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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Cooperação entre enfermeira e médica

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Esta semana tinha uma consulta marcada no meu Centro de Saúde.

Na fase de campanha de rastreio do cancro do colo do útero, os centros pensam no nosso bem estar e marcam-nos automaticamente a consulta/ exame.

E, mesmo depois de chegar mais de uma hora atrasada, fui atendida na mesma.

 

É suposto haver uma consulta de enfermagem antes da consulta e exame com a médica. 

A enfermeira fez-me várias perguntas, relacionadas com planeamento familiar e situação clínica. Normalmente, esta etapa pretende adiantar o serviço e obter as informações que, depois, estarão disponíveis para a médica, quando esta estiver a atender o utente.

No entanto, quando passei para o gabinete médico, a médica voltou a fazer as mesmas perguntas a que já tinha respondido.

 

E eu pergunto-me por que raios, com tanto que as enfermeiras têm que fazer, as fazem desperdiçar tempo com questões que, depois, a médica voltará a fazer, e que de nada serviu responder antes?

É suposto haver cooperação entre enfermeira e médica, não trabalho duplicado, e tempo perdido para todos os intervenientes.

 

Os médicos no serviço público e no privado

O meu marido é da opinião de que os médicos, nas clínicas privadas, só se interessam pelo dinheiro e, com ele garantido, pecam no atendimento dos utentes, dando pouca importância aos seus problemas e mostrando pouco interesse, preocupação ou profissionalismo. Já os médicos do serviço público, que cada vez recebem menos, não exercem a sua profissão com vista ao lucro e, como tal, mostram-se mais atenciosos com quem os procura.

Eu, sou de opinião contrária! Considero que os médicos, assim como todos os que trabalham, sentindo-se injustiçados face à constante redução dos seus salários, tendem a sentir-se desmotivados para o exercício da sua profissão e, como tal, pouco querem saber dos utentes que a eles recorrem, e tão pouco estão preocupados com o que lhes possa acontecer, porque não são suficientemente pagos para isso. Por outro lado, um médico que cobra um preço que acha justo pelo seu serviço, está mais motivado e tem obrigação de justificar o valor cobrado, com um atendimento mais amável, atencioso e cuidado.

Claro que, havendo excepções, encontramos bons e maus profissionais em qualquer um dos serviços - público ou privado. Até porque os médicos realmente profissionais exercem a sua profissão por amor à mesma, porque se sentem bem a ajudar o próximo, a melhorar a vida de cada um dos seus pacientes ou, simplesmente, a ser um ouvinte atento ou dar uma palavra amiga de consolo ou incentivo, fazendo disso a sua prioridade, sem olhar aos escassos meios que possam haver ou ao dinheiro que poderão, ou não, receber.

E quanto à questão da atenção que é dada aos pacientes, por médicos e enfermeiros? Falava disso a Van

do blog http://nuagesdansmoncafe.blogs.sapo.pt após um comentário que fiz sobre o assunto.  

Quem será mais atencioso? Os médicos ou os enfermeiros? 

Temos tido alguma sorte com os médicos que nos têm calhado, mas parece-me que os enfermeiros saem a ganhar. 

No hospital D. Estefânea, por exemplo, posso falar bem dos enfermeiros e da segurança, mas os médicos são para esquecer. No hospital de Torres Vedras, na parte da pediatria e internamento, tanto médicos como enfermeiros foram 5 estrelas. Já na maternidade, nem uns nem outros me deixaram saudades.

Mas, de uma forma geral, os médicos estão lá para observar, passar receitas e exames e pouco mais. São os enfermeiros que mais cuidam, que mais acalmam, que mais conversam, que mais atenção nos dão, que estão sempre lá noite e dia para o que precisarmos.

 

 

Se os milagres existem, então estarmos vivos é um milagre!

 

 

Quase 11 horas da manhã, estávamos nós a caminho de Tróia para passar o dia na praia. Íamos com calma, na faixa da direita, a entrar na A8.

Vem um camião a aproximar-se de nós, do nosso lado esquerdo. O meu marido até comentou que o camião estava a querer encostar-se a nós. Mas pensámos que ele ia seguir paralelo a nós, cada um na sua faixa de rodagem. Enganámo-nos.

O camião bateu-nos de lado, o meu marido desviou-se o quanto podia (tinhamos o raid ao nosso lado e uma estrada lá em baixo) até bater no raid, virámos para o meio da estrada, demos duas voltas e capotámos.

Assustei-me a valer, claro. Mas não pensei que ia morrer. Só queria era que o carro parasse, e que sofressemos o menos possível.

Quando isso aconteceu, vi o meu marido a tirar o cinto de segurança e sair pela janela partida. Com muita calma, dadas as circunstâncias, fiz o mesmo.

Mas a Inês ficou presa no banco de trás, estava em pânico por nos ver cá fora e ela lá estar, e as portas de trás não abriam. Tentei acalmá-la e comecei a tirar o que estava no carro, para depois ela poder sair pelo mesmo sítio que nós.

Entretanto, um bombeiro que ia de passagem e que parou para ajudar, juntamente com o meu marido, conseguiu tirá-la em segurança pela mala do carro.

Estava traumatizada psicologicamente, mas fisicamente sã e salva, apenas com uma nódoa negra. Eu, fiquei com cortes nas mãos e no joelho, e um braço dorido.

Já o meu marido, ficou com o braço queimado e cortado - queimadura por abrasão - e foi levado para o hospital. Tem que andar com o braço ligado e ter muito cuidado.Ficou também com dores pelos tombos que demos. 

Mas, de uma forma geral, estamos vivos, e sem grandes ferimentos. O carro? Esse não teve salvação.Perda total.

Começámos mal as férias, é verdade. Mas não vamos deixar que isto nos estrague o resto delas. Só nos deu mais força e vontade de aproveitarmos ao máximo cada dia que ainda nos falta.
Não era ainda a nossa hora. Ainda temos muito que fazer cá.

Quanto ao camionista, diz que não nos viu! Ou por distracção, ou porque ia a dormir.
Queremos desde já agradecer a todos os que, de alguma forma, nos ajudaram: desde os automobilistas que pararam para nos prestar apoio moral e testemunhos, ao bombeiro que conseguiu tirar a Inês de dentro do carro, aos tripulantes do INEM, aos médicos e enfermeiros da VMER, aos agentes da GNR de Torres Vedras, pessoal da assistência em viagem e a todos o que estiveram lá e me tenha esquecido de mencionar.
Estamos bem, e é isso que importa. A vida continua!