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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A ganância das pessoas

Ameixa Rainha Claudia Banco de Imagens e Fotos de Stock - iStock

 

Perto de onde vivo existe um recinto público com ameixoeiras.

Neste momento, elas estão carregadas de ameixas, embora a maior parte ainda não muito amarelas.

As que estão do lado mais virado para o sol, amadurecem mais depressa mas, ao mesmo tempo, estão menos acessíveis, seja porque os seus ramos estão mais altos, seja porque caem para o lado de fora da grande muralha, a que não se consegue chegar.

As que estão do lado de dentro, apanham menos sol e, por isso, ainda estão meio esverdeadas.

 

No entanto, à semelhança de outros anos, raramente as vemos amarelas porque as pessoas apanham-nas antes.

Chegam a levar escadotes, e sacos para encher, até não restar nenhuma.

Este ano, por enquanto, isso não tem acontecido muito.

Eu própria, que passo lá diariamente, por uma ou duas vezes fui lá apanhar meia dúzia, para provar.

Se todos levarmos um pouco, dá para muita gente, e é uma forma de não se estragarem, caídas no chão.

 

Mas há quem não pense assim.

A ganância das pessoas é incrível.

Numa das tardes em que estava a regressar a casa, estavam duas mulheres a carregar uma caixa de madeira cheia de ameixas, a maior parte verdes, para o carro.

Quando estavam a despejar as ameixas para a mala do carro, espalharam uma boa parte delas pela estrada fora.

Uma das mulheres dizia "ai minhas ricas ameixas, até as do meu quintal já andam aí estrada fora".

Ou seja, uma delas até tinha, supostamente, ameixoeiras no seu quintal, mas ainda veio apanhar mais a outro lado!

 

 

As dificuldades de fotografar a natureza em meios urbanos

camera | Arte de câmera, Como desenhar mãos, Produção de arte

De há uns tempos para cá tem-me dado para tirar fotografias mais ligadas à natureza, desde paisagens, flores, árvores ou o próprio céu.

Mas nem sempre é fácil, no dia a dia, conseguir uma boa foto. Sobretudo, quando essa natureza está a ser observada em meios urbanos.

Há sempre qualquer coisa que nos "estraga" a fotografia, ou nos dificulta a vida no momento de captar a imagem.

Estes são alguns dos "empatas" que me costumam arruinar as fotografias:

 

1 - fios eléctricos

2 - casas, telhados, chaminés, antenas 

3 - carros a passar na estrada

4 - pessoas a passar

5 - lixo que por ali anda no meio

6 - postes, candeeiros de rua

 

E por aí?

O que mais vos estraga as fotografias?

 

Como começar da pior forma um fim de semana

Resultado de imagem para fim de semana

 

 

Com problemas de saúde na família

Com pessoas mal educadas que se lembram de implicar logo pela manhã

Com pessoas a quererem mandar na nossa vida

Com pessoas a quererem armar confusão e discussão

Com pessoas a atrasarem a nossa vida

Com ideias impulsivas de mudar toda a nossa vida

Com uma camada de nervos em cima, e ter que pôr tudo para trás das costas, porque nos espera um almoço de aniversário

 

 

Com encontros mal combinados ou esquecidos

Com o não se conseguir contactar de forma alguma as pessoas

Com o esquecimento dos convidados, de que foram convidados

Com outros convidados à espera da aniversariante, e nem sinal dela

Com um almoço totalmente atrasado

Com uma turma de miúdos mesmo ao lado a gritarem que nem loucos

Com uma valente dor de cabeça

 

 

Valeu pelo tempo que passámos os três, pela tarde em que até cantámos, dançámos e conversámos na festa, pelos momentos com as bichanas, e pelos episódios da série que vimos.

E foi só por isso que, mesmo com a mossa que provocaram, ainda assim consegui ficar feliz por ter chegado o fim de semana, mesmo que tenha começado da pior forma. 

 

 

 

 

Quando a possessividade e o despotismo dos pais estragam a vida dos filhos

Resultado de imagem para autoritarismo

 

Quando vejo, actualmente, situações destas, vem-me sempre à memória o caso de uma antiga vizinha minha, e da sua filha, alguns anos mais velha que eu.

Estava eu na pré adolescência, quando esta rapariga começou a namorar.

Antes, andava sempre com a mãe para todo o lado, tal como hoje a minha filha anda comigo e, até aí, nada de mais.

Como dizia, ela começou a namorar e o rapaz foi aparentemente bem aceite pela futura sogra. 

Aparentemente porque, se pela frente, era toda sorrisos e amabilidade, pelas costas, envenenava a filha contra ele, provocava intrigas, arranjava forma de se chatearem até que, um dia, conseguiu o seu propósito, e a relação acabou.

Tinha a filha para si, novamente. E esta situação repetiu-se até a rapariga se tornar uma mulher de quase 40 anos, solteira e sem qualquer namorado, porque a mãe se encarregava de estragar qualquer relação que ela tivesse.

Felizmente, a filha teve coragem de, a determinada latura da sua vida, se impôr. Hoje, tem um companheiro, e dá-se bem com a mãe mas houve alguns anos em que a relação entre mãe e filha ficou tremida ou mesmo cortada.

Dá a ideia de que a mãe queria a filha só para ela, o tempo todo ao seu lado, sem a deixar viver a sua própria vida.

 

Existem pais que conseguem, de tal forma, fazer uso do autoritarismo que exercem, e da manipulação que fazem com os filhos, que os sufocam, não os deixando ter vida, amigos, relações amorosas.

São pessoas que pensam apenas em si próprias e naquilo que lhes faz falta, sem se importarem com o que os filhos querem e precisam. Na verdade, os filhos não têm direito a qualquer opinião ou escolha.

E se há os que se vão deixando manipular, os que vão aceitando, os que se vão sujeitando porque não têm outra hipótese, também há os que, mal possam, fogem destas relações destrutivas, deixando aqueles que, nem por um momento, pensaram na sua felicidade.

 

Não percebo como é que estes pais não vêem isso, que quanto mais prendem e sufocam os filhos, mais depressa se arriscam a perdê-los.

Não percebo como é que existem pais para quem a única vontade, os únicos desejos, os únicos interesses, os únicos amigos, as únicas actividades e os únicos passeios que contam, são unica e exclusivamente aqueles que os pais querem e gostam. Não pensam nem um único momento nos filhos?!

 

E depois, no meio de todo este autoritarismo, egoísmo e possessão, acabam por, muitas vezes, negligenciar e deixar por sua conta esses filhos, se eles não fizerem a sua vontade. 

Acabam por não se preocupar com o mais importante. Acabam por ser pais frios, desligados.

Acabam por criar filhos desestruturados, problemáticos, infelizes, tímidos, vulneráveis, estragando-lhes, a longo prazo, a vida, se eles não se conseguirem impôr e dar a volta.