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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Porque damos tanta importância a coisas que não a têm?

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E porque perdemos tanto tempo a discutir e reclamar por coisas sem importância, a repisar nelas uma e outra vez, quando isso já nada resolve o que foi feito de errado, mas cuja mudança de atitude  da nossa parte, pode fazer a diferença entre ficar bem connosco e com os outros, ou continuar mal?

 

 

Não quero, com isto, dizer que não se deva chamar a atenção, para o que foi feito de errado mas, a partir daí, mais vale pôr para trás das costas, tentar salvar o que ainda pode ser salvo, e viver o que ainda pode ser vivido, do que ficar a lamentar-se pelos erros que já não podem ser apagados, por aquilo que já não se pode coltar atrás e desfazer, sobretudo quando são coisas mínimas, sem importância.

 

 

Muitas vezes, é por estarmos tão focados nessas insignificâncias, que deixamos de aproveitar, prestar atenção, dar valor ao que de importante temos na nossa vida.

E isso, mais do que afectar os que nos rodeiam, só nos torna, a nós mesmos, mais infelizes...

 

Por vezes, conversar é como caminhar sobre um campo minado

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“Ela queria discutir com todas as forças, mas isso roubar-lhe-ia ainda mais energia.

Para o caso de não te teres apercebido, estou cansada. Teria gastado mais tempo a discutir contigo, do que a que tenho para gastar.”, do romance “Não É Bem Meu”.

 

 

Por vezes, estamos tão cansados que se torna difícil manter uma conversa com alguém, sobretudo quando meras conversas banais, tendem a tornar-se verdadeiras batalhas pela defesa de cada um dos pontos de vista.

Nem sempre é preciso levar uma conversa ao limite, espremê-la até se conseguir tirar o sumo todo, debater o assunto como se a nossa vida dependesse disso. Há conversas que, pelo contrário, devem ser leves, descontraídas.

E nem sempre uma opinião diferente significa contrariar o que o outro diz ou pensa. São apenas opiniões, cada um é livre de ter a sua. Não precisamos de enveredar por um "braço de ferro", em que só pode haver um vencedor, e um vencido.

 

Quando se começa a dissecar cada conversa que se tem, perdemos a vontade de conversar, porque isso exige-nos uma energia que não temos para gastar, um esforço que não temos vontade de empreender, em algo que não faz sentido.

Assim, deixamos de conversar, de nos manifestar, de dar opiniões, optando pelo silêncio, ou pela concordância com o que a outra parte diz. 

 

Por outro lado, quando se entra por esse caminho, o que acontece é que nos sentimos a caminhar sobre um campo minado. Sabemos que temos que ter cuidado onde pisamos, que a caminhada até pode decorrer sem incidentes mas que, qualquer passo em falso, pode fazer explodir uma mina e atingir-nos. Qualquer frase ou palavra pode tornar-se uma armadilha a ser usada contra nós. 

Como tal, deixamos de querer entrar em qualquer campo que seja, preferindo ficar quietos, para não correr perigo de activar o explosivo.