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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Estreou a 8ª temporada do The Voice Portugal

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E digo-vos que foi a primeira vez, numa prova cega, que, de forma geral, concordei com as decisões dos mentores!

Confesso que, no domingo, nem me lembrei que o programa ia estrear. Nem sequer pus a gravar.

Depois, quando fiquei a saber, não me apeteceu muito vê-lo. Seria mais do mesmo, e começo a ficar um pouco farta deste tipo de programas.

 

Mas...

Ontem, deu-me para dar o benefício da dúvida, e assistir ao programa.

Mantêm-se os dramas dos concorrentes mas, desta vez, com a diferença de que, nem mentores, nem apresentadores (sobretudo a Catarina), podem confortá-los com abraços, o que deve ser mais difícil. Ainda que tenha havido por ali uma proximidade que não sei se seria aconselhável.

 

Parece-me que os mentores estão (até ver) com uma mentalidade mais aberta quanto ao diferente, embora ainda se mantenham alguns velhos hábitos. 

Houve espaço para concertina, cante alentejano e música mexicana. Houve espaço para suavidade e simplicidade, mas também malabarismos de voz.

 

A primeira etapa de provas cegas foi uma boa supresa, cheia de grandes e diversificados talentos, como se pode comprovar pelo número de concorrentes que já ficaram seleccionados.

 

Os meus preferidos foram: João Amaral, Andor Violeta, Natacha Oliveira, Tiago Barbosa e Carina Leitão.

Trocava, talvez, a Catarina Pereira (seleccionada), pelo Carlos Villarreta (eliminado).

 

Gostei da atitude da concorrente Joana, ao afirmar que a sua prestação tinha sido fraca, e que percebeu que este tipo de programas não é para ela. Cantar sim, mas fora deles. 

Muitas pessoas podem perguntar-se como é que uma pessoa que faz da música a sua vida, sente nervos numa prova destas.

Penso que seja um pouco como aqueles alunos que sabem a matéria toda mas chegam ao teste, dá-lhes uma branca, bloqueiam, e tiram uma nota baixa. Se for preciso, basta entregar o teste, e começam a lembrar-se das respostas que deviam ter dado.

 

Notou-se, para já, uma preferência dos concorrentes pelo António Zambujo, provando que acreditam ter mais hipóteses com ele, do que com os restantes, e acabando para já, com o "reinado Marisa".

 

Vamos ver como correrão as próximas provas mas, para já, convenceu-me!

 

 

Imagem: The Voice Portugal

 

 

Como a Netflix aboliu a hegemonia das produções americanas

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E me fez encarar outras produções, com outros olhos.

 

Preconceito, ou hábito, a verdade é que sempre estive tão habituada a ver filmes e séries americanas que, se me sugerissem, por exemplo, um filme francês, ou alemão, torceria o nariz e poria de parte, ainda que pudesse ser bom. Penso que só vi, ainda em pequena, uma série italiana. Mais nada.

 

No entanto, desde que tenho Netflix, que dei por mim a assistir a diversas séries e filmes espanhóis, colombianos, mexicanos. Já vi também uma série sueca, e um filme norueguês. 

Acho que, quando me surge uma produção americana, até estranho, porque acaba por não ser a regra nas minhas escolhas.

 

Por exemplo, a série que a Netflix irá produzir "Cem Anos de Solidão", baseada na obra-prima do colombiano Gabriel Garcia Márquez, para além de outras questões, só agora seguirá adiante porque o autor queria que, se algum dia isso acontecesse, fosse falada em espanhol, e os herdeiros sentem que, só agora, está aberto esse caminho para a aceitação de produções noutra língua que não o inglês.

 

Nesse aspecto, a Netflix tem o mérito de ter revolucionado a forma como eu e, provavelmente, mais pessoas, começaram a receber, aceitar e apreciar produções diferentes, diversificadas e em vários idiomas, sem aquele preconceito e rejeição habitual.  

 

 

À Conversa com BSkilla

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O meu convidado de hoje é o rapper e MC da Margem Sul - BSkilla - que nos apresenta o seu segundo álbum "Abre a Caixa e Sai", produzido por Maf, SP, J-Cool, Zimous e Condutor, e que apresenta uma forte diversidade sonora.

Aqui fica a entrevista:

 

 

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Quem é o BSkilla?

B Skilla é, antes de tudo, um ser humano preocupado com as questões sociais, e que utiliza a vertente rap para expressar o que vai na alma. Um MCEE e representante da cultura hiphop, ex B Boy da crew 12 macacos.

 

 

“Abre a caixa e Sai” é o teu segundo álbum. O que traz de diferente este trabalho, relativamente ao seu antecessor?

O Abre a Caixa e Sai acaba por ser um álbum conceptual, mais “refinado”, mais maduro, coerente e pessoal que o antecessor (R)Evolução. Traz uma sonoridade diferente, diferentes conteúdos e todo um trabalho técnico mais detalhado.

 

 

Este novo trabalho é caracterizado pela diversidade sonora. Em que se traduz essa diversidade?

A diversidade vem naturalmente com os estilos musicais que me influenciaram, desde o reggae ou soul... ao escutarem podem notar que, de música para música, os universos são diferentes (apesar de ter uma linha coerente onde os temas acasalam uns com os outros). O gosto musical por outros estilos sempre esteve presente, depois foi só “imprimir”.

  

 

“Margem School feat. Chullage & Juh Combs” é o single de apresentação. O álbum conta ainda com muitas outras colaborações. Como foi trabalhar com esses artistas?

Foi uma experiência inesquecível e indescritível que surgiu a partir de um sonho, e que aconteceu naturalmente.

Cada artista colaborou comigo deixando um pouco da história da sua vida neste álbum, apoiaram-me incondicionalmente e acreditaram no meu trabalho.

É um sonho tornado realidade ter participações de artistas que me influenciaram a fazer rap desde o início. Foi gratificante ter trabalhado com estes artistas que antes de tudo são GRANDES seres Humanos.

 

 

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Este álbum desafia todos aqueles que o ouvem a pensar por si mesmos, sem influência das opiniões de outros. Consideras que “pensar por si mesmo” é algo que todos deveriam pôr mais em prática nas suas vidas, e que ainda existem muitas pessoas que se deixam influenciar por opiniões de terceiros?

Considero que todos deviam pôr mais em prática.

Ainda existem muitas pessoas que se deixam influenciar pela opinião de terceiros assim como pelos meios de comunicação social. Hoje em dia na era da informação, facilmente se pesquisa aprofundadamente acerca dos mais diversos temas.

O meu alerta é no sentido das pessoas não se deixarem ficar pela primeira informação transmitida, tentem entender o que está por trás, triar a informação e entender de todos os lados... assim conseguiremos formar uma opinião mais concisa, pessoal e pensar “fora da caixa”.

Os Skits (interlúdios) do álbum são mensagens “fora da caixa” para cada ouvinte entrar no seu próprio pensamento e tirar as suas próprias conclusões, creio ser um bom exercício para pensarem por vocês mesmos.

 

 

Do que falam as músicas deste álbum, e que mensagens pretendes transmitir, para além da que falámos acima?

O Principal foco do álbum é para não nos deixarmos ficar dentro da caixa... sair dela e pensarmos de maneira livre sobre os assuntos.

Pretendo também transmitir os meus pontos de vista em relação aos diversos temas, consoante a minha opinião, vivência e experiência de vida.

Podem encontrar temas muito variados, desde a reeducação do pensamento, a importância da disciplina no nosso quotidiano, a influência do hiphop nas gerações vindouras, formas de manipulação das elites que governam o mundo e o desencadear do processo, o trabalho e a prevenção de acidentes, a família ser a nossa base para tudo... São alguns assuntos que considero muito importantes para nós. Mas nada melhor que escutarem para descodificarem o seu conteúdo!

 

 

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“Abre A Caixa e Sai” foi lançado no dia 5 de maio, nas plataformas digitais. Quais são as tuas expectativas relativamente a este novo álbum, e à aceitação do público?

As minhas expectativas são que o álbum toque no coração e na consciência de quem o escutar. A estrada vai-se construindo aos poucos com humildade e respeito. O feedback tem sido grande e extremamente positivo, pelo qual agradeço do fundo do coração a todos os ouvintes. “One Love” para todos os que seguem a minha arte, já somos alguns e espero que sejamos mais ainda, porque juntos vamos mais longe!

 

 

Já tens concertos agendados para apresentação do álbum, e dos temas que dele fazem parte?

Ainda não tenho concertos agendados, mas estamos a preparar a agenda para poder partilhar com o público as minhas ideias, pontos de vista e música. Será um prazer e acontecerá brevemente.

 

Muito obrigada!

Marta Segão

 

Obrigado,

B Skilla.

 

 

 

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens.

 

Boas vozes...mas ainda não temos A Voz!

Mais uma noite de Provas Cegas no The Voice Portugal, e continuamos sem ter alguém que se destaque.

 

 

A Inês foi uma boa surpresa, mas parece que agora este estilo virou moda aqui no The Voice, principalmente na cortina, e começo a ficar farta.

 

 

A Isis cativou com o seu estilo próprio e diferente do habitual. Não percebo porque só a Aurea virou a cadeira.

 

 

A Sofia e o seu contrabaixo, proporcionaram um belo momento, também ele diferente. Vamos ver do que ela é capaz daqui em diante.

 

 

A Natacha estava doente e, talvez por isso, não conseguiu dar o seu melhor. Eu gostei muito do timbre dela, da escolha da música, e da junção destes dois elementos. 

 

 

O David Gomes conseguiu transmitir emoção, sentimentos, e adorei ouvi-lo cantar. Mas quero ouvi-lo noutros registos.

 

 

O que dizer da Maria Bradshaw? Quando a Deolinda cantou este tema tão bem ou melhor que o original, é difícil gostarmos de ouvi-lo noutras pessoas, ainda que tenham dado o seu cunho pessoal. Que tem talento, não há dúvidas. Ficou em 4º lugar quando participou no Ídolos, depois de uma eliminação e resgate do júri pelo caminho. Eu não aprecio o estilo. E não acredito que chegue muito longe neste programa. Pode ser que me engane.

 

Não gostei de ouvir:

O Sérgio - acho que apesar de a mensagem ser bonita, a escolha da música não foi a melhor e não me parece que ele vá longe. Não gostei de o ouvir e não percebo como é que teve tantas cadeiras viradas.

A Sara - e não é por ser fado, porque já lá foi muito boa gente cantar fado, e cantou melhor que ela.

 

A Repetente:

A Laura Vargas já é nossa conhecida da edição passada. Na altura, ficou na equipa do Anselmo, e foi preterida na batalha com a Filipa Azevedo. Este ano, regressou, virou mais cadeiras e voltou a escolher o Anselmo (apesar de um comentário que se ouviu de alguém a dizer para ela não escolher quem não acreditou nela). Na minha opinião, e espero estar enganada, palpita-me que lhe vai acontecer o mesmo. Percebe-se que ela canta com o coração, e transmite isso para o público, mas não me parece que ela tenha talento que seja suficiente para avançar e chegar longe no programa.

 

Curiosidades:

Em duas semanas, é o segundo concorrente de Mafra que vai ao programa. E que eu não conheço. E que quando vou procurar mais informação, encontro em todos os sítios menos em Mafra!

 

O facto de a Marisa conhecer vários concorrentes pelos mais variados motivos: porque foi vizinho, porque foi patrão, porque foi colega, porque já cantou com ela, e por aí fora!

 

É suposto os jurados não saberem quem vai actuar e lhes aparecer pela frente. No entanto, algumas perguntas que fazem dão a entender que são propositadas para aquele concorrente em específico, o que leva a crer que já sabem ou têm uma ideia de quem são. Ou então é tudo uma grande coincidência, como por exemplo, no meio de 5 ou 6 concorrentes, perguntar justamente aquele que já participou num concurso, se já alguma vez participou em algo do género.

 

Pontos positivos:

A diversidade de estilos musicais que estão a levar ao programa nesta edição.

As cenas dos bastidores.

 

Pontos negativos:

Queridos jurados, mudem o disco porque já ninguém aguenta ouvir o mesmo disco riscado: "ah e tal, gostei muito de te ouvir", "ah e tal, não tenho nada a apontar", "ah e tal, foi por um bocadinho assim", "ah e tal, estou arrependido". É que uma vez ou duas ainda se compreende. Mas constantemente, é demais. E ninguém acredita. É preferível dizerem, ainda que suscitem comentários menos bons, a pura verdade: "não me convenceste", "este tipo de música não é o meu estilo", "prefiro outro tipo de talentos da minha equipa".

 

 

Imagens The Voice Portugal