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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O Adoldo

(e como pequenos gestos podem tornar o nosso dia mais leve)

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Faço aquele caminho diariamente.

Várias vezes por dia.

E já se torna tão habitual que, muitas vezes, já nem paro para observar.

Quando a colónia lá andava, não havia dia em que não espreitasse, para ver se via os bichanos.

Depois, a colónia desfez-se.

Há pouco tempo, apareceu por lá um solitário, tigrado, cinzento. Fez-me voltar ao hábito. Mas deixei de o ver. E o hábito perdeu-se.

Ainda mais nestes dias de chuva, em que uma pessoa quer é chegar depressa ao destino.

 

Hoje, um desses dias de chuva, de chapéu aberto e a caminho do trabalho, estive mesmo para seguir em frente.

Não sou muito de acreditar em sextos sentidos, chamamentos e afins, mas algo me fez mudar de ideias, e ir até lá, só naquela...

Para meu espanto, na caixa onde cheguei a ver o tal gato tigrado, estava um cão.

Lindo, aparentemente meigo. Não ladrou, não se assustou, nem se mexeu. Ficou a ver-me falar com ele, e tirar as fotografias. 

Não fazia ideia se estava perdido, abandonado, se era de alguém da zona. Mas nunca o tinha visto antes.

 

Publiquei a foto no facebook, e partilhei num grupo de animais desaparecidos aqui de Mafra. Just in case...

Acho que, quando publicamos algo do género, pensamos sempre que não dará em nada.

Várias pessoas partilharam a publicação.

E chegou até ao dono.

Ao que parece, o cão tinha fugido no fim de semana, voltado para casa mais tarde, e entretanto voltou a fugir.

Não é daqui perto. A casa dele ainda fica a uns 3 km.

Por volta das 10h, já não estava naquele sítio.

Mas deve ter ficado por perto porque, pouco depois, quando o dono foi até lá procurá-lo, ele apareceu.

 

Foi assim que o Adolfo - é esse o nome do fugitivo - voltou para a sua casa, em segurança.

E o meu dia se tornou mais leve, por ter dado um pequeno contributo para este desfecho.

 

 

Em dia de aniversário, o que mudou na forma como vivo este dia!

Desenho de 42 anos pintado e colorido por Usuário não registrado o dia 18  de Dezembro do 2016

 

Longe vão os tempos em que uma pessoa quase passava o ano inteiro à espera que chegasse o dia do aniversário.

Nesse tempo, tudo era vivido de forma mais intensa. Nessa altura, adorava fazer anos.

Não é que agora não goste.

Mas, a cada ano que passa, este dia vai sendo vivido de forma diferente.

 

Ansiedade

Aquela ansiedade de contar os dias para a data, quase meses antes, já não existe.

Talvez a palavra certa seja expectativa, moderada, e sem histerismos.

 

Gostar de ser mais velha

Se há uma altura na nossa vida em que só queremos fazer mais um ano e ficar mais velhos, a partir de uma determinada altura, isso passa!

Não é que a idade me pese, ou que note muito a diferença, mas passava bem sem os adicionar à conta.

 

Mensagens à meia-noite 

Esqueçam!

Se tempos houve em que uma pessoa ficava acordada até à meia-noite, à espera das primeiras mensagens, ou, no papel inverso, a enviar mensagens aos aniversariantes, só para ser a primeira, isso já passou de moda!

Há um dia inteiro pela frente para parabenizar, ou ser parabenizada. Não faz sentido estarmos acordados a essa hora, quando podemos dormir.

 

Bolo de aniversário

Eu era daquelas para quem aniversário sem bolo não era aniversário.

Hoje, faz sentido, se houver um almoço ou jantar de celebração, em família ou com amigos.

Se isso não acontecer, não vale a pena gastar dinheiro num bolo, em que quase nenhum de nós vai comer mais que uma fatia.

Mais vale comprar um bolo qualquer pequeno e pôr-lhe umas velas, só para cumprir a tradição.

 

Tirar o dia

Nunca o fiz.

Justifica-se se o resto do pessoal estiver de folga ou férias. Se for para passear, ou viajar.

Senão, que sentido faz ficar em casa num dia em que a filha está na escola, e o marido a trabalhar?

Acaba por ser um dia como outro qualquer e que, na maioria das vezes, até é celebrado mais tarde, no fim de semana seguinte.

 

A importância dada a quem se lembra/ esquece o aniversário

Claro que gostamos que a nossa família e amigos se lembrem do nosso aniversário e que tenham essa atenção para connosco mas...

Qualquer um se pode esquecer. Até eu própria já me esqueci de alguns. Por isso, não devemos levar isso como uma ofensa, ou levar a mal.

Por outro lado, ligar ou mandar mensagem só porque sim, também dispenso. 

Tenho alguém na família que, sempre que ligava, só queria saber se eu ia almoçar ou jantar fora para celebrar.

Se o fizerem, que seja sentido, e é esses gestos que contam e têm valor. 

O resto, é relativizar.

 

E por aí, ainda encaram o vosso aniversário da mesma forma, ou também mudaram a forma de o viver?

Somos como um balão!

desenho-de-balão-colorido-dibujos-ideia-criativa.

 

 

Ao longo do nosso dia, algumas situações menos boas vão-se acumulando, como o ar que vai enchendo, aos poucos, um balão.

Da mesma forma, acontecem outras que compensam as primeiras e, de certa forma, soltam a boca do balão por momentos, esvaziando algum do ar que lá se encontrava.

Se o balanço final for positivo, e conseguirmos pôr para trás das costas o menos bom, é possível que cheguemos ao final do dia com o balão vazio. E que bem que sabe soltar todo aquele ar que se foi acumulando!

 

 

No entanto, este processo vai-se repetindo ao longo da nossa vida, e o balão, de tantas vezes que se enche e esvazia, começa a ficar mais enfraquecido.

Por outro lado, não é saudável andar sempre com ar dentro do balão, por pouco que seja, sem o conseguir soltar. Até porque, quanto mais ficar acumulado, mais depressa o balão enche, e mais fraco e susceptível de rebentar se torna.

 

 

O resultado, num ou noutro caso, é que corremos o risco de, um dia, sem contarmos, o balão, simplesmente, rebentar. 

Se for por excesso de ar, muito mais rapidamente, é certo, e muito mais previsível.

Se pelas várias metamorfoses que foi sofrendo ao longo do tempo, mais demoradamente, e de forma imprevisível.

 

 

E o que acontece, quando o balão rebenta?

Para além de não haver nada a fazer, e ter que ser substituído por outro, pode atingir tudo à sua volta com os estilhaços daí resultantes.

Haverá sempre consequências, e mudanças.

Mas nem sempre o podemos evitar...

Acordar com a chuva a cair lá fora

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Foi assim hoje de manhã...

Acordei, ainda não eram 7 horas, e ouvi a chuva a cair lá fora.

A primeira chuva de outono!

 

Não apetecia levantar da cama, mas tinha que ser.

Ainda era de noite. As luzes acesas permitiam ver as pingas a cair no chão.

As gatas, que já não estavam habituadas ao som das gotas a bater nos telhados e beirais, estavam assustadas.

 

As luzes desligaram. Ficou escuro mas, aos poucos, começou a clarear. 

O céu estava todo cinzento, e a chuva continuava.

Não apetecia sair de casa. Era tão melhor ficar no nosso abrigo!

 

Mas é preciso ir trabalhar. É preciso ir para a escola.

Casaco da chuva e sapatos a substituir as sandálias que ainda ontem calçava, saí de casa já com sol, e um cheirinho bom no ar, deixado pela chuva que entretanto parou.

 

Temporariamente...

O sol é enganador, e já se veem mais nuvens negras no céu, a prometer mais chuva ao longo do dia.

Parece que, agora sim, stá oficialmente aberta a época do outono!

 

 

Qual o melhor dia da semana para trabalhar?

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Segunda-feira - ainda com sono e cansados, a tentar entrar novamente no ritmo, com muita calma, depois de um fim de semana a acordar mais tarde e cheio de actividades, não é um bom dia para trabalhar!

 

Terça-feira - o dia em que pensamos que ainda falta tanto tempo para o fim de semana, em que desmoralizamos e nos andamos a arrastar, na esperança que, pelo menos, vejamos o meio da semana chegar

 

Quarta-feira - estamos a meio da semana, já enfrentámos dois dias de trabalho, precisamos de uma pausa para enfrentar o resto da semana

 

Quinta-feira - já está quase a semana a terminar, custa-nos cada vez mais acordar cedo, o cansaço vai-se acumulando, já só queremos que o fim de semana chegue depressa

 

Sexta-feira - estamos já em modo fim de semana, a trabalhar o mínimo, à espera que o tempo passe e o relógio indique a hora de saída! 

 

Posto isto, na vossa opinião e experiência pessoal, qual o melhor dia da semana para trabalhar, e que acaba por ser mais produtivo? Ou não existe um dia específico para isso?