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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Da felicidade...

(1 Foto, 1 Texto #49)

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Quantas vezes não ouvimos aquela velha expressão "o dinheiro não traz felicidade", e quantas vezes pensamos que, tivéssemos nós dinheiro, poderíamos ser muito mais felizes.

E que essa expressão não passa de algo dito para o ar, mas que não corresponde à realidade.

 

Sendo que a felicidade não é constante, nem permanente, acredito que, ao longo da nossa vida, podemos vivenciar momentos felizes, que nada têm a ver com dinheiro. E, da mesma forma, existir momentos infelizes que nenhum dinheiro, por mais que houvesse, mudaria.

 

A felicidade "comprada" pode ter um efeito rápido e eficaz no momento, mas que desaparece rapidamente. E a pessoa acaba por voltar ao estado de espírito inicial, ou até pior, passado o efeito temporário da felicidade.

 

Quantas pessoas cheias de dinheiro, que viajam, que compram isto e aquilo, que têm uma lista enorme de bens, vivem infelizes, desconfiadas, sozinhas, ou rodeadas de oportunistas, sem realmente apreciar aquilo que o dinheiro lhes pode proporcionar, ou tirar daí o prazer que deveriam.

E quantas pessoas, sem todo esse dinheiro, não vivem mais felizes.

 

Obviamente, não vou ser hipócrita. 

O dinheiro ajuda muito, e em muitos níveis, alguns, fundamentais.

Mas a felicidade vai muito além dele.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto 

Isto é gozar com quem trabalha

Desenho de Smiley irritado pintado e colorido por Usuário não registrado o  dia 16 de Março do 2016

 

Como se costuma dizer "Quem trabalha para aquecer é o microondas".

Nós, comuns mortais, trabalhamos porque precisamos do dinheiro. Porque chega ao fim do mês e há contas para pagar. Contas que não esperam. Cujo pagamento não se pode adiar para quando calhar.

Suponho que qualquer empresa/ pessoa, que contrate os serviços de alguém, saiba que esse trabalho tem que ser pago. E até sabem, mas algumas estão-se nas tintas para isso.

 

Este mês, foram contratados os serviços de vários seguranças para fazer o Carnaval (4 dias), dizendo que o serviço seria pago após o Carnaval (depreende-se que seria nessa mesma semana, mas a verdade é que o "após" é muito vago).

Enviadas mensagens para saber quando, exatamente, seria feito o pagamento, foram informados pelo responsável que seria até ao fim da semana seguinte. Não foi.

 

Nova mensagem na segunda-feira, após saber que um dos colegas já tinha recebido, e o responsável pergunta se o segurança pode ir a um sítio qualquer buscar o dinheiro, ou seja, gastar gasolina, para receber aquilo que é seu por direito, o que não faz qualquer sentido. Como não podia fazer o pagamento por MBWay, pediu então o IBAN para transferência. Que não fez.

 

Quarta-feira, nova mensagem e o dito responsável pede novamente o IBAN (como se já não o tivesse) para a transferência, que ainda não tinha sido feita, apesar das promessas, dizendo que vai fazer, para o segurança estar descansado. E, de caminho, já a perguntar se o mesmo pode fazer mais serviços. É preciso ter lata!

Sim, porque lata há muita. Dinheiro é que continua a não se ver.

 

Qual é o ojectivo?

Depois admiram-se de ninguém querer trabalhar para ele.

Primeiros serviços, para cativar o pessoal, pagos na mesma semana, ao fim de 2 ou 3 dias.

Quando tem os seguranças garantidos, começa a pagar cada vez mais tarde, sempre com muitas promessas vãs de "é hoje", "é amanhã", "é na próxima semana".

E com o funcionário a ter que se chatear, e estar quase a "mendigar" o que lhe é devido e que esta gente, se tivesse um mínimo de bom senso, deveria pagar sem lhe ser pedido.

 

Qual é o objectivo?

Ficar com o dinheiro a marinar?

Ou nem sequer o têm, e vão dando desculpas?

Estão à espera de trabalho voluntário? De borlas?

 

É que isto é mesmo gozar com quem trabalha, ao mais alto nível.

 

 

 

 

 

 

Se não formos nós a gerir as nossas contas, quem o fará?

Como gerir o dinheiro | #EstudoemCasa@

 

No outro dia fui aos correios e, na área de atendimento do Banco CTT, estava um cliente que chegou ali a "matar"!

Estava a reclamar, com a funcionária, que o Banco lhe tinha tirado dinheiro indevidamente, e que tinha passado vergonha nas compras, por não ter podido pagar.

Que ainda no dia anterior tinha consultado o saldo, e tinha dinheiro na conta.

A funcionária, com toda a calma do mundo, explicou que ia ver o que se passava.

E que, se por acaso fosse algum erro do banco, iriam resolver a questão.

 

Ao consultar os movimentos, confirmou que o dito cliente estava com saldo negativo.

Verificou também que o mesmo se devia, para além de outras despesas, ao débito de dois valores, correspondentes a serviço de UBER, no valor de vinte e poucos euros cada um, que tinha sido feito naquele dia.

E ele afirmava que não tinha usado UBER naquele dia. Ao que a funcionária voltou a explicar que, provavelmente, usou antes, mas a empresa só descontou agora.

Então, já reclamava do banco, e da UBER! Que nunca mais usava os serviços. Que era uma estupidez. 

 

Voltou à carga, contra a funcionária, dizendo que, de qualquer forma, não fazia sentido, porque no dia anterior tinha feito o pagamento do ginásio, e ainda tinha ficado com bastante dinheiro na conta.

A funcionária explicou que esse valor do ginásio ainda não aparecia no extrato, pelo que ainda não tinha sido descontado, o que queria dizer que ainda iria ficar com mais saldo negativo.

E novamente reclamou do ginásio. Que ia pedir satisfações, porque não tinham descontado o valor.

 

Basicamente, era a funcionária a explicar-lhe tudo com paciência, e ele a atropelá-la, e a pedir-lhe para deixá-lo falar.

Que estava a contar com esse dinheiro para comprar comida, e agora como ia fazer.

E eu a pensar:

Então, mas ele não faz contas?

Não controla a conta?

Não sabe que ainda estão valores por descontar?

 

Eu sei que muitas vezes as lojas, estabelecimentos, serviços, não descontam na hora os valores que pagamos mas, caramba, se não formos nós a gerir as nossas contas, quem o fará?

Se sabemos que esses valores ainda não saíram da conta, e irão sair a qualquer momento, é óbvio que não podemos contar com esse dinheiro!

Que culpa têm os outros?

 

Erro a erro enche o hipermercado os bolsos

Sem Título10.jpg

Ou não.

Se os conseguirmos detectar, e evitar!

 

E eu até nem sou muito de conferir os talões. 

Saio muitas vezes prejudicada por isso mas, no meio da correria das compras e coisas ainda por fazer, não tenho paciência para estar ali a conferir item por item, de uma lista enorme.

 

Ontem fui às compras.

Tinha dois packs de garrafas de água. 

Um passou normalmente.

O outro, não estava a dar. Tinha passado só como 1 garrafa de água.

A funcionária pediu-me novamente um dos packs para voltar a passar.

Paguei. E ia já a sair quando me deu para olhar para o talão.

 

O que a funcionária fez foi registar um pack como tal, ao preço do pack e o outro, como não deu, registou como garrafas individuais, ao preço de cada uma, mais caro.

Ou seja, paguei valores diferentes, por dois packs exactamente iguais.

Voltei atrás, e fui falar com a funcionária.

Ela confirmou que tinha registado assim porque o pack não estava a passar e, se eu quisesse reclamar, teria que falar com a colega na caixa central.

 

Assim fiz.

E a funcionária acabou a levar na cabeça da chefe, algo que se poderia ter evitado.

Bastava ter chamado alguém no momento do atendimento, para a ajudar. Anular a garrafa individual e registar o pack que passou 2 vezes.

Não o fez.

 

Devolveram-me a diferença, e pediram desculpa pelo erro.

Não era nada de especial.

Diria até que nem justificaria reclamar pelo valor em causa.

 

Mas cada erro que perdoamos, cada valor que não reclamamos, é dinheiro que o hipermercado encaixa. 

Por isso, e porque não gostei da falta de atitude da funcionária em resolver o problema, como se aquela fosse a única solução, e desse no mesmo, levaram comigo.

Não vale tudo por jogo... ou será que vale?

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Em qualquer jogo, como na vida, existem regras.

E, ainda que essas não sejam infringidas, há que saber estar.

 

Um jogo é um jogo e, como tal, sendo o objectivo ganhá-lo, cada um usa a estratégia que melhor lhe servir, para chegar à vitória.

Essa estratégia poderá ser individual, a pares, ou em grupo, ainda que só um acabe por sair vencedor.

Também na vida, usamos as ferramentas que estão ao nosso alcance, e ajudamos, ou somos ajudados, a conquistar os nossos objectivos.

Em ambos se elaboram planos, se tentam alcançar metas.

Em ambos  - jogo e vida real - temos, por vezes, meio mundo contra nós. Temos obstáculos. Temos barreiras.

Em ambos nos sentimos mais fortes, em determinados momentos, e vamos abaixo, noutros.

Mas em nenhum deles deveria haver agressões, seja elas físicas ou verbais, desrespeito, atitudes infantis e vingativas. 

Em nenhum deles deveria haver uma vitória, "espezinhado" os outros.

 

Quando se trata de reality shows, nomeadamente, o Big Brother, há sempre várias hipóteses: ou a pessoa está em personagem, ou encara o jogo como aquilo que é, um jogo, e vai delineando a sua estratégia que poderá passar por alternar entre si próprio e personagem, ou não, ou a pessoa assume, como muitos concorrentes fazem, que são eles próprios, e que mostram aquilo que são.

A julgar por esta actual edição, e se aquelas pessoas estão a mostrar aquilo que são, estão a mostrar que vale tudo por jogo.

Que o jogo está acima das "amizades", das relações, dos sentimentos.

Que o jogo está acima da imagem que possam passar cá para fora, e que as prejudica mais do que ajuda.

Que vale insultar, massacrar, humilhar, armar-se, viver em clima de constante guerra, desrespeitar, por dinheiro

E que vale, ao mesmo tempo, por vingança, acabar com o prémio pelo qual estão a lutar, deixando de fazer sentido continuar lá a fazer o que quer que seja.

 

Quando as pessoas começam a ficar perdidas, sem rumo, sem argumentos, sem nada que justifique as suas acções, então, se calhar, é melhor para para pensar no que está a fazer.

Ainda é ela própria? Ainda está em personagem?

Onde acaba uma, e começa a outra?

 

O que não se percebe, também, é aqueles concorrentes que se afirmam genuínos e, depois, a cada gesto irreflectido que fazem, que depois traz consequências, mostrarem-se arrependidos, e afirmar que não são aquela pessoa, que não são assim. Então, em que ficamos? São, ou não são? Ou é conforme convém?

Gosto de jogo limpo. Jogo sujo, nem tanto. 

 

E depois, há aqueles que apelam para que as pessoas que os criticam tenham alguma consciência do que dizem, e do que acusam, porque por vezes fazem críticas de mau gosto e acusações graves.

Pois eu diria para os mesmos, e para quem os defende, que essa consciência deve começar por quem tem as acções.

E que parece não medir, pesar, perceber o impacto e as repercussões que as mesmas podem ter, para si, e para quem os rodeia.

Será que compensa queimarmo-nos, por jogo e dinheiro?