Quantos animais conseguem descobrir nesta imagem?
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Porque temos, tantas vezes, medo de assumir compromissos? De aceitar desafios?
De chegar à frente e dizer "eu faço", "eu aceito", "vamos a isso", com entusiasmo, preferindo um dúbio e pouco seguro "posso tentar", "é complicado", ou "sem compromisso" assumindo, à partida, que não o vamos conseguir fazer?
Porque temos tanto receio de dizer um "não" bem claro, ou um "sim" convicto, ficando-nos, tantas vezes, pelo "vou pensar", "tenho que ver", "talvez", deixando para depois uma decisão que, no fim, já está totalmente tomada no nosso pensamento?
Porque temos tanto medo de afirmar as nossas vontades?
Porque nos deixamos invadir tantas vezes pela insegurança acerca das nossas capacidades?
Porque receamos tanto aquilo que os outros pensarão de nós, ou de que forma receberão as nossas decisões?
O melhor que este ano de 2018 me trouxe foi a certeza de que, por muito que nos custe a acreditar, a nossa história somos nós que a fazemos.
E foi assim que começámos esta caminhada, em janeiro, com o concerto de Soy Luna, na Altice Arena.
Seguiram-se vários passeios como a nossa ida, em Maio, até à aldeia de Alcarias, em pleno Alentejo, para visitar uma colónia de gatinhos muito especial, e sermos recebidos com a maior simpatia pela Nélia e pela Daniela.
Houve momentos em que me senti mais esgotada, e me perguntei “para onde vai a nossa disposição quando somos engolidos pela rotina", mas nada como uma caminhada pela Lagoa de Óbidos, pela zona do Vimeiro ou até mesmo pela Foz do Arelho, para recuperar energia e voltar a casa com um sorriso no rosto.
Foi um ano de muitas entrevistas para o blog, de muitas sugestões para os fins de semana no FantasticTV, e por aqui.
Não faltaram os momentos hilariantes com os bichos lá por casa, como o batalhão de formigas que nos invadiu a casa durante semanas, nem os stresses habituais com a escola, os professores, a chuva de testes e os trabalhos de grupo.
Aventura também não faltou, com a nossa ida à famosa Praia do Cavalo, em Sesimbra, onde tivemos que percorrer um trilho que quase nos matava do coração, para chegar ao paraíso mas, por vezes, não podemos evitar o inevitável!
Mas, como a carteira nem sempre dá para grandes extravagâncias, tivemos que manter o equilíbrio, e encontrar locais aqui mais perto de nós, com uma beleza que desconhecíamos, como as Cascatas do Rio Mourão, Senhora do Arquitecto ou São Julião.
2018 foi o ano de deixar para trás quem não quer seguir connosco, porque cada um deve seguir a sua vida livremente, sem depender de ninguém, nem estar preso a ninguém.
Se é difícil? É.
Mas, muitas vezes, são estas situações os grandes impulsionadores das mudancas que ocorrem na nossa vida.
Neste ano que agora se aproxima do final, tive ainda imenso prazer em colaborar com um projecto inovador em Portugal – uma revista totalmente dedicada aos felinos - a Miau.
Li muito, vi imensos filmes, conheci e acompanhei novas séries e programas televisivos.
Escrevi imensos textos para o blog, dos quais destaco alguns, como estes dois:
a dúvida corrói mais que uma verdade dolorosa ou carta a uma amiga que um dia foi especial.
Em 2018, a revista Inominável despediu-se, e com essa despedida chegaram ao fim 3 anos de colaborações.
Foi o ano em que senti, pela primeira vez, alguns dos tremores de terra que se fizeram sentir no país. E em que me preparei mentalmente para a possibilidade de a minha filha vir a namorar brevemente para, logo depois, perceber que ainda não seria desta que teria de lidar com isso.
É ainda o ano em que me tornei oficialmente quarentona!
Se poderia ter sido melhor?
Talvez... Mas estou grata por tudo o que ele me trouxe.
E planos para 2019?
Não há!
O caminho faz-se caminhando, e quando lá chegar, logo verei o que ele me reserva, e o que poderei fazer com ele!
São muitas as vezes em que nos deparamos com desafios na nossa vida, e ficamos à nora, sem saber se os devemos aceitar ou recusar.
Sobretudo, quando não têm nada a ver connosco, e nos atiram completamente para fora da nossa zona de conforto.
Foi um desses desafios que me bateu à porta um dia destes: uma entrevista sobre um algo que não domino, sobre o qual não tenho qualquer interesse e pelo qual sinto, maioritariamente, descrença. Como base, apenas uma biografia de meia dúzia de linhas e, em pesquisa, pouca informação adicional à que tinha.
Se é possível fazer omeletas sem ovos, quando nem sequer gostamos de omeletas, apesar de cozinhar nos dar prazer?
Digamos que, havendo vontade, aceitando o desafio e colocando-nos à prova, mesmo com poucos ovos, e não sendo fã de omeletas, consegue-se fazer um prato aceitável e, até, capaz de surpreender.
Assim, tendo a possibilidade de recusar, e a compreensão da outra parte caso o fizesse, como profissional que sou, mesmo que esta vertente das entrevistas seja apenas um hobbie, aceitei o desafio.
O resultado, poderão vê-lo no próximo "À Conversa Com...". Ou então, não.
Se fosse eu a deparar-me com a entrevista, provavelmente passaria à frente, sem a ler!
Há sempre duas faces da mesma moeda, como dizia eu ao meu marido, ao vermos este filme, que ele quis ver com a minha filha, para mostrar o quão perigosos podem ser certos jogos e desafios na net: pode resultar no bom sentido, que é alertar para os perigos e evitar que os adolescentes cometam erros, ou fazê-los ficar ainda com mais vontade de experimentar, ainda que não o demonstrem. É um risco.
Mas este é, sem dúvida, um filme que eu recomendo! E até fiquei admirada de não ser um filme sobre o qual se lêem muitos comentários e opiniões, ao contrário de outros filmes e séries que passam na TV.
Nerve foi até apontado como o filme que serviu de fonte de inspiração aos criadores do jogo da Baleia Azul, embora com contornos diferentes.