Para onde vão os silêncios?
Ficam acumulados dentro de nós, a corroer, e a destruir um pouco a cada dia, até ao dia em que já não cabem mais, e saem todos em catadupa cá para fora, ou nos "matam" de vez.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Ficam acumulados dentro de nós, a corroer, e a destruir um pouco a cada dia, até ao dia em que já não cabem mais, e saem todos em catadupa cá para fora, ou nos "matam" de vez.
Sabem aquelas pessoas a quem se faz uma pergunta, e andam ali às voltas e voltas, acabando por dar uma resposta que nada tem a ver com a pergunta que fizemos, porque nem elas próprias sabem?
E aquelas pessoas que são peritas num determinado assunto, a quem recorremos quando temos dúvidas que não conseguimos esclarecer, e vemos que aquilo que nos explicam é apenas aquilo que também nós sabemos/ conseguimos fazer?
Ou ainda aquelas que têm intenção de nos ajudar de boa vontade, mas nada mais fazem que atrapalhar e atrasar o nosso trabalho, sem terem contribuído com algo de útil?
Pois é, falam muito, fazem pouco, e não dizem nada!
Mais vale ficarem quietinhas no seu canto. Se não podem ajudar, não atrapalhem!
Costuma-se usar um velho ditado para justificar algo que pedimos aos outros para fazer, mas que nós próprios não fazemos: "faz aquilo que eu digo, e não aquilo que eu faço"!
Mas será que na educação de uma criança esse ditado se aplica?
No outro dia, em debate, dizia-me o meu marido que, para educar um filho, não temos que estar sempre a dar exemplo atrás de exemplo, só temos que lhe explicar o que é o melhor para ele, e fazê-lo entender.
Já eu, sou da opinião que a única forma de nos fazermos entender, de os nossos filhos apreenderem a mensagem que lhes tentamos transmitir, é através dos nossos exemplos e, mesmo assim, nem sempre resulta!
Por norma, os filhos tendem a "copiar" os comportamentos dos pais, porque é aquilo que vêem, com que lidam no dia-a-dia, e que supõem ser o normal e correcto. Logo, se os pais dão maus exemplos e se comportam de forma contrária aquela que, depois, pedem aos filhos para agir, como é que vão ter autoridade ou moral para lhes exigir isso, se eles próprios não o fazem?
Como é que se pode exigir a um filho que tenha uma alimentação saudável, se ele vir constantemente os pais a comer alimentos que fazem mal?
Como é que se pode pedir a um filho para ser organizado, se os pais vivem em total desorganização?
E por aí fora!
Para mim, mais do que ensinar, mais do que dizer o que deve ou não ser feito a um filho, são as nossas atitudes, os nossos comportamentos, a nossa forma de estar na vida e no quotidiano, enquanto pais, que lhe vão dar, ou não, o melhor exemplo.