Desacelerar
(é preciso)
Desacelerar...
Cada vez mais, é preciso.
Mas como?!
É caso para dizer:
"Deixa para logo o que não precisas de fazer agora. Ou para amanhã. E, assim, hoje, terás mais tempo."
Mas, o que é certo é que isso é, apenas, um adiar.
Logo, ou amanhã, terei por, e para, fazer, aquilo que agora, ou hoje, não fiz. A somar ao que teria que fazer amanhã.
Portanto é um desacelerar momentâneo, para acelerar ainda mais a seguir.
A verdade é que estamos na era em que as pessoas cada vez têm menos tempo.
Em que as pessoas andam mais a correr.
Com mais tarefas a fazer, e com prazos para cumprir.
Com mais responsabilidades e obrigações.
Com mais compromissos.
Em que as pessoas mais acumulam o trabalho doméstico com a vida laboral.
Algumas, com filhos.
É a era do stress, em que estamos, constantemente, a pisar a fundo no acelerador, para chegar a tudo e a todos, e a todo o lado, sem atrasos, adiamentos ou falhas.
Estamos na era em que tudo nos é exigido, e em que tudo nos exigimos.
Simultaneamente, estamos na era em que mais precisamos de tempo.
Em que mais precisamos escolher as nossas prioridades.
Relativizar.
Delegar.
E usar o travão.
Desacelerar.
Pensar em nós, e pôrmo-nos, e à nossa saúde, em primeiro lugar.
Antes que seja tarde demais.
Porque as consequências, a curto e a longo prazo, de quem vive constantemente no limite, sem moderar a "velocidade" apesar das circunstâncias, e dos avisos que vai recebendo, podem ser terríveis.
E irreversíveis.