Milagre na Cela 7, na Netflix
É um dos filmes mais vistos desta Páscoa, na Netflix!
Diz, a maior parte das pessoas que o viram, que o filme é lindo, que adoraram, e que choraram ao vê-lo.
Fiquei curiosa. E também o vi.
Sem tirar o mérito aos protagonistas, sobretudo à personagem Memo, que está incrível, achei o filme, e toda a sua história, um pouco forçado, e surreal em algumas partes, quase feito exclusivamente para apelar ao sentimentalismo, e às lágrimas.
Li, algures, que o filme toca em todos os botões do espectador, accionando as emoções.
No meu caso, acho que teve o efeito contrário. De tantos botões querer accionar, acabou por não convencer, nem emocionar, como outros o fizeram.
A premissa era boa, mas a adaptação, e o desenvolvimento da história acabou por ser pobre, e deixar muito a desejar.
"Milagre na Cela 7" conta a história de um pai com deficiência, que é preso pelo homicídio da filha de um comandante, e condenado à morte tendo, a partir daí, de provar a sua inocência para regressar para junto da sua própria filha.
Mas, num meio pequeno em que a deficiência é vista como algo aberrante, que deve ser eliminado, perante uma fatalidade em que é preciso haver um culpado, e gente poderosa que quer afirmar o seu poder, o elo mais fraco perde, quase sempre, a batalha.
E, neste caso, o elo mais fraco é o Memo, que pode nunca mais ver a sua filha Ova, e deixá-la orfã, sem qualquer hipótese de defesa, ou absolvição.