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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Eu sei o que vocês fizeram", de Dorothy Koomson

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E se, de repente, uma vizinha nos batesse à porta, ferida, nos entregasse um diário cheio de segredos, nos pedisse para não confiar em ninguém, e desaparecesse, sendo encontrada segundos depois, caída no chão da rua?

E se essa vizinha nos dissesse que sabia o que todos andávamos a fazer, e que estava tudo nesse diário?

E se, nós mesmos, constássemos desse diário?

 

Priscilla é uma vizinha que se dá com poucas pessoas, e com quem poucas pessoas se dão.

Mas isso não a impede de saber tudo sobre os vizinhos. Até mais do que deveria.

E sabe também que, mais cedo ou mais tarde, tendo em conta tudo o que descobriu sobre os seus vizinhos, um deles a irá matar.

Aliás, já alguém tentou fazê-lo, e ela está agora a lutar pela vida, no hospital, enquanto os vizinhos alternam entre a consternação, o receio pela sua própria segurança, e a necessidade de evitarem, a qualquer custo, que os seus segredos sejam descobertos.

 

Não se sabendo bem por que motivo, Priscilla entregou o seu diário a Rae, a última pessoa a vê-la, antes de se depararem com ela caída.

Quando a polícia vai falar com Rae, ela não menciona o diário, guardando-o para si.

Com a curiosidade a falar mais alto, ela acaba por ficar a saber o mesmo que Priscilla.

Isso significa que, talvez, seja ela o próximo alvo a abater.

A não ser que, também ela, conste do diário.

A não ser que, talvez, ela tenha algo a ver com o ataque a Priscilla.

 

Sabemos que Rae tem algo que esconde.

Mas Lilly também.

Tal como Mark.

Tal como Bryony.

E Grayson.

Provavelmente, tal como a maioria dos residentes.

É mais que certo que o culpado estará entre eles.

Resta saber quem…

 

Quando começamos a ler a história, a autora faz-nos suspeitar de quase toda a gente, ainda que não saibamos o motivo para tal.

À medida que vamos avançando, e descobrindo, tal como Priscilla, os segredos de cada um, aquilo que tentam esconder, os negócios duvidosos em que andam metidos, as traições e tantas outras coisas, percebemos que qualquer um deles poderia ter feito aquilo.

Ainda assim, nem tudo é o que parece, e nem sempre as evidências apontam para o verdadeiro culpado.

A revelação pode mesmo surpreender, de tão inesperada.

A Sereia de Brighton, de Dorothy Koomson

Bertrand.pt - A Sereia de Brighton

 

É o segundo livro que leio, desta autora.

Não o conhecia, até que alguém aqui no Sapo, falou sobre ele, e me despertou a curiosidade em lê-lo.

Não fazia ideia do que esperar, mas foi uma boa decisão tê-lo pedido como prenda de Natal!

 

Acho que, pela primeira vez, assim tão explicitamente, li uma história em que as protagonistas são negras, tal como a primeira mulher assassinada, que deu o nome à história e que ficou conhecida, à falta de conhecimento sobre a sua identidade,  como a "sereia de Brighton".

A trama alterna entre a actualidade, e os acontecimentos ocorridos ao longo do tempo, desde há 25 anos atrás, numa noite em que duas adolescentes, Nell e Jude, que não deveriam andar na rua àquela hora, dão de caras com um cadáver, na praia.

Após comunicarem às autoridades o sucedido, as duas adolescentes que, à partida, poderiam ser consideradas como testemunhas, são tratadas como culpadas, como "galderiazinhas", pela polícia, que as tenta intimidar e fazê-las confessar o que quer que estejam a esconder.

 

Racismo, violência física e psicológica, discriminação, bullying, abuso de autoridade. Tudo isto ocorre a partir de então, com Nell e toda a sua família, destruindo-lhes a vida.

Entretanto, Jude desaparece misteriosamente. Vão surgindo muitas outras mulheres assassinadas, mas nenhuma delas é Jude. O que lhe terá acontecido?

 

No ano em que se celebra o 25º aniversário sobre a morte da "sereia de Brighton", Nell está entre a espada e a parede, com o tempo contado para descobrir o que realmente aconteceu, sob pena de a vida da sua família, entretanto refeita, poder vir a desmoronar-se novamente.

Por outro lado, há quem não queira ver o mistério resolvido, e esteja disposto a tudo para que Nell fracasse nessa missão, eliminando todos os que, de alguma forma, puderem contribuir para a descoberta da verdade.

 

Uma história cheia de surpresas, de segredos, de mistério, numa contagem decrescente para a grande revelação, se chegar a acontecer...

 

Mais uma vez, este enredo prova que até as pessoas mais próximas de nós podem esconder-nos segredos, e que nunca chegamos a conhecer, verdadeiramente, algumas delas.

 

 

 

 

 

 

Um Novo Amanhã, de Dorothy Koomson

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A minha estreia com a autora Dorothy Koomson não poderia ter sido melhor, e as expectactivas ficaram altas!

Não sei como são os restantes livros dela, mas se forem tão bons como este, estou perdida :)

 

Duas Veronicas Harper, ou melhor, uma Veronika (Nika) e uma Veronica (Roni) tornam-se as melhores amigas com apenas 9 anos de idade, e achavam que seria para sempre. Tinham em comum mais do que o nome e o apelido. Partilhavam também o mesmo sonho - ser bailarinas.

Mas algo as vai levar à separação, e fazê-las seguir caminhos totalmente opostos. Cada uma teve os seus motivos para tomar as suas atitudes e, com elas, mudar o destino que parecia tão promissor, mas confesso que o meu apoio e admiração vão quase totalmente para a Nika.

Porque a Nika é a mais corajosa e destemida, e a que mais sofreu ao longo de todos aqueles anos, desde que fugiu de casa para se tornar uma sem abrigo. Desde que ninguém acreditou nela, nem os seus próprios pais, e ela se viu sozinha e sem outra alternativa que não fosse fugir do pesadelo em que a queriam manter.

A única pessoa que podia ajudá-la, e confirmar a veracidade da sua história, não o fez.

E assim temos Roni, que se tornou freira, mas acabou por sair do convento e regressar a casa, décadas depois, para fazer aquilo que não teve coragem de fazer antes, para se redimir, para procurar a absolvição, o perdão, a paz, o silêncio. Para tentar recuperar a amizade perdida.

E temos Nika, que fugiu de casa para se tornar sem abrigo, tendo mais tarde estado envolvida com um jogador conhecido que ainda lhe destruiu mais a vida e a autoestima, o que a levou a fugir novamente, e voltar às ruas, onde fez algumas (poucas) amizades, e tentou ajudar outras mulheres para não cairem nas garras do "Juiz".

Mas será essa sua faceta corajosa, que a poderá levar à morte. Porque o "Juiz" não perdoa quem o afronta, quem se atreve a intrometer nos seus negócios.

No entanto, poderá uma pessoa que não tem medo da morte nem do que lhe possa acontecer, ser um desafio para este criminoso? Ou irá ele vingar-se nas poucas pessoas com quem Nika ainda se preocupa?

Poderá ainda haver uma chance para Nika e Roni? Ou será tarde demais?

E será que, depois de tantos anos, os criminosos irão finalmente pagar pelos seus crimes?

 

Ler Dorothy Koomson não é fácil, tive que estar muito atenta porque a autora intercala não só a narração por estas duas personagens, como também vai alternando entre o passado e o presente, em vários anos diferentes, mas estou rendida!

A minha estreia na Feira do Livro de Lisboa!

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Como já tinha aqui dito, não era para ir à Feira do Livro, mas o facto de a Carmen e a Maria estarem presentes levou-me a querer ir até lá, e fazer a minha estreia nesta Feira.

O dia estava bonito, estávamos os 3 de folga, e era um bom passeio para se fazer em família.

Não ia já com uma ideia vincada de que tinha que comprar este ou aquele livro, mas sim de ir vendo se algum me agradava ou não e se, por acaso, algum dos que tinha na minha wishlist estaria à venda a um preço mais em conta.

Para variar, apesar de termos tentado despachar tudo e sair cedo de casa, já saímos por volta das 15h. Deixámos o carro no Campo Grande e apanhámos o metro até ao Marquês.

 

Chegados à Feira, devo dizer que não ia minimamente preparada para tal! E já vão perceber porquê.

A prioridade era encontrar os pavilhões da Chiado, que não fazia ideia onde ficavam, ou seja, deveria ter visto antes o mapa da Feira, para não perder tempo.

Quando, finalmente, os encontrámos, e perguntámos a um representante da Chiado pelas escritoras, o mesmo disse-nos que a sessão de autógrafos já tinha acabado às 16h. Olho para o relógio, e ainda faltavam uns 4 minutos para as 16h. Mas é mesmo assim, há que sair depressa para dar lugar à próxima autora.

Com o primeiro objetivo sem qualquer possibilidade de se cumprir, resolvemos explorar todos os pavilhões e o espaço.

O meu marido andava à procura de livros de desporto. Não havia!

Eu, ia vendo se encontrava um livro, mas não fazia a mínima ideia de que editora era! Só sabia o nome da autora - Karin Slaughter. Vá lá que, por sorte, me lembrei do título do livro - Flores Cortadas! Alguma vez eu me lembrei de que era suposto saber o nome da editora?!

Mas, de facto, havia ali na Feira tantas editoras que eu nem sequer tinha ouvido falar, que era complicado.

E, onde íamos perguntando, não faziam a mínima ideia de que livro eu estava a falar. Por sorte, calhei a olhar para um pavilhão, e vi-o!

Estava mais barato, e o meu marido ofereceu-mo.

 

 

 

Depois, já do outro lado da Feira, vi o novo livro da Dorothy Koomson. Já tinha lido a sinopse, gostei, mas ainda não estava na minha lista. No entanto, fiquei admirada porque a própria autora estava ali à nossa frente, a autografar os seus livros. E, assim, lá fui eu comprar o livro e pôr-me na fila para o autógrafo e a fotografia da praxe!

Havia uma tradutora para nos perguntar os nomes e traduzir eventuais perguntas que quiséssemos colocar. É muito simpática e acessível, e ainda trocámos duas ou três palavras.

Também vimos por lá o escritor Luís Sepúlveda, a autografar o seu novo livro.

 

 

 

Devo dizer que não fiquei deslumbrada com a Feira do Livro. Havia tantos livros, mas nenhum que realmente me chamasse a atenção. Talvez porque não tenha examinado tudo ao pormenor, ou porque não havia mesmo nenhum daqueles que eu gosto, e que ainda não tenho.

Também não vi nenhum livro daqueles que a minha filha gosta e costuma ler. Comprámos-lhe dois, só para não dizer que vinha de lá de mãos a abanar.

E o meu marido acabou por comprar dois que nada tinham a ver com desporto.

As promoções de alguns livros são boas, e compensam. Mas se não for daqueles livros que eu quero, não me fazem perder a cabeça.

As sessões de autógrafos são uma motivação extra para ir até lá mas, como é óbvio, os escritores desconhecidos estão "às moscas", e é-lhes dado pouco tempo de antena enquanto que, para os mais conhecidos, as pessoas fazem fila que chega a dar três voltas, e é-lhes dado maior destaque!

Para o pagamento, em alguns espaços, a tarefa não é facilitada. 

Gostei do ambiente, gostei de ver tanta gente por ali, é um passeio diferente, mas nada como encomendar os meus livros no site, ou comprá-los na livraria!

 

E, se no futuro pensar em voltar à Feira do Livro, tenho mesmo que:

- estudar antecipadamente o mapa da Feira

- levar a minha lista com toda a informação sobre os livros que quero, e ir directamente aos pavilhões das editoras correspondentes

- saber de antemão quem vai estar por lá a dar autógrafos, para não chegar lá sem saber o que dizer ou perguntar naquele momento

- chegar a horas