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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quando um jogador desautoriza o seu treinador em pleno jogo

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Aconteceu no passado domingo, na final da Taça da Liga Inglesa, que se disputou entre o Chelsea e o Manchester City.

Por duas vezes assistido em campo, e já a terminar o tempo de prolongamento, o treinador do Chelsea, Maurizio Sarri, achou por bem substituir o guarda-redes Kepa, pelo seu colega de equipa, uma vez que, devido às queixas que foi apresentando, poderia não estar no seu melhor, para defender os penaltis.

Mas Kepa, achou que não havia necessidade. Que estava bem. Que podia continuar em jogo.

Só que o mostrou da pior forma, fazendo braço de ferro com o treinador, desautorizando este, fazendo birra e desrespeitando o seu colega que já tinha aquecido e estava pronto a entrar.

 

 

Duas pessoas estiveram mal nesta situação: jogador e treinador.

 

Kepa esteve mal porque, acima de tudo, deve respeito ao treinador. E se o treinador acha que ele deve ser substituído, por muito injusto que possa ser, só deve acatar essa decisão, ainda que não concorde com ela.

Esteve mal a partir do momento em que achou que só ele poderia defender a baliza do Chelsea, e que o seu colega poderia pôr em risco a vitória da equipa. Por muito que ele pense que "já que fiz até aqui, vou até ao fim" ou que se sentisse em plena forma física para continuar, ainda assim, não era motivo para fazer a birra que fez em pleno campo, e para a recusa veemente em sair e ser substituído.

Até poderia estar a fazê-lo pela equipa, mas a ideia que passou foi a de que só estava a pensar em si, e na sua vontade.

 

Sarri esteve mal porque, apesar das várias vezes em que pediu ao jogador para sair, sem que este o fizesse, não impôs a sua autoridade como treinador, mostrando que os jogadores podem fazer o que bem entendem, que ele não tem mão nem pulso firme para os comandar.

Em vez disso, reclamou, mostrou frustração, ameaçou abandonar o estádio, para depois voltar atrás e dar o dito pelo não dito e, mais tarde, desvalorizar o incidente, como se se tratasse apenas de uma mera falha na comunicação.

 

 

A verdade é que, por ironia do destino, o Chelsea acabou por perder a partida e a taça para o seu rival, devido a um penálti que Kepa não defendeu.

E agora, para castigo, como punição pela sua atitude, o Chelsea fez saber que o jovem guarda-redes irá doar uma semana de salários à fundação do clube.

 

 

Na minha opinião, um bom jogador não é apenas aquele que joga bem, que mostra bons resultados em campo e traz mais valias para a equipa, mas também aquele que, apesar do seu talento, tem também carácter, humildade, que sabe que está ali pela equipa e em equipa, e não para se mostrar a si próprio, que sabe o seu lugar e o seu papel, e quem é que comanda a equipa, que sabe acatar decisões, que não se deixa vislumbrar facilmente pela fama, pela imagem, pelos milhões que ganha, esquecendo tudo o resto.

E por vezes, é preciso chamá-los de volta a terra.

Penso que a melhor forma de punir Kepa pelo seu comportamento, mais do que perder ali meia dúzia de euros (que para ele é uma agulha no palheiro do ordenado que recebe), seria com a sua permanência no banco nos próximos jogos que a sua equipa disputasse.

Claro que, no futebol de competição a este nível, é mais provável que o clube, e o treinador por arrasto, estejam mais interessados naquilo que poderão ganhar (ou perder) com as possíveis fragilidades da equipa ou até mesmo derrotas, na ausência do seu melhor guarda-redes, do que em formar civicamente os jogadores. 

 

 

ZOO - a série da Netflix sobre o Homem e os animais

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Gostam de animais?

Gostam de ciências e investigação?

Gostam de suspense e mistério?

Gostam de policiais, com teorias da conspiração e agentes infiltrados e corruptos à mistura?

Gostam de dramas familiares?

Gostam de romance?

Gostam de acção e surpresas constantes?

 

Então esta é a série ideal!

 

 

Tudo começa com um ataque de leões fora do normal na selva africana, onde são apresentadas as personagens principais:

 

Jackson - um perito em comportamento animal que vê, nestes estranhos ataques que estão a ocorrer, uma possível ligação com as teorias do seu pai, que o levaram à loucura, a perder a credibilidade e o trabalho, e a ser abandonado pela família

 

Abraham - um guia de safári, melhor amigo de Jackson que o vai acompanhar na busca da verdade, depois de ser salvo de um ataque de leões

 

Chloe - é uma agente secreta francesa, única sobrevivente de um dos ataques dos leões em África, que escapa com a ajuda de Jackson

 

Jamie - uma jornalista que vive para uma única missão - destruir a Reiden Global - uma companhia produtora de pesticidas e alimentação para animais, que ela acusa de ter matado a sua mãe, e de actuar de forma ilegal, pondo em perigo a vida das pessoas e dos animais

 

Mitch - um veterinário patologista que é procurado por Jamie para a ajudar a destruir a Reiden Global, mas que acaba por dar uma preciosa ajuda na investigação 

 

 

Alguém, que não conhecem, junta estas 5 pessoas, para que descubram o que se está a passar com os animais em todo o mundo, a razão para a mudança de comportamento e ataques inexplicáveis que estão a cometer, e como impedir essa ameaça, oferecendo-lhes recursos e levando-os a viajar para locais distintos.

 

Estarão os animais a ficar mais inteligentes? A deixar de ter medo dos humanos? A transmitir alguma mensagem ao Homem? A desafiá-lo? A provar que, a partir de agora, são eles que mandam, e é o Homem que deve ter medo? Será uma forma de vingança contra aqueles que, ao longo de séculos, os trataram mal?

Ou haverá, mais uma vez, responsabilidade humana nesta transformação?

 

A longo da série, alguns segredos vão sendo desvendados, percebemos que nem todos são quem pensamos que sejam, e que não é só da parte dos animais que vem o perigo! E não vai ser fácil lidar com os ataques que lhes fazem, de todas as frentes.

 

A série da CBS tem 3 temporadas, de 13 episódios cada uma, e foi inspirada no livro de James Patterson, com o mesmo nome. A quarta temporada foi cancelada por fracas audiências, mas as 3 temporadas podem ser vistas na Netflix.

 

 

Verão imparável é com a Inominável!

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Acabadinha de sair, está já disponível a Inominável n.º 15, com uma capa que nos dá vontade de ir de férias, e dar um mergulho refrescante naquelas águas!

 

Mas, entre um mergulho e uns banhos de sol, ou na pausa para o café, para aqueles que estão a trabalhar, aproveitem para descobrir tudo o que a equipa Inominável preparou para esta edição:

 

- dicas de como aproveitar o calor do verão, com saúde

- um roteiro com belas praias que poderão visitar  

- poesia que une dois continentes com tanto mar entre eles

 

E ainda, a entrevista a Kate Mirson, na rubrica Musicalizando, e a Agenda Inominável, entre muitas outras rubricas, nesta Inominável especial de Agosto!

 

 

Para quem os leitores assíduos da revista, ou para quem está agora a lê-la pela primeira vez, que rubricas mais gostam ou gostariam de ver na Inominável, em edições futuras? 

 

 

Portugal é campeão europeu! E agora?

 

Ontem, todos os portugueses (ou quase todos) estavam com as atenções voltadas para a final do campeonato europeu de futebol, ou não estivesse a equipa portuguesa a um passo de fazer história!

Por muito que os portugueses estejam insatisfeitos com o estado em que se encontra o país, que sejam muitas vezes os primeiros a dizer mal de Portugal, e a desvalorizar aquilo que é nosso, o futebol tem essa faculdade de uni-los todos por uma causa maior.

Compreendo que os portugueses torçam, como é óbvio, pela nossa equipa. Mas custa-me compreender a histeria desenfreada que se gera e a que assisto à minha volta, por conta de um jogo.

Como portuguesa, gosto muito do meu país, mas não sou fanática por futebol. Não acreditava que Portugal ganhasse, mas fico feliz que tenha conseguido esta vitória, talvez mais merecida por campeonatos anteriores, do que propriamente por este campeonato, e para calar a boca a todos aqueles que usaram meios mais baixos para nos destabilizar.

Durante uma hora e meia, conseguimos manter-nos num empate a zeros, com todo o mérito do Rui Patrício que, penso que todos estaremos de acordo, foi sem dúvida o homem do jogo! Não fossem as mãozinhas dele, e aquelas sucessivas defesas, e já estaríamos esmagados pela França. Uma França que jogava em casa, era clara favorita, e tinha uma enorme responsabilidade e pressão sobre os ombros.

A saída inesperada e antecipada do Cristiano Ronaldo foi emotiva, frustrante, triste, mas talvez (digo eu) tenha sido uma inspiração adicional para conseguirmos trazer a vitória para Portugal. 

E para todos aqueles que continuam a achar que a equipa portuguesa é o Cristiano Ronaldo e o Renato Sanches, e pouco mais, ficou provado que estes e outros bons jogadores podem ser uma mais valia e ajudar a obter bons resultados, mas os restantes jogadores também estão lá, e conseguiram vencer mesmo sem os "melhores" em campo.

Para isso contribuiu, e muito, a entrada de Éder, que marcou o nosso golo, o único da partida, mas suficiente para nos garantir a taça.

Hoje, somos todos Portugal!

E, de facto, Portugal ganhou, é campeão europeu, e está de parabéns. Foi um feito histórico e que nunca iremos esquecer. Mas é só isso.

Oiço várias pessoas dizerem "ah e tal, isto é muito bom para Portugal" ou "o nosso país vai ser mais conhecido". O meu marido também costuma dizer algo do género.

E eu respondo-lhe sempre:

O teu ordenado vai aumentar?

Vais ser beneficiado em alguma coisa?

Os portugueses vão ter melhores condições de vida?

Algum do dinheiro ganho pela equipa irá servir para ajudar quem mais precisa?

 

Não!

 

Portugal ganhou, é certo. Mas tudo o resto, infelizmente, irá continuar na mesma. Será preciso muito mais para melhorar e trazer a Portugal tudo o que ainda faz falta, e está mal, do que o título de campeão europeu de futebol que, daqui a uns tempos, já ninguém irá lembrar.

A não ser os portugueses que, à falta de melhor, podem sempre dizer: "ah e tal, tudo está mal neste país, mas pelo menos fomos campeões europeus!"

 

Imagem www.cmjornal.xl.pt

A missão de um verdadeiro líder

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Nem toda a gente tem perfil para liderar, e eu confesso já aqui que devo ser uma dessas pessoas. Ou então é, simplesmente, pouca vontade de "pegar no touro pelos cornos", como se costuma dizer, e pouca vontade de assumir responsabilidades que me trarão, provavelmente, mais dores de cabeça que alegrias!

Mas admiro quem tem essa coragem e toma as rédeas, sem medos, de alma e coração. Não aquelas pessoas que correm a ocupar a cadeira que ainda mal acabaram de deixar livre, como se estivessem há muito a aguardar por isso, mas aquelas que lá chegaram naturalmente, por vocação ou por escolha de todos os envolvidos. No entanto, nenhum líder o é, se estiver sozinho, se não tiver quem liderar. E é aqui que as coisas se complicam.

Porque um líder deve estar lá para apoiar a sua equipa, para ajudar no que for preciso, para mostrar a sua disponibilidade, para incentivar os seus colaboradores a fazer mais e melhor, para alertar para o que está errado e tentar resolver. Um líder orienta, entusiasma, torna o trabalho interessante, ajuda, acompanha, moraliza, e é o primeiro a puxar por todos os seus colaboradores. Há um espírito de cooperação. Um líder sabe transmitir a sua mensagem sem agressividade, sem se tornar autoritário, sem exigir. Tenta tomar sempre as decisões mais acertadas, que os restantes membros respeitam e acatam. 

Mas é muito fácil desviar deste caminho, e agir de uma forma mais ríspida, que só vai afastar os membros da equipa, fazê-los trabalhar de má vontade, ou querer afastar-se do projecto que, em vez de prazeiroso, se torna irritante. É muito fácil começar a mandar, em vez de orientar. É muito fácil achar que somos os donos da razão e que só da forma como dizemos e queremos é que as coisas andam para a frente. 

Há que haver respeito, cedências, tolerância e cumprimento das orientações tanto por parte de quem está na liderança, como pela restante equipa. E, principalmente, muita comunicação entre as partes. É meio caminho andado para o sucesso de um projecto, e para a satisfação de todos os envolvidos.