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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Cinema de fim de semana

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"Um Natal Contigo"

Um filme que mostra como os artistas são descartáveis, substituíveis, apenas usados como fonte de lucro.

E como estão cada vez mais dependentes das redes sociais, dos likes, do aceitação do público, não só a nível profissional, como até a nível pessoal.

Tudo para manter a fama, os fãs, e uma imagem que, na maior parte das vezes, é fabricada e totalmente falsa.

Porque a verdade, e a realidade, não vendem. Ou assim o pensam as agências que gerenciam as carreiras dos artistas.

A exigência, a competição, a obrigação, são as palavras de ordem. 

E quem não aguentar, quem não satisfizer, quem não apresentar o que lhes é ordenado, está fora. 

Ah, sim, o filme é uma comédia romântica! Com música à mistura. E algum sentimentalismo. Mas não foi isso que me captou a atenção.

 

 

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"Caidinha pelo Natal" 

Em comum com o filme anterior, o facto de as protagonistas se apaixonarem por um homem viúvo, e pai de uma filha, que cria com a ajuda da mãe/ sogra.

Mera coincidência.

Também o facto de, no primeiro filme, a protagonista se focar mais na música, e no que ela lhe possa trazer, do que em aproveitar as coisas simples, e mais verdadeiras, de deixar-se levar pelo momento, e pelos sentimentos, enquanto no segundo a protagonista ser uma mulher rica e mimada que, de repente, perde a memória e vive momentos diferentes, numa vida que não é a sua, mas da qual começa a gostar.

Outra coincidência.

A mensagem:

É preciso seguir em frente, e arriscar. Lutar por aquilo/ aqueles que queremos. Dizer aquilo que teimamos em guardar para nós.

 

 

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"Enola Holmes 2"

Num mundo dominado pelos homens, as mulheres têm que lutar para conquistar o seu lugar, lutar pelos seus direitos, e concretizar os seus objectivos.

Entre elas, há as que lideram, as que dão a cara, as que se manifestam, as que põem as mãos na massa, por elas, e por todas.

E há as que vão mais além, e desafiam, criando o seu próprio jogo, na invisibilidade e inferioridade do seu estatuto, sem que ninguém lhes dê atenção, criando o disfarce perfeito.

No entanto, convém ter em conta que, em qualquer luta, e na vida em geral, tudo fica mais fácil, seja para os homens, seja para as mulheres, quando se tem aliados.

Quando se tem amigos, em quem confiar, e com quem contar.

Quando não se tornam almas solitárias, que querem fazer, e viver, tudo sozinhas.

 

Tirar a carta de condução e ter carro ainda compensa?

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Desde há muito que ter carta de condução e, de preferência, carro, é visto como uma mais valia, sobretudo quando as pessoas não têm trabalho perto de casa, e são obrigadas a deslocar-se para outras zonas.

Quem tem carro, nunca está dependente. 

E, mesmo que não tenha carro próprio, a carta permite conduzir. Portanto, haverá sempre a possibilidade de levar o carro da mãe, ou do pai, ou outro familiar qualquer.  

Normalmente, até são os dois membros do casal a ter carro.

 

Hoje em dia, estão em maioria as ofertas de emprego que pedem, como requisito, carta de condução. 

Cada vez se criam mais postos de trabalho em zonas afastadas dos centros, e onde, muitas vezes, os transportes públicos não chegam, ou não chegam em horários compatíveis.

Mas não é só pela necessidade de chegar ao trabalho a tempo e horas.

Alguns trabalhos envolvem, eles próprios, condução e, até, viatura própria.

 

No entanto, a verdade é que, na mesma medida, cada vez se incentiva mais o uso dos transportes públicos, em detrimento do carro.

Os passes ficaram muito mais baratos. 

A gasolina e o gasóleo, cada vez mais caros.

Andar de carro, para grandes distâncias, não compensa, em termos de gastos.

 

Só que, como uma "pescadinha de rabo na boca", a verdade é que estamos muito mal servidos a nível de transportes públicos.

Há pouca oferta, poucos veículos, horários escassos.

Tem-se assistido a passageiros deixados nas paragens, à espera do autocarro seguinte, porque aquele vai cheio.

Isso gera transtornos. Atrasos. 

Ninguém tem vida para chegar tarde e más horas ao trabalho, por culpa das empresas de transporte.

 

E volta a equacionar-se o carro.

E, para isso, a carta de condução!

 

 

Lucidez

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Pensar que, há muitos anos, era eu que a rejeitava.

Era eu que não queria nada com ela.

Porque ela me fazia lembrar aquilo que eu deveria fazer. O homem que eu deveria ser.

E eu ainda não queria assumir esse compromisso. 

Ainda queria viver muitas aventuras e sabia que, a partir do momento em que ela passasse a fazer parte da minha vida, isso chegaria ao fim.

 

Sabia que precisava dela. Sabia que ela faria parte do meu futuro.

Mas ainda não estava preparado para tê-la comigo.

Por isso, ia alternando, entre uma e outra.

No fundo, ela esteve sempre lá. 

Mas eram mais as vezes que a deixava de parte, a um canto, do que as que me permitia estar com ela.

 

Claro que, um dia, isso mudou.

Estava na hora. 

Já tinha idade para ter juízo. E assumi.

Desde então, caminhamos juntos, lado a lado.

Nunca me abandonou.

Nunca me deixou ficar mal.

Tem sido uma grande companheira, e decisiva, nos momentos mais importantes.

 

Agora, parece-me que isso está prestes a mudar.

Sinto que, de vez em quando, é ela que se afasta de mim. É ela que se ausenta, ainda que por breves instantes.

Como se estivesse a estudar a melhor forma de me abandonar de vez, fazendo-o um pouco de cada vez.

 

Sinto que, em determinados momentos, ela me falha.

Como se já não quisesse saber de mim.

Como se já não me fizesse falta. 

 

Nesses momentos, sinto-me confuso.

As coisas não parecem as mesmas.

A minha vida não parece a mesma.

 

Mas, depois, como se nunca tivesse deixado de ali estar, ela volta.

Volta, e faz-me perceber a figura ridícula que fiz, enquanto me deixou.

E sinto-me mal, por estar tão dependente dela.

E por ela me pregar estas partidas.

Ela, que nunca me deixou ficar mal age, agora, como se fosse esse o seu objectivo.

 

Oh, lucidez...

Porque é que me deixas sozinho, sem rumo, quando mais preciso que me guies?

Porque é que, agora, és tu que me rejeitas? 

Logo agora, quando mais preciso de ti.

 

Porque é que vais, e voltas, em vez de permanecer comigo?

Estarás, tu, a testar-me?

A vingar-te de mim?

 

Quando estás comigo, não consigo parar de pensar que, quando eu menos esperar, não voltarás mais, e me deixarás para sempre.

E se isso acontecer, o que restará de mim?...  

 

Reabilitação e reinserção social

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Estão interligadas.

Embora se possam manifestar com resultados diferentes.

Será muito difícil existir reinserção, se não houver, antes, a reabilitação. A reabilitação será sempre a primeira etapa.

Se as pessoas tiverem passado essa etapa com sucesso, segue-se a reinserção. Que é mais difícil, e nem sempre acontece. Ainda que a taxa de reabilitação seja elevada, o mesmo poderá não vir a acontecer com a reinserção, muito por conta da desconfiança, do estigma, da falta de integração dessas pessoas.

E, então, pode-se dar o caso de a baixa taxa de reinserção, levá-las a retroceder, e voltar a reincidir, destruindo todo o processo de reabilitação pelo qual já tinham passado, e ultrapassado.

Se não se mudar a equação assistiremos, cada vez mais, a pessoas que preferem nem sequer passar por estas etapas, porque perdem a fé na aceitação da sociedade, ao seu esforço por se tornarem melhores, concluindo que não vale a pena e, portanto, mais vale continuarem à margem, da forma que lhes for mais vantajosa, e menos humilhante.

Dia Mundial do Livro

A leitura faz você feliz: 10 boas razões para ler mais - greenMe

 

Se eu poderia viver sem livros?
 
Talvez...
Mas duvido!
 
Sempre que estou mais tempo, do que seria de esperar, sem ler um livro, começo a sentir aquele formigueiro, aquela necessidade, aquela urgência, aquela ânsia de voltar a embrenhar-me numa nova história, que só os "livro-dependentes" conhecem.
 
Os livros fazem, desde a infância, parte da minha vida.
E eu, um bocadinho da vida de cada um deles!
 
 
Com os livros, é possível: 
 
  • aprender
  • acreditar
  • sonhar
  • viajar
  • investigar
  • saborear
  • melhorar
  • emocionar
  • autoconhecer
  • experimentar
  • experienciar
  • exilar
  • fantasiar

E tantas outras sensações que cada história nos proporciona!

 

Não importa que as histórias sejam muito parecidas.

Nem, pelo contrário, que sejam muito diferentes.

Desde que mexam connosco, e nos façam sentir o que quer que seja, já valem a pena!