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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quando conversar se torna difícil, resta o silêncio

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Não que eu seja muito dada a conversas mas, quando é algo que me interessa, ou sobre o qual posso dar a minha visão, a minha opinião, ou questionar, gosto de conversar com os outros.

Mas gosto, quando é uma conversa saudável. Quando todos podemos ter opiniões ou visões diferentes. Quando cada um respeita o outro. Quando é possível trocar ideias e pensamentos de forma pacífica.

No entanto, cada vez mais noto que, com algumas pessoas isso, simplesmente, não é possível.

Porque não admitem outra linha de pensamento que não a exposta por elas. Porque ficam chateadas por estarmos a levantar questões que não têm de ser colocadas. Porque, para elas, não faz qualquer sentido estarmos a desviar da "linha recta" por elas traçada, e enveredar por outros caminhos, que não o único por elas sugerido.

Então, aquilo que poderia ser uma conversa normal, torna-se uma guerra inútil, uma discussão desnecessária.

E, sendo assim, quando conversar se torna difícil, cansativo, stressante e desgastante, resta o silêncio...

 

 

 

Que resposta se dá a isto?

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Não vale a pena arranjar discussões ou debater com pessoas cuja mentalidade está tão vincada, que nunca mudará. Perdemos o nosso tempo, a nossa energia, e ficamos na mesma. Cada um com a sua opinião.

No entanto, chega a um ponto em que, de tanto ouvir disparates, algum dia a nossa faceta de indiferentes, surdos, tolerantes, compreensivos para com a idade das pessoas e forma como foram criadas, é empurrada para o lado, para deixar passar aquela que nos leva a dizer o que realmente pensamos!

 

Ontem, em conversa com uma senhora, queixava-se ela da cadela do vizinho, que ladra todo o dia, e que o dono não a sabe educar. 

Ao que respondi que é a forma como a cadela comunica, é a fala dela.

 

"Ah e tal, eu sei que é a fala dela, mas tudo tem limites. A cadela leva o dia todo a ladrar. Tem que ser educada para não o fazer."

E eu voltei à carga: "Então, isso é a mesma coisa que estar a dizer que as pessoas têm que passar a vida caladas."

"Ai, mas é que uma pessoa chega ao fim do dia com a cabeça em água. Era dar-lhe uma verdascada, sempre que ladra, para a educar."

 

Então e você acha bem bater nos animais? Não é assim que se educa um animal. Sabe porque é que ela ladra? Porque está ali o dia inteiro presa, não a levam a passear, não lhe dão uma festa, não lhe dão atenção, um mimo que seja. E depois, vê os gatos andarem por aí à solta e também quer. Se a tratassem de outra forma, já não ladrava assim. Lá concordou e a mudou de assunto para a cadela que faleceu.

 

"Ah e tal, o dono fartou-se de gastar dinheiro com ela no veterinário"

E lá me saltou a tampa mais uma vez: "Pois, é pena é que tenha gasto tanto dinheiro em veterinário, e tão pouco em amor e atenção. A cadela andava sempre aí sozinha, quase abandonada.

"Ah, mas olha que ele arranjou uma cama para ela, para ela dormir na garagem. Era lá que ela ficava de noite. De dia vinha para a rua porque queria, não estava habituada a ficar presa. E olha que ele até fez uma campa para ela."

 

Pois, claro! Não vale a pena bater na mesma tecla que a música que dali sai é a mesma.

Que resposta vai uma pessoa dar a isto?

Acho que, mais do que os animais, eram as pessoas que deveriam ser educadas!