiência profissional na área da Educação pretende, neste seu blog, e com um olhar pluridimensional sobre a EDUCAÇÃO, orientar educadores e estudantes, estando sempre aberta às nossas opiniões, num debate produtivo e de qualidade.

 

Espreitem!

António Costa versus Pedro Passos Coelho - o debate

Imagem www.movenoticias.com

 

 

Sobre o debate de ontem, não tenho muito a dizer.

Estou convencida que António Costa irá sair vencedor das próximas eleições porque, de uma forma geral, os portugueses estão fartos da política e medidas de austeridade do actual governo e, como tal, tudo o que se apresentar, aparentemente, melhor, é bem vindo!

António Costa promete, em suma, devolver-nos quase tudo o que nos foi tirado. Inverter tudo a actual situação e resolver quase todos os problemas que o país atravessa.

Pedro Passos Coelho, não faz promessas! Ou, pelo menos, não a curto prazo.

Perguntas não respondidas, respostas desviadas das perguntas, algumas mentiras e algumas verdades, cada um com a sua razão em determinados assuntos, e sem ela, noutros, só tenho a dizer que:

- temos que tentar ser realistas - assim como não temos por que confiar em alguém que não dá uma previsão concreta para a resolução de um determinado problema, também não devemos confiar em quem promete resolvê-lo de um dia para o outro;

- em sentido figurado, por muito que alguém prometa fazer uma omeleta com 10 ovos, é provável que, ao chegar à tal cozinha, encontre apenas 4 ovos disponíveis! E depois, como é que vai descalçar essa bota?

- nem sempre aquele que nos faz mais feliz, que nos promete tudo aquilo que queremos, e nos diz ao ouvido tudo aquilo que desejamos ouvir, é aquele que diz a verdade; nem sempre quem nos facilita, está a ser nosso amigo - não se esqueçam que facilitismos de uns, podem levar a problemas maiores e medidas piores para nós, por parte dos sucessores;

- não esqueçamos que o nosso actual primeiro ministro também prometeu muita coisa que, depois de lá estar, não cumpriu, antes pelo contrário;

- por muito que tenham que ter sido tomadas medidas severas de austeridade em nome da crise, houve muitas delas que ficaram por explicar, que nunca soubemos exactamente para que serviam, e de que forma isso ia atenuar a crise - Pedro Passos Coelho falhou totalmente nesse aspecto;

- Nenhum governante que manda o seu povo emigrar está em condições de governar um país; nenhum governante que inventa medidas temporárias, para mascarar a realidade e tapar o sol com a peneira, deve estar à frente do governo do país - e parece-me que é isso que Pedro Passos Coelho tem andado a fazer;

- Por último, façam debates com os candidatos de todos os partidos, e não apenas do PS e PSD/CDS.

O fim da calçada portuguesa

 

Não há dúvida de que a calçada portuguesa é um dos grandes símbolos do nosso país.

E, nos últimos anos, temos vindo a assistir ao calcetamento de muitas zonas, principalmente em áreas turísticas e adjacentes.

Aqui em Mafra, por exemplo, no âmbito da requalificação da área envolvente ao Palácio Nacional de Mafra/ Convento de Mafra, vimos o alcatrão ser substituído pela dita calçada.

Se ficou muito mais bonito? Ficou! Se dá uma projecção completamente diferente ao monumento? Dá!

Mas não havia necessidade de calcetar todas aquelas ruas que, num passado mais remoto, sofreram o processo inverso - remoção da calçada para alcatroar.

 

As calçadas têm os seus inconvenientes:

- não propiciam o uso de saltos altos que, muitas vezes, ficam presos

- com as fortes chuvas, ficamos com uma rua de altos e baixos, buracos que nos convidam a entorses, e poças de água das quais é difícil fugir

- se estiverem bem polidas, ou os sapatos o favorecerem, corremos o risco de escorregar

 

Eu prefiro caminhar sobre alcatrão do que em calçadas e, sempre que posso, prefiro ir na beira da estrada do que nos passeios - é mais seguro! Já  AQUI tinha dado a minha opinião sobre isso. Mas não é só quem anda a pé que se queixa. Circular em veículos automóveis em cima de calçadas também é desconfortável.

 

Esta terça-feira, a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou uma iniciativa que prevê a aplicação de medidas para facilitar a mobilidade na capital do país, entre as quais a retirada da calçada portuguesa. Há quem fique satisfeito e aprove a iniciativa, e há quem a condene.

A propósito desta medida, descobri este debate organizado pela VISÃO, em Dezembro de 2013, sobre as vantagens e desvantagens deste piso típico, entre Viviane Aguiar, 37 anos, vestida com padrão a preto e branco, como a calçada que detesta, e Paulo Ferrero, 50, de roupas pardacentas, como o cimento que abomina.

 

"O que tem contra a calçada portuguesa?

 

Viviane Aguiar (VA): Não vou tratá-la por calçada portuguesa. Vou apelidá-la, carinhosamente, de pedrinhas do demo, que é a melhor descrição das ditas pedras que nos dão cabo da saúde e dos nervos. São um perigo para a segurança pública, e, nessa medida, não se podendo alcatifar a cidade ou acolchoá-la como nos parques infantis, arranja-se uma situação de compromisso.

 

Paulo Ferrero (PF): Pedrinhas do demo... [risos] Compreendo que haja muita gente que não gosta da calçada portuguesa, neste momento, como ela está: mal colocada, mal cortada, sistematicamente ocupada por carros. Chegámos a um estado em que realmente... Eu já caí, uma série de pessoas já caiu - sobretudo senhoras, por causa dos saltos altos -, e as pessoas de idade têm dificuldade. Também é preciso ver que há vários níveis de intervenção: nas ruas íngremes é mais perigoso, quando as pedras estão muito polidas ou esburacadas. Aí, não tenho nada contra a mudança da calçada.

 

Temos aqui um ponto de encontro?

 

VA: Aparentemente.

PF: Mas pedrinhas do demo não são...

VA: Eu disse isso com todo o carinho.

PF: A calçada portuguesa é um símbolo de todo o País, não só da cidade.

VA: Mas até que ponto devemos mantê-la quando há tanta desvantagem? As calçadas são uma evolução das ruas de terra batida. Acho que devia haver uma terceira etapa de evolução natural para um piso mais consentâneo com o nosso dia a dia, que está, neste momento, a ser posto em causa.

PF: Não, não acho que esteja...

VA: Olhe que eu acho que sim. Experimente pôr uns saltos altos...

PF: [Risos.]

VA: Com todo o respeito!

PF: Como no filme do Almodôvar?

VA: Uma família em que a mãe está de salto alto e tem um carrinho de bebé, em que o pai, coitado, se magoou e anda de muletas...

PF: Os saltos altos fazem mal às senhoras. Fazem mal à coluna.

VA: Mas fazem tão bem a outras coisas das senhoras... E dos senhores.

PF: E não é só o salto alto. É mais o salto de agulha.

VA: Não entremos por aí... A cidade seria tão mais cinzenta se as senhoras usassem chanatos! Não vamos promover a chanatização de Lisboa.

PF: Estamos a falar de vários níveis da calçada. A artística não está em causa. A câmara não vai mexer muito nos pontos turísticos, o que até é engraçado: o turista já pode cair, mas o lisboeta não.

VA: A verdade é que há muitas queixas dos turistas. Dizem: "São tão bonitas, aquelas pedrinhas, mas fazem-nos cair."

PF: Quando fizemos a petição, houve amigos que nos mandaram artigos de estrangeiros a dizer precisamente o contrário, que era um ex-líbris da cidade.

VA: Não temos de pensar nos estrangeiros, mas nas pessoas que andam na cidade diariamente. A calçada é bonita, mas esqueço a beleza quando não é funcional."

 



Vale a pena rever o debate na íntegra aqui: http://visao.sapo.pt/calcada-portuguesa-essa-horrivel-beldade=f770184#ixzz2tyjaeWEV