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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Uma semana de férias...

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Tenho uma semana de férias.

O marido regressou ao trabalho. Venho eu para casa.

É assim a vida.

A minha filha está indecisa entre passar algum tempo com a mãe, ou trocá-la pelas amigas.

 

E eu, assim de repente, imagino tantas coisas que queria ou poderia fazer mas, ao mesmo tempo, não me imagino a fazer nada mais do que ficar em casa, sem mexer uma palha!

Quero planear tantas coisas. Parece que o tempo é pouco.

Às tantas, deixo acontecer e, quem sabe, sobra tempo.

 

Uma semana de férias para descansar ainda que, em casa, haja sempre no que trabalhar, se assim o quiser.

E se sair, só para não ficar em casa, até posso passear, recuperar energias, espairecer. Mas, depois, parece-me que o preço é andar a correr.

 

Uma semana não dá para muito.

Não dá para fazer programas em família.

Não dá para ir muito longe.

 

Mas é uma semana.

E há que aproveitá-la.

O tempo, e a vida, são demasiado preciosos, para desperdiçá-los.

 

Venha de lá ela, então!

Confinamento não é sinónimo de ficar em casa por obrigação

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No outro dia, dizia-me o meu marido "Deves ser das poucas pessoas que cumpre à risca o confinamento, não sais de casa!".

Dito assim parece que vivo enclausurada! Não é o caso.

Todos os dias vou para o trabalho, faço 4 caminhadas diárias no percurso casa-trabalho-casa.

Quando não vou às compras à sexta-feira ao almoço, vou ao sábado.

Por isso saio, caminho, faço o que tenho a fazer.

 

Já chegou a acontecer estar em casa, e ter que sair para apanhar ar.

Da mesma forma, se estou bem em casa, porquê sair?

 

Não é uma questão de cumprir o confinamento, ou de ter receio de apanhar o vírus.

É mesmo porque me sinto bem e não me faz falta andar por aí na rua só para não estar em casa.

 

Sim, é verdade que, desde que a pandemia surgiu, nunca mais almocei fora, por exemplo. Ou estivemos numa esplanada. Mas eu também não sou mulher disso. À excepção de uma ou outra ocasião especial, é sempre o meu marido que me convence e convida a almoçar fora.

Não sou mulher de andar por aí a tomar o pequeno almoço ou lanche. Normalmente, faço-o em casa. Ou levo de casa.

Não sou mulher de querer sair todos os fins de semana e andar a passear, até porque há muito para fazer em casa, e em tempo de aulas mais ainda.

E se já ando na rua, e farto-me de andar durante a semana, que sentido faz, quando posso estar descansada em casa, andar a cansar-me na rua.

Para fazer os mesmos passeios de sempre? Onde já andámos mil vezes?

 

Portanto, não me estou a privar de nada, nem a obrigar a nada. 

Estou a agir conforma já agia.

Não fico em casa por obrigação. Porque é confinamento.

Fico em casa se, quando, e porque me apetece.

 

 

A falta de ocupação também cansa e aborrece

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Quando andamos ocupados durante meses a fio, estamos sempre há espera de uma folga, um fim-de-semana, ou até das próximas férias, para poder descansar e desanuviar.

Depois, quando estamos de férias durante muito tempo temos, por vezes, tendência a sentir falta das rotinas, e de ter algo com que nos ocuparmos.

As férias também podem ser cansativas, e precisarmos de férias das férias.

Mas, sobretudo no caso das crianças e adolescentes, podem tornar-se aborrecidas se não tiverem nada para fazer, enquanto os pais estão a trabalhar, os amigos estão a passar férias para outros lados, e outros estão a trabalhar para ganhar algum dinheiro extra.

É extremamente aborrecido estar em casa um dia inteiro, à espera de encontrar alguém disponível para conversar, e passar o tempo a inventar algo para fazer enquanto isso não acontece.

O aborrecimento pode ser tanto, que acabam por, involuntariamente, exigir demais dos outros, e descarregar neles o mau humor que sentem.

 

O grande dilema de todos os anos

 

 

 

Imagem relacionada

 

Todos os anos espero ansiosamente pelas férias, para poder descansar da rotina e stress do trabalho, acordar mais tarde, ir à praia, à piscina, passear, estar com a minha filha e com as bichanas, e com o meu marido, quando estamos de férias na mesma altura.

 

Todos os anos chegamos a esta altura, a perceber que precisamos de lavar paredes, pintar, limpar a casa, o que implica ter tempo livre e, de preferência, estarmos os dois em casa, para ser mais fácil e não incomodar um ao outro. Esse tempo livre, e essa disponibilidade, só acontecem em tempo de férias.

 

Mas as férias são intercaladas, uma semana num mês, duas semanas no outro. Se não aproveitarmos ao máximo o verão nessa altura, no resto do tempo é complicado.

Por outro lado, é a altura ideal para limprezas e, de outra forma, não nos conseguimos conciliar ou ter tempo para as limpezas e pinturas.

 

Posto isto, eis que surge o grande dilema:

 

Aproveitar as merecidas e desejadas férias, deixando a casa conforme está, até ver, ou deixar a casa apresentável, sem ter realmente gozado férias, e voltar ao trabalho mais cansada ainda, e com a sensação de não ter estado de férias?