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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O papel mais difícil de desempenhar na vida

Pode ser uma imagem de criança, céu e texto

 

São dois, na verdade.

O papel de pai/ mãe. E o papel de filho(a).

 

Não é fácil ser filho(a).

Há que corresponder a demasiadas expectativas que, para si, foram criadas, pelos pais. Ao nível de exigência que lhes é imposto. 

Estão, muitas vezes, sujeitos a comparações com irmãos, colegas, amigos, filhos de amigos dos pais.

Estão, muitas vezes, condicionados pelos pais, pela função que exercem, pelo papel que têm na sociedade, e nos seus grupos.

E, como se isso não bastasse, ainda têm que lidar com os seus próprios problemas. 

Com a aceitação dos colegas e amigos, gerando sentimento de pertença a algo. Ou com a exclusão, se não se identificarem com o grupo.

Têm que aprender a viver num mundo que é só deles, e os pais pouco poderão fazer para tornar esse mundo melhor. Podem dar-lhes ferramentas. Mas não podem travar as suas lutas.

Podem até compreender. Mas não são eles que estão a viver.

E gera-se frustração, desilusão, impotência, solidão.

 

Não é fácil ser pai/ mãe.

Porque não há livro de instruções. Nem receita para esse papel.

Podemos dar tudo o que temos aos filhos. Todo o amor, toda a compreensão, todo o apoio, todo o carinho. Todo o nosso tempo. E, ainda assim, não ser suficiente. E, ainda assim, descobrirmos que tudo falhou.

Da mesma forma que, muitas vezes, falha com aqueles pais que não têm tempo para dedicar aos filhos, e os deixam entregues a si mesmos.

Porque, na verdade, é impossível conhecer os nossos filhos na totalidade.

Eles só nos mostram a parte do seu mundo que querem que nós vejamos. A outra, só eles sabem.

E nós, seja porque não conseguimos ver mesmo, porque fazemos por não ver, ou porque estamos demasiado ocupados a olhar para outro lado, estamos longe de perceber o lado não visível.

Criamos uma imagem dos filhos, e é com ela que vivemos. Não significa que seja verdadeira. Ou totalmente verdadeira.

E é algo que nunca iremos conseguir ver, se os nossos filhos não se sentirem à vontade para mostrar. Se não sentirem que o podem fazer. Se não acreditarem que vale a pena.

Por outro lado, eles são eles, e têm uma palavra a dizer sobre a sua vida. Sobre quem são. Sobre quem irão ser. Nem tudo está nas nossas mãos e, como tal, nem sempre há algo que possamos fazer.

Mais uma vez, gera-se frustração, desilusão, impotência, solidão.

 

Depois, há, por vezes, um grande desencontro de pensamentos e intenções entre estas duas gerações, que levam a que a relação, em vez de se fortalecer, enfraqueça e que ambos, em vez de se unirem, se afastem.

 

Os pais, adultos, com experiência, acham sempre que sabem o que é melhor para os filhos. Qual a melhor forma de os educar para que se tornem adultos "funcionais", integrados e aceites pela sociedade.

Os filhos, acham que os adultos não são capazes de os compreender e, como tal, não os conseguirão ajudar, estando entregues a si mesmos.

 

Os pais, tentam não se meter muito na vida dos filhos porque acham sempre que eles veem isso como uma intromissão, invasão de privacidade, e não gostam.

Os filhos, acham sempre que os pais não perguntam nada, porque não querem saber, porque andam demasiado ocupados para se preocuparem com eles.

 

Os pais, ainda que os filhos não se abram com eles, acham sempre que sabem como os filhos se sentem, porque são seus filhos.
 
Os filhos, ainda que não digam o que sentem, acham sempre que os pais deveriam sabê-lo, pelo simples facto de serem pais.
 
 
Os pais, acham sempre que, quando tudo dá errado com os filhos, é culpa é sua. Ainda que não saibam bem qual. Ou dos filhos, quando se querem descartar dela.
 
Da mesma forma, os filhos culpam-se sempre. Ou culpam os pais, só porque acham que tem que haver um culpado.
Quando, na verdade, nem sempre existe culpa, mas apenas um acumular de situações que não se poderiam prever, condicionadas por um ambiente que, também ele não era o mais favorável, e decorridas no meio de uma sociedade que, também ela, não oferece soluções adequadas. 
 
 
Seria bom que "achassem" menos, e conversassem mais...
Poderia não tornar as relações perfeitas, mas evitaria muitos mal entendidos.
Poderia não mudar o rumo das suas vidas, mas tornaria tudo muito mais claro.
Ou poderia, de facto, fazer a diferença.
 
 
Ser pai/ mãe, e ser filho(a) são os papéis mais difíceis de desempenhar porque não há guião. 
Não há uma mesma forma de o fazer. Não há um padrão a seguir.
Cada pai/ mãe, e cada filho(a) são diferentes, e isso pode gerar os mais diversos cenários, à medida que os seus papéis vão sendo desempenhados.
Vai sempre haver erros, de ambas as partes.
Vai sempre haver coisas que ambas farão bem.
 
Mas é quase como uma aposta.
Temos tantas hipóteses de falhar, como apenas de nos aproximar, ou de acertar na chave vencedora.
Mas não é por isso que deixamos de apostar. E de tentar, semana após semana.
Da mesma forma que nunca deixamos de ser pais, ou filhos, ainda que nem sempre isso resulte da forma que esperámos, ou desejámos.
 
 
 
 

"Amor com Data Marcada", na Netflix

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Quem disse que a vida de uma mulher solteira e sem namorado, é uma vida triste e amargurada?

Quem disse que estar só é sinónimo de vergonha? De exclusão?

Quem disse que a vida, para ser plenamente vivida, tem que ser a dois?

Quem disse que a felicidade de uma mulher depende, em grande parte, de uma relação amorosa?

 

Será mesmo assim, ou é uma ideia errada, formulada por aqueles para quem é inconcebível uma mulher estar bem e sentir-se bem consigo mesma e, logo, com todos à sua volta, sem precisar de um homem para o conseguir?

 

Uma coisa é certa:

A vida, os sentimentos, os momentos, tudo aquilo que experienciamos, ganham outra cor e outro sentido, quando partilhados.

Por isso, não raras vezes, as pessoas sozinhas não se sentem mesmo felizes. Não se sentem bem por não ter uma relação. Mas outras haverá a quem um parceiro não lhes faz falta, porque têm todo um outro tipo de suporte humano e familiar à sua volta.

No entanto, isso é algo difícil de compreender por quem não pensa da mesma forma.

 

E, embora, as mulheres sejam mais massacradas que os homens, também há muito boa gente a censurar um homem solteiro, sem qualquer intenção de manter relacionamentos sérios.

A pressão existe para ambos. Sobretudo da família, e dos amigos. Ainda que não seja exercida directamente.

A diferença, é que as mulheres são vistas como fracassadas, como as encalhadas, a vergonha da família, as “tias”.

Já os homens, podem ser eternos solteirões, mas não ganham uma conotação tão negativa.

 

Assim, para evitar essa pressão e sentimento de “não pertença” ao clube dos comprometidos, que incomodam os demais, que Sloane e Jackson fazem um pacto, de ser o par um do outro nos feriados e datas festivas que, habitualmente, “obrigam” à exibição de um parceiro do sexo oposto, calando assim as más línguas e acabando com o incómodo que a falta de um companheiro causava.

 

A ausência de compromisso, por comum acordo, gera uma cumplicidade e um à vontade muito maior, e eles acabam por se divertir e viver inúmeras peripécias juntos, de forma descontraída.

 

Até ao dia em que se dá o “click”.

O dia em que percebem que se estão a apaixonar um pelo outro, mas não querem admitir, dar o braço a torcer, e preferem fugir, daquilo que está a sentir, sobretudo Sloane, com receio de voltar a sofrer.

E, muitas vezes, o receio é nosso inimigo, fazendo-nos deitar tudo a perder, quando tínhamos tanto a ganhar.

Conseguirá Sloane perceber isso a tempo?

Como escolher 2 ou 3 livros de uma lista de 40!

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Não é fácil!

Mas queria aproveitar os descontos para me oferecer um presente, e não podia comprá-los todos!

Por isso, fui por etapas ou exclusão de partes, em 10 passos:

 

 

1 – Optei pelos que adicionei à lista mais recentemente – primeiro porque são, de uma forma geral, mais baratos, e depois porque, já que os mais antigos estão ali há tanto tempo, e foram sempre sendo preteridos por outros, é porque não tenho assim tanto interesse, e podem esperar

 

2 – Eliminei alguns que tinha lá, nem sei bem porquê, mas que neste momento não me despertam o mesmo interesse, e que não fazia sentido manter, reduzindo assim a lista global

 

3 – Escolhi diferentes géneros – quando gostamos de determinados géneros, é normal que a lista inclua vários de cada um, e achei que faria mais sentido, até para variar um pouco, não comprar só romances, só policiais ou só thrillers, mas um de cada, para ir alternando a leitura

 

4 – Optei pelas histórias que mais me cativam – escolher um de vários, dentro do mesmo género, implica perceber qual das histórias me cativava mais, ao ponto de me fazer escolher um, em detrimento de outro, igualmente bom

 

5 – Escolhi livros que são sequelas ou colecções – se compro todos os livros de um determinado autor que gosto é normal que, saindo um novo, eu tenha maior tendência para comprá-lo, tal como acontece se sai um novo livro que, de certa forma, vem na continuidade de outros que já tenho, com as mesmas personagens

 

6 – Joguei pelo seguro, com autores que conheço – um pouco na sequência do anterior, se já conheço um determinado autor e gosto dos seus livros, é provável que os seguintes não me defraudem as expectativas

 

7 – Dei-me a oportunidade de conhecer novos autores – para sair um pouco das minhas escolhas habituais, escolhi um livro de um autor desconhecido

 

8 – Ler várias vezes as sinopses, e até as primeiras páginas disponíveis – há livros muito parecidos, com histórias mais que contadas, que nada acrescentam ao que já lemos noutros, e que não vale a pena comprar

 

9 – O preço conta muito – mesmo com descontos, tinha um orçamento fixado, e não poderia fugir muito daquele valor, pelo que tive que fazer contas e encaixar 3 livros que se aproximassem do que eu estava disposta a pagar

 

10 – Contar com os presentes de Natal/ Aniversário - aproveitei que o meu marido me quer oferecer também livros, para jogar com os que eu poderia comprar, se ele me oferecesse outros que também queria!

 

 

Cheguei à escolha final de 3 livros:

Um Dia em Dezembro, de Josie Silver (romance)

Culpa, de Jeff Abbott (Policial)

Perto de Casa, de Cara Hunter (Thriller)

 

Sendo que pedi ao meu marido estes:

O meu coração entre dois mundos, de Jojo Moyes

O Dia em Que Te Perdi, de Lesley Pearse

 

 

Claro que, ainda assim, fiquei com uma lista pendente de 29 livros, muitos dos quais quero mesmo ter, e que terão que aguardar uma nova oportunidade, quando as finanças estiverem mais equilibradas, e puder satisfazer este capricho da leitura!

 

 

Adolescência, autoestima e redes sociais

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O que é que estas três coisas têm em comum?

Estão, cada vez mais, ligadas entre si.

 

 

É sabido que uma baixa autoestima pode levar uma pessoa a problemas físicos e emocionais. E, se aos adultos, já traz consequências nefastas, aos adolescentes os estragos podem ser ainda piores.

Eles estão numa idade em que precisam de ser aceites, precisam que gostem deles e da sua imagem, precisam de amizades e grupos com os quais conviver e viver aventuras. Não é fácil sentirem-se excluídos, não estarem dentro da norma, serem diferentes.

 

 

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Por exemplo, uma adolescente que veja as amigas começarem a ter amigos rapazes, a ver que estes se interessam por elas, ou até perceber que as amigas já namoram, e que nada disso acontece no seu caso, vai sentir-se à margem. Para compensar, por achar que talvez tenha defeitos, não seja bonita nem tenha qualidades que cativem os rapazes, e que nunca ninguém gostará dela, ou qualquer outro motivo, vai tentar encontrar aprovação e elogios que lhe elevem a autoestima, e a façam acreditar que também consegue o mesmo que as outras.

As redes sociais são um dos meios mais eficazes para o conseguir. Conhecem rapazes de qualquer lugar, muitos com perfis falsos, com os quais mantêm conversas que resultam, muitas vezes, em pedidos de fotografias que as adolescentes enviam, na esperança de receber os tão almejados elogios. Fotografias que podem pôr em risco a sua vida, ser usadas de forma abusiva e divulgadas entre outros, ou até para fins criminosos.

 

 

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Como se costuma dizer, a culpa não é só deles. Eles "deitam a escada", só sobe quem quer. E elas querem muito. Vale tudo por um "és linda", "és perfeita", "tens um corpo fantástico", "és uma querida" e por aí fora. Ainda que metade desses elogios possam ser falsos. E sendo que, na maior parte das vezes, mesmo verdadeiros, escondem segundas intenções. 

Mas isso somos nós, adultos, que compreendemos. As adolescentes não têm ainda essa noção, e para elas essa subida da autoestima é fantástica, ignorando que podem vir a pagar um preço bem alto por ela.

 

 

Da mesma forma, funcionam todos esses desafios e jogos sem sentido que se vão fazendo nas escolas, ou em directo nas redes sociais, e que já resultaram em mortes para os adolescentes que os aceitaram, porque não queriam ser diferentes, porque queriam fazer uma coisa espectacular e ser famosos, porque queriam, de alguma forma, ser aceites e fazer aquilo que, supostamente, os adolescentes normais fazem. O que não percebem, é que os adolescentes normais não precisam de fazer nada disso.

 

 

Mas tudo isso só saberão se tiverem um grande suporte emocional por detrás, que ajude estes adolescentes a viver esta fase da sua vida sem correr riscos desnecessários, elevando-lhes a autoestima e incutindo-lhes confiança em si próprios, mostrando-lhes o valor que têm, e o que os torna diferentes mas especiais à sua maneira.

Caso contrário, descobrirão, agora ou somente mais tarde, quando atingirem uma outra maturidade, ou quando forem atingidos pelas consequências dos seus actos.

 

 

É certo que, já nos meus tempos de adolescência, existiam perigos e situações semelhantes, mesmo sem redes sociais, que nem sonhávamos que viessem a existir. 

No entanto, hoje, as redes sociais funcionam, cada vez mais, como uma bola espelhada, que reflete a luz em várias direcções, multiplicando os efeitos de algo que, por si só, já é grave.

Trabalhos de grupo escolares - sim ou não?

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Uma das questões debatidas, por norma, nas reuniões de encarregados de educação com o director de turma está relacionada com os trabalhos de grupo.

 

Alguns pais insurgem-se contra os trabalhos de grupo. Outros, defendem. Outros ainda, criticam os moldes em que os mesmos são pedidos.

 

Há professores que pedem para os seus alunos fazerem um trabalho de grupo, e deixa ao critério destes a escolha dos colegas de grupo. Nestes casos, é normal que aqueles alunos que se dão melhor, que são mais amigos ou cúmplices, ou que já estejam habituados a trabalhar juntos, formem os seus grupos, deixando os restantes colegas de fora. É disto que os pais se queixam - de exclusão, de ficarem juntos as "sobras" que ninguém quis.

Existem professores que escolhem, eles próprios, os grupos, para que não aconteçam situações como a que atrás mencionei. E depois, queixam-se os pais porque os filhos ficaram com colegas que não queriam, e queixam-se os alunos porque não ficaram com quem mais gostam.

E há pais que, simplesmente, preferem que os filhos façam trabalhos individuais, sem depender de ninguém, sem se sentirem prejudicados por ficar num determinado grupo, sem se sentirem excluídos.

 

Mas, afinal, qual é a verdadeira intenção de um professor ao pedir um trabalho de grupo?

Serão mesmo benéficos estes trabalhos, tanto a nível escolar como da própria relação e interação entre crianças e jovens diferentes, ou serão prejudiciais para alguns alunos?

 

No meu tempo costumavam ficar, nos meus grupos, colegas que trabalhavam na mesma medida que eu, mas outros que se aproveitavam, e deixavam o trabalho nas minhas mãos, porque tinha melhores notas, mais jeito, etc. E o mesmo acontecia noutros grupos. Isto não é justo nem para quem faz, que tem todo o trabalho, nem para quem nada faz, que fica com o mérito sem o ter.

Mas, muitas vezes também, se não fossem esses colegas, não haveria mais ninguém para formar grupo. Por isso, ficávamos juntos.

 

Um trabalho de grupo pode ser uma boa experiência, se o estivermos a fazer com colegas que gostamos ou nos damos bem, de quem somos amigos ou até mesmo, quando juntos pela primeira vez, o trabalho desenvolve-se de forma positiva e se geram novas relações.

Mas também pode ser uma experiência negativa, se estivermos num grupo que não nos diz nada, que não se esforça minimamente, e que não quer saber do trabalho pedido.

 

E, muitas vezes, mais vale só que mal acompanhado!

Eu confesso que, quando estudava, "bicho do mato" como era, preferia fazer trabalhos sozinha, se pudesse escolher.

Não sou contra os trabalhos de grupo, mas parece-me que, qualquer uma das formas de escolha dos parceiros, gerará sempre descontentamento e críticas, por não agradar a todos da mesma forma, seja por que motivo for.

E por aí, o que têm a dizer sobre os trabalhos de grupo?