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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Da abstenção nas eleições do passado domingo

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Eu diria que a abstenção se traduz numa única palavra: desesperança!

 

Muito se tem falado sobre a enorme taxa de abstenção que caracterizou as eleições do passado domingo.

Muitas têm sido as críticas a quem não foi às urnas, a quem não exerceu o seu direito de voto, a quem se esteve a marimbar para o que estava ali em causa, e preferiu ficar em casa, ou ir para qualquer outro lado passear.

 

 

Ah e tal "Abster-se de votar não é uma forma de protesto. Existem outras formas de mostrar descontentamento."

Ah e tal "Quem não vota não tem depois o direito de reclamar ou exigir nada, porque não fez nada para mudar o que considera que está mal."

Talvez.

 

 

Mas uma coisa é certa: 

Não chega apenas apelar ao voto.

Não chega a possibilidade de votar em branco.

Não chega ir lá e entregar um voto nulo.

 

 

 

Mais do que isso, é preciso que surja um candidato/ partido, que nos faça acreditar na causa que defende, que nos convença de tal forma, que nos leve a levantar o rabo do sofá para dar esse voto de cidadania (e de confiança) com vontade, e gosto por exercer o nosso direito. Com esperança numa mudança.

E não é o que acontece hoje em dia, à excepção, talvez, do PAN, que tem vindo a marcar pontos e a revolucionar aos poucos. O PAN é aquele que, à falta de outro melhor, acaba por se mostrar diferente, e mais convincente. Mas não ainda o suficiente.

 

 

Os portugueses vivem em desesperança pelas propostas que são apresentadas. São mais do mesmo. E do mesmo que ninguém quer.

Os portugueses acreditam que, qualquer um que seja escolhido, fará o mesmo que os outros, mesmo que tenha prometido o contrário.

 

 

Só no momento em que surgir alguém capaz de revolucionar o actual panorama político, capaz de nos fazer juntar à causa, e lutar por ela, como fazemos, hoje em dia, em tantas outras áreas, se poderá reverter este quadro de abstenção.

Isso, ou então acenar aos portugueses com uma "cenoura", a que terão direito se cumprirem a sua parte (votando). Por norma, costuma ser ainda mais eficaz!

Chocada e Desapontada

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Sobre as últimas notícias só tenho a dizer que me sinto:

 

Chocada com a eleição de Donald Trump - sempre pensei que vencesse a Hillary. A eleição de Barack Obama trouxe, na altura, uma onda de esperança e de mudança para melhor. Esta, traz uma onda de receio pelo futuro, e um regresso a tempos que julgávamos nunca mais voltar.

 

Desapontada com a entrega de Pedro Dias - pensei que ele demorasse mais tempo a fazê-lo,ou que nem se entregasse sequer. Não que prefira que ele ande à solta, mas foi uma boa prova de que a polícia, em determinadas situações, nada consegue fazer e os criminosos brincam com ela. 

 

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O dia depois de ontem

 

Andavam por aí muitos portugueses insatisfeitos com o actual governo.

Tiveram a sua hpótese de tentar mudar, nas eleições de ontem. Alguns cumpriram o seu dever. Muitos, abstiveram-se de o fazer.

Hoje, andam muitos portugueses descontentes com o vencedor das eleições. Alguns com esse direito, porque os seus votos não foram suficientes para destronar o actual governo. Outros, sem terem do que reclamar, porque não fizeram nada para mudar.

Os conformistas, expressam as suas opiniões "Ah e tal, pelo menos não ganhou com maioria absoluta" ou "Ah e tal, pelo menos já sabemos com o que contamos".

Mas há quem diga que foi melhor assim. Que, não havendo oferta de qualidade, mais vale um Coelho na cartola, que dois Costas a voar!

Imagem www.movenoticias.com

 

E por falar em animais, parece que o PAN conseguiu fazer história nestas eleições, ao ver um deputado eleito para a Assembleia da República.

Também o Bloco de Esquerda alcançou uma vitória, passando a ser a terceira força mais representada, com a eleição de 18/19 deputados.

E assim corre o dia depois de ontem - um dia de rescaldo, ressaca, desilusão, optimismo, vitórias, derrotas, alegria, contas à vida.

Amanhã esqueceremos estas eleições. Hibernaremos por quatro anos, na toca do Coelho.

Em 2019, voltaremos a dizer de nossa justiça. Ou talvez não... 

 

Imagem rr.sapo.pt

António Costa versus Pedro Passos Coelho - o debate

Imagem www.movenoticias.com

 

 

Sobre o debate de ontem, não tenho muito a dizer.

Estou convencida que António Costa irá sair vencedor das próximas eleições porque, de uma forma geral, os portugueses estão fartos da política e medidas de austeridade do actual governo e, como tal, tudo o que se apresentar, aparentemente, melhor, é bem vindo!

António Costa promete, em suma, devolver-nos quase tudo o que nos foi tirado. Inverter tudo a actual situação e resolver quase todos os problemas que o país atravessa.

Pedro Passos Coelho, não faz promessas! Ou, pelo menos, não a curto prazo.

Perguntas não respondidas, respostas desviadas das perguntas, algumas mentiras e algumas verdades, cada um com a sua razão em determinados assuntos, e sem ela, noutros, só tenho a dizer que:

- temos que tentar ser realistas - assim como não temos por que confiar em alguém que não dá uma previsão concreta para a resolução de um determinado problema, também não devemos confiar em quem promete resolvê-lo de um dia para o outro;

- em sentido figurado, por muito que alguém prometa fazer uma omeleta com 10 ovos, é provável que, ao chegar à tal cozinha, encontre apenas 4 ovos disponíveis! E depois, como é que vai descalçar essa bota?

- nem sempre aquele que nos faz mais feliz, que nos promete tudo aquilo que queremos, e nos diz ao ouvido tudo aquilo que desejamos ouvir, é aquele que diz a verdade; nem sempre quem nos facilita, está a ser nosso amigo - não se esqueçam que facilitismos de uns, podem levar a problemas maiores e medidas piores para nós, por parte dos sucessores;

- não esqueçamos que o nosso actual primeiro ministro também prometeu muita coisa que, depois de lá estar, não cumpriu, antes pelo contrário;

- por muito que tenham que ter sido tomadas medidas severas de austeridade em nome da crise, houve muitas delas que ficaram por explicar, que nunca soubemos exactamente para que serviam, e de que forma isso ia atenuar a crise - Pedro Passos Coelho falhou totalmente nesse aspecto;

- Nenhum governante que manda o seu povo emigrar está em condições de governar um país; nenhum governante que inventa medidas temporárias, para mascarar a realidade e tapar o sol com a peneira, deve estar à frente do governo do país - e parece-me que é isso que Pedro Passos Coelho tem andado a fazer;

- Por último, façam debates com os candidatos de todos os partidos, e não apenas do PS e PSD/CDS.

Abstenção ou voto em branco

 

No outro dia, ao almoço, estava o meu pai a conversar com o meu marido sobre política, partidos, eleições e a importância do voto.

Na opinião do meu marido, e provavelmente outras tantas pessoas, existe uma grande diferença entre a abstenção e o voto em branco. Para ele, a abstenção é sinónimo de desinteresse, alheamento e indiferença para com o futuro do nosso país. Pelo contrário, o voto em branco, é uma participação activa, o cumprimento do nosso dever de cidadãos e, simultaneamente, a manifestação dos nossos desejos.

Até pode ser...em teoria! Na prática, os efeitos são exactamente os mesmos.

Em Portugal este voto não é relevante para a contagem dos votos expressos na eleição presidencial, não tendo influência no apuramento do resultado das eleições. Na verdade, abstenção, votos nulos ou votos em branco acabam por ser formas diferentes de transmitir a mesma mensagem - a rejeição dos candidatos, mas sem qualquer efeito prático.

Eu não voto, pertenço à categoria das abstenções. Deixei de exercer um dever e um direito que me assiste, de escolher um governante para o meu país. Porquê? Porque nenhum deles merece o meu voto. Estou, portanto, a deixar em mãos alheias uma decisão para a qual eu deveria contribuir. Como tal, não me posso depois queixar dos resultados.

Mas, quem vota em branco, estará a contribuir para alguma coisa? Se entre 4 ou 5 candidatos, não escolhermos nenhum, estaremos a decidir alguma coisa? Não. Estaríamos sim, se votássemos num qualquer deles, em detrimento de outro. Não é o caso do voto em branco. Este, por enquanto, ainda não serve para eleger lugares vazios, nem tão pouco tira poder ou força a quem for eleito.