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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Os dentistas e os médicos!

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No sábado de manhã, o meu irmão vejo ao hospital de Mafra, por causa de uma dor de dentes que não lhe passava, para ver se lhe receitavam algum antibiótico.

Calhou-lhe uma médica que lhe deu a seguinte resposta (mais coisa, menos coisa):

"- O que é que está aqui a fazer? Ninguém vem aqui por causa de uma dor de dentes. Se tem um problema no dente, vá ao dentista. Eu não sou dentista.

- Então e a doutora sabe se eu tenho dinheiro para pagar um dentista?

- Isso não é um problema meu, se tem dinheiro ou não. O mais que lhe posso passar é uns comprimidos para as dores. Não sou dentista, não faço ideia se tem uma infecção ou não. Não vou passar antibiótico."

- Então, e se eu vier aqui com um problema no coração, a doutora também não faz nada, porque não é cardiologista?!

- Exactamente!"

 

Nesse mesmo dia, mas mais cedo, fui ao mesmo hospital, por um motivo semelhante.

Calhou-me um médico.

Observou-me a boca. Expliquei-lhe que o Ibuprofeno não estava a fazer nada.

Viu que, realmente, eu tinha tudo inflamado, a cara inchada, e passou-me antibiótico.

No entanto, ele também não era dentista!

 

O mais caricato de toda esta situação é que, dois dias antes, eu tinha ido ao dentista, precisamente porque achei que era o sítio/ especialista mais indicado para a minha situação.

Uma dor de dentes, desde o fim de semana anterior, que não passava, e que eu não sabia se era sinusite maxilar, ou algum problema dentário mesmo.

E o que é que o dentista fez?

Fez-me uma ortopantomografia, através da qual não detectou nada a nível dentário, considerando que o problema deveria ser mesmo a sinusite, visto que via ali muitas opacidades a fazer pressão nas raízes, a juntar ao dente incluso.

Receitou-me Ibuprofeno, para tomar durante uma semana. E cortisona para descongestionar o nariz.

Então, e antibiótico, não? 

Ah e tal, não vejo necessidade, não me parece que haja infecção.

 

Resultado: as dores pioraram, e tive que ir ao hospital porque, pelos vistos, o meu problema exigia mesmo um antibiótico. E o certo é que, a partir do momento em que comecei a tomar, melhorei.

Ou seja, não me adiantou de nada ir ao dentista. Apenas fui gastar dinheiro, na consulta, exame e medicamentos desnecessários, para depois ter que ir ao hospital, e comprar novos medicamentos.

 

Para que se veja que isto dos médicos e dos dentistas, tem muito que se lhe diga!

 

Um aparte: o dito médico, na sua boa vontade e vendo as dores que eu tinha, receitou-me também uns comprimidos.  Quando os fui levantar na farmácia, a técnica informou-me que eram fortes, e que poderiam provocar sonolência, tonturas ou náuseas.

Tomei o primeiro à noite, mas fui dormir, por isso não notei nada.

Ontem de manhã, tomei o segundo. 

Estava sentada na cozinha, a ver uma série no telemóvel. Comecei a ficar enjoada. Passado um bocadinho, muito tonta, já nem estava a prestar antenção nenhuma à série, tive que parar. Um calor estranho de repente até me fazer transpirar e, logo em seguida, frio. O corpo todo a tremer, uma fraqueza súbita. 

Tive que me levantar. Mexer-me. Ver se aquilo passava.

Nem consegui almoçar.

E só voltei ao estado normal a meio da tarde.

Definitivamente, não volto a tomar aquilo!

 

 

 

A falta de comunicação e de noção (na elaboração) das medidas impostas pelo governo

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Se há coisa que me complica mais com o sistema nervoso, do que a aplicação de uma medida, é a falta de clareza com que a mesma é apresentada e explicada e que leva, muitas vezes, a diferentes interpretações, algumas contradições, e diversas dúvidas por esclarecer.

Desde que começou a pandemia, que vemos, constantemente, o governo e quem de direito, a falhar na comunicação, sempre que se dirigem aos portugueses, ou respondem às questões colocadas.

 

Que os canais de comunicação, jornais, revistas, internet, noticiários, dêem, cada um, a sua versão das coisas, à medida que a informação lhes vai chegando, ou que passem informação errada, ou incompleta, é grave, mas já estamos habituados, e damos um desconto.

Mas que essa falha na comunicação exista quando o governo se dirige directamente aos portugueses, aí é mais grave.

 

Ao ouvir as declarações de António Costa, a ideia que ficou foi a de que o que é essencial é ir à escola, e trabalhar, mas tudo o resto é supérfluo. Portanto, temos direito a ganhar o nosso sustento, mas não a momentos de lazer.

E que a partir das 13 horas de sábado e de domingo, toda a gente tem que ficar em casa, sendo que, o que houver para fazer, é para se fazer de manhã. As compras? De manhã. Passear? De manhã. Ir ao shopping? De manhã. E por aí fora.

Com as devidas excepções. Que eram poucas, as que ele falou. Mas que, afinal, eram muitas mais, que ele se esqueceu, ou não convinha, dizer.

Porque, a ideia a passar é a de confinamento total. O resto, vem nas entrelinhas, ou em letras mais pequeninas, para aqueles que estiverem mais atentos.

Ah e tal, está tudo explicado no decreto.

Pois está! Mas nem toda a gente tem acesso ao decreto. Nem toda a gente sabe procura-lo, e perceber o que lá vem.

 

Ontem, ao ouvir as declarações de António Costa, o que eu percebi (e pelo que fui lendo, muitas pessoas mais) foi que, se quisesse ir às compras, o que faço por norma à hora de almoço de sábado, teria que me levantar mais cedo, e sujeitar-me a uma fila para entrada no supermercado que, supostamente, encerraria às 13 horas. Isto, se conseguisse entrar a tempo. Uma situação que acabaria por gerar um aglomerado e concentração de pessoas no mesmo espaço, o que não seria uma boa medida de combate à pandemia.

Afinal, as mercearias e supermercados estão abertos, e as pessoas podem lá ir fazer compras. Mas os estabelecimentos comerciais têm que fechar às 13 horas. Então, em que é que ficamos?

Ah, afinal os estabelecimentos comercais têm que fechar às 13 horas, à excepção das mercearias e supermercados. É isso?!

 

Ontem, ao ouvir as declarações de António Costa, e depois de andar a pesquisar as excepções, fiquei sem saber como seria o cumprimento das responsabilidades parentais.

Não vinha nas excepções que ele falou. Mas também, verdade seja dita, também nem sequer se falou disso.

Há quem diga que, o que não está especificamente proibido, é permitido. Neste caso, e no meu ponto de vista, se não vinha nas excepções, seria proibido.

Mas as coisas não funcionam à base do entendimento de cada um. Já estava a ver como iria conjugar as idas da minha filha para o pai, nos próximos fins de semana, para não prejudicar nem eu nem o pai e, sobretudo, paa não prejudicar a minha filha.

Só hoje, ao ver o decreto, percebi que, afinal, no lote das excepções, que afinal são bem mais que aquelas que António Costa referiu, vem contemplado o exercício das responsabilidades parentais.

 

Ontem, ao ouvir as declarações de António Costa, ele falava constantemente do horário de recolhimento obrigatório como terminando às 5 horas. No entanto, nas legendas colocadas pelo canal, aparecia sempre 6 horas. A jornalista ainda o “corrigiu”, mas ele voltou a vincar que eram 5 horas.

 

Ainda ontem, li que o não cumprimento não daria lugar a multa, mas apenas ao acompanhamento ao domicílio. Hoje, já se fala em multas e crimes de desobediência. Em que ficamos?

Isto só serve para gerar dúvidas, porque são omissões, contradições e falhas na comunicação, de algo que deveria ser o mais claro possível, e para que todos possam entender, sem dar azo a diferentes interpretações e versões, de algo em que só existe uma interpretação e versão.

 

 

Então e, quanto às medidas em si?

Se me afectam? Com as previstas excepções, não muito. Mesmo sem estas medidas, raramente saímos, até porque vem aí a segunda fase de testes, e os fins de semana são passados em estudos. As noites são para dormir, por isso, também não me afectam as restrições.

Se acho que serão eficazes? Tenho dúvidas.

As pessoas deixam de ir a restaurantes. Mas ninguém as impede de se juntarem em casa.

Tal como a medida de proibir a venda de bebidas alcoólicas a partir das 20 horas não impedia ninguém de as comprar antes.

Não podem andar a circular sem uma boa desculpa? Arranjam-na. Ou então, encontram-se à sexta e ficam para o fim de semana!

Naqueles estabelecimentos que agora veem o seu horário reduzido, pode acontecer as pessoas juntarem-se mais, no pouco tempo que têm.

Vão haver sectores que sofrem, mais uma vez, a nível económico. E sem garantias de que os números baixem.

Por outro lado, basta um pai que esteja a trabalhar, chegar a casa e infectar um filho, que entretanto vai à escola e infecta colegas e/ou professores, que entretanto contactam com outras turmas, e com as suas próprias famílias, para haver aí uma imensa quantidade de contágios, até se descobrir o primeiro infectado, com um teste positivo, e se seguir e isolar a cadeia.

Pessoalmente, sou a favor do ensino presencial. Nós bem sabemos como foram os últimos meses de ensino à distância, e não foi bom para ninguém. Mas acho que, neste momento, seria uma medida adequada. O governo entende que não. Até porque os tão prometidos equipamentos a que todos teriam direito, e que eliminariam as desigualdades, ainda não chegaram.

E, assim, pode acontecer uma mesma turma ir para casa várias vezes, ao longo do ano, de quarentena, enquanto os restantes continuam em ensino normal. E professores comuns irem para casa, e as turmas não afectadas ficarem sem aula daquela disciplina.

 

De resto, concordo que a maioria dos contágios se dá em ambiente familiar, ou em grupos de amigos, que desrespeitam as regras, e que depois transportam o resultado desse incumprimento para o trabalho e escola, e não propriamente nos transportes, nas compras, nas coisas básicas.

Mas, lá está, para essas pessoas, podem vir todas as medidas e mais algumas que, não havendo bom senso, não produzirão grandes efeitos. E acabam por pagar os "justos" pelos "pecadores".

 

A verdade é só uma: ninguém sabe como lidar com o vírus, nem que medidas funcionarão. Então, vai-se por tentativa/ erro.

Como alguém que vai ao médico e queixa-se, e o médico manda fazer um exame. Mas não acusa nada. Então, se o problema não é dali, muda para outro lado. E assim vai andando até acertar, se acertar. Porque algumas vezes nunca chegam a descobrir o problema. 

Mas, tal como alguns médicos têm uma falta de noção absoluta (como um que insistia que o meu problema era na garganta, e me receitou um injecção de penincilina para o efeito, quando o meu problema era uma infecção urinária!), parece-me que também quem pensa e elabora algumas destas medidas também não tem a menor noção do que elas, na prática, implicam para quem tem que se sujeitar a elas.

Porque se há coisas de que podemos perfeitamente prescindir, porque não são essenciais para nós, também há quem tire daí o seu rendimento e, para essas sim, é essencial.

Mas o que é isso para os governantes que, se for preciso, estão abrangidos por todas as excepções possíveis, e podem fazer a sua vidinha à vontade, com o dinheiro dos portugueses nos bolsos.

 

 

Imagem: https://sicnoticias.pt/pais/2020-11-07-As-novas-medidas-do-estado-de-emergencia

Medicina do trabalho: real eficácia ou mera formalidade burocrática?

Medicina Trabalho e Higiene e Segurança no Trabalho Funchal - Madeira: Medicina  do Trabalho - Funchal - Madeira

 

Há quem diga que a medicina do trabalho só beneficia as entidades patronais.

Há quem já tenha recorrido a ela, e não tenha ficado satisfeito.

Mas também haverá quem não tenha do que se queixar, no que a esta questão diz respeito.

 

Há as consultas em que os médicos são mais exigentes e fazem, ou pedem, análises e exames, e diversas perguntas sobre hábitos e vícios.

Outras, em que se faz o mínimo indispensável à obtenção do "Apto" ou "Não Apto" no relatório.

 

Eu pessoalmente, não sou fã de ir a médicos e, consultas de medicina de trabalho, menos ainda. Por mim, quanto menos fizerem, melhor.

E, agora com a situação da pandemia, ainda menos é possível.

Da última vez que fui, posso dizer que a consulta demorou menos que o tempo que levei a lá chegar (demoro 15 minutos). Que maravilha!

 

Uma suposta enfermeira mediu-me a febre antes de entrar. Depois, encaminhou-me para um gabinete, onde me mediu a pressão arterial, enquanto me perguntava a altura e o peso. Fiquei admirada porque sempre ouvi dizer que não se deve falar durante a medição.

Depois, fez-me um teste de visão à moda antiga (nada de aparelhos por causa da Covid), e mandou-me para o gabinete médico, onde a médica, sentada a cerca de dois metros, me perguntou se tomava alguma medicação, e me pediu o boletim de vacinas, enquanto preenchia no pc as informações.

Por fim, numa maquineta de assinaturas colocada ao pé de mim, só tive que assinar, nem sei o quê.

 

E pronto, até daqui a dois anos!

Nada de análises. Nada de electrocardiogramas (que odeio, para além de ficar toda suja de gel). E nada de cópia do relatório para mim.

Provavelmente, à semelhança dos relatórios anteriores, estarei apta para o serviço. Não tenho que me preocupar.

 

Mas, no meio disto tudo, fica a dúvida: a consulta de medicina do trabalho serve simplesmente, para a entidade patronal aferir a aptidão do funcionário para o serviço, é uma mera formalidade, ou tem, verdadeiramente, eficácia no que respeita ao trabalhador?

É que, nestes anos todos de consultas, nunca me colocaram questões relacionadas com o meu trabalho, como por exemplo, se os problemas de visão se fizeram notar por estar tantas horas em frente a um ecrã, ou se tenho tendinites pelo trabalho repetido de teclado e rato, ou se me queixo de problemas de coluna, sei lá, algo do género. Algo em que o trabalho me possa estar a prejudicar a saúde, e seja necessário intervir. Nada.

 

Já me perguntaram, em anos anteriores, se fumava, se bebia, se usava drogas. 

Já me perguntaram se tinha alguma vez estado grávida, ou sofrido algum aborto.

Ou até se já tinha sido operada.

Portanto, basicamente, o historial clínico.

Mas nada relacionado com eventuais doenças profissionais. Não que as tenha. Ou que haja algo para me queixar.

O estranho, é nem sequer mostrarem querer saber.

 

E por aí, como costumam ser as vossas consultas?

 

 

 

 

As milagrosas pastilhas EUPHON!

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Estava eu na casa dos 20's, quando comecei a ter as primeiras afonias da minha curta existência.

E, digamos que, quando se tem que utilizar a voz em serviço, é complicado.

Telefones para atender, em que quem está do lado de lá não nos ouve, ou mesmo falar pessoalmente como se estivéssemos a contar um segredo, também não dá muito jeito.

Nessa altura, receitaram-me as pastilhas "Euphon" que, além de se parecerem e saberem a gomas, tinham um efeito bastante rápido e eficaz. Para bem da nossa voz, e mal da nossa gulodice, porque quanto mais tempo durasse, mais pastilhas marchavam!

 

Depois, deixei de ter esses episódios e, uns anos mais tarde, quando foi preciso, não havia à venda. Acabei por ter que levar outras. E nunca mais pensei no assunto.

 

No início deste ano, a minha filha começou a ficar rouca e chegou mesmo a quase perder a voz. 

Tinha um trabalho para apresentar dali a uns dias.

Fui à farmácia, e perguntei se tinham as milagrosas pastilhas "Euphon".

Para minha surpresa, e ainda bem, continuam a comercializá-las e levei para a minha filha.

Dois dias depois, tinha voltado ao normal.

 

Por isso, já sabem, se algum dia estiverem com afonia ou rouquidão, Euphon é a solução!

 

E por aí, já alguma vez experimentaram?

Deram-se bem com elas?

Compeed versus Zovirax no combate ao herpes labial

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Quem sofre deste mal sabe o quanto o herpes labial pode ser incómodo, doloroso e inestético, fazendo-nos querer livrar dele o mais depressa possível.

Eu já tive crises mais recorrentes. De há uns tempos para cá, o herpes não tem aparecido com tanta frequência mas, volta e meia, lá dá um ar da sua (des)graça.

 

 

Desde sempre, me lembro de usar os pensos Compeed.

Tapam a ferida, que assim fica mais isolada.

São transparentes, pelo que quase nem se dá por eles.

E vão tratando do herpes, evitando o seu alastramento e ajudando no seu desaparecimento.

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Mas, das últimas vezes, tenho optado por utilizar o Zovirax. 

É certo que, ao invés de disfarçar o problema, o faz sobressair mais, porque o creme, mais concentrado ou mais espalhado, fica visível.

No entanto, parece-me mais eficaz, e num menor espaço de tempo, ajudando a cicatrizar mais rapidamente.

É ideal para se usar quando estamos em casa, podendo assim, para quem não quer sair à rua com a boca untada, funcionar como complemento do penso.

 

 

E por aí, o que costumam usar?