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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A dificuldade de receber uma encomenda

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Quando o meu pai era vivo, era sempre para casa dele que iam as nossas encomendas.

Ele estava sempre em casa. Raramente havia falhas.

 

Agora que não existe mais essa opção, começou o "drama".

Para onde indicamos a recepção das mesmas, se nunca ninguém está em casa?

 

A minha filha fez uma encomenda e experimentou, pela primeira vez, um ponto de entrega.

Recebeu um código para ir ao local, e abrir o cacifo, onde estaria a sua encomenda. O código abriu dois cacifos: o dela, e o de outra pessoa!

E a confusão que foi, depois, por causa da outra encomenda que não era dela. Foi a primeira e última vez, até porque outra pessoa qualquer poderia abrir, da mesma forma, o cacifo que não lhe pertencia e, depois, nada de encomenda.

 

Já eu, encomendei a ração das gatas para um sábado.

Pensei que, como habitualmente, viriam a partir das 10h/ 10.30h, pelo que daria tempo de ir às compras.

Pus som no telemóvel. Volta e meia, olhava para o ecrã. Nada.

Fiquei descansada.

Mas não serviu de nada porque não ouvi o telemóvel a tocar e, quando percebi e tentei devolver a chamada, ninguém atendeu.

Ao fim de várias tentativas, lá o transportador respondeu, informando que, naquele dia, já não entregava. Que já não estava no local, e teria que ficar para segunda-feira.

 

E assim foi: segunda-feira, com o telemóvel na mão a passear, para não perder a dita chamada, e a encomenda não voltar para trás, definitivamente.

É isto!

 

 

 

 

 

 

Quando conversar se torna difícil, resta o silêncio

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Não que eu seja muito dada a conversas mas, quando é algo que me interessa, ou sobre o qual posso dar a minha visão, a minha opinião, ou questionar, gosto de conversar com os outros.

Mas gosto, quando é uma conversa saudável. Quando todos podemos ter opiniões ou visões diferentes. Quando cada um respeita o outro. Quando é possível trocar ideias e pensamentos de forma pacífica.

No entanto, cada vez mais noto que, com algumas pessoas isso, simplesmente, não é possível.

Porque não admitem outra linha de pensamento que não a exposta por elas. Porque ficam chateadas por estarmos a levantar questões que não têm de ser colocadas. Porque, para elas, não faz qualquer sentido estarmos a desviar da "linha recta" por elas traçada, e enveredar por outros caminhos, que não o único por elas sugerido.

Então, aquilo que poderia ser uma conversa normal, torna-se uma guerra inútil, uma discussão desnecessária.

E, sendo assim, quando conversar se torna difícil, cansativo, stressante e desgastante, resta o silêncio...

 

 

 

Reflexão do dia

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Porque é que parece que as coisas, para os outros, acontecem sempre de uma forma tão simples, fácil e rápida?

E connosco parece sempre mais complicado, e demorado?

Porque é que parece que, com os outros, tudo ocorre de forma natural, e sem qualquer esforço?

E connosco parece ser sempre necessário lutar pelo que queremos, e nem sempre com sucesso?

Porque é que parece que, aos outros, a sorte lhes vai bater à porta?

E, a nós, parece obrigar-nos a ir atrás dela, e nem sempre nos permite alcançá-la?

 

Parece...

Não quer dizer que, realmente, seja.

Pode ser. Acontece.

Ou podemos ser nós a ver as coisas de uma forma negativa, vitimizadora, e superficial, já que não sabemos o que custou, aos outros, as suas conquistas.

 

 

 

Respirar

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Respirar…

Algo tão natural, tão básico, tão inato, a que ninguém presta atenção.

E, ainda assim, essencial para a nossa sobrevivência. Um claro sinal de que estamos vivos.

 

Respirar…

Algo que faço constantemente, quase sem dar por isso.

Como se o meu corpo fizesse todo o trabalho por mim.

 

Respirar fundo…

Aí, sim, percebemos que estamos a respirar.

Acaba por ser, de certa forma, um acto menos involuntário. Fazemo-lo, muitas vezes, propositadamente. Com alguma intenção, que não a mera sobrevivência.

 

Respirar fundo…

Passou a ser o meu respirar normal. Aquele que era suposto ser involuntário, e fazer-se sozinho.

Passei a ter que respirar. Frequentemente. Passei a ter que assumir essa função que deveria ser do meu organismo.

 

Falta-me o ar…

Sim. Algures, por entre a respiração normal e superficial, sinto que o ar fica perdido pelo caminho. E não chega onde deveria.

E, então, tenho que ir eu buscá-lo. Ver se ele ainda cá está.

 

Falta-me o ar…

Como num ataque de pânico, mas sem o pânico.

Como numa crise de ansiedade, mas sem a ansiedade.

Como se tivesse o nariz entupido, mas sem o estar.

Como estar com uma máscara na cara, mas sem ela.

 

Cansaço…

Respirar assim, relembra-me que ainda tenho ar. Mas cansa.

E junta-se ao cansaço que já sinto, pelo simples facto de fazer as tarefas mais simples.

 

Cansaço…

Ter que parar a meio, porque estou cansada, e me falta o ar.

Ter que me sentar, porque estou cansada, e me falta o ar.

Estar deitada, e ter que escolher a melhor posição, para que não me falte o ar, ainda que demore a controlar.

Ter que dormir com medo que me falte o ar, e não acorde.

 

Desde quando, respirar, passou a ser algo que se controla, que se programa, que se pensa e faz conscientemente?

Quero voltar a respirar, sem ter que pensar que tenho que respirar...

A dificuldade de encontrar alguém para fazer pequenos serviços

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Em primeiro lugar, porque os técnicos credenciados estão sempre cheios de trabalho, e sem disponibilidade a curto prazo, para resolver aquilo que precisamos.

Depois, não querem perder o seu precioso tempo a fazer um biscate aqui ou ali, que pouco lhes vai render, quando podem ganhar mais em grandes obras.

 

 

Outra dificuldade prende-se com a incompatibilidade e inflexibilidade de horários entre profissionais e clientes.

Como é óbvio, também estes profissionais têm o seu horário de trabalho e não gostam de nada que passe dos mesmos, porque também têm casa, família e precisam de descanso. Compreendo perfeitamente.

O problema é que nós, clientes, acabamos por passar o dia quase todo fora de casa, entre trabalho e viagem, pelo que se torna difícil ter alguém em casa nesse horário normal de trabalho.

Mais uma vez, os profissionais, que se dedicam a essa actividade a tempo inteiro, mostram-se muitas vezes inflexíveis em fazer serviços fora de horas.

Apenas quem faz estes serviços em complemento ao trabalho diário, se disponibiliza para nos facilitar um pouco a vida.

 

 

Há também a questão de encontrar um equilíbrio, a nível de conhecimentos (deles), e financeiro (nosso), entre um técnico credenciado e especializado que, à partida, saberá bem o que faz, mas cobrará por isso mesmo, e alguém que, mesmo não tendo tantos conhecimentos, consegue fazer o serviço na mesma, sem perigo, e cobrar menos pelo mesmo.

 

 

Por último, é daquela coisas que precisamos uma vez por acaso, pelo que nem sempre conhecemos quem se dedique a isso, ou nos lembramos onde guardámos o cartão que, um dia, nos puseram na caixa do correio, ou que tirámos de um estabelecimento qualquer, e nunca precisámos, até hoje.

Mais uma vez, valeu-me o facebook, uma publicação num grupo aqui da zona, e algumas recomendações de pessoas que poderiam ajudar a resolver o meu problema.