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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Tentar encher um copo que já está cheio

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Quando um copo está vazio, pode ir ser enchido com o que se quiser, e na quantidade que se entender.

Ainda que ele fique cheio se, volta e meia, for esvaziado, ou for perdendo algum do seu conteúdo, há sempre espaço para levar mais qualquer coisa.

O problema, é tentar encher um copo que já está cheio. Aí, não adianta porque, o que quer que se lá queira colocar, não vai ficar.

O copo não leva mais, e começa a deitar para fora.

Por menor que seja a quantidade do que se lá quer pôr, ou por melhor que seja a qualidade, comparativamente ao que lá estava antes, primeiro há que esvaziar, arranjar espaço, ou não servirá de nada.

Vai-se continuar, inutilmente, a tentar deitar lá para dentro, e vai tudo transbordar, sem que nada fique.

Quando "a folha" está demasiado riscada...

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Por vezes, a folha está riscada demais para que consigamos escrever o que quer que seja nela.

Já tantas vezes foi escrita, riscada, reescrita, aproveitando-se o que ainda ia sobrando em branco, que chega a um ponto em que já não dá para muito mais.

Já tantas vezes foi usada, dobrada, amachucada, desdobrada, alisada, que está demasiado marcada, e velha, para que a escrita ainda saia como se desejaria.

Deixa-se de perceber o que quer que nela estivesse.

Deixa-se de ter vontade de ainda aproveitar qualquer espaço, por mais pequeno que seja, porque se sabe que não dará para escrever muito.

Já serviu, um dia. Foi desenrascando. Mas, agora, não tem salvação.

 

Escrever numa folha nova?

Em branco?

Começar do início?

Seria o ideal.

Mas já não há força, nem vontade, para escrever uma nova história.

Até porque, o mais certo, seria acontecer o mesmo à nova folha.

 

Por isso, vai-se mantendo a velha.

Aquela que já conhecemos. A que já estamos habituados.

Mesmo que já só se guarde de recordação.

Que já não dê para acrescentar nada de novo.

Que já não tenha solução...

 

Quando os filhos deixam de querer sair com os pais

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Não é que sintam, propriamente, vergonha.

Ou que gostem menos dos pais.

 

É só que preferem estar com os seus pares, fazer os seus próprios planos, e programas, e divertir-se à sua maneira. 

Aconteceu com as gerações anteriores.

Agora, acontece com as actuais.

 

Não percebo como é que há pais que insistem em manter os filhos debaixo das suas asas, não os deixando fazer pequenos voos.

Não é uma questão de deixá-los à toa, mas de dar-lhes espaço.

Parecendo que não, os filhos crescem.

 

Este verão, a minha filha pediu-me para lhe fazer o passe para poder ir à praia com as amigas.

Sempre que quis, foi.

Vai almoçar com elas também. Passear em sítios que conhece.

 

Nestas férias, tentámos sempre incluir as amigas delas nos nossos programas.

Porque era o que fazia sentido para mim.

E se não foram mais, e mais vezes, foi porque não quiseram. Ou os pais não deixaram.

 

No caso de filhos de pais separados, também chega a um ponto em que os filhos podem querer estar com os amigos, naquele dia, semana ou fim de semana que era suposto estarem com um dos progenitores.

Há que ser flexível também nesses casos.

 

Porque é óbvio que um filho prefere estar com alguém da sua idade, num ambiente mais adequado à sua faixa etária, do que a fazer um programa de "cotas".

Ou, então, cabe aos pais adaptar os seus programas, de forma a que os filhos os acompanhem e se consigam divertir.

 

A "ilha das gaivotas"

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Naquela que, outrora, foi uma praia, observa-se, agora, um fenómeno nunca antes visto, a que apelidei de "ilha das gaivotas"!

 

 

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Primeiro, porque são mesmo muitas. E estão todas concentradas naquele espaço.

Depois, porque com a remoção diária de areia que, segundo dizem, a praia tem em excesso e é preciso tirar, acabou por se formar mesmo uma espécie de ilha, no meio da praia.

 

 

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Sim, a praia está reduzida, muito menos apelativa para os banhistas, do ponto de vista do espaço, condições, e mar.

Nem parece a mesma.

Atrever-me-ia, até, a dizer que estão a ponto de "assassinar" a praia. E o verão deste ano, a muita gente.

 

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Não sei como ficará a praia quando terminarem os trabalhos mas, para já, fica o registo desta "colónia" de gaivotas.

Praticar educação física em casa é simplesmente estúpido

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Das várias disciplinas que podem ser prejudicadas, e difíceis de adaptar a um ensino à distância, a educação física é uma delas e, talvez, a pior.

Ainda assim, há professores que insistem em que os alunos pratiquem exercícios físicos em casa, como se num ginásio estivessem.

 

Só que nem todas as pessoas têm um "ginásio" em casa.

Nem todas as pessoas têm uma divisão espaçosa, onde os filhos possam praticar algumas actividades de forma cómoda e segura.

Nem todas as pessoas têm os materiais existentes na escola, como um simples colchão.

No nosso caso, as divisões são tão pequenas, e tão cheias de móveis, que será impossível fazer o que quer que seja, sem tropeçar numa coisa, ou dar um encontrão na outra. 

Deitar no chão, esticados, é impossível. Não há espaço disponível, ainda que se desviem mesas ou secretárias.

Então, faz-se exercício na cama? De pé, sem sair do mesmo círculo?

Vão andar com o telemóvel atrás, ou o computador, para o professor vê-los a fazer os exercícios?

 

É daquelas coisas que, para mim, não faz qualquer sentido.

Se querem que os alunos não estejam parados, mais valia incentivá-los a fazer caminhadas, a correr alguns minutos por dia, a fazer alguns exercícios ao ar livre, se o tempo permitisse.

 

E em caso de acidente?

Imaginemos que um aluno se lesiona a fazer um exercício em casa, muitas vezes por falta de condições, ou por faltar um acompanhamento mais directo do professor.

Quem se responsabiliza? A escola? O seguro escolar abrange o ensino à distância?