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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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Fui a um workshop sobre animais e não gostei

Resultado de imagem para cães e gatos felizes

 

O facto de termos chegado depois da hora, e estarmos com alguma pressa, dado que havia ainda coisas para fazer, e o tempo não estica, não terá ajudado. 

No entanto, tendo por única experiência a participação em seminários em que, realmente, aprendi várias coisas sobre os animais, estranhei bastante este workshop.

 

O espaço

Sabia que era numa loja de animais, mas esperava que fosse em alguma divisão ou espaço mais sossegado, e não no meio da loja, com as pessoas em pleno shopping a passar por nós, e dentro da própria loja, com todo o ruído de fundo que dificultava a audição da veterinária.

Meia dúzia de bancos a rodear uma mesa, onde a veterinária tinha um portátil, com os pontos a focar e debater.

 

A discriminação implícita

Nessa mesa, tinham colocado uma espécie de decoração alusiva aos animais, exclusiva para cães - uns ossos azuis que, lá dentro, continham os saquinhos para os cocós.

Todos os presentes, excepto nós, tinham cães. Fomos os únicos representantes dos felinos.

 

O sentido de oportunidade

Sabendo o quanto sai dispendioso levar um animal ao veterinário, as pessoas acabam por aproveitar estes workshops para tirar todas as dúvidas acerca dos seus animais, fazendo aquelas perguntas que faríamos numa consulta normal. Às tantas, em vez de falarmos da qualidade de uma ração, e daquilo que devemos procurar numa boa ração, estava-se a discutir sobre a marca A, X ou Y, e ainda a H, a D, e a K. Estão a imaginar?  

Num seminário também interagimos, também tiramos dúvidas, mas de carácter mais abrangente, e não ao caso de cada um em específico, pelo menos desta forma.  

 

A falta de respeito

Estava um dos participantes a falar com a veterinária, quando uma das restantes pessoas presentes decidiu interromper para mostrar à médica a fotografia dos seus cães. Nos seminários a que fomos, ninguém andou lá a mostrar os seus animais.  

 

O exibicionismo

Às tantas, chegámos à fase em que estava tudo a sacar os telemóveis para mostrar as suas beldades. Pois muito bem que, se foi para isso que lá fomos, também nós temos fotos das nossas bichanas para mostrar.

 

Não aprendi nada

O workshop intitulava-se "12 Dicas para Animais Felizes e Saudáveis". 

Do que ali foi falado, e no que a mim diz respeito, senti mais o workshop como uma troca de opiniões e conhecimentos, do que como uma aprendizagem. Não foi ali dito nada que já não soubesse, nomeadamente, acerca da escovagem, unhas, alimentação, higiene e por aí fora.

 

 

Imagem relacionada

A destacar de positivo:

A médica veterinária era simpática.

Havia uma pessoa presente que mostrou saber estar, e que tinha, realmente, algum conhecimento sobre animais e estava ali para aprender mais, e não para sacar o máximo de informações possível, a custo zero.

 

Retrato dos jovens de hoje

 

Vou levar a minha filha à escola todas as manhãs, passando obrigatoriamente pela secundária. E logo aí, não contando com muitos dos exageros, e extravagâncias utilizadas pelos estudantes para marcar a diferença, houve duas estudantes que se destacaram, de forma negativa: - uma delas vestia algo que me pareceu tratar-se de uns calções, mas a denominação mais apropriada seria cuecas! Sem collants opacos por baixo, umas leggins, nada. E ali estava uma boa parte do traseiro visível para quem quisesse olhar;

- uma outra, chegou à escola com um vestido que mais parecia para uma festa de gala, mas nem por isso elegante, e demasiado pintada o que em nada agradaria à vista de quem se cruzasse com ela.

Já uma noite, numa zona de bares, o que não faltavam era miúdas a acharem que já são mulheres. Miúdas que não hesitam em vestir o mínimo de roupa possível mesmo que estejam a morrer de frio, só para exibirem o corpo aos rapazes que por ali andam. Eles agradecem!

E no passado fim de semana, a aproveitar as diversões do Luna Park aqui na vila, o meu marido, que estava a andar nos carrinhos de choque com a minha filha, foi abordado por uma rapariga a perguntar se tinha fichas que lhe desse para ela andar! A mesma rapariga, veio mais tarde fazer-me a mesma pergunta. Vi que, juntamente com uma amiga, também abordou outras pessoas que ali estavam, provavelmente pelo mesmo motivo. É preciso ter lata!

Querem andar sem gastar dinheiro, afinal, o mais certo é não o terem. Mas se não têm, vão trabalhar para ganhá-lo, que é isso que nós fazemos! E se são novos para trabalhar, peçam aos pais, ou a quem é responsável por eles. Para podermos andar tivemos que gastar o nosso dinheiro que, sabe deus como, nos custou a ganhar. Acaso temos cara de Madre Teresa de Calcutá?! Duvido :)

Um detalhe curioso é que essa mesma rapariga estava a fumar. O que me leva a imaginar dois cenários possíveis - ou preferiu gastar o dinheiro no tabaco em vez de o gastar nas diversões, ou também "cravou" os cigarros! 

O que me leva a imaginar que, em vez de "geração rasca", os jovens de hoje começam a pertencer à "geração crava": eu cravo, tu cravas, ele crava...