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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Como lidar com alguém que tem cancro?

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O cancro é uma doença bastante conhecida e, atrevo-me a dizer, muito temida e odiada por todos nós.

Ela é responsável por levar muita gente desta vida. Familiares, amigos, conhecidos...

E, se é verdade que nem sempre mata, e é possível vencê-la, uma vez, e outra, se for preciso, também é verdade que, por vezes, leva a melhor. E quando não é ela própria, é o "rastro" que ela deixa. Como se costuma dizer, muitas vezes, não se morre da doença, mas da cura.

 

Claro que, quando uma pessoa recebe um diagnóstico destes, muita coisa lhe passa pela cabeça. Acredito que deva ser uma mistura de sentimentos contraditórios. Por um lado, quer lutar e acredita que pode vencer. Por outro, só a palavra por si só é suficiente para a pessoa achar que está condenada, e nem lhe apetecer lutar, numa guerra que já está perdida, à partida.

Acredito que, da mesma forma que a pessoa vai buscar forças que nem imaginava que tinha, também se vai depressa abaixo, noutros momentos.

Além disso, suponho que tenha dois pesos em cima de si. O de ganhar coragem para a sua luta, e o de transmitir coragem a quem a rodeia. Mostrar, muitas vezes, aquilo que os outros esperam. 

 

Mas, pergunto-me, o que será que uma pessoa diagnosticada com cancro espera de quem a rodeia? De quem está ao seu lado? 

Lembro-me de ir visitar a minha tia. De lhe dizer que não podia estar a pensar de forma negativa. Que não deveria pensar que ia deixar as filhas, os netos. Porque é o que se espera que digamos. E porque queremos que assim seja. Mas, não estaremos a enganar-nos, a nós, e à pessoa?

Lembro-me de a ver chorar, resignada, por aquilo que sabia que a esperava, embora fosse suposto nós dizermos o contrário, e ela ter que mostrar que sentia o contrário, para não nos incomodar, e deixar ainda mais tristes. Mas, no fundo, ela sabia. E partiu pouco tempo depois.

Uma vizinha nossa, também a lutar contra um cancro, sempre que a via, estava com um ar abatido, de lágrimas nos olhos, ciente do seu destino. Os médicos diziam que era tratável, que tinha cura. Pois... mas a medicação excessiva para essa cura acabou por lhe tirar a vida. 

Ainda que cada uma das pessoas que falasse com ela lhe desse força, lhe quisesse tirar os pensamentos negativos da mente, e acreditar que tudo iria correr bem.

No fundo, parece que estamos a enganar a pessoa, a dar-lhe falsas esperanças. A dizer e mostrar algo em que nem nós acreditamos. Portanto, uma farsa.

 

Assim, de que forma nós, que estamos do outro lado, devemos lidar com pessoas com cancro? 

Com positivismo? Com realismo? Com fingimento? Com sinceridade?

A pessoa diagnosticada preferirá frases feitas, ainda que quem as pronuncia não acredite muito nelas? 

Preferirá verdade?

De que forma podemos ou devemos apoiá-la, sem pintar um quadro negro derrotista, mas também sem mascarar a situação, enchendo-a de uma cor que não tem?

Ainda que encaremos, pra nós, a situação de uma forma realista, devemo-la expôr? Ou ficar em silêncio?

Devemos andar ali com "paninhos quentes", e "pezinhos de lã"? Ou mostrar que a batalha é dura, poderá não ser ganha, mas estamos ali, para o que for?

 

A frase que mais se adequa à minha forma de pensar, e que me vem logo à mente, é "Always expect the best, prepared for the worst...", ou seja, esperar sempre o melhor, mas estando, ao mesmo tempo, preparado para o pior.

Quer quem está a passar pela doença, quer para quem está do outro lado.

 

Mas só quem já passou por isso, ou quem está a passar, poderá dizer aquilo que, verdadeiramente, quer e espera de quem está ao seu redor.

 

 

Do Dia dos Namorados...

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Não sou tão fã, como em tempo fui, de celebrar este dia.

Longe vão os tempos em que comprava peluches, cartões amorosos, e recebia flores e chocolates.

Em que planeávamos almoços ou jantares, passeios românticos.

Em que tirávamos o dia, só para o casal.

 

Não sou contra, embora já não interprete o seu significado e importância da mesma forma.

Com o avançar da idade, das relações, e das celebrações, percebemos que algumas atitudes e gestos são apenas "o que se espera", o que é suposto fazer-se, o que é suposto acontecer. Nem sempre o sentimento está verdadeiramente presente.

 

Tão pouco vou entrar numa de "ah e tal, o dia dos namorados deve ser quando quisermos".

Porque é. Ou deveria ser... 

 

Mas, mais do que um dia, que uma data, que um presente, que uma tradição, muitas vezes falta aquilo que deveria ser o mais importante entre um casal.

Para mim, um casal em que cada um tem plena confiança no outro, um casal que se compreende, um casal em que cada um sabe ler o outro, ainda que sem palavras, um casal que se complementa, que se respeita, um casal em que existe amizade e amor, tem todos os motivos para celebrar esta data.

 

Se virmos bem, poucos são os que terão verdadeiros motivos para celebrar.

Todos os outros, é só mesmo porque sim.

Para mim, foi apenas um dia normal.

"Atirar areia" para os olhos do público

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Ninguém gosta de ser enganado.

Que o façam de parvo.

Que o tomem por idiota.

Que lhe atirem "areia para o olhos".

 

E o público, que sempre apoiou e esteve presente, ao longo da carreira de um determinado artista, não é excepção.

O público pode parecer iludido, "amestrado", incondicionalmente fiel e devoto mas, quando percebe que está a ser ludibriado, facilmente se volta contra aqueles que, antes, defendeu.

Não há nada como a verdade e, com ela, pode-se ganhar ainda uma maior admiração pelo artista.

Sem ela, o público que, ontem, era defensor pode, hoje, tornar-se o inimigo. O público que, ontem apoiava pode, hoje, criticar e condenar, se se sentir enganado.

 

 

E vem isto a propósito de quê?

Poder-se-ia aplicar a vários artistas mas, refiro-me, em específico, a Raquel Tavares que, há umas semanas, tinha dado uma entrevista emotiva e aparentemente, sincera, na qual anunciava o fim da sua carreira como fadista, porque estava cansada de ser uma figura pública, com tudo o que isso acarretava. Frisou que queria dedicar-se a outras áreas, de preferência, de forma anónima.

 

Ora, ela tem o direito de fazer o que bem quiser com a vida dela, sem ter que dar satisfações a ninguém. E dedicar-se ao que bem entender, que ninguém tem nada a ver com isso.

Mas, a partir do momento em que dá a entrevista que deu, com o ênfase que lhe atribuiu, com a tristeza e mágoa com que o fez, e com as declarações que prestou, as suas decisões tomam uma outra proporção.

Partiu-se do princípio que o fez com verdade.

Para, logo em seguida, ela própria contradizer as suas palavras, com as suas acções.

Uma pessoa que está saturada da exposição pública, e de ser figura pública, não deixa de ser fadista para ser atriz! Uma pessoa, que diz que já não gosta de cantar, não continua a fazê-lo.

 

É, por isso, normal que, agora, seja acusada de ter enganado o seu público, de a sua entrevista e decisão não passarem de uma farsa ou, talvez, de uma estratégia de marketing para o que aí vinha.

Não teria sido tão mais simples ser honesta, e afirmar apenas que queria fazer uma pausa na sua carreira como fadista, para se dedicar a outros projectos? Ninguém a iria criticar. Ninguém teria nada a apontar.

Mas fazer aquele "teatro" todo, mostra-se no papel de vítima do mediatismo, para depois continuar a ser mediática? Só fez com que ficasse totalmente descredibilizada.

 

Apenas me pergunto como irá ela lidar com este mediatismo resultante da TV, quando não o conseguiu "supostamente" fazer enquanto fadista? 

Nem tudo o que parece, é...

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E isto aplica-se também ao mundo dos blogs!

 

Se existem bloggers que são autênticos e transparentes, outros há que mostram a imagem que querem que os leitores/ seguidores tenham deles, ainda que a pessoa por detrás do blog não seja a mesma que dão a conhecer.

 

Mas, até mesmo na convivência presencial com as pessoas, até aquelas que julgávamos conhecer bem, e que consideramos amigas, pode haver uma máscara, pode haver uma transmissão controlada e premeditada de informação, por oposição a omissão daquela que não interessa, pode haver objetivos e planos que vão muito além de uma mera coincidência, afinidade e relação verdadeira.

 

O que leva a outra questão. Haverá alguém neste mundo em quem possamos confiar? Será saudável passar a vida a desconfiar de tudo e de todos?

 

Reflexão inspirada no livro "Um Pequeno Favor", de Darcey Bell.

Em breve, partilharei a minha opinião sobre o mesmo. Para já, deixo-vos com a sinopse.

 

 

Sinopse
 
Ela é a tua melhor amiga.
E conhece todos os teus segredos.
Por isso é tão perigosa.

A vida de uma mãe sozinha desmorona-se quando a sua melhor amiga desaparece, neste thriller arrepiante, na linha de Em Parte Incerta e A Rapariga no Comboio.

Tudo começa com um pequeno favor, um gesto que as mães de bom grado fazem umas pelas outras. Quando Emily pede à melhor amiga que lhe apanhe o filho nas escola, Stephanie nem hesita. Tal como elas, os seus filhos são melhores amigos.

Stephanie é viúva e trabalha a partir de casa, no seu blog. Vivia uma vida solitária até conhecer Emily, uma sofisticada executiva com um trabalho muito exigente em Manhattan.

Só que Emily não regressa. Não atende o telefone nem responde aos sms da amiga. Stephanie sabe que aconteceu algo de terrível e, alarmada, recorre aos leitores do seu blog para pedir ajuda. Contacta também o marido de Stephanie, o belo Sean, para lhe dar apoio emocional. É o mínimo que pode fazer.

Acabam por receber notícias terríveis.

Mas serão verdadeiras? Stephanie não tarda a dar-se conta de que nada é tão simples como parece, nem sequer um pequeno favor.

O prometido é devido

Primeiro vem a surpresa e o interesse. Em seguida, a expectativa! E, por fim, a opinião final!

Acabei de ler o livro do Jeff Abbott - Pânico - que há uns tempos atrás comprei. 

Posso dizer que não me decepcionou. Prendeu-me do princípio ao fim. A cada dia, a cada capítulo, a cada página, uma nova acção, um novo acontecimento.

Estamos a ler o livro, e sempre à espera do que virá a seguir.

Quando, a certa altura, as personagens têm um momento em que podem respirar fundo e acalmar, também nós sentimos essa pausa, com alívio. Mas logo surge algo novo que nos prende, de novo, a respiração. 

Imaginem que têm uma vida perfeitamente normal, um trabalho que gostam, uma família que vos adora, alguém que amam, e não há motivos para pensar que deixe de assim continuar.

Mas, de um momento para o outro, uma mãe com uma conversa estranha que é encontrada pelo próprio filho, assassinada em casa. Uma namorada que desaparece sem deixar rasto...

O filho, quase é assassinado também, mas um estranho vindo do nada resolve, aparentemente, salvar-lhe a vida.

A partir daí, ele não sabe mais o que pensar, não sabe mais em quem confiar e no que acreditar.

O seu objectivo: tentar encontrar o pai desaparecido, tentar descobrir a verdade, apanhar os culpados pela morte da mãe e fazê-los pagar por isso.

O autor conferiu ao personagem inteligência suficiente para, no meio de uma completa confusão em que se transformou a sua vida, ter a perspicácia de tomar muitas decisões que se mostraram adequadas, coragem suficiente para, apesar de tudo, não se deixar intimidar e fazer as suas próprias regras. A capacidade de, no meio do pânico e do desespero, manter, inesperadamente, o lado racional, tomando em certos momentos o controlo do jogo.

E, se de repente, todo o nosso mundo for uma mentira, se a nossa vida for uma farsa, se tudo aquilo que conhecemos e sempre tivemos como certo, deixar de existir?

É caso para dizer que o personagem viu, de um dia para o outro, a sua vida virar do avesso, e percebeu que nada era o que parecia!

Um enredo que envolve a CIA, o KGB, espiões por conta própria, agentes secretos, mistério, segredos de estado, traição e outros tantos ingredientes que fazem deste livro o sucesso que é.

Uma história emocionante de descobertas, de perdas, em que a única coisa que se mantém intacta é o carácter das duas personagens - Evan e Carrie, e o amor que sentem um pelo outro!

Vale a pena ler!  

 

P.S.: na minha opinião, tanto o Evan como a Carrie deveriam ser um pouco mais velhos.