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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Tentar encher um copo que já está cheio

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Quando um copo está vazio, pode ir ser enchido com o que se quiser, e na quantidade que se entender.

Ainda que ele fique cheio se, volta e meia, for esvaziado, ou for perdendo algum do seu conteúdo, há sempre espaço para levar mais qualquer coisa.

O problema, é tentar encher um copo que já está cheio. Aí, não adianta porque, o que quer que se lá queira colocar, não vai ficar.

O copo não leva mais, e começa a deitar para fora.

Por menor que seja a quantidade do que se lá quer pôr, ou por melhor que seja a qualidade, comparativamente ao que lá estava antes, primeiro há que esvaziar, arranjar espaço, ou não servirá de nada.

Vai-se continuar, inutilmente, a tentar deitar lá para dentro, e vai tudo transbordar, sem que nada fique.

Quantos balões ainda mantêm intactos?

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No universo dos balões dos sentimentos, quais aqueles que ainda se mantêm intactos, e quais os que já levaram uma (ou várias) alfinetadas.

Que balões, mesmo não sendo picados, já começaram a esvaziar?

Quais aqueles que poderiam rebentar, por não fazerem falta?

E quais são os mais são protegidos, por serem essenciais?

Com que frequência esvaziamos o "lixo" da nossa vida?

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No outro dia falei sobre a importância de filtrar cada dia da nossa vida, guardando aquilo que é realmente importante, e descartando o que não interessa.

Mas, tal como fazemos com os ficheiros num computador, o que acontece muitas vezes é que guardamos nas pastas principais o que nos interessa, e enviamos o que não queremos para a reciclagem.

 

Só que, às tantas, também a nossa pasta de reciclagem fica cheia com o lixo que para lá fomos enviando, dia após dia. E esse lixo acaba por ocupar espaço, desnecessariamente.

Está a mais. E vai acabar, se não o eliminarmos, por interferir com a gestão de tudo o resto, roubando espaço para o que queremos, verdadeiramente, guardar, ou tentando-nos, a restaurá-lo e voltar a incomodar.

 

Por isso, para além da importância de de filtrarmos cada dia da nossa vida, é igualmente importante não acumularmos o lixo, que não interessa e, com alguma frequência, esvaziarmos a nossa vida desse mesmo lixo.

E por aí, costumam esvaziar a "reciclagem" da vossa vida regularmente, nem chegam a guardar nada nessa pasta, ou deixam acumular até não haver mais espaço?

 

Somos como um balão!

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Ao longo do nosso dia, algumas situações menos boas vão-se acumulando, como o ar que vai enchendo, aos poucos, um balão.

Da mesma forma, acontecem outras que compensam as primeiras e, de certa forma, soltam a boca do balão por momentos, esvaziando algum do ar que lá se encontrava.

Se o balanço final for positivo, e conseguirmos pôr para trás das costas o menos bom, é possível que cheguemos ao final do dia com o balão vazio. E que bem que sabe soltar todo aquele ar que se foi acumulando!

 

 

No entanto, este processo vai-se repetindo ao longo da nossa vida, e o balão, de tantas vezes que se enche e esvazia, começa a ficar mais enfraquecido.

Por outro lado, não é saudável andar sempre com ar dentro do balão, por pouco que seja, sem o conseguir soltar. Até porque, quanto mais ficar acumulado, mais depressa o balão enche, e mais fraco e susceptível de rebentar se torna.

 

 

O resultado, num ou noutro caso, é que corremos o risco de, um dia, sem contarmos, o balão, simplesmente, rebentar. 

Se for por excesso de ar, muito mais rapidamente, é certo, e muito mais previsível.

Se pelas várias metamorfoses que foi sofrendo ao longo do tempo, mais demoradamente, e de forma imprevisível.

 

 

E o que acontece, quando o balão rebenta?

Para além de não haver nada a fazer, e ter que ser substituído por outro, pode atingir tudo à sua volta com os estilhaços daí resultantes.

Haverá sempre consequências, e mudanças.

Mas nem sempre o podemos evitar...