Somos como um balão!
Ao longo do nosso dia, algumas situações menos boas vão-se acumulando, como o ar que vai enchendo, aos poucos, um balão.
Da mesma forma, acontecem outras que compensam as primeiras e, de certa forma, soltam a boca do balão por momentos, esvaziando algum do ar que lá se encontrava.
Se o balanço final for positivo, e conseguirmos pôr para trás das costas o menos bom, é possível que cheguemos ao final do dia com o balão vazio. E que bem que sabe soltar todo aquele ar que se foi acumulando!
No entanto, este processo vai-se repetindo ao longo da nossa vida, e o balão, de tantas vezes que se enche e esvazia, começa a ficar mais enfraquecido.
Por outro lado, não é saudável andar sempre com ar dentro do balão, por pouco que seja, sem o conseguir soltar. Até porque, quanto mais ficar acumulado, mais depressa o balão enche, e mais fraco e susceptível de rebentar se torna.
O resultado, num ou noutro caso, é que corremos o risco de, um dia, sem contarmos, o balão, simplesmente, rebentar.
Se for por excesso de ar, muito mais rapidamente, é certo, e muito mais previsível.
Se pelas várias metamorfoses que foi sofrendo ao longo do tempo, mais demoradamente, e de forma imprevisível.
E o que acontece, quando o balão rebenta?
Para além de não haver nada a fazer, e ter que ser substituído por outro, pode atingir tudo à sua volta com os estilhaços daí resultantes.
Haverá sempre consequências, e mudanças.
Mas nem sempre o podemos evitar...