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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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Procurar trabalho estando a trabalhar

Resultado de imagem para procurar trabalho

 

Sem horário definido, podendo estar hoje num sítio, amanhã noutro, sem folgas e a trabalhar 10 a 12 horas por dia, é complicado arranjar um novo trabalho.

É quase como a pescadinha de rabo na boca.

A pessoa está farta daquele trabalho/ horário, e quer mudar. Por isso, candidata-se a outros trabalhos, uma vez que só poderá sair de onde está, com garantia de novo trabalho. Mas, como está a trabalhar e nunca sabe o seu horário, ou porque está a fazer as tais 10/12 horas, quando lhe marcam as entrevistas, ou não consegue confirmar, ou simplesmente não pode ir, anulando qualquer hipótese, o que a faz ter que se aguentar com o que tem. 

Ou, então, toma a atitude drástica de sair do actual trabalho, sem qualquer garantia, porque só assim terá tempo para poder procurar algo melhor. Mas terá que se mentalizar que, no final do mês, o ordenado habitual não estará lá, e a sua situação vai ficar pior do que estava, mesmo não recebendo o ordenado justo pelo trabalho que faz.

 

Quando a esmola é grande...

...o desempregado nem sempre desconfia!

 

E algumas vezes dá-se mal por acreditar em tudo o que lhe dizem.

No outro dia, vimos o caso daquelas pessoas a quem lhes foi prometido trabalho, adiantaram o dinheiro das fardas, e acabaram por perder o dinheiro e continuar sem trabalho.

Outras empresas há que, após entrevista com o candidato, lhe dão para a mão um contrato de trabalho sem termo para assinar, uma farda para começar a trabalhar, um posto à escolha entre vários, e lhe informam para estar atento ao telemóvel porque na semana seguinte vai ser chamado. 

Mas os dias passam, e nada. O candidato liga para a empresa, e esta tranquiliza-o, afirmando que estão a criar as condições necessárias para o desempenho da função. Mas a verdade é que, no suposto local de trabalho, não existe ainda nada, nem tão pouco se sabe quando irá existir, uma vez que já outras pessoas, há meses atrás, foram ao mesmo local, à procura do mesmo.

Temos então um desempregado que, na sua boa fé, acreditando que, na posse da farda da empresa e com um contrato assinado, comunicou ao centro de emprego que já tinha conseguido trabalho, perdendo o direito ao subsídio de desemprego, e que se vê em casa sem nada de concreto em que se fiar.

Um desempregado que está cheio de vontade de trabalhar e que, à custa do suposto emprego que tinha encontrado, deixou de ir a entrevistas e testes de outras empresas que entretanto o chamaram. Um desempregado que mudou completamente a sua vida em função desse trabalho que lhe prometeram.

Mas como as despesas ao fim do mês não são pagas com as pessoas sentadas à sombra de um posto de trabalho que ainda não existe nem tem data prevista para iniciar, pendente de respostas de eventuais clientes, há que virar para outro lado, e não desperdiçar oportunidades.

E, assim, o desempregado que aparentemente já tem trabalho, vai a uma entrevista e é seleccionado para iniciar num posto de trabalho um pouco mais longe, a trabalhar mais horas, mas com mais garantias de veracidade.

Pelo menos o local de trabalho existe, e é já para começar no início do próximo mês. A ver vamos...