Alguém por aí assistiu ontem à estreia do The Voice Portugal?
Apesar de pouca televisão ter visto este fim-de-semana, já que a oferta dos canais disponíveis no TDT não era nada de especial, esta era a estreia a que não poderia faltar!
Sim, já sabemos que os critérios dos mentores nem sempre são compreensíveis, e há as habituais injustiças, e também sabemos que estes programas funcionam um pouco como "ponto de encontro familiar", e puxam o público para o sentimentalismo. Nesta edição, a premissa continua.
Os apresentadores e mentores mantêm-se, com todas as suas qualidades e defeitos, com as habituais picardias e momentos caricatos entre eles.
Quanto aos concorrentes desta primeira prova cega, aqui fica a minha opinião:
A primeira prova cega da noite foi, também, o primeiro "momento cortina" e, simultaneamente, o primeiro "momento família", com as irmãs a mostrarem os seus dotes vocais.
Não há dúvidas de que a Inês canta bem, mas o meu pensamento foi instantâneo "a Deolinda a cantar esta música dava-lhe 10 a 0".
O Tiago tem música dentro dele, e isso sente-se por fora!
O único motivo que vejo para participar num programa deste género é tornar-se conhecido, porque pode cantar em qualquer lado, o seu género, com a maior naturalidade.
O André não virou cadeiras, mas animou toda a plateia.
É daqueles concorrentes que tem qualquer coisa de diferente, não suficiente para os mentores, mas que merecia uma oportunidade. Bastante natural e à vontade no palco.
A Salomé fez-me gostar de um música que, na versão original, não gosto.
Poderia ter passado só por isso, mas ela tem grandes qualidades e pode chegar mais longe no programa.
O Afonso é também daqueles concorrentes que parece brincar com a música, sem grande espalhafato, mas com simplicidade.
A Margarida foi uma das minhas preferidas, talvez pela música escolhida, que lhe assenta como uma luva no timbre que tem, e no próprio estilo e maneira de ser, e também pelo seu timbre diferente, que fica logo no ouvido.
A Mónica não virou nenhuma cadeira, mas cantou de forma única a música dos Queen e, neste dueto com a Marisa, claramente preferi ouvir a concorrente!
Tem uma aparência e voz muito masculina. Quanto à primeira, partindo do princípio que não a tinham ainda visto, não seria certamente factor negativo. Quanto segunda, foi mesmo essa característica que a fez cantar daquela forma a música que parecvia feita para ela.
A Ana Paula protagonizou o segundo "momento família da noite", ao ser surpreendida pela avó, que não via há um ano.
Quanto à sua voz, em canto lírico, é muito boa. Mas, à semelhança de outros concorrentes do género, não sei se terá sorte, caso avance nas etapas seguintes.
Nesta prova cega participaram ainda os amigos António e Alfredo, que não foram seleccionados, o Fábio, a Marlene, a Cristiana, e a Inês Paulo, que também não virou uma única cadeira,e prometeu regressar no próximo ano.