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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Salgado ou insonso?

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Batatas fritas sabem bem salgadinhas!

Mas devem ser das poucas coisas que consigo comer com sal.

 

Cada vez mais, uso menos sal na comida. E, por isso, é-me difícil voltar a comer algo que, para mim, já me parece ter sal a mais.

O problema, é que o sal a mais para mim, é o normal para as outras pessoas.

Por exemplo, no sábado fiz sopa. Uma panela grande. Pus 5 colherinhas de sal. Para mim chegava. Mas o meu marido e a minha filha reclamam sempre que precisa de mais sal, por isso, lá acrescentei mais uma.

O meu marido gostou. A minha filha gostou.

Eu provei, e achei-a salgada!

 

Hoje, comi ervilhas com ovos que a minha mãe fez.

Não consegui comer tudo o que tinha no prato. Estava salgadíssimo. Mas tanto o meu pai como a minha mãe comeram na boa.

Também já me aconteceu com o arroz de tamboril que a minha mãe faz.

 

Fico sempre na dúvida se são os alimentos que estão mesmo salgados, ou o meu paladar que já se habituou ao insonso, e agora estranha.

 

E por aí, não havendo meio termo, são mais para o salgadinho, ou para o insonso?

O segurança do hipermercado (de perseguido a perseguidor)!

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Ir a um hipermercado fazer compras já é tão habitual que quase nem dou pelo que acontece à minha volta, e pela presença dos outros, nomeadamente, o segurança que vigia o respectivo hipermercado.

Sei que ele lá está, por vezes vejo-o, mas é-me indiferente. Nem reparo se ele está a fazer rondas pela loja, ou se, por coincidência, calhou a passar no mesmo corredor que eu. Mais depressa o vejo na frente de loja, parado, a controlar, ou a fazer qualquer outro serviço que não o que lhe competiria.

 

 

Mas há pessoas que têm verdadeira alergia e repulsa pelos seguranças, outras que têm a mania da perseguição, e outras que não gostam de ser chamadas à atenção, mesmo quando fazem algo que vai contra as normas do hipermercado, e ainda se acham donas da razão.

É função do segurança zelar pelo estabelecimento que está a vigiar, quer fazendo cumprir as normas, quer evitando danos nos produtos à venda e eventuais furtos.

O segurança está apenas a trabalhar, como nós também trabalhamos. Não tem que ser nosso inimigo, a não ser que tenhamos algo a esconder ou a temer.

Por isso, não compreendo algumas reacções dos clientes relativamente aos seguranças.

 

 

Por exemplo, se a função do segurança é fazer rondas pelo hipermercado, e calha passar duas ou três vezes pelo mesmo sítio que nós, não temos que imaginar de imediato que o segurança nos anda a perseguir, com medo que roubemos alguma coisa. Se não temos nada a temer, é deixar andar, e ignorar, ou então falar educadamente com o segurança, se estamos assim tão incomodados.

Se é norma do hipermercado que não se deve consumir produtos deste dentro do mesmo, porque ficam os clientes tão ofendidos quando são abordados pelo segurança que apenas, no cumprimento da sua função, os informa de que tal não é permitido?

É certo que o vamos fazendo, e na maioria das vezes ninguém diz nada, mas a verdade é que sabemos que não o podemos fazer.

 

 

Eu tenho tido sorte. Já cheguei a abrir garrafas de água e beber, dentro do hipermercado. Já cheguei a comprar pão para a minha filha, ela comer, e eu levar a embalagem vazia para a caixa, só com o valor a pagar. Nunca ninguém me disse nada. Nem a mim, nem a ninguém que eu tenha visto.

Mas, se dissesse, eu compreenderia, ou explicaria o motivo e deixava que ele, se quisesse, me vigiasse para confirmar se eu pagava o produto ou não. 

Há necessidade de fazer logo um escândalo, chamar gerência, fazer reclamação, por algo que foi o cliente que não cumpriu?

 

 

Dizem alguns que isto é excesso de profissionalismo, que há muita coisa que mais vale ignorar, fechar os olhos, porque não vale a pena os problemas que o segurança depois tem, e as guerras que compra, por cumprir a sua função.

E quando se passa de perseguido a perseguidor, e vice-versa?

Antigamente, o meu marido estava no lugar do cliente, agia como cliente, e sentia como cliente. Quando passou para o lado de lá, passou a ter que justificar aos outros aquilo que, antes, ele próprio criticava!

Sempre que ele tenta justificar a sua atitude, enquanto segurança, eu lembro-o: "Estás a provar do teu próprio veneno! Agias exactamente como esses clientes!"

Quando passamos para o outro lado, passamos a compreender como se sente quem está no oposto.

Se, como clientes, vamos ao supermercado e tiramos um ou dois bagos de uva para provar, ou algo do género, e ficamos contentes por ninguém nos chamar a atenção, porque havemos nós de fazê-lo aos outros?

Se, como seguranças, sabemos que temos que andar por onde andam os clientes e estar de olho em tudo, porque é que, no lugar dos clientes, nos sentimos incomodados?

 

 

Será o profissionalismo levado ao pormenor, algo errado e prejudicial?

Haverá uma medida certa para sermos profissionais, sem que os outros se sintam incomodados?

Existirá alguma linha que separe o que é realmente importante e deve ser cumprido, e aquilo que mais vale ignorar e deixar passar?

Talvez haja. E talvez resida no bom senso de ambas as partes, como em tudo na vida!

 

 

Se estivessem no lugar de clientes, o que levariam a mal, no modo de actuação de um segurança, e o que considerariam normal e compreensível?

Já vos aconteceu alguma situação menos boa ou caricata com estes profissionais?

 

 

 

 

 

Ter ambição, ou falta dela, é uma coisa má?

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A ambição (não confundir com ganância) nunca fez mal a ninguém e é, na maioria das vezes, a mola que faz as pessoas saltarem, não se acomodarem, dar aquele passo em frente, arriscar.

As pessoas ambiciosas tendem a procurar sempre o melhor para si e para a sua vida, ainda que aquilo que já conquistaram não seja mau. Mas, se podem ter melhor, porque não? Desde que lutem para lá chegar, qualquer vitória é um mérito que não deve ser desvalorizado.

 

Da mesma forma, o facto de uma pessoa ser pouco ambiciosa, não significa que seja menos corajosa, menos feliz, que tenha menos mérito.

Se essa pessoa se sente prefeitamente bem com o que tem, se está adaptada e não precisa de muito mais do que o que já tem para ser feliz, para quê querer mais? Para quê mudar?

 

Cada um sabe de si. Cada um saberá aquilo que o satisfaz, aquilo de que precisa, aquilo que o faz sentir realizado na sua vida pessoal e profissional. E, quer queiramos, quer não, essa medida não tem que ser, nem é, igual para todos!

Os fins justificam mesmo os meios?

Christian Bale 

 

Hollywood nem sempre é o conto de fadas que imaginamos, e a vida dos actores nem sempre é fácil. Muitas vezes, é preciso mais que um cara bonita, um corpo em forma ou um enorme talento. Alguns actores, para interpretarem um determinado papel, vêem-se "obrigados" a passar por enormes transformações, acima de tudo, físicas.

E se há mudanças que em nada afectam a saúde dos actores, outras há que podem colocá-la em perigo.

 

Engordar/ Emagrecer excessivamente

Jared Leto - teve que engordar 30 kg para o seu papel como Mark Chapman - o fã que atirou e matou John Lennon - no filme "Capítulo 27", o que lhe provocou graves problemas de saúde, agravando o seu problema de gota, e provocando uma rápida subida do colestrol.

 

50 Cent - emagraceu 25 kg em 9 semanas, por causa do seu papel em "All Things Fall Apart", através de uma dieta líquida e um rigoroso regime de circulação.

 

Anne Hathaway - para o seu papel de Fantine, no filme "Os Miseráveis", perdeu cerca de 11 kg, sujeitando-se a uma dieta de fome que a obrigava a parar de comer durante 13 dias.

 

Mathew Mcconaughay - perdeu cerca de 20 kg para interpretar um doente com SIDA, no filme "O Clube de Dallas".

 

Christian Bale - engordou 28,5 kg para interpretar um vigarista em "Golpada Americana". Já para o filme "O Maquinista", teve que perder 28 kg, sobrevivendo com pouco mais que água, uma maçã e uma chávena de café por dia.  

 

Exercício em excesso

Jake Gyllenhaal teve que treinar durante sete dias por semana, como um um boxeador profissional, fazendo pelo menos 2.000 flexões por dia, push-ups, mergulhos e levantamento de peso cinco dias por semana, para o seu papel de lutador de boxe em "Southpaw".

 

Ora, se para qualquer pessoa comum é aconselhável uma dieta equilibrada, evitando as chamadas "dietas iô iô", e exercício físico com moderação, de forma a prevenir problemas de saúde e distúrbios alimentares, para os actores, não será diferente.

Então, porque será ainda necessário recorrer a estes métodos extremos, para se obter aquilo que se pretende? Ainda não existe tecnologia ou formas de caracterização dos actores, para tal? Ou será para que tudo se torne mais realista?

Serão os actores "obrigados" a estas transformações, sob pena de verem o seu papel entregue a outros, ou será uma decisão deles seguir adiante? 

E mesmo tomando essa decisão de forma ponderada e, penso eu, com acompanhamento médico, valerá mesmo a pena correr o risco?

Será que, por um excelente papel e, quem sabe, a promessa de um Óscar, vale tudo? E os fins, justificam mesmo os meios?  

 

 

 

 

O peso excessivo das mochilas

 

Todos os anos, quando se aproxima o início do ano lectivo e a compra das mochilas, se fazem as mesmas recomendações:

 

- o peso da mochila não deve ultrapassar 10% do peso corporal da criança

- devem utilizar-se as duas alças da mochila (que devem ser acolchoadas), uma para cada ombro, ou então mochilas de rodinhas

- a criança deve pousar a mochila nos intervalos

- as crianças não devem levar mais do que aquilo que precisam

 

Mas, de que é que adiantam todas estas recomendações se, na prática, não são possíveis de concretizar?

A minha filha foi agora para o 5º ano. 

Na escola onde ela anda, há cacifos, mas ainda não estão disponíveis porque têm que ser desocupados pelos anteriores proprietários, por isso, por enquanto, é como se não houvesse.

Se tiver 3 aulas num dos períodos, significa que terá que levar 3 cadernos, 3 manuais aos quais se acrescentam outros 3 livros de exercícios ou fichas, o estojo, a caderneta, o lanche,etc.

Só aí, já leva mais do que os 10% do seu peso recomendados. E isto porque vem a casa almoçar. 

Já uma criança que passe o dia na escola, o que acontece cada vez mais porque os pais estão a trabalhar e não têm possibilidades de ir buscar os filhos ao almoço e em determinados horários, tem que levar o material necessário para o dia inteiro.

Que outras facilidades a escola oferece? Poucas!

As aulas nem sempre são na mesma sala, o que os obriga a andarem com a mochila de um lado para o outro. Nos dias de educação física, acrescentamos mais um saco de desporto para o equipamento. Nos dias de chuva, um guarda-chuva. Muitas vezes, os casacos.

E quanto a pousarem as mochilas no intervalo, até o podiam fazer, mas os professores não o recomendam. Porquê? Porque pode haver quem esteja à espera dessa oportunidade para roubar!

Resultado: as crianças passam a maior parte do tempo com excesso de peso às costas, e sem condições para brincar à vontade nos intervalos!

Quanto às ditas recomendações, guardam-se na gaveta até ao início do próximo ano, embora saibamos que nada mudará!