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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Sonhos que davam filme

Estranho magnetismo...

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Nicola tinha acabado de chegar ao seu local de trabalho provisório.

Ainda ficaria por ali uns dias, mas a sua vontade era ir embora o mais depressa possível. Por ela, naquele mesmo dia.

Tinha ficado tão perturbada com o encontro que tivera pelo caminho, que quase já nem conseguira descobrir o caminho para ali.

Se ela soubesse que tinha, na família, pessoas tão estranhas... Claro que, por dinheiro, as pessoas são capazes de tudo, até mesmo dentro da família. Mas isso era algo que ela estava habituada a ver nas notícias, não tão perto de si. Não a ponto de afectá-la pessoalmente.

 

A verdade é que, quando era mais nova, nunca tinha visto o tio, que andava sempre em parte incerta. Só algum tempo depois de ela ter saído daquela terra, é que este regressou às raízes. Por isso, nunca tinham estado juntos. Não se conheciam, de todo.

Mas, se Nicola soubesse, preferia não o ter conhecido.

Só aquele olhar, provocara-lhe um arrepio na espinha. Como se transmitisse más energias.

O olhar e, muito provavelmente, o facto de ele estar com uma arma na mão, em jeito de ameaça. Não a ela, propriamente. Mas em forma de recado, para o seu pai.

 

Nicola sabia que o tio tinha emprestado dinheiro ao seu pai, numa altura em que ele precisara. Mas o tio andava a fazer pressão, a exigir a devolução do dinheiro. Dinheiro que, tinha ficado acordado, o pai entregar no dia seguinte. 

Assim, aquela interpelação não fazia qualquer sentido. Nicola estava ali de passagem. Não tinha nada a ver com os acordos entre irmãos. E, ainda que assim fosse, que necessidade havia de mostrar a arma, e fazer crer que a poderia utilizar, caso as coisas não corressem como ele queria?

Ia matá-la? Matar o seu pai? Seria o seu tio um bandido. Um homem sem escrúpulos?

Nicola limitou-se a informar que o pai tinha o dinheiro, e a perguntar se o acordo não era entregá-lo no dia seguinte, ao que o tio assentiu, frisando que era só para perceber se tudo estava encaminhado, deixando-a seguir caminho. 

E ela assim o fez. Não ficaria ali para descobrir mais sobre ele. Já sabia que chegasse para não querer qualquer relação com o mesmo.

 

Conforme combinado, no dia seguinte tudo se resolveu. 

Nicola estava a fotografar as últimas flores, no âmbito do seu trabalho, quando viu passar o tio, juntamente com dois outros irmãos, ao longe.

Mais uma vez, sentiu aquela sensação de mal estar. Mas, ao mesmo tempo, não conseguiu tirar os olhos dele e, nem sabe bem porquê, viu-se a desejar que o tio olhasse para ela, como se isso fosse importante, quando o que ela mais queria era sair dali para fora e passar despercebida àquela pessoa.

 

No entanto, a determinado momento, como se tivesse ouvido o "chamado" da sobrinha, o tio olhou para ela, e dizendo aos irmãos que ia só despedir-se de Nicola, aproximou-se.

A verdade é que, também ele, não tinha ficado indiferente a Nicola. Ela não era como o resto da família.

Ela tinha força, garra. Ela não tinha mostrado medo dele, nem mesmo quando o viu com a arma na mão. Ela não vacilou. Não fraquejou. Enfrentou-o.

Ela era, de certa forma, parecida com ele. Tencionava conhecê-la melhor, se tivesse oportunidade para isso. E, talvez, apagar aquela primeira impressão que lhe possa ter causado.

- Olá Nicola! Como é que estás?

- Bem. E o tio?

- Queria desculpar-me por ontem. Sei que posso ter parecido muito frio e insensível. Até mesmo um criminoso. Mas nunca vos faria mal. É só a minha maneira de ser, desconfiado, bruto. Estou a tentar aceitar e ser aceite por esta família, que há muitos anos não via, e a adaptarmo-nos mutuamente. Espero que também tu, com o tempo, nos possamos conhecer melhor e me possas vir a aceitar, da mesma forma que o teu pai.

 

Nicola ouviu todo aquele discurso sem reação.

Se, por um lado, lhe apetecia dizer que aquilo era só conversa da boca para fora, para ver se ela se deixava enganar e levar pelas mentiras e justificações esfarrapadas dele, porque nada justificava os seus actos, por outro, sentia um estranho magnetismo, impossível de explicar e bastante incómodo, que a impelia a deixá-lo falar, sem ripostar. A fingir que acreditava nas boas intenções do tio.

Por um lado, Nicola tinha vontade de mostrar que não era como o pai, e que ele, a ela, não enganava. Queria cortar ali mesmo o mal pela raiz, e qualquer hipótese de relação futura, deixando-lhe isso bem claro.

Por outro, sentia que, por alguma estranha razão, não queria declarar guerra aberta ao tio, preferindo deixá-lo falar, e ver no que aquilo daria.

Algo lhe parecia dizer que os seus caminhos ainda haveriam de se cruzar de novo.

E, assim, deixou-o ir, sem ter dito uma única palavra...

 

 

Na vossa opinião, o que poderá estar por detrás desse estranho magnetismo?

Haverá mesmo algum segredo ou ligação por desvendar sobre ambos?  

 

 

 

 

 

O ser humano é um "bicho" estranho e contraditório

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As pessoas, mediante determinadas situações da sua vida, tomam decisões que acham que as irão melhorar ou resolver mas, depois, acabam por não estar satisfeitas, e tomar novas decisões que as levam às situações de onde queriam sair. E torna-se uma "pescadinha de rabo na boca".

 

Por exemplo:

A excessiva disponibilidade leva-nos a ocupá-la com as mais diversas actividades que, quando percebemos, nos deixam sem qualquer disponibilidade, pelo que acabamos por abdicar delas, para voltar a ter disponibilidade e, logo em seguida, vontade de querer ocupá-la de alguma forma!

 

Não raras vezes, sentimo-nos sozinhos e acabamos por iniciar uma relação amorosa, para termos alguém ao nosso lado, com quem partilhar os momentos, os dias, as férias, os fins de semana, as noites. Mas, às tantas, de tanto estarem juntos, começam a sentir falta de tempo só para si, o que leva a que vá cada um para seu lado, voltando a estar sozinhos, até sentir falta de ter alguém, e voltar a repetir o ciclo!

 

Muitas pessoas vão para o ginásio para conseguir um corpo tonificado e bonito, para agradar ou ser mais fácil conquistar alguém. Quando o conseguem, acabam por deixar o ginásio de lado, porque há muito mais com que se ocuparem, e começam a perder o corpo de sonho, o que leva a que algumas vezes, a atracção deixe de existir, e as relações terminem. E logo vão para o ginásio de novo, para repetir todo o processo.

 

E, assim, sucessivamente, para as mais diversas situações e circunstâncias.

O ser humano é mesmo um "bicho" estranho e contraditório.

 

 

Quando os casais fazem vida conjunta mas com carteiras separadas

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Será assim tão estranho?

 

Longe vão os tempos em que o marido trabalhava para sustentar a família, enquanto a mulher ficava em casa a cuidar dos filhos, e a gerir a casa, bem como tudo o que com ela estava relacionado, nomeadamente, as despesas.

E parecem estar a passar de moda os tempos em que ambos trabalham e, no final do mês, juntam os ordenados, e vão gastando do mesmo "saco".

 

A tendência é para, cada vez mais, sobretudo quando já passaram por mais do que uma relação, os casais fazerem vida conjunta, mas com contas e despesas separadas, como quem diz: "amor, amor,  carteiras à parte".

 

Isto não significa que não acabem por contribuir, de igual forma, para as despesas comuns. 

O que acontece, muitas vezes, é ficar estipulado o que cada um fica responsável por pagar, dividindo os gastos conjuntos. Quanto ao resto, cada um pode fazer o que bem entender com o dinheiro, e gasta onde quiser, sem ter que dar justificações.

Não são raras as vezes em que maridos e mulheres implicam com o que o outro membro do casal compra, ou com o que gasta dinheiro. Ou vê-se obrigado a estar sempre a pedir, se for só um a gerir o mesmo. 

Também acontece, quando um gasta mais do que devia, o outro precisar e não ter.

 

Pode parecer mentira, mas uma das razões que mais levam ao divórcio/ separação dos casais, são precisamente as questões financeiras.

E, numa altura em que até o IRS, por exemplo, pode ser declarado em separado, não é de estranhar que as carteiras também o sejam.

 

Eu funciono assim com o meu marido, e não mudaria.

Por aqui, cada um recebe o seu ordenado, em contas bancárias separadas, paga as contas que tem a pagar, e fica com o resto para fazer o que entender.

Da minha parte, estou encarregada de pagar a renda da casa e, recentemente, a prestação da Netflix.

O meu marido, em compensação, fica com as despesas de água, luz, gás e tvcabo.

Eu compro a areia para as gatas. Ele, a ração. 

Ambos compramos coisas que todos utilizamos em casa, mas cada um compra para si aquilo que quer ou gosta, e o outro até nem quer.

Se há gastos extra, vemos que tem mais possibilidades de pagar no momento mas, normalmente, gastos relacionados com o carro ficam para ele, e com a casa, para mim.

Tudo o que cada um de nós queira gastar a mais, é problema seu.

Mas acabamos por, em várias situações, irmos alternando as despesas, do género, hoje pago eu o cinema, para a próxima pagas tu.

 

E aí desse lado, consideram que é uma prática que não faz sentido, e pode até revelar falta de gestão e organização, bem como de confiança no parceiro, ou uma alternativa igualmente válida nos tempos modernos?

 

Sonhos estranhos que parecem reais

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No outro dia tive um daqueles sonhos estranhos que, volta e meia, me visitam.

Algo estava a substituir a pessoa que sou, por qualquer outra coisa que estava a entrar dentro de mim e a transformar-me, sem que eu pudesse fazer nada para o impedir.

Senti essa coisa a entrar em mim, e acordei, com o corpo completamente dormente, sem me conseguir mexer, tal como no sonho. Só ao fim de alguns minutos percebi que ainda era eu, e o meu corpo voltou ao normal.

Obsessão online

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Sinopse:

"Estamos constantemente ligados através dos nossos telefones, laptops e da Web. Contudo, enquanto olhamos para os nossos ecrãs, quem olha para nós? Conheça Emma, uma bela estudante universitária do Midwest que acabou de chegar a Nova Iorque, entusiasmada por estar sozinha na grande cidade. Contudo, quando um perseguidor consegue entrar nos seus dispositivos, ele destrói as ilusões de Emma de privacidade e ela descobre quão frágil pode ser a nossa noção de segurança. Ashley Benson protagoniza este thriller psicológico inovador que explora um mundo em que as câmaras estão sempre ligadas e alguém está sempre a ver."

 

Vimos este filme no sábado à noite. O meu marido, que já estava com sono, ia adormecendo!

É um filme estranho, parado, não é daqueles com acção, que nos assusta a ponto de nos fazer saltar do sofá, mas não deixa de ser assustador.

Em determinados momentos, torna-se aborrecido mas, ao mesmo tempo, sinistro.

Embora com temáticas totalmente diferentes, lembrou-me um pouco o "Projecto Blair Witch", uma espécie de gravação amadora. Poderia ter sido, dentro do caminho escolhido, muito melhor explorado e com maior credibilidade. Parece muitas vezes uma tentativa falhada.

 

 

Mas, continuo a dizer, é assustador! 

Assustador quando vemos aquele vulto preto a deambular pela casa. Quando percebemos que alguém anda a vigiar. Que alguém consegue ter controlo sobre as nossas conversas, sobre o nosso telemóvel, sobre a nossa vida.

Assustador quando essa pessoa está a uns passos de nós enquanto dormimos, sabe tudo sobre nós, mesmo aquilo que não era suposto.

Assustador porque, no final, Emma, que já está em pânico e aterrorizada, vai mesmo ser atacada, enquanto conversa com a mãe no pc, e vamos permanecer na incógnita sobre o que lhe aconteceu, e quem esteve por detrás de toda aquela perseguição e obsessão.

Não daquela forma em que os sustos são momentâneos, mas passam. É mais aquele receio que se infiltra no nosso subconsciente.

 

As cenas que me fizeram mais confusão foi a que Emma chega a casa e se depara com o seu gato morto. E a cena em que, durante segundos, se vê uma sombra preta passar pela porta interior.

No meio de todo este mistério, há uma frase bem real, e que acho que ainda não percebemos bem as consequências que daí poderão resultar:

 

"Na internet, consegue-se encontrar tudo..."