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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Se as estradas são para os carros, e os passeios para as pessoas...

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Se as estradas são para os carros, e os passeios para as pessoas, onde encaixam as bicicletas e os ciclistas?

Pois...

Ora a estorvar os condutores na estrada, ora a estorvar as pessoas no passeio!

 

Não tenho nada contra os ciclistas.

Eles têm que andar em algum lado e, à falta de espaço próprio, vão andando por onde podem.

Mas seria bom começarem a apostar fortemente em ciclovias que lhes permitam fazer o percurso sem pôr em perigo os outros, e sem se colocarem em perigo.

Não meias ciclovias, ou pedaços de ciclovias que só permitem parte do percurso, e depois, lá está, os "atiram" de volta à estrada, ou aos passeios. 

Mas sim vias onde possam circular, de forma a começar e concluir os trajectos, exclusivamente para eles.

Porque assim, com esta partilha de espaços, ninguém está seguro.

 

Mas, claro, é mais uma utopia que dificilmente será concretizada.

Tipos de polícias nas estradas

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Com os quais já nos deparámos:

 

 

I - Os prestativos

Há os que, quando interpelados para pedir informações ou esclarecer dúvidas, tentam esclarecer e ajudar o melhor que podem

 

II - Os apressados

Há os que nos mandam seguir, afirmando que não têmpo para isso, e temos que sair dali rapidamente porque já estamos a empatar o trânsito 

 

III - Os conflituosos

Há ainda os que, mesmo não estando em serviço, e estando os condutores a pedir informação a terceiros, buzinam, param ao lado, reclamam e implicam porque aquilo não é sítio para se parar, não querendo nem saber o motivo pelo qual isso aconteceu

 

IV - Os cumpridores

Podem até ser simpáticos e compreender a situação mas, lei é lei, e é para ser aplicada quando se infringem as regras, sem excepções

 

V - Os benevolentes

Avisam-nos do que está mal mas, ainda assim, deixam-nos seguir viagem com a promessa de não voltar a acontecer

 

VI - Os caça-multas

Estão, ou surgem, onde menos esperamos, e só têm um único objectivo - a multa - nem que para isso tenham que inventar infracções

 

 

Alguém quer acrescentar mais alguns comportamentos destas autoridades que já encontraram nas estradas?

Existem verdadeiras bestas nas estradas

Resultado de imagem para estradas

 

Perdoem-me a expressão, mas é o que me apetece dizer depois da cena de hoje.

Ia com o meu marido para casa quando, a meio do caminho, deparamo-nos com um camião parado na faixa. Quando estávamos quase a ultrapassá-lo, porque havia espaço para tal, o dito camião lembra-se de começar a andar. E assim continuámos, com ele à nossa frente e, por azar, a ir para a mesma rua que nós.

Quando estamos quase a chegar a casa, o camião resolve, sem aviso, parar novamente na estrada, impedindo a passagem. O meu marido dá-lhe uma buzinadela, e o que é que o camionista faz?

Marcha-atrás, para cima de nós! Por mais que o meu marido buzinasse, ele continuava. Nem sequer estava a dar tempo de nós também recuarmos, e eu estava a ver a minha vidinha a andar para trás, mesmo sem o carro o fazer.

Entretanto lá se deu conta, e parou. O pendura, ainda teve a lata de pôr a cabeça do lado de fora e pedir calma!

Até porque o que mais se precisa, quando se vê um camião a vir para cima de nós como se fossemos invisíveis, é calma. Para quê ficar nervoso?! 

Acabou por estacionar por ali. E sinais, não se usam? Estarão aí no camião só para enfeitar e decorar?

Como é que uma pessoa pode perder o trauma dos camiões, se anda sempre a ter problemas com eles?

 

 

É isso e a velha história das passadeiras, de que já aqui falei. Cada vez mais, os automobilistas simplesmente ignoram-nas, e aos peões. 

 

 

Claro que, depois, também temos peões que são a estupidez em pessoa. Ainda no outro dia ia para casa e deparei-me com duas mulheres a atravessar a estrada, onde não havia passadeira, e ainda a reclamarem com o condutor, porque não as deixou passar, como se ele tivesse alguma obrigação disso!

Também há automobilistas apressados!

 

As estradas portuguesas parecem, em determinadas alturas, verdadeiras selvas, onde a única lei que vigora é a do "salve-se quem puder".

E se é verdade que existem peões apressados, os automobilistas não lhes ficam atrás.

Já foram várias as vezes que fui levar a minha filha à escola e, na passadeira, os automobilistas não pararam para nos deixar passar. Uns, nem quiseram saber. Outros, pediram desculpa depois de passarem. Um ou outro, em vez de abrandar, acelerou.

Já fui, juntamente com um senhor que estava a atravessar em sentido contrário, atropelada numa passadeira. E o condutor nem abrandou, muito menos parou, para ver se estávamos bem.

Estou muitas vezes a tentar atravessar em passadeiras, e vejo a forma como alguns param - como se isso significasse um grande sacrifício ou estorvo. Alguns travam mesmo em cima, depois de perderem a esperança de os deixarmos passar primeiro.

Acredito que muitos estejam com pressa, e já vão atrasados. Mas eles vão de carro. Nós, andamos a pé. E também podemos estar com pressa.

Quando chove, então, ainda me irritam mais os automobilistas que vão no seu carrinho, protegidos da chuva, do frio e do vendaval, e não têm a mínima consideração por quem anda a pé, com chapéu de chuva como única protecção, e é obrigado a parar e deixar os meninos passar.

Mas também há o reverso da medalha. 

Quando vejo um único automobilista a aproximar-se de uma passadeira na qual eu estou a tentar passar, tem mais lógica deixar passar o carro, já que, a seguir, não vem nenhum e posso passar à vontade. Ainda assim, há condutores que preferem parar, e cumprir as regras de trânsito à letra.

E há peões que, sem o mínimo respeito, atravessam em qualquer lado, com grande descontração, ou se atiram para o meio das passadeiras forçando as veículos a parar.

Eu acho que, se colaborarmos, todos ficamos a ganhar. E as coisas correm de forma mais fluente.