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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Mostrar eficiência com recurso a implicância gratuita e intimidação

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Em qualquer trabalho, existem situações e formas de estar que podem alternar entre o 8 e o 80.

Nenhuma delas é boa.

A primeira, porque permite a rebaldaria, o abuso, o deixa andar que não acontece nada. Permite as desculpas esfarrapadas. Permite a habituação, a descontração, o excesso de confiança.

A segunda, porque corta tudo aquilo que a outra provocou, mas virando-se para o extremo oposto, tornando-se rigorosa e exigente a um nível que provoca desconforto, receio, intimidação.

 

Mostrar, e exigir eficiência, não se deve fazer com despotismo. Apenas para mostrar quem manda, e quem tem que obedecer. Quem tem poder, e quem tem que se sujeitar a ele.

Há uma grande diferença entre ser bom profissional, e mostrar serviço.

Entre eficiência, e implicância gratuita.

 

Um bom profissional, eficiente, que tenha carta branca para pôr ordem aquilo que o seu antecessor deixou desarrumado e de pernas para o ar, não vem com vontade de fazer participações por tudo e por nada no primeiro dia em que se apresenta, e nos seguintes. Não vem com vontade de "armar ciladas" aos seus funcionários, que possam resultar em processos disciplinares.

Um bom profissional, não se apresenta com ameaças, com avisos, com imposições sem sentido.

 

Pelo contrário.

Deveria conhecer os postos, os clientes, averiguar a política do cliente, e ver em que medida essa política interfere, ou não se conjuga com a da empresa.

Conhecer os seus subordinados, explicar as alterações que serão feitas, o que é permitido e o que passa a deixar de ser, e como quer que sejam exercidas as funções, dali em diante.

Proporcionar todas as condições para que as funções e exigências possam ser cumpridas, sem desculpas.

E só então, se verificar que, após esclarecidos, os funcionários não cumprem, agir em conformidade.

 

Tudo o que não passe pelo bom senso, pela vontade de levar tudo a bom porto, a bem, não passa de alguém a querer mostrar serviço, da pior forma, ou alguém que foi deliberadamente escolhido para "varrer" da empresa o maior número de funcionários possível, com justificações da treta, ou por levar os funcionários a sairem por vontade própria. 

 

No primeiro dia em que o supervisor do meu marido apareceu no posto, para se apresentar, a primeira coisa que fez foi dizer que ele não podia estar com o casaco próprio vestido, e iria fazer participação.

Depois, lá mudou de ideias, quando o meu marido lhe explicou que, como naquele posto faz frio, e a empresa nunca, em dois anos, forneceu fardamento adequado, são obrigados a usar casacos que não da farda. Com autorização do cliente para tal.

Mas isso dá direito a multa, para o funcionário e para a empresa. Portanto, não seria o caso de a empresa entregar uma farda adequada, em vez de "entrar a matar"?

 

Ontem, apareceu novamente.

Não avisou. Não ligou. Não tocou à campainha.

O meu marido apenas foi avisado pela central, que o supervisor estaria à porta do posto.

O dito fez de propósito. Esperou por ali cerca de 40/50 minutos, sem dizer nada, para ver quanto tempo demorava o funcionário a aparecer na portaria.

Ora, naquele posto, fazem-se rondas. Os funcionários podem estar noutros espaços do edifício, nomeadamente, no piso inferior, com autorização do cliente. Os funcionários podem ir à casa de banho, obviamente.

Vir um supervisor, que chegou agora, afirmar que as rondas se fazem em 15 minutos, no máximo e, se for preciso, põe ali postos de picagem. Que afirma que o funcionário deve ficar o menor tempo possível na casa de banho, e que faz uma participação pelo tempo que não viu o funcionário onde esperava que ele estivesse, está mesmo a implicar.

 

Que se acabe com certos abusos, aprovo.

Mas implicar com coisas que em nada afectam o serviço ou a empresa, e que o cliente autoriza, não faz sentido.

No entanto, como disse o cliente, é a empresa que paga ao funcionário, logo, este deve fazer o que a empresa ordena. Portanto, já deu a entender que, para todos os efeitos, ficará sempre ao lado da empresa, e não dos funcionários.

 

Como disseram depois ao meu marido, desde que este supervisor chegou, já vários funcionários foram despedidos, com base nesta forma de actuar, e outros tantos despediram-se, porque não estão para trabalhar neste clima intimidatório, onde se fabricam participações por todos os motivos e mais alguns.

Se era essa a intenção da empresa, está a ter sucesso.

Se não era, só fica a perder.

A desresponsabilização dos professores no ensino à distância

 

Porto Editora e Leya com acesso gratuito a plataformas de ensino à ...

 

Neste terceiro período, aquilo a que tenho vindo a assistir, no que respeita às aulas à distância e aos modelos de ensino adaptados pelos professores, traduz-se, em grande parte das disciplinas, em desresponsabilização.

Os professores livraram-se, convenientemente, de explicar a matéria, para deixar o estudo e aprendizagem da mesma por conta dos alunos.

São enviados powerpoints, vídeos, até aulas da telescola da RTP Madeira, e planos de estudo com as páginas do manual a ler, e os exercícios para fazer.

Depois, em caso de dúvidas, podem-nas retirar com os professores.

Apesar de haver aulas síncronas, estas servem, muitas vezes, para transmitir informações, esclarecer dúvidas, ou indicar mais trabalhos para fazer. Poucas vezes são uma aula minimamente normal.

 

Não é, de todo, a melhor forma de ensino e aprendizagem.

Mas é preciso que estudem, e que fique o essencial na cabeça. Não há tempo a perder, é preciso terminar os conteúdos deste ano até porque, no próximo ano, vão avançar para a matéria desse mesmo ano, e esta será considerada dada e concluída.

 

Acho que querem tanto ajudar os alunos (será que é isso que querem mesmo?), não dando o ano por perdido, e sem intenções de prolongar as aulas por mais uns meses, alterando todo o calendário escolar, que estão a acabar por prejudicar muitos deles.

Está a ser exigido, aos professores, que leccionem os conteúdos previstos num ano de ensino normal, o que os leva a ter que cumprir programas e, sob pressão, despejar a matéria em cima dos alunos, e trabalhos exagerados que nunca fariam numa situação normal.

Os alunos são “obrigados” a perceber as coisas por si mesmos, e pressionados a mostrar trabalho todos os dias.

Acredito que, desde que começou o ensino à distância, nem sequer resta tempo para os alunos relaxarem, terem momentos de pausa, estar com a família sem pensar em estudos.

A minha filha, antes com duas tardes e uma manhã livre, passa agora os dias entre aulas e trabalhos, incluindo fins de semana e feriados, em verdadeiras maratonas.

 

As dores de cabeça passaram a ser uma constante, porque um dia inteiro à volta do pc, manuais e exercícios, não dá saúde a ninguém.

 

E para quê?

Para no final do ano se limitarem a dar as mesmas notas que tiveram no segundo período?

Para, no próximo ano, perceberem que não estão minimamente preparados para avançar, porque ficou muito para trás, para explicar?

 

Por mais autonomia que possam ter, ou métodos de estudo, por algum motivo existem aulas presenciais. Se não, toda a gente estudava em casa e deixava de haver escolas abertas.

Por algum motivo são precisos professores, para ensinar.

A confusão que uma informação mal dada pode gerar

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O meu senhorio andou em obras, para arrendar uma divisão desocupada que tinha a um novo inquilino.

Na altura dos trabalhos, falou-me que tinham que cortar uma parte do muro para colocar os contadores da luz na rua.

Noutro momento, disse-me que estava demorado porque teve que dividir o prédio nas finanças, e que entretanto a morada ia mudar porque, no sítio onde os contadores iam ficar, já era outro arruamento.

Isto, dito assim por alto, sem nada em concreto.

 

 

Passaram-se vários meses.

Um dia, foi lá a casa, avisar que tínhamos que ser nós, como inquilinos, a pedir a alteração do contador do interior para o exterior, e que agora iam ser uns contadores novos, inteligentes, que enviavam a contagem automaticamente. Informou que tínhamos que ir à loja EDP que cá há. Que a EDP poderia achar que estávamos a "roubar" electricidade.

Fiquei renitente, porque não tinha mais informação nenhuma, e não sabia se era só lá chegar e dizer isso. 

Como não tenho tempo para andar em lojas, liguei para a EDP distribuição, e fiz o pedido de alteração de contador do interior para o exterior, como o senhorio tinha falado. Decansaram-me relativamente a multas, que não se colocavam nestes casos.

Entretanto, quando ele me perguntou se já tinha pedido a alteração, disse que sim, mas por telefone. Ficou danado, e a reclamar, que por telefone nunca mais faziam nada, e que devia ter ido à loja, porque na loja era de um dia para o outro, como aconteceu com ele e o novo inquilino.

 

 

Uns dias depois, veio fazer um "ultimato" - tinha que ir na segunda-feira seguinte, sem falta, à loja, porque senão, se fosse lá uma fiscalização, pagava ele uma multa, o electricista também, e eu como inquilina.

Nesse mesmo dia, depois de lhe ter dito que o pedido estava feito, e que teria que aguardar o prazo que me tinham dado, quando cheguei das compras, tinha o electricista à porta. 

Também ele a bater na tecla que tinha que arranjar forma de ir à loja, que me desenrascasse, que perdesse 5 minutos de que maneira fosse, para não haver problemas e pagar multas. E que por telefone não fazem nada. Pedi-lhe para me explicar exactamente o que queria. Primeiro era alteração, depois falava em substituição, não nos estávamos a entender. E o tom de ameaça, a querer mandar na minha vida, só para fazer o que queria, deixou-me com a pulga atrás da orelha, de que talvez tivesse feito alguma coisa que não devia, e agora estava com medo.

 

 

Para não ter mais problemas, e não fazerem dessa mudança, ou seja lá o que raio for, uma perseguição diária, fui à loja. Como eu esperava, com as poucas informações que tinha, não podiam ajudar. Para determinado tipo de situação, tinha que ser o senhorio ou o próprio electricista. Para outras, podia ser eu, mas não era assim tão rápido. Às tantas, liguei para o electricista, e passei o telemóvel à funcionária, para ele explicar o que pretendia.

A funcionária, depois de desligar, esteve a pesquisar. Ele dizia que havia uma ordem de serviço. Ela dizia que não havia nenhuma. Acabou por me dizer para esperar que a EDP me contactasse, e não ligasse ao que os outros diziam.

Mais tarde, aqui perto do meu trabalho, lá veio o electricista ter comigo novamente, para saber se já tinha novidades. Disse-lhe que tinha que esperar, que foi o que disseram na loja.

 

 

Esta semana voltei à loja. Não se lembravam já do assunto, e voltaram a não saber responder, e que se o electricista ou o senhorio tivessem dúvidas, para irem lá eles.

Voltei a ligar para a EDP Distribuição. O meu pedido telefónico estava na mesma, mas iam colocar uma nota, porque já tinha passado muito tempo.

E explicou-me então que, o que eu pedi, é apenas para tirar o contador que está em casa, e colocá-lo na rua. Nada mais.

Para ter um contador novo, só esperando por uma carta da EDP, a avisar que a própria vai fazer a substituição (e naquele local não é o caso ainda), ou posso pedir à EDP comercial um contador novo, e depois alguém irá entrar em contacto, se der para fazê-lo.

De qualquer forma, como já tenho um pedido feito, pode ser que, quando lá forem, entendam colocar o novo, e para aguardar.

Os casos do meu senhorio e do inquilino foram mais rápidos, mas por outras situações que naa têm a ver com o meu caso.

Quanto às multas, só se o selo do contador foi quebrado sem autorização, já que é algo que só a EDP pode fazer ou, fazendo-o o electricista, ele tem que emitir uma declaração, para eu apresentar. Pediu-me para ver o contador e, se achar que algo não está bem, ligar para lá e enviam um técnico.

 

 

Já podem perceber a confusão, stress e perda de tempo que esta informação mal dada gerou. Não teria sido mais simples se tivesse explicado ao certo o que era para pedir? 

 

 

E a história da alteração da morada é outra que ainda vai gerar confusão. Um dia, cheguei a casa e deparei-me com um número de polícia no muro. Ninguém me avisou nem disse nada sobre o assunto. Deduzo que, daqui em diante, terei que alterar a morada, para aquela que suponho ser a nova. 

Mas, como ninguém ainda me disse nada, até estou com receio de o fazer, e não receber a correspondência. 

 

 

Parece que, por vezes, as pessoas falam demais sobre aquilo que não interessa, e têm medo de explicar o que realmente é importante, economizando nas palavras, e gerando dúvidas que não ajudam ninguém.

 

Sabem aquele momento...

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... em que colocamos uma questão, ou pedimos a alguém para explicar alguma coisa, e essa pessoa nos despeja com definições que não conseguimos entender, que não esclarecem a nossa dúvida, nem respondem à pergunta, retiradas de um qualquer livro, site, ou manual, porque nem elas sabem bem o que dizer?

 

Acontece-me tantas vezes!

 

Se eu não sei e estou a perguntar a quem, supostamente, sabe ou está a estudar o assunto, é para que me expliquem. Para ler, também eu lia. Para reproduzir o que vem num site, também eu pesquisava. Para ficar na mesma, nem sequer me dava ao trabalho de perguntar.

 

 

Pela saúde mental dos pais, acabem com os TPC's!

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Pior que uma mãe se sentir frustrada por não conseguir ajudar um filho nos trabalhos escolares, é perceber o que é pedido, explicar ao filho de 50 maneiras diferentes e ouvi-lo repetir as conclusões e, na hora de ele escrever a resposta, ouvi-lo pronunciar um "não sei"/ "não percebi". 

 

Isto dá cabo do sistema nervoso de qualquer mãe/ pai.

Ainda mais, quando a resposta está toda no manual e, mesmo que assim não fosse, é algo básico que qualquer um sabe.

 

Deixo aqui um apelo aos digníssimos professores: pela saúde mental dos pais dos vossos alunos, acabem com os TPC's!

Se eles têm mesmo que consolidar as matérias dadas em aula, que quem de direito retire a enorme quantidade de disciplinas e aulas semanais que os alunos têm, e substituam alguns desses tempos por apoio aos TPC's.

 

Assim, quando chegam a casa já não têm que ter mais essa preocupação, e os pais não têm que perder metade do seu tempo livre a ajudar os filhos, em vez das suas próprias tarefas, e terminar o dia irritados, chateados, e com uma vontade enorme de andar à estalada, que não resolve nada de qualquer forma, e só dá cabo de um tempo que poderia ser de qualidade, passado em família.

 

E não venham cá com coisas de que "ah e tal, eles têm que se desenrascar sozinhos" , "têm que ter responsabilidades" ou "esse trabalho é deles, os pais não têm que se meter".

Sim, eles têm que ser responsáveis, tentar fazer as coisas sozinhos e sem ajuda. Mas, na prática, o dever de ajudar os nossos quando é preciso fala sempre mais alto, e leva a melhor. Só que, se na maior parte das vezes corre bem, outras nem por isso.