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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Menos pressão, mais responsabilidade

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No 10º ano, o número de disciplinas é menor, bem como o número de disciplinas a que têm testes, que diminuiu de 8 para 6. 

E, dessas 6, uma delas - Filosofia - só tem um teste por período.

Isto significa que, à partida, os testes poderão ser mais espaçados, e haverá mais tempo para estudar para cada um, e concentrar-se melhor em cada um deles, sem aquela pressão de ter que estudar para 2/3 testes na mesma semana.

 

 

No entanto, essa vantagem acarreta uma maior responsabilidade.

Se há mais tempo para estudar, há mais motivos para saber melhor a matéria, e mais expectativas para tirar uma melhor nota, sem grandes desculpas.

Vamos ver como correm os primeiros testes desta nova etapa.

Hoje, é o primeiro, de História - o seu "calcanhar de Aquiles"!

Incerteza até ao último momento

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Na próxima semana saem as notas finais, e é semana de matrículas para o 10º ano.

O curso está escolhido, bem como as disciplinas pretendidas.

Mas nada está garantido. É preciso que haja alunos suficientes para o curso, e para as disciplinas específicas que ela quer. 

E é preciso que seja admitida na escola pretendida.

 

 

Nos últimos anos, esta seria a altura de encomendar os manuais escolares, que chegariam lá para Agosto, mês em que comprava o material escolar básico.

E ficava descansada até ao início do ano lectivo.

 

 

Este ano, sinto-me de pés e mãos atados, sem poder despachar tudo como queria.

Tenho que esperar que saiam as turmas, para ver se ela ficou na escola e curso que quer. E, provavelmente, tenho que esperar (não sei se através da turma dá para ver) pela publicação dos horários, no início de setembro, para saber que disciplinas vai ter e, assim, que livros comprar.

Claro que posso sempre comprá-los antes mas, depois, se for preciso trocar, é mais complicado.

Só que não gosto de deixar tudo para a última hora e, este ano, sinto que vai ser incerteza até ao último momento.

 

 

Alguém por aí já passou por uma situação semelhante? 

Quando é que se fica a saber que disciplinas vão ter (se as escolhidas, ou outras por falta de alunos)?

É arriscado comprar já os livros?

Ou setembro é mais arriscado, por estarem esgotados ou em ruptura de stock?

Como é que uma mãe se prepara...

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...para uma possível retenção escolar de um filho?

 

Quando os nossos filhos vão para a escola, e começam a tirar boas notas, ficamos felizes da vida, achando que está tudo encaminhado, e vai sempre correr tudo bem.

Nessa altura, só nos preocupa o facto de uma ou outra nota baixar um pouco em relação ao habitual, mas temos esperança que tenha sido uma vez sem exemplo.

 

Quando a responsabilidade começa a ser maior, e o número de disciplinas também, aumenta o receio de que as coisas possam mudar. Mas, quando chega o primeiro teste com nota negativa, é sempre um choque! Porque não estamos habituadas a isso, estamos acostumadas às boas notas, e apanha-nos totalmente desprevenidas.

 

Passado o choque inicial, o impacto provocado pelos próximos testes negativos causa menos estragos. Até porque vão alternando com positivas, e os professores são generosos e até dão boas notas no final.

 

Entrei neste ano lectivo da minha filha, com a noção de que seria um ano difícil, e que ela poderia não estar preparada para algumas disciplinas, nomeadamente, História. Iniciámos, cientes de que a possibilidade de vir a ter negativa a esta disciplina poderia ser real. 

A verdade, por muito que nos custe, e apesar de ser este o "trabalho" deles, é que as crianças não têm obrigação de ser boas a tudo. Há disciplinas para as quais terão mais aptidão que outras, e isso não é caso para desespero. E uma negativa não impede a passagem de ano.

Claro que também entrámos com o espírito - vamos lá dar tudo o que temos, e conseguir o melhor possível. Assim, depois de umas notas bem melhores que no ano anterior, nos primeiros testes, surge a primeira negativa - a História, como já esperávamos. Não custou tanto, porque já era algo para o qual estava preparada.

E, aí, surge a segunda negativa, a Físico-Química. Mais uma bofetada, mas vamos lá encher-mo-nos de positivismo, para contrariar e dar a volta a estes resultados.

 

Até que chega a avaliação intercalar e...três negativas - aquela a que ela tem-se safado sempre, e que eu não condeno, porque também para mim era sempre o meu calcanhar de Aquiles - Educação Física.

De um momento para o outro, percebemos que um filho está em risco de retenção. Claro que ainda estamos no primeiro período, que ainda foram só os primeiros testes e tudo pode mudar, e que os professores não iriam, provavelmente, reter um aluno assim, sem ponderar onde poderiam puxar uns cordelinhos.

Mas eu não gosto do incerto.

 

Tentámos perceber em qual destas disciplinas haveria mais hipóteses de recuperar. A História, dificilmente. Educação Física, tendo em conta o professor deste ano, idem. Se até aos rapazes que sempre tiveram boas notas, foi parco na avaliação. Resta-nos a Físico-Química. E tentar não baixar nas restantes, o que também já começa a ser complicado de gerir.

Os próprios professores já avisaram que eles podem contar com cada vez mais dificuldades, e que os testes não serão mais fáceis, pelo contrário. 

 

Os segundos testes já estão aí, e já houve baixas, embora dentro da positiva, que me deixaram em alerta máximo.

É estranho, porque a minha filha não é daquelas crianças que segue o modelo da estabilidade, dentro do que é pedido. Ora tira grandes notas, ora tira notas fraquíssimas. É capaz de tirar 80/90 a determinadas disciplinas, e 20/30 a outras! Anda sempre em picos, em altos e baixos, o que só prova, mais uma vez, que não é uma questão de dificuldade geral, é falta de aptidão, motivação ou interesse, por algumas das disciplinas que lhe são impostas.

 

Sim, é só o primeiro período. Mas dou por mim, consciente ou inconscientemente, a preparar-me para uma possível retenção escolar. E de que forma é que isso me afecta? De que forma é que encaro essa possibilidade?

E, mais importante, em que é que isso a afectará?

 

Vai perder os colegas que seguirem em frente, e começar de novo no que respeita a integração numa nova turma.

Vai perder um ano de estudos, mas há tanta gente que os perde em determinadas fases da vida - seja em anos sabáticos, a fazer disciplinas que ficaram para trás, à procura de emprego. 

Vai ouvir tudo de novo, e talvez consiga perceber melhor e adquirir os conhecimentos que faltaram no ano anterior. É para isso que serve, afinal, a retenção, e não para andar lá mais um ano a passear, como muitos fazem.

 

Se isto significa que estou resignada? Nem por isso. Nem quero, porque senão daqui a pouco dou por mim a achar normal duas ou três retenções!

Continuo a insistir com ela para que dê o máximo que consiga, para que safar-se, nem que seja com duas negativas mas, de preferência, sem elas.

Mas que já vi essa hipótese mais remota, não posso negar...

 

História ou Geografia?

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Num teste que a minha filha fez, vinham as seguintes questões:

 

Em que ano aderiu Portugal à União Europeia?

Quais foram os países fundadores da União Europeia?

 

Em que teste, destas duas disciplinas - História ou Geografia - acham que sairam estas perguntas?

 

Para mim fariam todo o sentido numa delas. Já na outra, nem por isso.

Teria mais lógica quando as duas eram dadas como uma única - História e Geografia de Portugal. Separadas, como é o caso este ano, acabam por parecer andar, muitas vezes, trocadas.

Petição contra o excesso de peso das mochilas

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Um ator, uma jornalista e dois médicos lançaram uma petição para limitar o peso nas costas das crianças. Com 15 mil assinaturas até ao momento, eles querem chegar às 20 mil, de forma a obrigar o Parlamento a legislar sobre esta matéria - http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT84219.

 

Mas, onde reside exactamente o problema das mochilas com excesso de peso? Eu diria que reside em diversos factores, uns mais influenciadores que outros, mas que poderiam ser melhorados.

 

1º Factor - Os manuais escolares

Antigamente, para cada disciplina havia um manual escolar.

Hoje, para cada disciplina, existe um manual, um livro/caderno de actividades e, muitas vezes, um terceiro, que se utiliza menos, mas ainda assim necessário.

O que significa que, para uma disciplina, a criança terá que levar, no mínimo, 2/3 manuais e um caderno.

Só aqui, já o peso duplica ou triplica.

 


2º Factor - A distribuição das disciplinas

O facto de, em determinados períodos, colocarem duas ou mais disciplinas diferentes faz com que os alunos tenham que levar, para cada uma delas, todo o material necessário.

Ainda hoje, só para o período da manhã, a minha filha levou 3 livros para português, 2 livros para ciências, 2 livros para geografia, 3 cadernos, e os estojos na mochila. Se tivesse apenas 2 disciplinas, o peso reduzia. Ou seja, embora seja benéfico, por um lado, as crianças não serem massacradas por muito tempo com a mesma disciplina, por outro lado, ao diversificá-las, acabam por contribuir para o excesso de peso, já que para cada uma é preciso uma grande quantidade de material.

 

3º Factor - A distribuição das disciplinas por salas

Uma turma que tenha todas as suas aulas numa mesma sala, durante o período da manhã, ou da tarde, pode deixar as suas mochilas na sala de aula. Já se tiverem cada aula numa sala diferente, são obrigadas a carregar a mochila pesada de um lado para o outro.

 

4º Factor - A junção de outras disciplinas, juntamente com educação física

Isto obriga a que a criança, para além da mochila com peso a mais por conta dos manuais e restante material, ainda tenha que levar mais um saco de desporto ou outra mochila, para a disciplina de educação física. Isto a juntar também à lancheira que a maioria também leva.

 

5º Factor - A insuficiência de cacifos, a insegurança e as regras de algumas escolas quanto ao seu acesso

Na escola da minha filha, nem todos os alunos têm cacifo. 

Os que têm, embora estes sejam relativamente seguros, face a outras escolas, ainda assim correm o risco de ter algum azar. O cacifo que a minha filha tinha, do ano anterior, foi arrombado no início deste ano. Valeu-lhe o facto de não ter lá dentro nada que interessasse a quem o fez.

Por outro lado, a utilização dos cacifos não é prática aqui nesta escola. O facto de a escola não ter acessos pelo exterior, tendo que ser feito interiormente, levou a direcção a não permitir a permanência dos alunos no interior nos intervalos, obrigando-os, nos dias de bom tempo, a vir para o átrio ou outros espaços. 

Ora, é no interior que se localizam os cacifos. Se os alunos não podem aceder aos mesmos nos intervalos, só o poderão fazer depois de tocar para entrar, quando já deveriam estar a caminho da sala de aula. Isto leva-os a atrasos sem sentido, e acaba por desmotivá-los para o uso do cacifo, preferindo andar com a mochila de uma sala para a outra, e mantê-la consigo nos intervalos.

 

6º Factor - Os TPC's

Muitas vezes perguntam-me "mas ela tem que levar tudo isso para a escola?" ou "será que ela não pode deixar alguma coisa na escola?".

Sim, tem que levar, a não ser que os professores, antecipadamente, digam que não é necessário. E sim, tem que trazer de volta, porque há sempre trabalhos de casa diários para fazer, fichas que requerem consulta dos manuais, ou o caderno para escrever as respostas, testes para os quais tem que estudar.

Resolvido o problema dos cacifos, voltamos assim à velha questão dos trabalhos de casa que, para além de tudo o mais que já sabemos, contribui ainda para o excesso de peso nas mochilas das crianças.

 

7º Factor - Os horários repartidos

Crianças que tenham aulas no período da manhã e da tarde, e que almocem na escola, têm que levar, logo pela manhã, o material para todas as disciplinas do dia, o que significa que o material, já de si triplicado, irá novamente duplicar ou triplicar. Se os alunos tiverem aulas apenas num dos tempos, isso poderá ser evitado.

 

 

Agora imaginem juntar a tudo o que os alunos, por norma, levam para a escola, algum material extra que os professores peçam (calculadora, dicionário ou outros), e aqueles objetos que não dispensam como carteira, telemóvel, chaves, chapéu de chuva e por aí fora.

Mesmo que os alunos vão para a escola e voltem para casa de carro, ou transporte público, ainda assim têm que a carregar na escola.

E o mesmo para aquelas crianças, como é o caso da minha filha, em que sou eu que, quando posso, lhe levo a mochila, nos dias em que vamos a pé, chegando à escola cheia de dores nas costas.

Agora imaginemos uma criança que tenha que fazer o seu percurso a pé, de casa para a escola e vice-versa, com esse mesmo peso às costas.

Não faz qualquer sentido. Mas é o que mais se vê hoje em dia. Crianças que mal conseguem andar, que se vêem aflitas com tanta coisa para levar, que caminham quase curvadas, para contrabalançar o peso das costas.

 


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As crianças saudáveis de hoje, serão adultos com graves problemas de coluna, e repercussões na saúde para toda a vida, se esta situação não se alterar. Há quem sugira determinado tipo de mochilas, para melhorar a postura, mas o problema não está na qualidade das mochilas. Começa muito antes de chegarmos a essa parte.

 

 

Quem por aí se queixa do mesmo?

 

 

 

 

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