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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quando conversar se torna difícil, resta o silêncio

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Não que eu seja muito dada a conversas mas, quando é algo que me interessa, ou sobre o qual posso dar a minha visão, a minha opinião, ou questionar, gosto de conversar com os outros.

Mas gosto, quando é uma conversa saudável. Quando todos podemos ter opiniões ou visões diferentes. Quando cada um respeita o outro. Quando é possível trocar ideias e pensamentos de forma pacífica.

No entanto, cada vez mais noto que, com algumas pessoas isso, simplesmente, não é possível.

Porque não admitem outra linha de pensamento que não a exposta por elas. Porque ficam chateadas por estarmos a levantar questões que não têm de ser colocadas. Porque, para elas, não faz qualquer sentido estarmos a desviar da "linha recta" por elas traçada, e enveredar por outros caminhos, que não o único por elas sugerido.

Então, aquilo que poderia ser uma conversa normal, torna-se uma guerra inútil, uma discussão desnecessária.

E, sendo assim, quando conversar se torna difícil, cansativo, stressante e desgastante, resta o silêncio...

 

 

 

Reflexão do dia

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Porque é que parece que as coisas, para os outros, acontecem sempre de uma forma tão simples, fácil e rápida?

E connosco parece sempre mais complicado, e demorado?

Porque é que parece que, com os outros, tudo ocorre de forma natural, e sem qualquer esforço?

E connosco parece ser sempre necessário lutar pelo que queremos, e nem sempre com sucesso?

Porque é que parece que, aos outros, a sorte lhes vai bater à porta?

E, a nós, parece obrigar-nos a ir atrás dela, e nem sempre nos permite alcançá-la?

 

Parece...

Não quer dizer que, realmente, seja.

Pode ser. Acontece.

Ou podemos ser nós a ver as coisas de uma forma negativa, vitimizadora, e superficial, já que não sabemos o que custou, aos outros, as suas conquistas.

 

 

 

Respirar

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Respirar…

Algo tão natural, tão básico, tão inato, a que ninguém presta atenção.

E, ainda assim, essencial para a nossa sobrevivência. Um claro sinal de que estamos vivos.

 

Respirar…

Algo que faço constantemente, quase sem dar por isso.

Como se o meu corpo fizesse todo o trabalho por mim.

 

Respirar fundo…

Aí, sim, percebemos que estamos a respirar.

Acaba por ser, de certa forma, um acto menos involuntário. Fazemo-lo, muitas vezes, propositadamente. Com alguma intenção, que não a mera sobrevivência.

 

Respirar fundo…

Passou a ser o meu respirar normal. Aquele que era suposto ser involuntário, e fazer-se sozinho.

Passei a ter que respirar. Frequentemente. Passei a ter que assumir essa função que deveria ser do meu organismo.

 

Falta-me o ar…

Sim. Algures, por entre a respiração normal e superficial, sinto que o ar fica perdido pelo caminho. E não chega onde deveria.

E, então, tenho que ir eu buscá-lo. Ver se ele ainda cá está.

 

Falta-me o ar…

Como num ataque de pânico, mas sem o pânico.

Como numa crise de ansiedade, mas sem a ansiedade.

Como se tivesse o nariz entupido, mas sem o estar.

Como estar com uma máscara na cara, mas sem ela.

 

Cansaço…

Respirar assim, relembra-me que ainda tenho ar. Mas cansa.

E junta-se ao cansaço que já sinto, pelo simples facto de fazer as tarefas mais simples.

 

Cansaço…

Ter que parar a meio, porque estou cansada, e me falta o ar.

Ter que me sentar, porque estou cansada, e me falta o ar.

Estar deitada, e ter que escolher a melhor posição, para que não me falte o ar, ainda que demore a controlar.

Ter que dormir com medo que me falte o ar, e não acorde.

 

Desde quando, respirar, passou a ser algo que se controla, que se programa, que se pensa e faz conscientemente?

Quero voltar a respirar, sem ter que pensar que tenho que respirar...

A dificuldade de encontrar alguém para fazer pequenos serviços

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Em primeiro lugar, porque os técnicos credenciados estão sempre cheios de trabalho, e sem disponibilidade a curto prazo, para resolver aquilo que precisamos.

Depois, não querem perder o seu precioso tempo a fazer um biscate aqui ou ali, que pouco lhes vai render, quando podem ganhar mais em grandes obras.

 

 

Outra dificuldade prende-se com a incompatibilidade e inflexibilidade de horários entre profissionais e clientes.

Como é óbvio, também estes profissionais têm o seu horário de trabalho e não gostam de nada que passe dos mesmos, porque também têm casa, família e precisam de descanso. Compreendo perfeitamente.

O problema é que nós, clientes, acabamos por passar o dia quase todo fora de casa, entre trabalho e viagem, pelo que se torna difícil ter alguém em casa nesse horário normal de trabalho.

Mais uma vez, os profissionais, que se dedicam a essa actividade a tempo inteiro, mostram-se muitas vezes inflexíveis em fazer serviços fora de horas.

Apenas quem faz estes serviços em complemento ao trabalho diário, se disponibiliza para nos facilitar um pouco a vida.

 

 

Há também a questão de encontrar um equilíbrio, a nível de conhecimentos (deles), e financeiro (nosso), entre um técnico credenciado e especializado que, à partida, saberá bem o que faz, mas cobrará por isso mesmo, e alguém que, mesmo não tendo tantos conhecimentos, consegue fazer o serviço na mesma, sem perigo, e cobrar menos pelo mesmo.

 

 

Por último, é daquela coisas que precisamos uma vez por acaso, pelo que nem sempre conhecemos quem se dedique a isso, ou nos lembramos onde guardámos o cartão que, um dia, nos puseram na caixa do correio, ou que tirámos de um estabelecimento qualquer, e nunca precisámos, até hoje.

Mais uma vez, valeu-me o facebook, uma publicação num grupo aqui da zona, e algumas recomendações de pessoas que poderiam ajudar a resolver o meu problema.

 

 

 

Nerve - Alto Risco

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Há sempre duas faces da mesma moeda, como dizia eu ao meu marido, ao vermos este filme, que ele quis ver com a minha filha, para mostrar o quão perigosos podem ser certos jogos e desafios na net: pode resultar no bom sentido, que é alertar para os perigos e evitar que os adolescentes cometam erros, ou fazê-los ficar ainda com mais vontade de experimentar, ainda que não o demonstrem. É um risco. 

 

Mas este é, sem dúvida, um filme que eu recomendo! E até fiquei admirada de não ser um filme sobre o qual se lêem muitos comentários e opiniões, ao contrário de outros filmes e séries que passam na TV.

Nerve foi até apontado como o filme que serviu de fonte de inspiração aos criadores do jogo da Baleia Azul, embora com contornos diferentes.

 

"Vee está prestes a abandonar o conforto do lar, em Nova Iorque, e seguir para a universidade, na Califórnia. A sua vida é igual à de tantas jovens, rotineira, sem percalços, tudo dentro da sua zona de controlo. Até que a sua melhor amiga, Sidney, a desafia a entrar em Nerve, um jogo online com uma comunidade mundial dividida entre jogadores e observadores. Os observadores lançam desafios, mais ou menos perigosos, enquanto os jogadores têm que aceitar as provas, para serem recompensados monetariamente ou perderem todo o dinheiro ganho até então." 
 
 
Desengane-se quem pensa que só os adolescentes problemáticos, deprimidos ou com baixa autoestima e confiança se metem nestes jogos. Qualquer um pode entrar, qualquer um pode experimentar, qualquer um pode cair. É como fumar o primeiro cigarro, o primeiro shot, ou as primeiras drogas. O pensamento é "por experimentar uma vez, não me vai acontecer nada. Não vou ficar viciado(a). Pode ser verdade, ou pode ser o início da descida ao fundo do poço, de onde poderão vir a sair, ou não.
 
 
 
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Foi isso que Vee fez: não há-de vir grande mal ao mundo, por participar num único desafio. E o seu primeiro desafio é beijar um estranho na boca, num restaurante, durante cinco segundos. O seu alvo, Ian, acaba por revelar-se também um jogador. Os dois acabam por formar uma dupla e os desafios que lhes são lançados, em conjunto, começam a subir o grau de dificuldade.
 
 
 
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Vee ainda hesita em seguir para o próximo desafio mas, com a persuasão de Ian, a popularidade que começa a atingir, e o próprio sentimento de se superar aliado à adrenalina, para não falar do dinheiro que começa a cair na conta, sempre que supera um desafio, levam-na a seguir em frente.
 
Quando as coisas começam a atingir proporções inesperadas, e Vee percebe que ainda alguém se pode magoar a sério, tenta denunciar à polícia. Mas, ao contrário do que seria de esperar, a polícia nada faz, e Vee acaba por sofrer as consequências. 
 
O jogo torna-se de alto risco e Vee vai descobrir, da pior forma, que há uma terceira e terrível categoria oculta em Nerve, para além dos jogadores e dos observadores - os prisioneiros.
 
 
 
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Para deixar de ser prisioneira, Vee terá de vencer o último desafio, contra Ian, que também anseia por deixar de ser prisioneiro. Não podem abandonar o jogo, porque serão as respectivas famílias a pagar por isso. Têm de ir até ao fim e, o fim, pode mesmo ser o fim para um deles, ou para ambos.
Uma brincadeira que começou com um beijo a um estranho, pode terminar em morte. Sem quaisquer responsáveis para punir.
 
Só vendo o filme poderão perceber aquilo que estes adolescentes fazem, a pressão a que estão sujeitos, as consequências que poderão sofrer com o jogo, que pode destruir a vida de qualquer um, e dos que o rodeiam.