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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O maior desgaste não é físico, mas sim emocional

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Sabem aqueles dias em que fazemos mil e uma coisas, temos que andar a correr de um lado para o outro, não paramos um segundo, e quase nem sentimos o corpo?

Ainda assim, se for preciso, ainda arranjamos forças para fazer mais isto, e mais aquilo, entrando em piloto automático.

Chegamos ao final do dia cansados, sim. Mas esse cansaço físico em nada se compara com o cansaço psicológico.

Este último, derruba-nos completamente.

Quando começamos o dia a conviver com pessoas “tóxicas”, que nos sugam a boa disposição, que nos esgotam a paciência, que se destroem a nossa energia e anulam o positivismo, e isso se vai repetindo, ao longo do dia, com diversas pessoas com as quais temos que lidar, chegamos ao final desse mesmo dia, como se tivéssemos sido apanhados no meio de um tornado, como se nos tivessem arrancado toda a nossa essência, deixando apenas um corpo sem alma.

Sem dúvida, o maior desgaste não é físico, mas sim emocional.

Ainda haverá espaço para a criatividade no futuro?

 

Ao longo dos tempos, temo-nos vindo a transformar cada vez mais em robots, em pessoas mecanizadas com com instruções claras de como funcionar, deixando pouco espaço a algo que fuja dessa rotina programada.

E, como é óbvio, isso tem as suas repercussões e consequências nefastas, a curto, médio e longo prazo, não só a nível físico como a nível mental e emocional.

Em vez de nos sentirmos leves, felizes e de bem com a vida, sentimo-nos como se carregássemos um peso enorme às costas, tristes, abatidos, conformados.

Os dias e a nossa vida deixam de ser coloridos, passando a vivê-los em tons de cinzento.

O tempo passa por nós,e nem damos por ele passar. Até ao dia em que olhamos para a monotonia em que a nossa vida se tornou.

Deixamos morrer os sonhos, a imaginação, a criatividade...No novo mundo, não há muito espaço para isso. 

Iremos mesmo permitir que isso aconteça?

Será que vamos a tempo de inverter este quadro, ou será algo inevitável?

 

 

Esta curta-metragem mostra um pouco do que está a acontecer às nossas crianças, e aos adultos.

Os autores, Daniel Martínez Lara e Rafa Cano Méndez mostram, em cerca de 7 minutos, o que acontece à nossa vida quando a criatividade é afundada pela rotina diária.

O vídeo incide também sobre a paternidade, e a importância de deixar as crianças fazerem as suas próprias viagens.
 
 

Concordam com esta visão?

 

 

 

Será a negligência uma consequência das dificuldades socioeconómicas?

 

 

A negligência não escolhe classe ou estrato social, estando presente tanto em classes sociais mais desfavorecidas, como estratos sociais mais elevados, e manifesta-se de diversas formas, tanto de ordem física, como emocional e até educacional.

Podem, igualmente, ter várias causas, como imaturidade e inexperiência dos pais, que podem ter sido, também, vítimas de negligência, problemas conjugais e familiares, depressão, doenças mentais ou dependência de álcool e/ ou drogas.

Logo, são situações mais complexas e que não se podem meramente atribuir às dificuldades socioeconómicas da população.

Quanto à intencionalidade, também esta pode existir ou não, independentemente da situação económica uma vez que não há, muitas vezes, consciência de que determinados comportamentos são considerados negligentes.   

Conheço um pai que vive sozinho com a sua filha, e nem sempre o vestuário que a menina apresenta é o mais adequado. A menina já chegou, inclusivamente, a estar com a roupa suja de urina.

Conheço uma mãe que deixa o filho andar por aí a brincar na rua até à noite, sem sequer saber onde ou quem está, ignorando os perigos que o menino poderá correr se alguém menos bem intencionado lhe quiser fazer mal.

Estas crianças, vejo-as frequentemente sozinhas, sem supervisão dos pais ou outro adulto responsável.

Conheço mulheres que, sob influência de comprimidos e álcool, deixam muitas vezes os filhos sem almoço ou jantar.

Se os pais o fazem intencionalmente? Acredito que não! Talvez achem normal.

Um pai que se esquece de um bebé num carro ao sol durante horas, é um pai negligente. Mas, por certo, também ele não teve intenção de o ser.

Uma mãe que larga a mão do filho enquanto conversa, e deixa de o observar durante segundos, segundos esses suficientes para que um acidente aconteça, é uma mãe negligente. Mas não o foi intencionalmente.

É certo que as dificuldades socioeconómicas podem levar a casos de negligência física e educativa, enquanto nas classes mais favorecidas, a mesma se verifica, sobretudo, a nível emocional.

Mas também é verdade que, mesmo nas classes mais pobres, podem ser prestados os cuidados básicos adequados ao pleno desenvolvimento da criança, apoio e protecção, não lhe negando direitos fundamentais.