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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A Festa no Parque

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Ontem o dia foi de festa aqui no Parque Desportivo de Mafra!

A ideia era celebrar o Dia da Criança, e a maioria das actividades era mesmo para eles, mas os adultos também se podiam divertir.

 

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Havia de tudo um pouco para experimentar.

 

 

Começando com actividades desportivas: futsal, andebol, tennis, badmington, kickboxing e muitas outras.

Para quem estivesse com calor, também havia actividades mais refrescantes: water slide (Bewater), batismos de mergulho (Haliotis e GNR), batismo de surf e stand up paddle (Escolas de Surf da Ericeira), batalha de balões e paint water (Safebus Camp).

 

 

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Os jogos tradicionais também não faltaram!

 

 

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Houve simulação de neve, e uma verdadeira Festa de Espuma (Misterius).

 

Mini concertos, ateliers de olaria, flores e t-shirts, atividades culturais, ambientais, e ações de sensibilização.

 

 

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Instrumentos musicais 

 

 

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Diversos insufláveis

 

 

E até o Hospital Veterinário do Atlântico veio ao Parque, onde simularam quase 200 consultas/cirurgias com os mini-veterinários no evento!

 

Tudo isto e muito mais (não conseguimos ver tudo), ao dispôr das famílias para um dia diferente e divertido, das 10h às 19h!

 

Que para o ano repitam este evento que levou centenas de pessoas ao Parque, e levou ao delírio de todas aquelas crianças e adultos!

A primeira visita a uma associação de animais

 

Nunca tinha entrado numa associação de protecção a animais, mas tinha uma ideia completamente diferente daquilo com que me deparei.

Estava à espera de encontrar uma responsável, que nos faria uma visita guiada pelas instalações, e nos mostraria os diferentes animais para adopção, contando um pouco da história de cada um deles, explicando como era, em termos de comportamento, cada um deles, e incentivando-nos a interagir com os mesmos.

Estava à espera de encontrar os animais numa espécie de "jaulas" grandes (não sei exactamente qual o termo certo), com espaço, como se fosse uma pequena casinha, dentro da casa grande.

Nada me preparou para o cenário que me surgiu pela frente.

Depois de alguns telefonemas para tentar encontrar a dita associação, lá demos com o edifício - uma casa de habitação, como outra qualquer, já com alguma idade.

Tocámos à campainha. Apesar de ainda há 2 minutos atrás termos dito que ali estávamos, perguntaram quem era.

Abriram-nos a porta, e tivemos que ficar encolhidos num quadrado minúsculo, para que a senhora pudesse fechar a porta da rua, e abrir então a outra, que nos dava acesso ao interior da habitação.

Assim que entramos, deparámo-nos com uma típica habitação, adaptada a gatil. Os gatos circulavam, de uma forma geral, livremente pela casa. Já havia lá outras famílias, também a visitar os bichanos com vista a adoção.

A senhora com quem tínhamos falado ao telefone, mostrou-nos então a gatinha que íamos ver. Estava dentro de uma espécie de gaiola, ainda que com uma abertura que dava para entrar e sair à vontade.

Disseram-nos para ficar à vontade.

Mas, acreditem, o que eu me senti ali menos foi "à vontade". Se não fizessemos perguntas, ninguém dizia nada. Uma das responsáveis, estava agarrada a uma das gatinhas (por sinal a mais mansa, mas que devido a uma grave operação ainda não pode ser adoptada), como se temesse que alguém lhe tocasse ou fizesse mal.

Mal nos podíamos mexer. Tentei pegar na gatinha que fomos ver, e assustou-se. Não queria colo. Aceitou algumas festinhas com pouca vontade. E não era nada parecida com a imagem que tínhamos visto. Tentámo-nos aproximar de outra, fugiu sem dar hipótese.

Depois, outra coisa que nos causou alguma impressão, foi o facto que todas as mais novas estarem com uma grande área lateral sem pelo. A responsável disse-nos que era da esterilização.

A Tica foi esterilizada e não a deixaram assim. O único sítio onde lhe raparam um pouco de pelo, e onde tinha o corte, era na barriga. Mas parece que é uma nova técnica, segundo disseram.

Estivemos lá 10 minutos, se tanto, não houve qualquer ligação especial aos animais, o ambiente era estranho e acabámos por sair dali.

Quando chegámos à rua, sentimo-nos aliviados! Como se nos tivesse saído um peso de cima.

É verdade que estas pessoas fazem o melhor que podem para salvar, e encontrar um lar para estes bichanos abandonados, e fazem-nos dentro das suas possibilidades e condições. Também é verdade que os gatos andam por ali à vontade, e parecem bem tratados. Mas pergunto-me se não seria mais saudável, ou viável, optar por famílias de acolhimento temporário. 

Depois desta primeira visita, e experiência (que precisávamos mesmo de fazer), ficámos com duas certezas:

- a primeira, de que tão depressa não queremos entrar noutras associações;

- a segunda, de que ainda não estava na hora de adoptar outra gatinha!

 

 

 

Um mural diferente no México

Nancy Iveth Navarro é filha de Lucy Munoz e também está desaparecida. Muitas vezes, estas jovens não voltam a ser vistas, ou são encontradas mortas, com marcas de extrema violência, segundo o blogue Nuestras Hijas de Regreso a Casa.

Imagens Cofina Media/ Revista Sábadohttp://www.sabado.pt/

 

Em Ciudad Juárez, no México, foi criado um mural onde estão pintadas as caras de mulheres desaparecidas, um fenómeno que atinge proporções cada vez maiores, sendo usualmente raptadas, sem nunca mais serem vistas, ou então encontradas mortas, com marcas de grande violência. São, normalmente, mulheres jovens e pobres, as vítimas deste flagelo que se tem agravado desde 1993 nesta cidade fronteiriça.
As famílias das mulheres desaparecidas formaram um grupo para chamar a atenção para o governo e os media e, no âmbito da iniciativa intitulada, em português, "a lutar até as encontrar", foi criado o mural onde posam, nestas fotos, familiares dessas mulheres, neste caso, mães.
"Foram-nos tiradas vivas, queremo-las de volta vivas. Procurem-nas!", pode ler-se no mural.

GNR Trail - Famílias contra a violência

 

Realiza-se amanhã, às 8.00 horas, o “GNR TRAIL – Famílias Contra a Violência”, um evento com fins solidários, sem fins lucrativos e com inscrições gratuitas, através do qual os participantes poderão entregar bens alimentares de primeira necessidade que serão, depois distribuídos pelas famílias carenciadas, vítimas de violência e exclusão social.

Este evento consiste na realização de um “Trail” de cerca de 17km, com início junto ao Convento de Mafra, e de uma “Caminhada”:, que terá uma distância de cerca de 6Km e tem início no Portão do Codeçal.

O evento é organizado pela GNR de Mafra (Concretamente pela Secção de Programas Especiais e Núcleo Idosos em Segurança do Destacamento Territorial de Mafra do Comando Territorial de Lisboa da Guarda Nacional Republicana), e tem como objectivos fomentar a prática desportiva e, simultaneamente, apelar a questões sociais, funcionando como um movimento de alerta para a violência.

Para este primeiro evento na vila de Mafra, as inscrições esgotaram! Esperamos que se continue a realizar e com igula sucesso.

Para mais informações sobre os bens necessários, onde comer, o que visitar, onde dormir (para quem não seja de cá), e onde estacionar, aqui ficam os sites e contactos:

 

https://www.facebook.com/GNRTrail

http://gnrtrail.weebly.com


CONTACTO:
gnrtrail2015@gmail.pt

 

GNR TRAIL 2015
Vamos lá, em frente!

A fé dos que ficam

 

A propósito do acidente em Cernache, Coimbra, que envolveu vários peregrinos da zona de Mortágua, que se deslocavam a Fátima, e que tirou a vida a 5 deles, afirmava uma familiar, consternada com a triste notícia:

"Deus existe? Não deve existir, porque se existisse não deixava isto acontecer!".

Por sua vez, o pároco que se disponibilizou para dar apoio aos familiares das vítimas, explicou que é difícil as pessoas aceitarem. E perceberem que estes peregrinos, que se encontravam a caminho de Nossa Senhora de Fátima, mais não fizeram que seguir o seu caminho, mas até ao Senhor!

Ora, para quem acredita em Deus, esta poderá ser uma forma de consolo, de resignação, de aceitação. Acreditar que a vida é uma breve passagem e que os que partiram se encontram agora num lugar melhor, junto a Deus, para onde, um dia, todos iremos.

Mas, mesmo entre aqueles que acreditam, a dúvida pode surgir. É, sobretudo, nestas alturas que as crenças tendem a sofrer abalos, que a existência de um Deus justo e bondoso pode ser questionada e posta em causa.

Como fica a fé dos que cá ficam, ao ver os outros partir?

Cá em casa, temos opiniões totalmente distintas. O meu marido acredita em Deus. Eu não.

Muitas vezes ele me diz: "Se Deus não existisse, não estaríamos cá hoje, depois do acidente. Se Deus não existisse, as dificuldades por que passei não teriam sido ultrapassadas. Deus está sempre comigo. Connosco. Mesmo que não acredites nele."

E eu contraponho: "Como posso acreditar que existe um Deus - bondoso, justo, omnipresente, protector - quando vejo tantos inocentes morrer à fome, morrer nas guerras, morrerem com as mais variadas doenças, em acidentes estúpidos, e até mesmo em peregrinações para mostrar a sua devoção e fé.

Quando vejo crianças (e adultos) inocentes serem violadas, agredidas, mal tratadas, assassinadas, por humanos sem escrúpulos, que continuam cá a gozar a sua vida.

Como posso acreditar num Deus que permite que isso aconteça, sem nada fazer, levando inocentes e deixando cá quem não merece?"

Há que diga: "Ah e tal, não é Deus que faz as guerras, que cria as doenças e mata as pessoas. É o Homem"!

Pois têm razão, sim senhor. Talvez o único erro de Deus tenha sido o de criar o Homem. Porque, onde está o Homem, está o perigo.

Mas se não podemos acusar Deus pelo que de mal acontece neste mundo, porque deveremos então, atribuir-lhe os créditos pelo que acontece de bom?

Na vida existem as forças do bem e as forças do mal. Estão em constante luta e nem sempre vence quem deveria. Quer-me parecer que Deus está sozinho na luta, contra vários adversários, porque por cada suposta vitória, há uma dúzia de derrotas no mundo!

"Ah e tal, a vida é só uma passagem. Se partiram, é porque já cumpriram a sua missão aqui, e vão agora para outras mais importantes".

Mas quem pode afirmar, com certeza, que assim é?

E se assim for, porque é que, por vezes, até os mais crentes se revoltam perante essa verdade incontestável que lhes tentam impingir e fazer acreditar, questionando Deus, desestabilizando a sua fé?