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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Os Desafios da Abelha | Uma história especial

A história da minha vida como se fosse uma abelha

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A Ana desafiou-nos a contar a história da nossa vida como se fossemos uma abelha.

 

Vestida de preto e amarelo

sem nunca mudar de cor

Ando por este mundo

Pousando de flor em flor

 

Uma infância de memórias

umas boas, outras más

Na adolescência muitas histórias

 De um tempo muito fugaz 

 

De repente, tudo muda

É hora de assumir

Uma família para cuidar

Uma casa para gerir

 

Uma vida dedicada ao trabalho

para a colmeia alimentar

Sem tempo para grande diversão

Aqui não se pode falhar

 

Voo para cá e para lá

o tempo sempre contado

Há muito para produzir

E garantir o ordenado 

 

Não ambiciono ser rainha

Não fui feita para governar

Prefiro juntar-me às operárias

E alguma liberdade aproveitar

 

Dizem que parar é morrer

Por isso me mantenho em movimento

Sempre dá para me aquecer

E exercitar o pensamento

 

Sou bicho de um só ofício

E de algumas actividades

Realizadas sem sacrifício

Com mais ou menos habilidades

 

No final não tenho muito

Mas também não é preciso

Sou feliz com o que tenho

E, se algo faltar, improviso

 

Sei que a minha vida é efémera

Mas ninguém é imortal 

Aproveito enquanto cá estiver 

E tento torná-la especial!

 

 

 

 

Quando não há nada a perder, nada há a temer

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Por vezes, é bom. Outras, nem tanto.

Por vezes, é coragem. Outras, loucura.

Por vezes, é luta. Outras, resignação.

Por vezes, é desafio. Outras, desespero.

Por vezes, é vitória. Outras, derrota.

Por vezes, é ilusão. Outras, a verdade nua e crua.

Por vezes, é o início. Outras, o fim da linha.

Desafio Tema Vida

Canteiro de Ideias: Setembro 2014

 

A Célia desafiou-nos a escrever um texto sobre o tema "Vida",

no âmbito da celebração do aniversário do seu blogue.

Esta é a minha participação:

 

"A vida é como uma contagem decrescente para o seu próprio fim.

Como um cronómetro, que se liga no momento em que nos é dada, e que um dia chegará ao zero.

Como uma ampulheta, que nos diz que o tempo está a passar e que, um dia, se esgotará definitivamente.

 

Quantas vidas temos nós?

Quantas vezes poderemos parar ou reprogramar o cronómetro?

Será possível virar a ampulheta da vida ao contrário, para termos mais tempo de vida?

 

A vida é um ciclo, com princípio e fim.

Se esse ciclo se renova, ninguém sabe.

 

A vida é um caminho, que nos é permitido percorrer e explorar.

A vida é um jogo que nos é permitido jogar.

A vida é, toda ela, uma experiência.

 

É um conjunto de sentimentos. De emoções. De acontecimentos que nos marcam, e nos definem.

É um conjunto de memórias que vamos guardando. De pessoas que vamos conhecendo. De lugares e coisas que vamos descobrindo.

A vida é algo que podemos gerar, mas sobre o qual, a partir desse momento, deixamos de ter qualquer poder.

 

Viver é amar, e ser amado.

É ser feliz, e partilhar essa felicidade.

É agarrar a oportunidade, que não sabemos se voltaremos a ter.

E fazer o que de melhor conseguirmos com ela.

Porque cada vida é única, e não se voltará a repetir."

 

 

Para verem todas as participações, espreitem o blogue aniversariante Raios de Sol!

A subida

Pode ser uma imagem de natureza, céu e lusco fusco

 

"Parar é morrer", dizem.

Mas, por vezes, para não morrer, é preciso parar.

 

Naquela subida, que parecia não ter fim, ela subia, insistia, passo a passo, sem parar, ainda que todas as forças lhe estivessem a fugir pelo corpo porque sabia que, se parasse, por um minuto que fosse, já não conseguiria continuar.
 
No início, movia-a a coragem, a determinação, a força.
Depois, a perseverança. 
E, à medida que ia subindo, a obstinação. A vontade de superar o desafio.
Que logo se transformou em teimosia. Em sobresforço, contraprodutivo.
Uma espécie de testagem dos limites, que já há muito acusavam estar a ser ignorados.
 
Mas, depois, deu-se por vencida. Parou. Sentou-se, esgotada.
Ali permaneceu, por bastante tempo.
Acreditava mesmo que, dali, já não conseguiria sair.
Que tudo tinha sido em vão.
 
Ainda assim, restava-lhe uma centelha de orgulho. De dignidade. 
Algo a impelia fazer uma derradeira tentativa. Porque há coisas que não devem ficar a meio. E seria mais fácil chegar ao destino, do que retornar ao ponto de partida.
 
Quando se tentou pôr de pé, ficou surpreendida.
As dores já não se faziam sentir tanto. Já não se sentia tão cansada.
Não faltava assim tanto para alcançar o topo. Não custava tentar.
 
Motivada e esperançosa, retornou à subida, acabando por alcançar o objectivo a que se tinha proposto.
E assim, depois de vencida, acabou vencedora.
Mas como saber se as subidas que iniciamos têm uma meta ou se, pelo contrário, são eternas e infinitas? 
 
Na verdade, não sabemos.
Mas, se não acreditarmos que elas nos levam a algum lado, de que nos servirá subi-las?
Se não existir topo, de que adianta escalar?
 
 
 
Inspirado neste texto!
 

O meu rosto em cem palavras

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A Maria desafiou-me.

Eu aceitei o desafio.

E o resultado foi este.

 

Rosto, outrora mais redondo, hoje mais estreito e longo.
Olhos grandes, para melhor ver aquilo que me rodeia, o que é digno de ser visto, e o que não deverei voltar a ver. De cor castanho-esverdeado, ou verde-acastanhado.
Pele clara, outrora de adolescente, cheia de borbulhas. Hoje, restam as marcas das alegrias, das tristezas, das preocupações, das vivências, dos sorrisos, traduzidas em finas linhas a que apelidam de rugas de expressão.
Nariz e boca banais. Sobrancelhas cada vez mais finas, pestanas longas.
Cabelo ruivo, outrora escuro, e que volta agora a clarear, com reflexos brancos fruto da idade.
Sou eu…